4 research outputs found

    El extraordinario del río São Francisco y la incertidumbre del coronavírus

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    A partir do trabalho de campo realizado entre os ribeirinhos do município de Ponto Chique, no norte de Minas Gerais, busca-se refletir sobre como as incertezas constituem um modo de ser ribeirinho e nos ajuda a pensar sobre esse momento em que vivemos em estado de suspensão pelo coronavírus. As dinâmicas das águas impõem um modo de estar no mundo cercado de ambiguidades e a presença do vírus torna-se mais um elemento que integra a rede de sociabilidade ribeirinha. Opondo-se a uma ideia de controle da natureza, Olímpio e seus companheiros de vazante respeitam a natureza de cada ser e nos ensinam a interagir e nos relacionar com as diferentes espécies que habitam os territórios.Basado en el trabajo de campo realizado entre los ribereños del municipio de Ponto Chique, en el norte de Minas Gerais, el artículo reflexiona sobre cómo las incertidumbres constituyen una forma de ser de las poblaciones quienes viven cerca a los ríos y nos ayudan a pensar en este momento en el que vivimos en un estado de suspensión por el Coronavirus. La dinámica de las aguas impone una forma de estar en el mundo rodeada de ambigüedades y la presencia del virus se convierte en un elemento más que integra la red de sociabilidad fluvial. Oponiéndose a la idea de control de la naturaleza, Olimpio y sus compañeros respetan la naturaleza de cada ser y nos enseñan a interactuar y relacionarnos con las diferentes especies que habitan los territorios.Based on the fieldwork carried out among the riverside residents of Ponto Chique, northern Minas Gerais,  the article aims to reflect on how uncertainties constitute a way of being riverside and help us to think about this moment in that we live in a state of suspension by the Coronavirus. The dynamics of the waters impose a way of being in the world surrounded by ambiguities and uncertainties and the presence of the virus becomes another invisible element that integrates the riverside social network. Opposing an idea of nature control, Olímpio and his companions respect the nature of each being and teach us to interact and relate to the different species that inhabit the territories

    The imponderable of life and the imponderable of the river : the São Francisco river as a moving stage

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    A partir do trabalho de campo realizado com os ribeirinhos do município de Ponto Chique, no norte de Minas Gerais (Brasil), busca-se articular performances e práticas culturais às dinâmicas das águas do rio São Francisco. Durante a chegada da pandemia no local, em 2020, foi possível perceber a entrada de um outro ator que tomou conta dos diálogos na beira do rio: o Coronavírus. Morte e travessia foram temas recorrentes confirmando a tragédia que se anunciava na cidade. Mas ao se opor à ideia de controle da natureza, os ribeirinhos respeitam a natureza de cada ser e nos ensinam a interagir e nos relacionar com as diferentes espécies que habitam os territórios.A partir del treball de camp realitzat amb la gent riberenca del municipi de Ponto Chique, al nord de Minas Gerais (Brasil), es busca articular actuacions i pràctiques culturals a la dinàmica de les aigües del riu São Francisco. La proposta és reflexionar sobre la teatralitat dels riberencs al port de la ciutat com a forma de fer front a les incerteses d'una vida en constant remodelació com el moviment del riu. Les inundacions, els encreuaments, els fluxos i els contracorrents configuren i influeixen en diàlegs, gestos i sons i mostren la relació potencial entre rendiment i ecosistema. Durant la investigació s'ha comprovat que, en comptes de subordinar-se a una visió fixa de la vida, la gent del riu, a través de les seves representacions o actuacions, s'obre a la condició de virtualitat i mobilitat, dinamitzant la vida social. En aquest món en constant canvi, els riberencs també ens ensenyen a respectar la naturalesa de cada ésser i a relacionar-nos amb les diferents espècies que habiten els territoris.From the field work carried out with riverside dwellers in the municipality of Ponto Chique, in the north of Minas Gerais (Brazil), an attempt is made to articulate imagery and performance with the dynamics of the waters of the São Francisco River. During the arrival of the pandemic at the site, in 2020, it was possible to notice the entry of another actor who took over the dialogues on the riverbank: the Coronavirus. Death and crossing were recurrent themes confirming the tragedy that was being announced in the city. But by opposing the idea of controlling nature, the riverside dwellers respect the nature of each being and teach us to interact and relate to the different species that inhabit the territories.A partir del trabajo de campo realizado con los ribereños del municipio de Ponto Chique, en el norte de Minas Gerais (Brasil), buscamos articular actuaciones y prácticas culturales a la dinámica de las aguas del río São Francisco. La propuesta es reflexionar sobre la teatralidad de los ribereños en el puerto de la ciudad como forma de manejar las incertidumbres de una vida en constante remodelación al igual que el movimiento del río. Inundaciones, cruces, flujos y contracorrientes moldean e influyen en diálogos, gestos y sonidos y muestran la relación potencial entre performance y ecosistema. Durante la investigación se constató que, en lugar de estar subordinados a una visión fija de la vida, los ribereños, a través de sus representaciones o performances, se abren a la condición de virtualidad y movilidad, dinamizando la vida social. En este mundo en constante cambio, los ribereños también nos enseñan a respetar la naturaleza de cada ser ya interactuar con las diferentes especies que habitan los territorios.A partir do trabalho de campo realizado com os ribeirinhos do município de Ponto Chique, no norte de Minas Gerais (Brasil), busca-se articular performances e práticas culturais às dinâmicas das águas do rio São Francisco. Durante a chegada da pandemia no local, em 2020, foi possível perceber a entrada de um outro ator que tomou conta dos diálogos na beira do rio: o Coronavírus. Morte e travessia foram temas recorrentes confirmando a tragédia que se anunciava na cidade. Mas ao se opor à ideia de controle da natureza, os ribeirinhos respeitam a natureza de cada ser e nos ensinam a interagir e nos relacionar com as diferentes espécies que habitam os territórios

    Filmação e representação: o audiovisual nas montagens de performance do batuque de Ponto Chique – MG

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    This article discusses how the production of a film with the Ponto Chique batuque and other nearby batuque groups, connected by the Sao Francisco river, mobilizes social and aesthetic processes, in other words, how the film while a process of production and exhibition takes part in this relation between aesthetic drama, social drama and ritual drama. From the dialogue with authors of performance theory, the starting point is to discuss categories such as representation, drama and "montagem", comprehending the 'filmacao' as the materialization of this fluid space where the batuqueira/vazanteira culture builds upon. Using the ethnography method, the article wants to reflect on the relations between the batuqueiras montages and the film montage as fiction and friction between the past and the present. The article works with the hypothesis that the fragments of the past organizes the filming timing and can constitute a temporality specific of the batuques.O presente artigo discute como a produção de um filme com o batuque de Ponto Chique e outros grupos de batuques vizinhos, ligados pelo rio São Francisco, mobiliza processos sociais e estéticos, ou seja, como o filme, enquanto processo de produção e exibição, se insere nessa relação entre drama estético, drama social e drama ritual. A partir do diálogo com autores da teoria da performance, o ponto de partida é discutir categorias como representação, drama e montagem, compreendendo a filmação como a materialização desse espaço fluido onde se assenta a cultura batuqueira/vazanteira.  A partir do uso das imagens enquanto método etnográfico, o artigo busca refletir sobre as relações entre as montagens batuqueiras e as montagens do filme como ficção e fricção entre passado e presente. Opera-se com a hipótese de que os fragmentos do passado organizam o tempo fílmico e podem constituir uma temporalidade própria dos batuques

    Sismologia de mundos em performance

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    This article presents the dossier “Worlds in Performance”, an outcome of the event “Seismology of Performance: 20 years Napedra”, which took place in 2021. Attention is directed to the “performative turn” and its seismic effects on anthropology and other fields of research. Horizons of knowledge expand, subverting notions of space, and imploding conceptions of time. The fragile and ephemeral, yet potentially powerful and explosive dimensions of bodily action spark the anthropological imagination. From bodily senses worlds of sense in friction are created. In performance, worlds are formed and disappear. Whirlpools of performance show traces of worlds yet to be. In Brazil, effects of this “performative turn” are revealed in the creation of Napedra – The Research Center in Anthropology, Performance, and Drama, and of other leading groups in anthropology and performance. They are also revealed in this dossier, which explores some of the whirlpools of worlds in performance.Este texto apresenta o dossiê “Mundos em Performance”, um dos desdobramentos do evento “Sismologia da performance: Napedra 20 anos”, realizado em 2021. Em foco, a “virada performativa” e seus efeitos sísmicos na antropologia e outros campos do saber. Horizontes se ampliam, subvertendo noções de campo e espaço e implodindo concepções de tempo. As atenções se voltam à ação surpreendente, frágil e efêmera, mas potencialmente poderosa e explosiva dos corpos. Dos sentidos dos corpos, criam-se e se friccionam os sentidos de mundos. Em performance, mundos se formam e desaparecem. Em remoinhos, encontram-se os que ainda não vieram a ser, mas que podem surgir. No Brasil, os efeitos de uma “virada performativa” se revelam na criação do Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (Napedra), de outros grupos de referência no campo da antropologia e performance e neste dossiê, que procura explorar alguns dos remoinhos de mundos em performance
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