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    Hemorragia subaracnóidea - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico

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    A hemorragia subaracnóidea (HS) é uma doença de elevada morbimortalidade e constitui uma emergência neurológica; as principais etiologias envolvidas são a doença aneurismática e o traumatismo crânio encefálico (TCE). Outras causas menos comuns de HS incluem anormalidades vasculares congênitas, infecções, doenças autoimunes, uso excessivo de drogas ou álcool e uso de anticoagulantes. Outrossim, os sintomas mais comuns da HS incluem dor de cabeça grave, náuseas, vômitos e tontura; em alguns casos, a pode levar à paralisia das extremidades, alterações de comportamento, convulsões ou coma. O exame de tomografia computadorizada (TC) contribui para o diagnóstico da HS, pois possibilita a visualização de características típicas dessa doença, como o edema perilesional, o aumento da incisura de Silvio e a presença de calcificações. Outros fatores que ajudam no diagnóstico são a anamnese e a avaliação clínica. A anamnese pode fornecer dados importantes, como o tempo de duração dos sintomas, a presença de fatores desencadeantes, a presença de outros sintomas e o histórico familiar. A avaliação clínica também é importante, pois a presença de sinais neurológicos focais pode indicar um maior risco de complicações associadas com a HS. Ademais, o tratamento é baseado na causa, mas geralmente envolve o uso de medicamentos, cirurgia ou terapia de reabilitação; em casos de cefaleia secundária a tumores, as principais abordagens são medicamentosas e cirúrgicas. O tratamento medicamentoso pode ser feito com o uso de analgésicos e/ou antidepressivos que aliviam os sintomas. Porém, em caso de tumores malignos, a cirurgia é necessária para remover o tumor, seguida por radioterapia ou quimioterapia. Em suma, a abordagem do paciente com cefaleia depende da etiologia e dos sinais de alarme associados. É importante realizar um diagnóstico preciso para que o tratamento seja adequado e eficaz

    Síndrome dos ovários policísticos: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e condutas terapêuticas

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    A síndrome dos ovários policísticos (SOP), caracteriza-se por uma das endocrinopatias mais comuns na vida das mulheres no período da menacme, afetando cerca de 8% a 13% dessa população. Consiste em uma patologia cada vez mais prevalente, a qual afeta significativamente o bem-estar e a qualidade de vida daquelas que convivem com a síndrome, estando associada ao risco de desenvolvimento de complicações a longo prazo, como subfertilidade/infertilidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica e até mesmo câncer de endométrio. Etiologicamente, sabe-se que a SOP é multifatorial e está relacionada com fatores genéticos, ambientais, epigenéticos, hormonais, entre outros. A patogênese ainda carece de esclarecimentos, contudo sabe-se que está relacionada ao hiperandrogenismo a nível ovariano e à hiperinsulinemia, agravada pela resistência insulínica adquirida pela obesidade, que é comum ser observada nessa população. Devido aos vários fenótipos da SOP e da diversidade sintomatológica observada, usualmente, é subdiagnosticada e não tratada ou tem o manejo estabelecido tardiamente e sintomático. Em virtude da variedade etiológica da SOP, a epidemiologia é variada, e a incidência depende de diversos fatores. Ademais, a depender da etiologia da SOP e da evolução do quadro, o manejo terapêutico e o prognóstico são diferentes. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, tardio. Contudo, a avaliação inicial deve ser feita seguindo o critério de Rotterdam, sendo necessários 2 dos 3 critérios para confirmação do diagnóstico. Apesar de ser o mais usado, também existem outros critérios para o diagnóstico. O manejo terapêutico é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e possíveis complicações. Pode-se utilizar o tratamento farmacológico ou cirúrgico, a depender de cada caso. Vale salientar a importância das mudanças de estilo de vida, incentivando a prática de exercícios físicos e a adoção de uma dieta saudável, o que demonstra resultados promissores
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