2 research outputs found

    A educação sexual da comunidade surda: perspectiva da enfermagem / The deaf community sex education: nursing perspective

    Get PDF
    O tema em questão constitui como objetivo debater as questões sobre sexualidade a partir de estudos que envolvem os surdos e as categorias de gênero, corpo, tradução cultural. Entende-se que a comunidade surda, não por opção, mas por condição, têm por “obrigação” aprender duas línguas: a que melhor responde às suas necessidades de comunicação, no caso a LIBRAS, e a língua padrão da sociedade em que estão inseridos. Dessa forma, além dos problemas provenientes da discriminação a que são submetidos, por serem vistos como “deficientes”, também precisam enfrentar as dificuldades próprias da falta de informação e comunicação em que se encontram, visto que o seu meio social é estruturado para pessoas ouvintes. As pessoas que possuem algum problema de audição são denominadas como “deficientes auditivos”, ou DA. Segundo Behares (1993 apud NÉLO 1995), “deficiente auditivo é um dos termos utilizados para designar as pessoas que apresentam algum grau de surdez, podendo ter quatro níveis: leve; média ou moderada; severa; e profunda”. Este termo parte de uma concepção médico-organicista que vê a pessoa surda como um ouvinte com defeito. No momento, existe uma discussão sobre o melhor termo de tratamento à estas pessoas. Nesse sentido, Nélo (1995) afirma que o termo “surdo” é mais apropriado para designar as pessoas surdas, por apresentar uma concepção mais particular sobre a surdez. Este termo parte de uma visão sócio-cultural que trata a surdez como um fenômeno com vários determinantes. A referida autora destaca que “o surdo não é diferente unicamente porque não ouve, mas sim porque desenvolve potencialidades psico-culturais diferentes das dos ouvintes” (NÉLO 1995 p.9). Podemos dizer então que as comunidades surdas desenvolvem comportamentos com características próprias de sua maneira específica de internalizar as coisas que acontecem ao seu redor, propiciando, assim, a formação de uma cultura surda. Considerando esta especificidade da cultura surda, o presente estudo tem por finalidade conhecer como são elaboradas as construções sociais de gênero e sexualidade no seio da mesma, procurando identificar as construções de masculinidades e feminilidades, a partir de aspectos relacionados à divisão sexual do trabalho, e conhecer os posicionamentos dos/as surdos/as acerca das vivências da sexualidade (homossexualidade, heterossexualidade, bissexualidade). Concebemos gênero como uma construção social que se expressa nas atitudes, nos valores, nas atividades públicas e privadas de homens e mulheres que fazem com que sejam vistos como tendo naturezas diferenciadas e, assim, posicionados socialmente como diferentes. Nesta perspectiva, o gênero, tomado enquanto categoria analítica, teoriza a questão da diferença sexual, indicando uma rejeição ao determinismo biológico implícito no uso dos termos como sexo ou diferença sexual

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

    No full text
    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
    corecore