7 research outputs found

    Variação sazonal da temperatura corpórea no lagarto Teiú, Tupinambis merianae (Squamata, Lacertilia, Teiidae)

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    Com o propósito de obter um perfil da variação sazonal e diária da temperatura corpórea (Tc) do lagarto teiú, T. merianae, sensores/ registradores de temperatura (data-loggers) foram cirurgicamente implantados, em oito espécimes adultos de ambos os sexos.Os lagartos foram mantidos em baias ao ar livre e acompanhados durante um ano. As temperaturas dos microambientes ao sol, na sombra e na toca foram igualmente registradas. A Tc dos teiús mostrou variação sazonal e diária relacionadas às mudanças nas temperaturas dos microambientes e aos ajustes fisiológicos nas taxas de aquecimento e de resfriamento. A Tc média diária seguiu um ritmo circadiano, com temperaturas mínimas no início da manhã, aumento entre 12h e 16h e queda gradual ao final da tarde. A Tc media diária de atividade durante a estação de atividade (agosto/dezembro) ficou em 33,6oC l 1,4 oC. A taxa média de aquecimento foi cinco vezes maior que a de resfriamento durante a estação de atividade, o que permitiu ao animal manter sua Tc acima da temperatura do abrigo e da sombra. Com o declínio da temperatura ambiente em meados do outono, os teiús entram nos abrigos e o ritmo circadiano de variação da Tc diminuiu. Durante a estação de dormência, a Tc máxima diária foi de 20,1oC l 0,7oC e seguiu a variação térmica do abrigo. Durante a estação de atividade, T. merianae controla sua Tc por termorregulação. Nos meses frios o teiú entra em dormência com a queda da Tc, que acompanha passivamente a temperatura da toca.In order to obtain a profile of the seasonal and daily variation of the body temperature (Tc) of the tegu lizard, Tupinambis merianae, TidBit® electronic data loggers (temperature probes) were surgically implanted in eight adult individuals. The lizards were kept in outdoor pens and monitored over a one year period. Teguþs body temperature showed seasonal and daily variations, which were related to the changes in the temperatures of the microhabitats (sun, shade, and burrow) and, possibly, to changes in heating and cooling rates. The daily average Tc followed a circadian rhythm characterized by lowest temperatures occurring at dawn, then temperature rapidly increases from soon after sunrise until noon, Tc is then maintained in high levels until late afternoon (~16h) when the lizards stop activity, retreat to the burrow, and let body temperature to drop. The mean Tc experienced by the tegus during activity at the warm season (August/December) was 33.6 oC l 1,4 oC. During the active season, the heating rate of the lizards during the morning was five times greater than the cooling rate experienced during the night. As a result, tegus seems to be able to maintain their Tc above the temperature of the burrow and of the shade along the night time. With declining air temperatures towards the end of autumn, tegus enter their burrows, goes into dormancy, and the circadian rhythm in Tc become less prominent. During this season, Tc followed passively the variation of the burrowþs temperature.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq

    A saúde mental e a produtividade, durante o período de trabalho remoto, das(os) Técnicas(os) Administrativos em Educação da UFPR, UTFPR e Unila.

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    Uma preocupação das relações de trabalho, seja na modalidade presencial seja no remoto emergencial, é a saúde do trabalhador. Para além dos aspectos físicos, é necessário que os gestores de pessoal também olhem para o lado socioemocional dos profissionais. A fim de entender melhor o problema de saúde mental dentro das universidades, mais especificamente no contexto da pandemia de Covid-19, aplicamos duas pesquisas de opinião com técnicos administrativos em educação – TAE de três universidades públicas federais no Paraná, a saber, Universidade Federal do Paraná, Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Universidade Federal da Integração Latino-Americana. As pesquisas ocorreram entre os anos de 2020 e 2021 e foram organizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná. Os questionários foram aplicados online, através do software SurveyMonkey. Na 1ª fase (2020) registrou-se 804 respostas e na 2ª fase (2021) 609 respostas. Os principais resultados foram os seguintes. Em relação à saúde mental na 1ª fase 52% dos entrevistados disseram não ter percebido alterações, 48% citaram alguns problemas, sendo utilizados em questões específicas na 2ª fase como: ansiedade (48%), seguida por perda de noção do tempo (35%), desmotivação (34%), maior tristeza do que o normal (28%), insônia (27%), dores de cabeça (22%) e outros (11%). Na 2ª fase, as mulheres apresentaram um percentual ligeiramente maior de problemas relacionados à saúde mental (54%) em relação aos homens (51%). Quanto a produtividade, comparando os períodos de trabalhos remoto e presencial, na 1ª fase, 41% observaram aumento da sua produtividade, 40% mantiveram o desempenho e 19% perceberam diminuição. Na 2ª fase, 44% mantiveram a produtividade, 38% perceberam aumento e 19% voltaram a perceber queda. Demandas explicitas ou implícitas, de chefias, de colegas ou pelo próprio individuo para aumento da produtividade podem estar relacionadas aos problemas de saúde mental observados pelos respondentes. Em relação ao recorte de gênero, onde as mulheres relataram um percentual maior de problemas de saúde mental hipotetizou-se que as horas e a produção do trabalho no modelo remoto podem ser impactadas pelas atividades diárias e responsabilidades domiciliares que historicamente impactam mais as mulheres. Salienta-se que a produtividade deve ter um limite, visando a saúde e o bem-estar individual, o qual age sobre a qualidade das interações sociais inclusive na vida profissional. Os bons parâmetros em saúde mental devem ser uma meta cobrada pelos TAE junto aos gestores das nossas Instituições

    Foraminíferos bentônicos na plataforma continental da Bacia de Campos

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    Visando caracterizar a plataforma continental da Bacia Sedimentar de Campos com base em foraminíferos bentônicos no período seco (ressurgências menos frequentes) de 2008 e chuvoso (ressurgências mais frequentes) de 2009, foram estudadas amostras distribuídas em transectos perpendiculares à costa, provenientes de cinco isóbatas (25, 50, 75, 100 e 150 m). Os sedimentos (0 a 2 cm) foram coletados em triplicata, fixados em formol a 4% tamponado com bórax, corados com Rosa Bengala e lavados em peneira de 63 μm. Em laboratório realizou-se a triagem sob lupa para retirar todas as carapaças com célula corada. Análises de agrupamento e de escalonamento multidimensional não métrico (NMDS) permitiram reconhecer diferentes ambientes e com análises fatoriais investigou-se as relações entre biota e dados ambientais. As variáveis-resposta quantitativas foram biomassa e abundância. No total foram identificados 519 táxons de foraminíferos e a estrutura das associações (densidade, diversidade, dominância, equitabilidade). O padrão de distribuição espacial dos foraminíferos está fortemente associado à profundidade, aos sedimentos, à disponibilidade e qualidade de matéria orgânica. Análises integradas dos períodos identificaram três áreas principais; a Análise de Espécies Indicadoras (ISA) permitiu reconhecer as principais espécies de cada área: (i) Plataforma interna – 25 e 50 m, sedimentos predominantemente siliciclásticos, predomínio de espécies epifaunais positivamente correlacionadas com areia, maior temperatura e maior concentração de clorofila a; (ii) Área de ressurgências – predomínio de espécies infaunais positivamente correlacionadas com lama, feofitina a e carbono orgânico total; (iii) Plataforma média-externa – 75 a 150 m, características predominantemente oligotróficas, sedimentos (areia, cascalho e lama) bem selecionados e com alto teor de carbonato; espécies positivamente correlacionadas com o carbono orgânico total. Foraminíferos fitodetritívoros indicaram outras áreas de ressurgência associadas a intrusões da Água Central do Atlântico Sul (ACAS), próximo ao Cabo de São Tomé e ao norte da área estudada, provavelmente influenciada pelo vórtice de Vitória. A biomassa na plataforma interna foi similar à de outras áreas investigadas, mas valores nas plataformas média e externa foram mais altos que o esperado para uma região oligotrófica sazonalmente mesotrófica. Curvas de abundância e biomassa indicaram que as áreas de ressurgência mostram perturbação moderada, assim como a área de plataforma interna que apresenta indícios de perturbação moderada a forte, dependendo do período avaliado.Fil: Trevisan Disaró, Sibelle. Universidade Federal do Paraná; BrasilFil: Aluizio, Rodrigo. Universidade Federal do Paraná; BrasilFil: Ribas, Elis Regina. Universidade Federal do Paraná; BrasilFil: Pupo, Daniel Vicente. Universidade Federal do Paraná; BrasilFil: Rodriguez Tellez, Ingrid. Universidade Federal do Paraná; BrasilFil: Watanabe, Silvia. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Parque Centenario. Museo Argentino de Ciencias Naturales "Bernardino Rivadavia"; ArgentinaFil: Totah, Violeta Ines. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Parque Centenario. Museo Argentino de Ciencias Naturales "Bernardino Rivadavia"; ArgentinaFil: Apostolos Machado Koutsoukos, Eduardo. No especifíca
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