118 research outputs found

    Alimentação, saúde e império : o físico-mor Luís Vicente de Simoni e a nutrição dos moçambicanos

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    Em 1819, o médico genovês Luís Vicente de Simoni chegou a Moçambique como físico-mor da capitania, cargo que exerceu no Real Hospital Militar da ilha durante quase um biénio, desde 15 de Setembro desse ano até 10 de Julho de 1821. Construído no final do século XVII, o edifício era o sucessor de outros que, desde o princípio de Quinhentos, haviam assegurado uma sofrível assistência médica aos habitantes e visitantes da ilha, mas cuja vocação era, sobretudo, tratar os militares e os tripulantes das embarcações. A partir da sua experiência médica na ilha, Simoni compôs o Tratado Medico sobre Clima e Enfermidades de Moçambique, cujo manuscrito permanece inédito na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. [...

    Open Research in the Making – Or a Call for Co-creators

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    The assumption that research and science can be made open and accessible just by taking action from the inside has been shown to be erroneous for some time now. Regulatory and policy instruments to promote openness, or increased awareness on the side of those traditionally associated with producing research and knowledge, are part of the equation only. To a significant extent, the meaning and value of scientific research arises from those who use it, for what purposes and for whose benefit. It has also become clear in recent years that the untapped contributory potential of the citizen can usefully be harnessed in creative ways for the benefit of scientific research. Citizen science is (or has been), mostly, about this: harnessing the skills of those usually labelled the lay people into systems of data gathering, processing or analysis. But using citizens in this way is not enough. Open research can constitute an opportunity for citizen expertise and citizen participation to be conceived of in more meaningful ways. Basically, the question we, as researchers, will have to address is: to whom do we want science and research to be open? Perhaps, as the ultimate users, citizens will have an active role in the process, one that promotes and sees them as co-creators in defining aims, scope, outcomes of research initiatives. One that values the multiplicity of ways of knowing available. There are quite a few initiatives wanting to ‘open-up’ scientific processes to citizens in a co-learning spirit – a democratic spirit. Some of them are taking shape at this University. What I want to propose at this conference and to all the researchers and others taking part is that all of those come together, that experiences are shared and learning carries on. We all know that citizens can have an active role in scientific research and knowledge production. Let’s connect the dots to link the agendas of citizen engagement/citizen (social) science with the call for open and accessible research

    Ambiente, sustentabilidade e cidade

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    Este capítulo equaciona criticamente as relações entre cidade e ambiente considerando para tal três dimensões principais: a sustentabilidade e o seu significado em contextos urbanos; a relação entre governação e participação pública; o contributo dos conhecimentos locais e leigos na construção da sustentabilidade urbana. Observa-se que associação, ainda predominante, entre o ambiente e o não-urbano ou entre a natureza e o rural, revela-se sociológica e ecologicamente enganadora: ao invés de serem irrelevantes para a valoração da natureza, as cidades estão na natureza, como vários acontecimentos – alguns de natureza trágica – têm demonstrado. Argumenta-se que a dicotomia natureza/cultura fundadora das sociedades modernas, do pensamento científico e da própria teoria social sendo fulcral na analise sociológica das relações entre cidade e ambiente é também limitadora, algo que diversas correntes da sociologia do ambiente, entre outras, têm procurado ultrapassar com propostas que, no essencial, oferecem interpretações de tipo sociocultural acerca do ambiente e dos seus problemas. Propõe-se que o futuro ambiental das cidades terá que ser inevitavelment humano, isto é, pensado não por oposição à natureza mas pensado como natureza

    Monitorização da qualidade ambiental e dinâmicas de participação pública: potencialidades e práticas da monitorização leiga

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    Este texto coloca em destaque um tema que tem permanecido arredado quer da análise sociológica, quer dos sistemas formais de monitorização ambiental: a participação do público na monitorização da qualidade ambiental. Apoiado em três estudos de caso, analisa-se o que se designa de modos de monitorização ambiental leiga com referência a três principais vectores analíticos que são também dimensões de participação pública: o contexto, as novas tecnologias e o treino. O texto conclui que, muito embora todos os modos constituam formas de operacionalizar a ideia de participação pública no contexto da monitorização ambiental, todos têm também vantagens e limites contrastantes e, por vezes, incompatíveis entre si. Propostas de um maior envolvimento do público terão que ser avaliadas em função dos objectivos pretendidos e numa perspectiva de caso-a-caso.Fundação Calouste Gulbenkia

    Ciência, públicos e ambiente: o discurso “científico” dos movimentos de protesto ambiental

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    Utilizando alguns dos instrumentos analítico-conceptuais pertencentes ao campo dos estudos sociais sobre a compreensão pública da ciência, nomeadamente aqueles que se identificam com uma perspectiva crítica ou “situada” acerca dos públicos da ciência, analisam-se os percursos, os discursos e as modalidades de acção de um movimento de protesto ambiental que teve o seu auge em Portugal nos últimos anos da década de 90 do século XX. Dá-se particular atenção à forma como esses actores sociais manuseiam selectivamente o conhecimento científico, integrando-o de uma forma descomprometida no repertório das suas competências. Afirma-se, neste sentido, ser este um processo que não só tende a equilibrar os recursos dos diferentes actores sociais envolvidos nos conflitos, como, pelo lado dos movimentos de protesto ambiental, alarga o âmbito tradicional dos seus recursos de acção, diversificando os níveis de mediação em que podem intervir, bem como as redes de interacção que ficam habilitados a construir

    Declínio funcional cognitivo e hospitalização no idoso

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    O processo de envelhecimento é caracterizado pela presença de défices cognitivos que devem ser avaliados pormenorizadamente para compreender a sua gravidade e prevenir, impedindo a sua evolução para quadros mais graves e patológicos como a demência. A hospitalização contribui para uma maior debilidade/fragilidade do idoso, sendo considerada de grande risco para o declínio da aptidão física e da função cognitiva. Com o objectivo de perceber em que medida o declínio funcional cognitivo se acentua durante a hospitalização em doentes idosos e evidenciar a necessidade de cuidados especializados de Enfermagem de Reabilitação, desenhou-se um estudo exploratório, descritivo e correlacional. Utilizaram-se como instrumentos de avaliação a Medida de Independência Funcional e o Mini Mental State Examination. Foram avaliados em dois momentos, admissão e alta, 51 idosos (75,53±7,16 anos) internados num serviço de Medicina Interna, 53% dos quais eram mulheres. Para as medidas em análise (MIF, MIF subescala cognitiva e MMSE) foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no sentido da diminuição das pontuações da admissão para a alta. Encontraram-se ainda correlações negativas em ambos os momentos entre a idade e a duração do internamento e as pontuações obtidas em todas as medidas. À exceção da MIF subescala cognitiva na admissão, todos os idosos residentes em casa própria ou de familiares obtiveram melhores resultados que os institucionalizados em todas as medidas e ambos os momentos de avaliação. Existem múltiplos factores de risco associados ao declínio funcional cognitivo nos idosos durante a hospitalização que podem ser minimizados ou evitados através de programas de Enfermagem de Reabilitação

    Fidelidade da versão em Português do Sistema de Classificação dos Construtos Pessoais

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    We aim to analyze the reliability of the Portuguese version of the Classification System for Personal Constructs - CSPC (Feixas, Geldschläger & Neimeyer, 2002). That is a system of 53 content categories divided into six basic areas (moral, emotional, relational, personal, intellectual/operational, and values/interests) and two supplemental areas (existential and concrete descriptors). In this study, we adapt to Portuguese language the CSPC, using a sample of 448 constructs extracted from 32 repertory grids, and we analyze the reliability of this classification system. The degree of agreement achieved was excellent. Our findings are similar to those found by the versions of the CSPC in other languages, which demonstrates the reliability of the Portuguese version of the CSPC.Neste estudo pretendemos analisar a fidelidade da versão em português do Sistema de Classificação dos Construtos Pessoais (SCCP), desenvolvido por Feixas, Geldschläger e Neimeyer (2002). Este sistema permite codificar construtos pessoais em 53 categorias agrupadas em áreas temáticas: seis áreas básicas (moral, emocional, relacional, pessoal, intelectual/operacional e valores e interesses) e duas áreas suplementares (existencial e descritores específicos). Para tal, adaptámos para a Língua Portuguesa o SCCP, recorrendo a uma amostra de 448 construtos, extraídos de 32 grelhas de repertório de 32 alunos do Ensino Superior, e analisámos a fiabilidade do sistema de classificação. O acordo inter-juízes encontrado foi considerado excelente. Os resultados deste estudo são similares aos das restantes versões do SCCP, o que reforça a fiabilidade desta versão.(undefined

    Evolução da infeção por neisseria gonorrhoeae em Portugal: avaliação da incidência nos últimos trinta anos

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    Gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) que pode infetar homens e mulheres. É provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que infeta exclusivamente o Homem. Pode causar infeções nos órgãos genitais, reto e garganta. De acordo com os dados publicados em 2008 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma infeção muito comum, especialmente entre os jovens idades 15-24 anos. Qualquer pessoa sexualmente ativa pode ser infetado com gonorreia através de relações sexuais desprotegidas. Alguns homens com gonorreia podem não apresentar sintomas. As mulheres com gonorreia também podem não ter sintomas e, quando presentes, podem ser confundidos com uma infeção vaginal ou das vias urinárias. Em ambos os sexos a infeção pode irradiar pelo organismo causando meningite, endocardite ou artrite. Objetivo: Analisar a evolução da incidência da gonorreia em Portugal nas últimas 3 décadas (1980 a 2013). Metodologia: Foram analisados retrospetivamente os dados da incidência disponíveis na base de dados do Centralized Information System for Infectious Diseases (CISID) da Organização Mundial de Saúde (OMS), relativamente a Portugal e três países do sul da europa (Espanha, Itália e Grécia). Resultados: A análise dos dados em Portugal evidenciou que a média da taxa de incidência da gonorreia nos últimos 33 anos é de 2.1 ± 2.28 (por 100.000 habitantes), sendo que o valor máximo encontrado corresponde a 8.83 (1980) e mínimo de 0.27 (2004). Comparativamente com os países do sul da europa, Portugal é um dos países com menor incidência. Em termos de evolução temporal assiste-se a uma decréscimo acentuado até ao ano de 2004, a partir do qual se verifica uma relativa inflexão desta tendência. Esta é verificada também, e de forma semelhante, nos restantes países analisados. Conclusão: A evolução temporal verificada numa fase inicial do período em estudo poderá justificar-se pela implementação acentuada de programas e medidas preventivas das infeções sexualmente transmissíveis. A partir de 2004/2005 a tendência crescente poderá estar relacionada com o abrandamento dessas medidas. Outro fator potencialmente associado poderá ser a mobilidade populacional verificada nos últimos tempos. A continuidade desta tendência poderá constituir um grave problema de saúde pública.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Os repositórios de dados científicos: estado da arte

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    Relatório desenvolvido no âmbito do projecto Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)O presente estudo está enquadrado nas actividades de 2010 do projecto Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) e assinala o início da sua intervenção no domínio da curadoria dos dados resultantes das actividades de investigação, da sua organização em repositórios de dados científicos e do seu acesso. Para além de recolher informação actualizada sobre o tema e as iniciativas mais relevantes relacionadas com a gestão e acesso aos dados científicos através de repositórios, o objectivo deste documento é também o de informar e orientar o desenvolvimento de um projecto-piloto de repositório de dados científicos que está também previsto no plano de trabalho do projecto RCAAP para 2010.Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP (UMIC)Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN

    Declínio funcional e cognitivo em idosos hospitalizados

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    Aim – Understand if functional and cognitive decline is accentuated during hospitalization in elderly patients. Method – It was design a descriptive and correlational study. The Functional Independence Measure (FIM) and the Mini-Mental State Examination (MMSE) were used. Results – Were evaluated at admission and discharge 51 elderly (75.53 ± 7.16 years), 53% women, admitted in an internal medicine unit with a length of stay of 14.27±6.45 days. For FIM and MMSE were found statistically significant differences with lower scores from admission to discharge. Negative correlations between age and length of stay and the scores of all measures were found. Except for the Cognitive FIM at admission, all elderly residents at home fared better than the institutionalized in all measures. Conclusions – The hospitalization contributes to a greater weakness/frailty of the elderly and is considered high risk for decline in physical fitness and cognitive function.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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