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    Caracterização do gênero, da raça e da idade de uma população de 7.780 cães da Região Central do Rio Grande do Sul submetidos à necropsia ao longo de cinco décadas (1964-2013)

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    RESUMO: Devido à ausência de um banco de dados demográficos da população canina que habita a Região Central do Rio Grande do Sul (RS) e à necessidade em se estabelecer uma “população controle” para a melhor interpretação da prevalência das doenças diagnosticadas pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV-UFSM) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), este estudo objetivou realizar uma análise das características relacionadas à raça, ao gênero e à idade dos cães necropsiados neste serviço de diagnóstico ao longo de 50 anos (1964-2013). Para isto, os laudos de necropsias de cães, realizadas entre 1964 e 2013, foram revisados, e deles foram retiradas informações referentes ao gênero, à idade e às raças de todos os cães oriundos dos municípios que compõem a Região Central do RS. Ao todo, 7.780 cães foram necropsiados; desses, 469 (6%) na primeira década (1964-1973), 1.133 (14,6%) na segunda década (1974-1983), 1.334 (17,1%) na terceira década (1984-1993), 1.705 (22%) na quarta década (1994-2003) e 3.139 (40,3%) na quinta década (2004-2013). Do total de cães com gênero informado nos laudos, 52,6% eram machos e 47,4% eram fêmeas. A mediana da idade de morte foi de três anos. Dos cães cuja raça foi informada nos laudos, 59,8% eram de raça definida (RD) e 40,2% não tinham raça definida (SRD). As raças de porte grande ou gigante mais frequentes foram: Pastor Alemão (17,2%), Boxer (6,9%), Rottweiler (5,3%), Fila Brasileiro (4,6%), Pointer Inglês (3,9%), Collie Pelo Longo (3,7%) Dobermann (3,7%) e Labrador Retriever (2,1%). As raças de porte pequeno ou médio mais frequentes foram: Poodle (8,9%), Dachshund (6,3%), Pinscher Miniatura (5,6%), Cocker Spaniel Inglês (4,5%), Pequinês (3,4%), Yorkshire Terrier (3,3%) e Terrier Brasileiro (2,8%). Houve um aumento na proporção de fêmeas e um crescimento na mediana referente à idade de morte ao longo das cinco décadas avaliadas. Apesar de não ter havido um aumento relevante na proporção de cães de RD em comparação com os SRD, observaram-se algumas mudanças na ocorrência de diferentes raças ao longo do tempo, incluindo principalmente uma dramática diminuição na percentagem de Pequinês, Terrier Brasileiro, Pointer Inglês e Pastor Alemão, e um aumento marcado na percentagem de Poodle, Dachshund, Rottweiler e Labrador Retriever. Os resultados aqui apresentados servirão como um subsídio comparativo para futuros estudos retrospectivos sobre prevalência de doenças em cães da Região Central do RS, auxiliando para uma mais correta compreensão e interpretação dos resultados encontrados nesses levantamentos de dados

    Aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos do linfoma folicular em cães

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    RESUMO: Linfomas foliculares são uma rara forma de distúrbio linfoproliferativo descrita em medicina veterinária. Juntamente com a não reconhecida ocorrência dos linfomas de Hodgkin em cães, essa é a maior diferença acerca de linfoma entre humanos e cães. O objetivo deste artigo é descrever os achados epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos vistos em cinco cães com linfoma folicular. Destes, dois eram machos (40%) e três eram fêmeas (60%). A idade dos cães afetados variou de 11 a 13 anos. Quatro dos cinco (80%) cães eram de raça pura e um (20%) não tinha raça definida. Todos os cães apresentaram linfadenomegalia generalizada e esplenomegalia, o que incluiu os casos como linfoma multicêntrico. Na necropsia, os linfonodos e o baço demonstraram um padrão nodular à superfície de corte, caracterizado por dezenas a centenas de nódulos brancos, multifocais ou coalescentes e de tamanhos variáveis. Na superfície natural do baço, frequentemente (4/5, 80%), havia miríades de pontos brancos, multifocais ou coalescentes, de tamanhos variáveis. Na histopatologia, os tumores foram confirmados como linfomas foliculares. Todos os casos eram Grau III, sendo dois (40%) incluídos como IIIa e outros três (60%) como IIIb. Em um caso (1/5, 20%), o linfoma folicular foi considerado como IIIb variante de pequenos centroblastos semelhantes aos linfócitos neoplásicos vistos no linfoma de Burkitt. Os linfomas foram validados como tendo origem em células B através da imuno-histoquímica, utilizando anticorpos anti-CD20. Os casos de linfomas foliculares descritos comportaram-se de forma agressiva e levaram os pacientes à morte

    Mielodisplasia na peritonite infecciosa felina: 16 casos (2000-2017)

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    RESUMO: Apesar da prevalência da peritonite infecciosa felina (PIF) ser alta em praticamente o mundo todo, estudos anatomopatológicos recentes acerca dessa doença são escassos. Não obstante, as características microscópicas da medula óssea de gatos com PIF estão ausentes da literatura consultada. O objetivo deste artigo é descrever alterações medulares ósseas vistas em casos espontâneos de PIF. As medulas ósseas colhidas sistematicamente da região diafisária dos fêmures de 16 gatos necropsiados no Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Rio Grande do Sul, entre janeiro de 2000 e junho de 2017, e que tiveram diagnóstico definitivo de PIF, foram avaliadas fenotípica (histopatologia - hematoxilina e eosina e histoquímica - reação de Perls) e imunofenotipicamente (utilizando marcadores mieloides (anti-MAC387) e de linfócitos (anti-CD79αcy e anti-CD3). Os resultados permitem afirmar que, independentemente da apresentação clinicopatológica da doença ocorrem as seguintes alterações: 1) hiperplasia mieloide; 2) hipoplasia eritroide, 3) displasia megacariocítica (dismegacariocitopoiese) e 4) plasmocitose medular. Exclusivamente nos casos de PIF seca há hemossiderose medular óssea e hepática. Essas alterações permitem estabelecer que gatos com PIF desenvolvem mielodisplasia, uma lesão mieloproliferativa muito semelhante àquela relatada em humanos infectados pelo HIV. Sugere-se que a partir dos achados aqui descritos, a mielodisplasia seja considerada a principal responsável pelas alterações hematológicas observadas na PIF, especialmente pela anemia e trombocitopenia arregenerativas frequentemente desenvolvidas pelos pacientes com essa doença

    Aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos do linfoma em bovinos: 128 casos (1965-2013)

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    Por meio de um estudo retrospectivo, os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de 128 casos de linfoma bovino são descritos. Dos protocolos que informavam o sexo (n=111), 84,7% correspondiam a fêmeas e 15,3% a machos. Dos protocolos em que constava a raça (n=108), a mais prevalente foi a holandesa (63%). Em relação à idade (n=107), houve uma variação entre um e 14 anos. A maioria dos bovinos era adulta (89,7%) e a maior concentração dos casos ocorreu ao redor de 5-8 anos (57,9%). Em relação aos sinais clínicos (n=89), linfadenomegalia foi o achado mais frequentemente observado (74,1%). Outros sinais clínicos, principalmente aqueles relacionados com os sistemas respiratório (dispneia, estertoração pulmonar e taquipneia), cardiovascular (taquicardia, edema subcutâneo e pulso venoso positivo), digestório (atonia ruminal, timpanismo e diarreia) e nervoso (paresia dos membros pélvicos e andar cambaleante), foram pouco prevalentes. Na necropsia (n=125), 71,2% dos bovinos apresentavam aumento de volume dos linfonodos; essa linfadenomegalia foi classificada como localizada em 89,6% dos casos e generalizada em 10,3% dos casos. Dos protocolos que informavam os linfonodos acometidos (n=58), a distribuição foi a seguinte: mesentéricos (51,7%), mediastínicos (37,9%), pré-escapulares (29,3%), ilíacos internos (27,6%), inguinais superficiais (25,8%) e traqueobrônquicos (18,9%). Além dos linfonodos, outros órgãos comumente afetados pelo linfoma neste estudo incluíram: coração (40%), fígado (15,2%), rim (14,4%), abomaso (12,8%), útero (11,2%), intestino (10,4%) e pulmão (7,2%). A presença de massas tumorais no canal vertebral foi observada em poucos casos (3,2%). Com base na epidemiologia e na localização das lesões, a maioria dos casos (96%) foi classificada como linfoma enzoótico e o restante (4%) como linfoma esporádico. Os resultados encontrados neste estudo irão auxiliar clínicos de grandes animais e patologistas veterinários na suspeita e no diagnóstico definitivo do linfoma na espécie bovina

    Association of methamidophos and sleep loss on reproductive toxicity of male mice

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    This study investigated the effects of organophosphate exposure on the male reproductive system of mice submitted to chronic sleep loss condition. Adult Swiss mice were distributed into 4 groups: control; methamidophos (MTP); sleep restriction (SR); and MTP + SR. the dose of methamidophos was 0.002 mg kg(-1) day(-1) (half of the Acceptable Daily Intake). Sleep restriction condition was 21 h day(-1) during 15 days. in relation to control group, MTP treatment induced a significant reduction of 12% on morphologically normal spermatozoa in both MTP and MTP + SR groups. in addition, the absolute and relative weights of the seminal vesicles were decreased (MTP, -34%; MTP + SR, -45%). Epididymal fat was reduced in SR groups (SR, -64%; MTP + SR, -58%). Plasma testosterone levels were significantly decreased in MTP and SR groups, and progesterone levels were increased 8 times in MTP + SR in comparison with the control group. the corticosterone levels were unaffected by MTP or SR conditions. Thus, low dose MTP exposure resulted in deleterious effects on the male reproductive system. Sleep loss associated with MTP potentiated the effect on steroidogenesis, mainly in terms of progesterone levels. (C) 2011 Elsevier B.V. All rights reserved.Associacao Fundo de Incentivo a Psicofarmacologia (AFIP)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPEGConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)FAPEG/RDPET-MEC/SeSUUniv Fed Goias, Dept Ciencias Fisiol, BR-74001970 Goiania, Go, BrazilUniversidade Federal de São Paulo, Dept Psicobiol, São Paulo, BrazilEMBRAPA Gado Corte, Campo Grande, MS, BrazilUniversidade Federal de São Paulo, Dept Psicobiol, São Paulo, BrazilFAPESP: 98/143030FAPEG: Cham 01/2007FAPEG: Cham 04/2010Web of Scienc

    Analyses of the development and glycoproteins present in the ovarian follicles of Poecilia vivipara (Cyprinodontiformes, Poeciliidae)

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    The morphofunctional aspects of oogenesis of Poecilia vivipara were studied aiming to understand the reproductive biology and development of species with internal fertilization, particularly those belonging to the family Poeciliidae. The stages of gonadal maturation and follicular development were characterized using mesoscopic, histological, histochemical, and lectin cytochemical analyses. Through mesoscopic evaluation the ovarian development was classified in six phases of development: immature, in maturation I, in maturation II, mature I, mature II, and post-spawn. Based on microscopic examination of the ovaries, we identified the presence of oocytes types I and II during the previtellogenic phase and types III, IV, and V during the vitellogenic phase. As oogenesis proceeded the oocyte cytosol increased in volume and presented increased cytoplasmic granule accumulation, characterizing vitellogenesis. The zona radiata (ZR) increased in thickness and complexity, and the follicular epithelium, which was initially thin and consisting of pavimentous cells, in type III oocytes exhibited cubic simple cells. The histochemical and cytochemical analyses revealed alterations in the composition of the molecular structures that form the ovarian follicle throughout the gonadal development. Our study demonstrated differences in the female reproductive system among fish species with internal and external fertilization and we suggest P. vivipara can be used as experimental model to test environmental toxicity
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