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    Imperador até morrer: antropologia dos ciclos temporais de uma escola de samba em Porto Alegre-RS

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    Este artigo tem por objetivo discutir as representações de tempo observadas entre um grupo de pessoas que trazem em comum sua ligação com o carnaval de Porto Alegre/RS. A antropologia há muito está preocupada com a questão das diferentes noções de tempo existentes entre as culturas. Da Matta (1983) aponta para, pelo menos, duas concepções clássicas; a uma representação do tempo linear, histórico - presente na ideologia ocidental dominante -, contrapõe-se uma outra forma de reconhecer, representar e viver a experiência temporal, percebendo-a dentro de uma cronologia cíclica. Imperadores do Samba1. Percebe-se que inúmeros participantes, ao vivenciarem o carnaval, colocam-se frente a uma experiência cíclica do tempo, singularizando sua percepção da temporalidade vivida, marcando-a por uma ordenação cronológica que não se orienta fundamentalmente por datas fixadas pelo calendário cristão. Para além de uma experiência individual, os carnavalescos orientam-se, temporalmente, por referenciais coletivos outros, próprios da sua cultura
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