314 research outputs found

    Habilidades cognitivas, desempenho académico e projectos

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    Resumo: Esta apresentação considera uma amostra representativa de alunos portugueses do 5º ao 12º anos de escolaridade (n=4899), provenientes de escolas públicas das diversas regiões do País, e pretende analisar em que medida as habilidades cognitivas se relacionam com o percurso escolar do aluno, em termos de prolongamento dos estudos e respectivo trajecto curricular (no Ensino Secundário). Mais concretamente, analisámos os resultados dos alunos na Bateria de Provas de Raciocínio (BPR) e alguns indicadores académicos, como a extensão de escolaridade pretendida pelo aluno e o agrupamento de estudos por que optou. Os resultados sugerem que o prolongamento da escolarização expectado pelos alunos se encontra associado ao seu desempenho cognitivo, em todos os níveis escolares considerados (2º Ciclo, 3º Ciclo e Ensino Secundário), sobretudo nas provas que mais apelam a competências verbais. Por último, no que toca ao Ensino Secundário, o agrupamento de estudos parece concorrer de forma significativa, quer para os níveis de realização cognitiva dos alunos nas provas, quer para os projectos vocacionais dos mesmos em termos de nível de escolarização pretendido

    Recensão crítica: Bateria de Provas de Raciocínio (BPR)

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    Descrevemos a BPRD/BPR ao longo das suas sucessivas versões, dando mais destaque à versão portuguesa actual (BPR), explicando as principais mudanças operadas ao longo do tempo e respectiva justificação. Faremos, ainda, uma breve caracterização teórica desta bateria à luz das teorias psicológicas da inteligência e de algumas orientações da prática psicológica em contextos escolares, passando depois aos estudos de validação da bateria. Neste apartado mencionaremos sobretudo estudos conduzidos tendo em vista a apreciação das características métricas das provas – e, dentro destas, daremos maior atenção aos estudos de validade –, assim como alguns estudos diferenciais disponíveis. Em nosso entender, são as qualidades métricas e a fundamentação teórica que melhor justificam a utilização desta bateria na prática e na investigação psicológica. Ao nível da pesquisa sabemos da utilização da bateria, por exemplo, na selecção de sujeitos para certos estudos e na avaliação do impacto de programas de treino cognitivo (logicamente que não mencionaremos aqui tais estudos pois afastam-se do objectivo deste capítulo). Terminamos com alguns comentários avaliativos da bateria em termos dos seus pontos fortes e fragilidades, apontando possíveis avanços na investigação sobre a rentabilização da bateria ao nível da investigação e da prática psicológica. De referir que, sempre que possível, tomaremos neste capítulo informação recolhida na base de estudos realizados em Portugal e no Brasil

    Evaluación Multidimensional de la Superdotación: Criterios de validez de la Batería de Inteligencia y Creatividad para predecirlos talentos artísticos y académicos

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    We test the utility of the Battery for Giftedness Assessment (BaAH/S) in identifying differences in two groups of already known gifted students in the areas of academic and artistic talents. Four latent factors were assessed (a) fluid intelligence, (b) metaphor production (verbal crea-tivity), (c) figural fluency (figural creativity), and (d) divergent thinking figu-ral task quality (figural creativity). A sample of 987 children and adoles-cents, 464 boys and 523 girls, of ages ranging from 8 to 17 of two groups: regular students (N=866) and gifted students (N= 67 academic abilities, N=34 artistic abilities and N=20 no domain identified). Academic gifted-ness group of have higher reasoning, can produce more remote/original metaphors, high figural fluency and drawings rated as more original. Chil-dren in the group of artistic giftedness have higher reasoning, high figural fluency and drawings rated as more original. Reasoning abilities are relative-ly higher in academic giftedness group than artistic (r = .39 vs r =.14). Within artistic group figural fluency and ratings of originality are relatively more important than reasoning (r = .25 and r = .21 vs .14). We emphasizes the importance of assessing creativity in different domains in addition to intelligence to improve the understanding of giftedness and talent.Este trabajo tiene por objeto probar la utilidad de la Batería para la Evaluación de la Superdotación (BaSH/S, por sus siglas en portugués) para identificar diferentes grupos de alumnos superdotados en las aéreas de talento académico y artístico. La batería valora cuatro factores latentes: (a) inteligencia fluida, (b) producción de metáforas (creatividad verbal), (c) fluidez figurativa (creatividad figurativa), y (d) calidad del pensamiento divergente figurativo (creatividad figurativa). Se tomó una muestra de 987 alumnos adolescentes, 464 chicos y 523 chicas de edades de 8 a 17 años, que pertenecían a dos grupos: alumnos no superdotados (N=866) y alumnos superdotados (N= 67 habilidades académicas, N=34 habilidades artísticas y N=20 no identificados en un dominio especifico). El grupo de superdotados académicos presento las puntuaciones más altas en razonamiento y podían producir metáforas más originales y remotas, eran figurativamente más fluidos y sus dibujos eran más originales. Las habilidades académicas eran relativamente mayores en los superdotados académicos que en los artísticos (r = .39 vs r =.14). En el grupo de superdotados artísticos la fluidez figurativa y sus puntuaciones en originalidad eran relativamente más importantes que el razonamiento (r = .25 y r = .21 vs .14). El trabajo enfatiza la importancia de evaluar la creatividad en distintos dominios además de la inteligencia para mejorar el entendimiento de la superdotación y el talento.This article is part of a research project financed by the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) and Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)

    INTELIGÊNCIA, ESCOLARIZAÇÃO E IDADE: NORMAS POR IDADE OU SÉRIE ESCOLAR?

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    Resumo: Ainda que haja controvérsias com a definição e a medida da inteligência (número e estrutura da organização), as investigações apontam que o desenvolvimento cognitivo está associado com a idade e a escolaridade, embora não se saiba exatamente qual a influência única de cada uma dessas variáveis. Da resposta a esta pergunta decorre uma implicação prática no tipo de normas que os testes de inteligência apresentam na infância e na adolescência. Neste estudo analisaramse os dados de uma amostra representativa de alunos portugueses (7a e a 9ª série) na Bateria de Provas de Raciocínio sugerindo-se que a série escolar tem um maior impacto no desempenho, ao mesmo tempo que o impacto da idade não é linear Assim, parece mais adequado tomar a série escolar que a idade dos alunos na fase da adolescência na elaboração de normas de grupo em testes de inteligência

    INTELIGÊNCIA E RENDIMENTO ESCOLAR: ANÁLISE DA SUA RELAÇÃO AO LONGO DA ESCOLARIDADE

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    Resumo: Este estudo analisa a relação entre os resultados em provas cognitivas e o rendimento académico. Considera-se uma amostra representativa dos alunos portugueses entre o 5º e o 12º ano de escolaridade (n=4899). A avaliação cognitiva considerou os resultados na Bateria de Provas de Raciocínio: versão BPR5/6, versão BPR7/9 e versão BPR10/12. Todas as provas avaliam a capacidade de inferir e aplicar relações, recorrendo a tarefas de conteúdo diferenciado (figurativo-abstracto, numérico, verbal, mecânico e espacial). Os coeficientes de correlação sugerem uma maior associação entre as habilidades cognitivas e o rendimento escolar nas disciplinas cujo conteúdo curricular mais se aproxima dos itens das provas. Por outro lado, observa-se uma diminuição progressiva nos coeficientes de correlação à medida que se avança na escolaridade, apontando para uma menor importância das variáveis cognitivas na predição do rendimento académico nos anos escolares mais avançados. Estes resultados sugerem uma maior atenção, com o avançar na escolaridade, a variáveis não estritamente cognitivas e a variáveis próprias dos contextos de ensino-aprendizagem na explicação do rendimento escolar
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