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    Estimulação elétrica funcional no tratamento do bruxismo do sono : ensaio clínico randomizado

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    Tese de doutoramento, Medicina Dentária (Gnatofisiologia), Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Dentária, 2016O objetivo primário deste ensaio clínico foi avaliar a eficácia da terapêutica por Estimulação Elétrica Funcional (EEF), associada ou não ao uso de aparelho interoclusal, no paciente com diagnóstico de Bruxismo do Sono (BS). Os parâmetros de avaliação foram: número de rangidos por hora/noite, intensidade dos rangidos, sintomatologia associada e nível de estimulação individual. Numa primeira fase, a EEF foi utilizada como terapêutica exclusiva (com aparelhos Grindcare® Medotech A/S, versão 3.0 Copenhaga – Dinamarca). Na segunda fase, associou-se à EEF um aparelho interoclusal de fabrico convencional. Aplicou-se a história clínica proposta pelos Critérios de Diagnóstico para Pesquisa das Disfunções Temporomandibulares (CDP/DTM) em 120 indivíduos com critérios de inclusão pré-definidos (diagnóstico de BS proposto pela Academia Americana de Medicina do Sono -AAMS, 2001- e sintomatologia dolorosa ≥ 3 na Escala Numérica de Dor). Foram constituídos 5 grupos, com avaliações periódicas até 6 meses pós-tratamento. Obtiveram-se os seguintes resultados: média de dor de 6,0± 1,77 (escala de dor 0-10); prevalência de cefaleias em 99,2%; diagnóstico de DTM em 81,7%; relação estatisticamente significativa entre a presença/ausência de DTM e sintomatologia dolorosa inicial (p<0,001) e com a presença/ausência de cefaleias (p=0,007); relação sem significância estatística entre presença/ausência de DTM e número de rangidos (p=0,584); alívio de dor entre 22,6% e 87,5%; média de rangidos não teve alteração significativa; o aparelho interoclusal proporcionou diminuição significativa transitória no número de rangidos, durante o tratamento ativo e nos dois primeiros meses de controlo (p<0,001); diminuição da intensidade de rangido, em todos os protocolos (p<0,05), exceto no de uso exclusivo de aparelho interoclusal; protocolos de uso exclusivo de EEF foram os mais eficientes na diminuição de intensidade de rangido (-37,4% e -44,9%); nível de estimulação não influenciou a sintomatologia dolorosa, nem o número de rangidos. Conclui-se neste estudo que os protocolos curtos e simples (4 semanas, sem utilização de aparelhos interoclusais) obtiveram melhores resultados na diminuição da sintomatologia dolorosa e da intensidade do rangido. Mais estudos serão necessários para comprovar estes resultados.The primary objective of this clinical trial was to evaluate the effectiveness of Functional Electrical Stimulation (FES) therapy, with or without the use of an interocclusal device, in patients with a diagnosis of Sleep Bruxism (SB). The assessment criteria were: number of grinding episodes per hour/night, intensity of grinding, associated symptoms and level of individual stimulation. In the first phase, FES was used as an exclusive therapy (with a Grindcare® FES device Medotech A/S, 3.0 version, Copenhague – Denmark). In the second phase, it was used in association with a conventional interocclusal device. The clinical history proposed by the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC-TMD) was applied to 120 subjects with predefined inclusion criteria (SB diagnosis proposed by the American Academy of Sleep Medicine - AASM, 2001 - and pain symptoms ≥ 3 in the Numerical Pain Scale). We set up 5 groups with 24 patients each, with periodic assessments up to 6 months post-treatment. The main results were: average pain was 6.0± 1.77 (in a pain scale 0-10); the prevalence of headache was 99.2%; TMD diagnoses were 81.7%; there was a statistically significant relationship between the presence/absence of TMD and the initial pain symptoms (p<0.001) and the presence/absence of headaches (p=0.007); there was no statistically significant relationship between the presence/absence of TMD and the number of grinding episodes (p=0.584); pain relief was between 22.6% and 87.5%; the average of grinding episodes did not significantly change; the interocclusal device provided a transient significant decrease in the number of grinding episodes, during active treatment and in the first two months of the control period (p<0.001); there was a decrease in the intensity of grinding with every protocol (p<0.05), except with the one that exclusively used an interocclusal device; protocols with an exclusive use of FES were the most effective in decreasing the intensity of grinding (between -37.4% and -44.9%); the level of stimulation did not influence pain symptoms, nor the number of grinding episodes. This study concluded that short (4 weeks) and simple (not using interocclusal devices) protocols achieved the best results in reducing pain symptoms and the intensity of grinding. Further research is needed to confirm these results

    Emotional disorders, parafunctional habits, and bruxism in hospital healthcare professionals in the COVID-19 post-pandemic period: a cross-sectional observational study

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    During the COVID-19 pandemic, hospitalhealthcare professionals (HHP) were vulnerable to sources ofanxiety that can lead to the onset or worsening of conditionssuch as bruxism and parafunctional habits (PH). This studyaims to evaluate the relationship between sleep bruxism (SB),awake bruxism (AB), and PH and HHP’s stress, anxiety, anddepression in the post-pandemic period. Data were collectedvia an online questionnaire composed of four sections: samplecharacterization, “Depression, Anxiety and Stress Scale”(DASS-21), “Oral Behavior Checklist” (OBC), and diagnosticquestionnaire of SB from the American Academy of SleepMedicine. This is a descriptive and inferential statistical analysiswith 118 responses (mostly females and nurses). A total of99.2% of the sample presented PH, 38.1% SB, and 686% AB.We found a significant association between AB and stress(p=0029), anxiety (p=0005), and depression (p=0.004); SBand anxiety (p=0.013); and between SB and AB and emotionalchanges in the studied sample.Durante la pandemia del COVID-19, losprofesionales de la salud en el ámbito hospitalario (PSAH)estuvieron expuestos a focos de ansiedad que podíanconducirles al surgimiento o empeoramiento de condicionescomo el bruxismo y hábitos parafuncionales. El objetivo deeste estudio fue evaluar la relación entre el bruxismo del sueño(BS), bruxismo de la vigilia (BV) y hábitos parafuncionales(HP) con el estrés, la ansiedad y la depresión en PSAHen el período pospandémico. Los datos se recolectaronde un cuestionario en línea, dividido en cuatro secciones:caracterización de la muestra, escala de ansiedad, depresión y estrés (EADS-21), lista de evaluación del comportamiento oral (LACO)y cuestionario de diagnóstico de BS de la Academia Americanade Medicina del Sueño. Luego, se realizó un análisis estadísticodescriptivo e inferencial. La muestra constó de 118 respuestas, ysu mayoría era mujeres y enfermeras. Del total, el 99,2% tenía HP;el 38,1% BS; y el 68,6% BV. Hubo asociación significativa entre BVy estrés (p=0,029), ansiedad (p=0,005) y depresión (p=0,004);entre BS y ansiedad (p=0,013); y entre BS y BV, además de cambiosemocionales en la muestra del estudioDurante a pandemia da COVID-19, os profissionaisde saúde de ambiente hospitalar (PSAH) estiveramvulneráveis a fontes de ansiedade que podem conduzir aosurgimento ou agravamento de condições como o bruxismoe os hábitos parafuncionais. Foi objetivo deste estudo avaliara relação entre o bruxismo do sono (BS), da vigília (BV) e oshábitos parafuncionais (HP) e o estresse, a ansiedade e adepressão em PSAH no período pós-pandemia. Os dadosforam recolhidos através de questionário online divididoem quatro secções: caracterização da amostra, escalade ansiedade, depressão e estresse (EADS-21), lista deavaliação de comportamentos orais (Laco) e questionáriode diagnóstico de BS da Academia Americana de Medicinado Sono. Em seguida, procedeu-se à análise estatísticadescritiva e inferencial. A amostra foi composta de 118respostas, sendo a maioria do sexo feminino e enfermeiros.Do total, 99,2% apresentou HP, 38,1% BS e 68,6% BV. Houveassociação significativa entre BV e estresse (p=0,029),ansiedade (p=0,005) e depressão (p=0,004); entre BSe ansiedade (p=0,013); e entre BS e BV e as alteraçõesemocionais na amostra em estudo.Durante a pandemia da COVID-19, os profissionaisde saúde de ambiente hospitalar (PSAH) estiveramvulneráveis a fontes de ansiedade que podem conduzir aosurgimento ou agravamento de condições como o bruxismoe os hábitos parafuncionais. Foi objetivo deste estudo avaliara relação entre o bruxismo do sono (BS), da vigília (BV) e oshábitos parafuncionais (HP) e o estresse, a ansiedade e adepressão em PSAH no período pós-pandemia. Os dadosforam recolhidos através de questionário online divididoem quatro secções: caracterização da amostra, escalade ansiedade, depressão e estresse (EADS-21), lista deavaliação de comportamentos orais (Laco) e questionáriode diagnóstico de BS da Academia Americana de Medicinado Sono. Em seguida, procedeu-se à análise estatísticadescritiva e inferencial. A amostra foi composta de 118respostas, sendo a maioria do sexo feminino e enfermeiros.Do total, 99,2% apresentou HP, 38,1% BS e 68,6% BV. Houveassociação significativa entre BV e estresse (p=0,029),ansiedade (p=0,005) e depressão (p=0,004); entre BSe ansiedade (p=0,013); e entre BS e BV e as alteraçõesemocionais na amostra em estudo
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