204 research outputs found
Evaluation of the metabolism of high energy phosphates in patients with Chagas' disease
FUNDAMENTO: Anormalidades do metabolismo miocárdico têm sido observadas em pacientes com insuficiência cardÃaca de diferentes etiologias. A espectroscopia por ressonância magnética (ERM) com fósforo 31 é uma técnica não invasiva que permite a detecção de alterações metabólicas miocárdicas. OBJETIVO: Determinar o metabolismo de repouso dos fosfatos de alta energia em pacientes portadores de doença de Chagas (DC) pela ERM com fósforo 31. MÉTODOS: Foram estudados 39 pacientes com DC, sendo 23 com função ventricular preservada (Grupo FP) e 16 com disfunção ventricular (Grupo DV), avaliados pela ecodopplercardiografia. A ERM da região anterosseptal foi realizada nos 39 pacientes e em 8 indivÃduos normais (Grupo C), por meio de um aparelho Phillips de 1,5 Tesla, obtendo-se a relação fosfocreatina/trifosfato de adenosina beta (PCr/β-ATP) miocárdicos. RESULTADOS: Os nÃveis cardÃacos de PCr/β-ATP estavam reduzidos no Grupo DV em relação ao Grupo FP, e estes apresentaram nÃveis reduzidos em relação ao Grupo C (Grupo DV: 0,89 ± 0,31 vs Grupo FP: 1,47 ± 0,34 vs Grupo C: 1,88 ± 0,08, p < 0,001). Houve correlação entre a fração de ejeção do ventrÃculo esquerdo e a PCr/β-ATP nos 39 pacientes estudados (r = 0,64, p < 0,001). Os pacientes em classe funcional I (n = 22) apresentaram PCr/β-ATP de 1,45 ± 0,35, e aqueles em classes funcionais II e III (n = 17), PCr/β-ATP de 0,94 ± 0,36 (p < 0,001). CONCLUSÃO: A ERM permitiu detectar de forma não invasiva alterações no metabolismo energético em pacientes com DC, mesmo sem disfunção sistólica; tais alterações estavam relacionadas com a gravidade do comprometimento cardÃaco.BACKGROUND: Abnormalities in myocardial metabolism have been observed in patients with heart failure of different etiologies. Magnetic resonance spectroscopy (MRS) with phosphorus-31 is a noninvasive technique that allows detection of myocardial metabolic changes. OBJECTIVE: To determine the resting metabolism of high-energy phosphates in patients with Chagas' disease (CD) by MRS with phosphorus-31. METHODS: We studied 39 patients with CD, 23 with preserved ventricular function (PF Group) and 16 with ventricular dysfunction (VD Group), assessed by Doppler echocardiography. MRS of the anterosseptal region was performed in 39 patients and 8 normal subjects (C Group) through a Phillips 1.5 Tesla device, obtaining the phosphocreatine/beta-adenosine triphosphate myocardial ratio (PCr/β-ATP). RESULTS: The levels of cardiac PCr/β-ATP were reduced in VD Group in relation to PF Group, and the latter presented reduced levels compared to C Group (VD Group: 0.89 ± 0.31 vs PF Group: 1.47 ± 0.34 vs C Group: 1.88 ± 0.08, p < 0.001). A correlation was found between left ventricular ejection fraction and PCr/β-ATP in 39 patients (r = 0.64, p < 0.001). Patients under functional class I (n = 22) presented PCr/β-ATP of 1.45 ± 0.35, and those in functional classes II and III (n = 17), PCr/β-ATP of 0.94 ± 0.36 (p < 0.001). CONCLUSION: The 31-phosphorus MRS was able to detect non-invasively changes in the rest energy metabolism of patients with Chagas' disease, with and without systolic dysfunction. These changes were related to the severity of heart impairment
Do Diabetic Patients with Acute Coronary Syndromes Have a Higher Threshold for Ischemic Pain?
Background: Data from over 4 decades have reported a higher incidence of silent infarction among patients with diabetes mellitus (DM), but recent publications have shown conflicting results regarding the correlation between DM and presence of pain in patients with acute coronary syndromes (ACS). Objective: Our primary objective was to analyze the association between DM and precordial pain at hospital arrival. Secondary analyses evaluated the association between hyperglycemia and precordial pain at presentation, and the subgroup of patients presenting within 6 hours of symptom onset. Methods: We analyzed a prospectively designed registry of 3,544 patients with ACS admitted to a Coronary Care Unit of a tertiary hospital. We developed multivariable models to adjust for potential confounders. Results: Patients with precordial pain were less likely to have DM (30.3%) than those without pain (34.0%; unadjusted p = 0.029), but this difference was not significant after multivariable adjustment, for the global population (p = 0.84), and for subset of patients that presented within 6 hours from symptom onset (p = 0.51). In contrast, precordial pain was more likely among patients with hyperglycemia (41.2% vs 37.0% without hyperglycemia, p = 0.035) in the overall population and also among those who presented within 6 hours (41.6% vs. 32.3%, p = 0.001). Adjusted models showed an independent association between hyperglycemia and pain at presentation, especially among patients who presented within 6 hours (OR = 1.41, p = 0.008). Conclusion: In this non-selected ACS population, there was no correlation between DM and hospital presentation without precordial pain. Moreover, hyperglycemia correlated significantly with pain at presentation, especially in the population that arrived within 6 hours from symptom onset
Terapia de ressincronizaçao cardÃaca na cardiomiopatia chagásica crônica: boa resposta clÃnica e pior prognóstico
Os efeitos da terapia de ressincronizaçao cardÃaca (TRC) em pacientes com cardiomiopatia isquêmica (CMI) e dilatada (CMD) sao bem conhecidos. Entretanto, faltam evidências cientÃficas da TRC na cardiomiopatia chagásica crônica (CCC).
OBJETIVO: avaliar o comportamento clÃnico de pacientes submetidos à TRC, considerando a importância da CCC.
MÉTODO: no perÃodo de janeiro de 2005 a dezembro de 2007 foram incluÃdos 343 pacientes em seguimento clÃnico na Unidade de Estimulaçao CardÃaca do Instituto do Coraçao, submetidos a intervençao cirúrgica relacionada à TRC. A análise estatÃstica de previsores de mortalidade foi realizada por regressao logÃstica com seleçao stepwise, incluindo variáveis com pNew York Heart Association, cardiopatia, tipo de bloqueio de ramo, parâmetros ecocardiográficos, medicaçoes em uso e óbito.
RESULTADOS: foram selecionados 343 pacientes, 65% do sexo masculino, com idade média de 59,7 ± 12,3 anos e seguimento médio de 4,2 ± 2,7 anos após a TRC. A CF pré-implante foi II em 18,3%, III em 64,5% e IV em 17,3%. A fraçao de ejeçao média do ventrÃculo esquerdo foi de 27,66 ± 8,99. A cardiopatia de base distribuiu-se em: CMD em 35%; CMI em 29,4%; CCC em 22,4% e outras etiologias em 13,1%. A taxa de melhora da classe funcional após a TRC foi semelhante, independente da cardiopatia, mas a CCC mostrou pior prognóstico (odds ratio=3,03; IC 95%, 1,15-7,97, pCONCLUSAO: pacientes com CCC submetidos à TRC apresentam melhora sintomática, porém o risco de óbito é três vezes maior em comparaçao com as outras cardiopatias
Diltiazem as an Alternative to Beta-blocker in Coronary Artery Computed Tomography Angiography
FUNDAMENTO: A redução da frequência cardÃaca (FC) na angiografia por tomografia das artérias coronarianas (ATCCor) é fundamental para a qualidade de imagem. A eficácia dos bloqueadores de cálcio como alternativas para pacientes com contraindicações aos betabloqueadores não foi definida. \ud
OBJETIVOS: Comparar a eficácia na redução da FC e variabilidade RR do metoprolol e diltiazem na ATCCor. \ud
MÉTODOS: Estudo prospectivo, randomizado, aberto, incluiu pacientes com indicação clÃnica de ATCCor, em ritmo sinusal, com FC>70bpm e sem uso de agentes que interferissem com a FC. Cinquenta pacientes foram randomizados para grupos: metoprolol IV 5-15 mg ou até FC≤60 bpm(M), e diltiazem IV 0,25-0,60mg/kg ou até FC≤60 bpm (D). Pressão arterial (PA) e FC foram aferidas na condição basal, 1min, 3min e 5min após agentes, na aquisição e após ATCCor. \ud
RESULTADOS: A redução da FC em valores absolutos foi maior no grupo M que no grupo D (1, 3, 5min, aquisição e pós-exame). A redução percentual da FC foi significativamente maior no grupo M apenas no 1 min e 3 min após inÃcio dos agentes. Não houve diferença no 5 min, durante a aquisição e após exame. A variabilidade RR percentual do grupo D foi estatisticamente menor do que a do grupo M durante a aquisição (variabilidade RR/ FC média da aquisição). Um único caso de BAV, 2:1 Mobitz I, revertido espontaneamente ocorreu (grupo D). \ud
CONCLUSÃO: ConcluÃmos que o diltiazem é uma alternativa eficaz e segura aos betabloqueadores na redução da FC na realização de angiografia por tomografia computadorizada das artérias coronarianas. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)Background: Reducing heart rate (HR) in CT angiography of the coronary arteries (CTACor) is critical to image quality. The effectiveness of calcium channel blockers as alternatives for patients with contraindications to beta-blockers has not been established. Objectives: To compare the efficacy in the reduction of HR and RR variability of metoprolol and diltiazem in CTACor. Methods: Prospective, randomized, open study that included patients with clinical indication of CTACor in sinus rhythm with HR > 70 bpm and no use of agents that could interfere with HR. Fifty patients were randomized to the groups: metoprolol IV 5-15 mg or up to HR <= 60 bpm (M), and diltiazem IV 0.25 to 0.60 mg/kg or up to HR <= 60 bpm (D). Blood pressure (BP) and HR were measured at baseline, 1 minute, 3 minutes and 5 minutes after the agents, at the acquisition and after CTACor. Results: HR reduction in absolute values was higher in group M than in group D (1, 3, 5 min, acquisition and post-test). The percentage reduction of HR was significantly higher in group M only 1 min and 3 min after the start of the agents. There was no difference in 5 min at acquisition and after examination. The percentage RR variability in group D was lower than that in group M during acquisition (RR variability/mean HR of acquisition). A single case of AVB, 2:1 Mobitz I occurred, which was spontaneously reverted (group D). Conclusion: We conclude that diltiazem is an effective and safe alternative to beta-blockers in the reduction of HR when performing computed tomography angiography of coronary arteries. (Arq Bras Cardiol 2012;99(2):706-713)Fundacao ZerbiniFundacao ZerbiniCNPqCNPq [305569/2007-4
Terapia de ressincronizaçao cardÃaca na cardiomiopatia chagásica crônica: boa resposta clÃnica e pior prognóstico
Os efeitos da terapia de ressincronizaçao cardÃaca (TRC) em pacientes com cardiomiopatia isquêmica (CMI) e dilatada (CMD) sao bem conhecidos. Entretanto, faltam evidências cientÃficas da TRC na cardiomiopatia chagásica crônica (CCC).
OBJETIVO: avaliar o comportamento clÃnico de pacientes submetidos à TRC, considerando a importância da CCC.
MÉTODO: no perÃodo de janeiro de 2005 a dezembro de 2007 foram incluÃdos 343 pacientes em seguimento clÃnico na Unidade de Estimulaçao CardÃaca do Instituto do Coraçao, submetidos a intervençao cirúrgica relacionada à TRC. A análise estatÃstica de previsores de mortalidade foi realizada por regressao logÃstica com seleçao stepwise, incluindo variáveis com pNew York Heart Association, cardiopatia, tipo de bloqueio de ramo, parâmetros ecocardiográficos, medicaçoes em uso e óbito.
RESULTADOS: foram selecionados 343 pacientes, 65% do sexo masculino, com idade média de 59,7 ± 12,3 anos e seguimento médio de 4,2 ± 2,7 anos após a TRC. A CF pré-implante foi II em 18,3%, III em 64,5% e IV em 17,3%. A fraçao de ejeçao média do ventrÃculo esquerdo foi de 27,66 ± 8,99. A cardiopatia de base distribuiu-se em: CMD em 35%; CMI em 29,4%; CCC em 22,4% e outras etiologias em 13,1%. A taxa de melhora da classe funcional após a TRC foi semelhante, independente da cardiopatia, mas a CCC mostrou pior prognóstico (odds ratio=3,03; IC 95%, 1,15-7,97, pCONCLUSAO: pacientes com CCC submetidos à TRC apresentam melhora sintomática, porém o risco de óbito é três vezes maior em comparaçao com as outras cardiopatias
Evoluçao de crianças com idade inferior a 2 anos submetidas a implante de marcapasso cardÃaco permanente
A estimulaçao epicárdica predomina no implante de marcapasso em crianças pequenas.
OBJETIVO: revisar a evoluçao de pacientes menores de dois anos submetidos a estimulaçao epimiocárdica após a alta hospitalar e até uma década.
MÉTODO: Estudo de coorte histórica entre 1997 e 2010 que incluiu 34 pacientes, 22 (64,7%) do sexo feminino e 12 (35,3%) do masculino, com idades variando de 1 dia a 22 meses, submetidos a implante de marcapasso utilizando cabo-eletrodo epimiocárdico sem sutura e gerador unicameral (VVI). A arritmia predominante foi o bloqueio atrioventricular (n=30; 88,2%); 29 (85,3%) tinham cardiopatia estrutural e 22 (67,4%) haviam sido previamente submetidos a cirurgia cardÃaca. Acompanhados durante um tempo médio de 60,5 meses, tiveram registrados os eventos adversos e calculada a probabilidade de sobrevida conforme Kaplan-Meyer.
RESULTADOS: Ocorreram três óbitos (8,8%) por infecçao, cirurgia cardÃaca ou mal súbito. A mortalidade foi superior naqueles sem cirurgia cardÃaca prévia (16,7% versus 4,5%). Ao longo do acompanhamento, cinco pacientes (14,7%) necessitaram de nova intervençao, dois por infecçao e três para reimplante de cabo-eletrodo. Um dos pacientes submetidos a nova intervençao por infecçao evoluiu para óbito. A probabilidade de sobrevida foi de 93,8% no primeiro ano e 90,3% até 10º ano. A sobrevida livre de eventos adversos foi de 90,8% no primeiro ano, 79,8% do 5º ao 9º e 66,5% no 10º ano.
CONCLUSAO: Os resultados evidenciam sobrevida satisfatória das crianças após o implante epicárdico, especialmente aquelas com cirurgia cardÃaca prévia. O implante de cabo-eletrodo epimiocárdico merece cuidados adicionais em pacientes com estatura reduzida, malformaçoes cardÃacas especÃficas, acesso dificultado à veia cava superior ou com procedimento cirúrgico associado
Evoluçao de crianças com idade inferior a 2 anos submetidas a implante de marcapasso cardÃaco permanente
A estimulaçao epicárdica predomina no implante de marcapasso em crianças pequenas.
OBJETIVO: revisar a evoluçao de pacientes menores de dois anos submetidos a estimulaçao epimiocárdica após a alta hospitalar e até uma década.
MÉTODO: Estudo de coorte histórica entre 1997 e 2010 que incluiu 34 pacientes, 22 (64,7%) do sexo feminino e 12 (35,3%) do masculino, com idades variando de 1 dia a 22 meses, submetidos a implante de marcapasso utilizando cabo-eletrodo epimiocárdico sem sutura e gerador unicameral (VVI). A arritmia predominante foi o bloqueio atrioventricular (n=30; 88,2%); 29 (85,3%) tinham cardiopatia estrutural e 22 (67,4%) haviam sido previamente submetidos a cirurgia cardÃaca. Acompanhados durante um tempo médio de 60,5 meses, tiveram registrados os eventos adversos e calculada a probabilidade de sobrevida conforme Kaplan-Meyer.
RESULTADOS: Ocorreram três óbitos (8,8%) por infecçao, cirurgia cardÃaca ou mal súbito. A mortalidade foi superior naqueles sem cirurgia cardÃaca prévia (16,7% versus 4,5%). Ao longo do acompanhamento, cinco pacientes (14,7%) necessitaram de nova intervençao, dois por infecçao e três para reimplante de cabo-eletrodo. Um dos pacientes submetidos a nova intervençao por infecçao evoluiu para óbito. A probabilidade de sobrevida foi de 93,8% no primeiro ano e 90,3% até 10º ano. A sobrevida livre de eventos adversos foi de 90,8% no primeiro ano, 79,8% do 5º ao 9º e 66,5% no 10º ano.
CONCLUSAO: Os resultados evidenciam sobrevida satisfatória das crianças após o implante epicárdico, especialmente aquelas com cirurgia cardÃaca prévia. O implante de cabo-eletrodo epimiocárdico merece cuidados adicionais em pacientes com estatura reduzida, malformaçoes cardÃacas especÃficas, acesso dificultado à veia cava superior ou com procedimento cirúrgico associado
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