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    Os cigarros eletrônicos e a lesão pulmonar associada ao uso de produtos com cigarro eletrônico ou vaping (EVALI): um problema atual

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    Introdução: Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapes”, “e-cigarettes”, entre outros nomes, foram criados em 2003, e comercializados nos Estados Unidos, em 2006. Inicialmente foram introduzidos como uma alternativa mais segura aos cigarros tradicionais, uma estratégia para interromper o tabagismo. No entanto, esses objetos apresentaram efeito contrário ao anteriormente pretendido, desse modo, os cigarros eletrônicos tornaram-se motivo de preocupação, especialmente em relação ao público adolescente. Recentemente, os dispositivos vaping evoluíram, alcançando sua quarta geração. Esses dispositivos modernos apresentam tensões e temperaturas maiores, as quais produzem mais subprodutos lesivos ao organismo, como metais pesados e compostos orgânicos voláteis. Após algum tempo de sua popularização, relatos de acometimentos pulmonares devido ao uso de cigarro eletrônico começaram a aparecer. Em 2019,  lesões pulmonares em pacientes previamente saudáveis foram diretamente associadas ao uso de cigarros eletrônicos por pesquisadores. Metodologia: revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed, SCIELO e Lilacs, mediante a utilização dos descritores: “cigarro eletrônico", “EVALI” e “complicações do cigarro eletrônico”. Foram selecionados 9 artigos, publicados a partir de 2020. Desenvolvimento: No ano de 2019 foi descrita a Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Produtos com Cigarro Eletrônico ou Vaping (EVALI) ou Lesão Pulmonar Associada a Vaping (VAPI), uma doença respiratória heterogênea que pode acometer o parênquima e causar um dano grave à saúde pulmonar. Por se tratar de uma prática relativamente recente, os mecanismos de lesão pulmonar desencadeados pelo uso de cigarro eletrônico ainda não estão totalmente esclarecidos. Segundo Araújo et al., o uso recorrente do cigarro eletrônico foi associado à hiperreatividade das vias aéreas, à liberação de citocinas ­pró-inflamatórias como IL-8, IL-10 e TNF e à redução da ação antimicrobiana de queratinócitos. Como agravante, foi observado o aumento da concentração de carboxihemoglobina. Em se tratando de diagnóstico, o exame físico dos pacientes com EVALI mostra a recorrência de taquicardia e saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente. Diante do surgimento recente  e  do  avanço  rápido  da  doença,  o  manejo  inicial  de  pacientes  com EVALI,  desde  o  aspecto  admissional  até  o  medicamentoso,  baseou-se  primeiramente  na internação com medidas empíricas: corticosteróides,  antimicrobianos e  terapêutica  antiviral nos quadros severos. Conclusão: É fundamental que os pacientes em uso do cigarro eletrônico sejam orientados quanto às estratégias de cessação do tabagismo, além de aconselhamento comportamental. A educação em saúde deve se direcionar por abordagens educacionais dialógicas e participativas, que integram o processo de aprendizado como uma conversação de saberes entre mestre e aprendiz

    Consumo de feijão, legumes e verduras por adolescentes em idade escolar no município de Montes Claros

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    Introdução: A adolescência é uma fase geralmente marcada pela pouca adesão à alimentação saudável, o que acarreta consequências que impactam na saúde dessa população. Objetivo: Avaliar o consumo de feijão, legumes e verduras por adolescentes em idade escolar no município de Montes Claros MG. Método: Estudo epidemiológico transversal e descritivo, realizado com adolescentes entre 10 e 16 anos do ensino fundamental e médio na rede pública da cidade de Montes Claros, Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada entre os anos de 2016 a 2018. Foi utilizado um questionário estruturado autoaplicável, sendo utilizado o instrumento de Avaliação de alimentação e nutrição segundo Ministério da Saúde, adaptado. A análise dos dados foi feita Statistical Package for Social Sciences for Windows (SPSS, versão 20.0), por meio da análise estatística descrita. Resultados: 494 (77,9%) dos 634 entrevistados consomem 2 ou mais colheres de sopa de feijão por dia ou 5x por semana e 35 (5,5%) consomem 3 ou menos colheres de sopa de legumes e verduras diariamente. 91 escolares (14,4%) não consomem feijão e 418 (65,9%) não consomem nenhum tipo de legume ou verdura. 543 (85,6%) apresentam consumo significativo de feijão, enquanto 216 escolares (34,1%) consome legumes e verduras em números significativos. Conclusão: O estudo evidenciou uma maior frequência do consumo significativo de feijão em adolescentes escolares de Montes Claros (85,6%) e baixo consumo significativo de legumes e verduras (34,1%). A alimentação do adolescente não está de acordo com o recomendado para se ter uma vida mais saudável, e isso pode ser prejudicial a sua saúde futuramente

    Estratégias de prevenção do Câncer de Pele no Brasil

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    Introdução: O câncer de pele é o mais incidente no Brasil e no mundo. O principal fator de risco é a exposição à radiação ultravioleta (UV), que causa dano ao DNA celular e reduz moléculas supressoras. O tipo não melanoma se divide em carcinomas basocelular (CBC) e  espinocelular (CEC), sendo o primeiro mais comum e menos agressivo. O CBC ocorre em áreas expostas ao sol e é mais frequente em homens brancos, > 40 anos. Apresenta-se como placas eritematosas ou nódulos de crescimento lento e de bordas mal demarcadas. O CEC resulta da radiação solar acumulada, podendo surgir a partir de lesões não invasivas, como ceratoses actínicas. Sua maior gravidade deve-se à possibilidade de apresentar metástases. Já o melanoma é caracterizado pela assimetria da lesão e evolução progressiva. Mesmo que menos frequente, é a forma mais grave da doença, pois há alto potencial de metástases. Seu prognóstico pode ser bom, se detectado na fase inicial. Grande parte das neoplasias de pele são identificadas pelo paciente, devendo este ser encaminhado para avaliação de um dermatologista ou cirurgião, que poderão solicitar uma biópsia e definição terapêutica. A cirurgia com margens livres é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia podem ser utilizadas. O câncer de pele pode ser prevenido, sendo importante que a população esteja engajada em adotar comportamentos de proteção e que os profissionais de saúde realizem uma avaliação integral do paciente. O objetivo do estudo é apresentar os panoramas do câncer de pele no Brasil. Metodologia: estudo de revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed e SCIELO, com os descritores: “skin neoplasm" e “tumores da pele”. Foram selecionados 19 artigos publicados a partir de 2010. Discussão: Diante da visualização de lesões cutâneas de aspecto suspeito, a dermatoscopia é uma alternativa. O diagnóstico pode ser aventado de forma clínica pelos especialistas da área, mas a confirmação histológica e a avaliação do subtipo tumoral apenas é feita mediante a realização da biópsia. O tratamento é definido de acordo com o risco de recorrência do tumor em associação às preferências do paciente. A cirurgia micrográfica de Mohs baseia-se em uma avaliação circunferencial completa da margem profunda e periférica. Já quando o quadro trata-se de um CBC de baixo risco, é feita a excisão ampla do local da ferida. Em situações de tumor de alto grau pode-se lançar mão de estratégias, como curetagem e eletrodissecção, imiquimode, terapia fotodinâmica, 5-fluorouracil (5-FU) tópico e radioterapia. O tratamento do melanoma é baseado no estadiamento. A biópsia de linfonodo sentinela pode ser necessária, assim como a terapia adjuvante, com imunoterápicos ou radioterapia. Sabe-se que pacientes com pele clara, efélides (sardas) ou que apresentam queimadura após curto período de exposição solar, devem minimizar a exposição à radiação ultravioleta (UV), a fim de eliminar esse fator de risco. O uso de filtro solar e a redução da exposição ao sol devem ser popularizados. É imprescindível que sejam utilizados artifícios e estratégias para reduzir a incidência dessa doença no cenário brasileiro, a fim de poupar gastos públicos. Conclusão: O câncer de pele é um problema de saúde pública no Brasil e em todo o mundo. A incidência da doença vem aumentando ao longo dos anos e é importante que a população esteja ciente da necessidade de prevenção e diagnóstico precoce

    Importância do manejo adequado da dor para pacientes em cuidados paliativos

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    O artigo em questão é uma revisão sistemática que aborda a importância do manejo adequado da dor em pacientes em cuidados paliativos. A pesquisa foi conduzida em bases de dados como Pubmed, Scielo e BVS, considerando artigos publicados entre 2018 e 2021. O estudo identificou que os principais tipos de dor enfrentados pelos pacientes em cuidados paliativos são dor visceral, dor neuropática e dor musculoesquelética. Além disso, foram encontrados diversos medicamentos utilizados no manejo da dor, como opióides, antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos locais e anti-inflamatórios não esteroides. Para que o manejo da dor seja efetivo, é importante que haja uma abordagem individualizada de cada paciente, levando em conta suas condições clínicas, idade, sintomas e preferências pessoais. Contudo, os efeitos colaterais dos medicamentos também devem ser considerados, pois podem trazer prejuízos à qualidade de vida do paciente. Conclui-se que os cuidados paliativos têm um papel fundamental na melhora da qualidade de vida dos pacientes, principalmente no que se refere ao alívio da dor. Por isso, é importante que haja um esforço conjunto para garantir que esses pacientes recebam o tratamento adequado e personalizado que merecem

    Divulgação do conhecimento científico na área da saúde pelo Podcast Minuto Saúde

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    Um projeto de extensão universitária proporciona aos discentes o desenvolvimento de habilidades essenciais para a carreira e contribui para a comunidade promovendo impacto e transformação social. Visto que as plataformas de divulgação via áudio estão em destaque, atualmente o Podcast: Minuto Saúde, usufruiu das redes sociais para transmitir conhecimento sobre saúde baseado em evidências científicas utilizando uma linguagem compreensiva e concisa. Descrever a experiência de um projeto de extensão universitária utilizando o Podcast como ferramenta para divulgação de conteúdo na área da saúde. Trata-se de um relato de experiência, resultado de um projeto de extensão de uma instituição de ensino superior, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O projeto foi realizado no período entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024. A produção do Podcast foi desenvolvida em três etapas, sendo elas: o planejamento e embasamento teórico; a elaboração de roteiros e gravação dos episódios; e, por fim, sua divulgação nas plataformas Spotify e Instagram e pelo aplicativo WhatsApp. No estudo, foram produzidas quatro temporadas de conteúdos na área da saúde, denominadas, Setembro Amarelo, Outubro Rosa, Novembro Azul e Dezembro Vermelho, contendo dois episódios em cada uma delas, totalizando oito episódios. Estabelecer uma relação entre o meio acadêmico e a sociedade por meio de um Podcast, focado em temáticas relacionadas à promoção de saúde, contribui para sanar dúvidas e reduzir a circulação de notícias falsas, além de favorecer aos acadêmicos desenvolvimento de habilidades de comunicação e crescimento pessoal
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