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Estado nutricional e consumo alimentar de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista de um centro de referência de um município do sul do Brasil.
Objetivo: Foi descrever e comparar o estado nutricional e o consumo alimentar decrianças e adolescentes, alunos de um centro educacional especializado. Métodos :Estudo transversal, cuja coleta de dados ocorreu entre 2015 e 2019, através de umquestionário com dados sociodemográficos e antropométricos. O estado nutricional foiavaliado pelo índice de massa corporal para idade. Informações alimentares foramobtidas pelo Formulário de Marcadores de Consumo Alimentar do Sistema deVigilância Alimentar e Nutricional. Resultados : A amostra foi composta por 245indivíduos, predominantemente meninos (87,35%), com média de idade de 7,02 ± 3,63anos e excesso de peso. Observou-se consumo regular de frutas, feijão e leite, baixafrequência de consumo de vegetais e legumes cozidos e salada crua pela maioria.Aproximadamente metade consumiam biscoitos salgados regularmente, sendo maisfrequente por meninos e por adolescentes. Conclusão : O excesso de peso foi observadona maioria da amostra, sendo mais frequente nas meninas. A maioria apresentouconsumo regular de frutas, feijão e leite, baixo consumo de vegetais e legumes cozidose salada crua. Biscoitos salgados foi o marcador de consumo não saudável mais citado,sendo mais frequentemente consumido por meninos e por adolescentes
Seletividade alimentar em crianças e adolescente com transtorno do espectro autista
Objetivo: Caracterizar a seletividade alimentar em crianças e adolescentes com otranstorno do espectro autista (TEA). Método: Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado com 73 crianças e adolescentes com TEA, assistidos em um centro educacional no município de Pelotas, RS. Os dados sociodemográficos, antropométricos e de preferência alimentar foram coletados mediante anamnese, e as variáveis de seletividade alimentar foram apuradas através de um questionário, e confirmadas por meio da expressão de um ou mais domínios que compreende a seletividade: recusa alimentar, repertório limitado e alta frequência de um único alimento. Para avaliação da seletividade foi analisado um Questionário de Frequência Alimentar e três Recordatórios de 24 horas. Resultados: Da amostra avaliada, houve uma prevalência do sexo masculino(91,8%), da cor branca (86,3%), com média de idade de 7,1 (± 3,88), e com excesso de peso (42,5%). Observou-se que a maioria (53,4%) da amostra possuía seletividade alimentar, caracterizada principalmente pela expressão de fatores e aspectos sensoriais com base no odor dos alimentos (56,4%), textura (53,9%), aparência (53,8%) e temperatura (51,3%). Conclusão: A maioria das crianças e adolescentes com TEA avaliados demonstraram seletividade alimentar, associada a fatores sensoriais.
Palavras-chave: Comportamento Alimentar. Consumo de Alimentos Criança. Adolescente. Transtorno do Espectro Autista
ESTADO NUTRICIONAL E SINTOMAS GASTROINTESTINAIS DE PACIENTES COM CÂNCER EM RADIOTERAPIA
Objetivando avaliar estado nutricional e sintomas gastrointestinais em indivíduos com câncer, realizou-se um estudo transversal observacional retrospectivo, com pacientes em radioterapia no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas, em 2019-2020. As variáveis de interesse foram obtidas da anamnese nutricional e do prontuário eletrônico dos pacientes. Para avaliação do estado nutricional e dos sintomas gastrointestinais utilizou-se a Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente. A análise de dados foi realizada por análise descritiva e analítica, e as associações segundo o teste qui-quadrado de Pearson (p<0,05). A aioria dos 93 pacientes avaliados era idoso (61,3%), homem (55,9%) e, de cor branca (68,8%). Encontrou-se maior prevalência dos cânceres de trato gastrointestinal (26,9%), sem metástase (75,3%); 65,6% fizeram também quimioterapia, 48,4% cirurgia, e 86,7% haviam realizado até 15 sessões de radioterapia. A maioria dos pacientes apresentava desnutrição (54,8%), sendo xerostomia (43,0%), disfagia (38,7%) e náusea (34,4%) os sintomas gastrointestinais mais prevalentes. Não houve associação significativa entre estado nutricional e realização de quimioterapia (p=0,654), e entre estado nutricional e número de sessões de radioterapia já realizadas (p=0,804). A maioria dos pacientes apresentava algum grau de desnutrição, além de sintomas gastrointestinais, entretanto o tratamento não influenciou para a ocorrência de ambos nesta amostra
Ingestão Alimentar e Estado Nutricional de Pacientes com Câncer em Internação Domiciliar
Dificuldades com a alimentação e com a manutenção do peso são complicações habituais no câncer. Portanto, objetivou-se avaliar ingestão alimentar e estado nutricional de pacientes com câncer internados no Programa Melhor em Casa do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas. Tratou-se de um estudo transversal, realizado com pacientes com câncer em atendimento domiciliar, no primeiro semestre de 2019. Foram coletados dados sociodemográficos, sobre a doença e de consumo alimentar. A ingestão alimentar e o estado nutricional foram investigados a partir da Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente, e o consumo por refeição foi avaliado pelo registro de aceitação da dieta. Os dados foram analisados por análise descritiva. Participaram do estudo 30 pacientes, sendo a maioria homens (52,0%), adultos (52,2%), brancos (87,0%) e casados (56,6%). O câncer mais prevalente foi o de trato gastrointestinal (34,7%), e a maioria estava em cuidados paliativos (73,9%). Observou-se que 40,0% dos pacientes apresentaram ingestão alimentar no último mês menor que o habitual, e 56,5% apresentaram algum tipo de redução na ingestão alimentar atualmente. Em relação ao estado nutricional, 95,7% apresentaram desnutrição suspeita ou moderada. Conclui-se que os pacientes deste estudo diminuiram a ingestão alimentar, o que possivelmente repercutiu negativamente no estado nutricional
Efeito da epicatequina galato sobre parâmetros gliais na linhagem C6 de glioma de rato
Hoje há um grande interesse em componentes da dieta, como os polifenóis do chá verde, os quais podem exercer efeitos de proteção contra várias doenças neurológicas, incluindo Alzheimer, isquemia e acidente vascular cerebral. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da (-) epicatequina 3-galato (ECG), um dos principais antioxidantes do chá verde, em células da linhagem C6. Avaliamos morfologia e integridade celular, captação de glutamato e secreção de S100B e o efeito sobre a genotoxicidade induzida por H2O2, na presença de 0,1; 1 e 10 μM de ECG. Após 6 h de incubação, houve alteração morfológica somente com 10 μM de ECG. Entretanto, após 24 h, todas as concentrações de ECG induziram formação de processos ao redor do corpo celular. Houve perda da integridade celular (~ 6%) somente após 24 h, apenas na presença de 10 μM de ECG. Houve diminuição (~36%) na captação de glutamato após 1 h com 1 e 10 μM de ECG. Após 6 h, houve aumento na captação de glutamato (~70%) a partir de 0,1 μM. Também se observou aumento significativo na secreção de S100B com 1 μM de ECG (~ 36%) e com 10 μM (69%) após 1 h, enquanto após 6 h, todas concentrações induziram um aumento na secreção de S100B (~60%). Curiosamente, na presença de 10 μM de ECG houve efeito genotóxico, dependente do tempo de exposição. Já com doses mais baixas (0,1 e 1 μM), a ECG foi capaz de prevenir completamente a genotoxicidade induzida pelo H2O2. Em suma, demonstramos que a ECG pode modular captação de glutamato e secreção de S100B. Além disso, pode exercer efeitos genoprotetores ou genotóxicos em células C6, dependendo da concentração e do tempo de incubação. Estes resultados sugerem que a ECG pode contribuir para o papel neuroprotetor das células gliais e contrapor-se a patologias neurológicas associadas ao estresse oxidativo.There is a current interest in dietary compounds, such as green tea polyphenols, that can favor protection against a variety of brain disorders, including Alzheimer’s disease, ischemia and stroke. The objective of the present study was to investigate the effects of (-)-epicatechin-3-gallate (ECG), one of three major green tea antioxidants, on C6 lineage cells. We evaluated cell morphology and integrity; specific astrocyte activities; glutamate uptake; S100B secretion and the effect on genotoxicity induced by H2O2 in the presence of 0.1, 1 and 10 μM ECG. During 6 h of incubation, cell morphology was altered only at 10 μM ECG; After 24 h, cells become stellate (process-bearing cells), in the presence of all concentrations of ECG. Loss of cell integrity (~ 6%) was observed after 24 h with 10 μM ECG. ECG (1–10 μM) induced a decrease (~ 36%) in glutamate uptake after 1 h, however, after 6 h, occurred a sustained increase in glutamate uptake (~ 70%) from 0.1 μM. A significant increase in S100B secretion was observed at 1 μM ECG (36%) and 10 μM ECG (69%) after 1 h, in contrast to 6 h, when all doses induced a significant increase (~ 60%). Interestingly, ECG 10 μM showed genotoxic effects depending on time of incubation. In contrast, smaller doses of ECG (0.1 and 1 μM) were able to almost completelly prevent genotoxicity induced by H2O2. In summary, this study demonstrates that ECG can induce a significant improvement in glutamate uptake and S100B secretion. Also, ECG can exert genoprotective or genotoxic effects in C6 cells depending on concentration and time of incubation. These results suggest that ECG could contribute to the neuroprotective role of astroglial cells to counteract brain pathologies associated with oxidative stress
Efeito da epicatequina galato sobre parâmetros gliais na linhagem C6 de glioma de rato
Hoje há um grande interesse em componentes da dieta, como os polifenóis do chá verde, os quais podem exercer efeitos de proteção contra várias doenças neurológicas, incluindo Alzheimer, isquemia e acidente vascular cerebral. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da (-) epicatequina 3-galato (ECG), um dos principais antioxidantes do chá verde, em células da linhagem C6. Avaliamos morfologia e integridade celular, captação de glutamato e secreção de S100B e o efeito sobre a genotoxicidade induzida por H2O2, na presença de 0,1; 1 e 10 μM de ECG. Após 6 h de incubação, houve alteração morfológica somente com 10 μM de ECG. Entretanto, após 24 h, todas as concentrações de ECG induziram formação de processos ao redor do corpo celular. Houve perda da integridade celular (~ 6%) somente após 24 h, apenas na presença de 10 μM de ECG. Houve diminuição (~36%) na captação de glutamato após 1 h com 1 e 10 μM de ECG. Após 6 h, houve aumento na captação de glutamato (~70%) a partir de 0,1 μM. Também se observou aumento significativo na secreção de S100B com 1 μM de ECG (~ 36%) e com 10 μM (69%) após 1 h, enquanto após 6 h, todas concentrações induziram um aumento na secreção de S100B (~60%). Curiosamente, na presença de 10 μM de ECG houve efeito genotóxico, dependente do tempo de exposição. Já com doses mais baixas (0,1 e 1 μM), a ECG foi capaz de prevenir completamente a genotoxicidade induzida pelo H2O2. Em suma, demonstramos que a ECG pode modular captação de glutamato e secreção de S100B. Além disso, pode exercer efeitos genoprotetores ou genotóxicos em células C6, dependendo da concentração e do tempo de incubação. Estes resultados sugerem que a ECG pode contribuir para o papel neuroprotetor das células gliais e contrapor-se a patologias neurológicas associadas ao estresse oxidativo.There is a current interest in dietary compounds, such as green tea polyphenols, that can favor protection against a variety of brain disorders, including Alzheimer’s disease, ischemia and stroke. The objective of the present study was to investigate the effects of (-)-epicatechin-3-gallate (ECG), one of three major green tea antioxidants, on C6 lineage cells. We evaluated cell morphology and integrity; specific astrocyte activities; glutamate uptake; S100B secretion and the effect on genotoxicity induced by H2O2 in the presence of 0.1, 1 and 10 μM ECG. During 6 h of incubation, cell morphology was altered only at 10 μM ECG; After 24 h, cells become stellate (process-bearing cells), in the presence of all concentrations of ECG. Loss of cell integrity (~ 6%) was observed after 24 h with 10 μM ECG. ECG (1–10 μM) induced a decrease (~ 36%) in glutamate uptake after 1 h, however, after 6 h, occurred a sustained increase in glutamate uptake (~ 70%) from 0.1 μM. A significant increase in S100B secretion was observed at 1 μM ECG (36%) and 10 μM ECG (69%) after 1 h, in contrast to 6 h, when all doses induced a significant increase (~ 60%). Interestingly, ECG 10 μM showed genotoxic effects depending on time of incubation. In contrast, smaller doses of ECG (0.1 and 1 μM) were able to almost completelly prevent genotoxicity induced by H2O2. In summary, this study demonstrates that ECG can induce a significant improvement in glutamate uptake and S100B secretion. Also, ECG can exert genoprotective or genotoxic effects in C6 cells depending on concentration and time of incubation. These results suggest that ECG could contribute to the neuroprotective role of astroglial cells to counteract brain pathologies associated with oxidative stress