37 research outputs found

    Efeitos arrítmicos da cafeína : metanálise e ensaio clínico randomizado

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    A relação entre o consumo de cafeína e a ocorrência de arritmias permanece controverso. Apesar desta falta de evidência científica, a redução do consumo de cafeína ainda é amplamente recomendada. No intuito de elucidar esta questão, foram desenvolvidos I) revisão sistemática com metanálise e II) ensaio clínico randomizado. I) Métodos e resultados: A pesquisa foi realizada no Pubmed, Embase e Cochrane, e termos relacionados ao café, a cafeína, e arritmia cardíaca foram utilizados. Após avaliação de texto completo, sete estudos em humanos e dois estudos em animais foram incluídos na metanálise. Em estudos com animais, o principal resultado relatado foi uma redução significativa no limiar para fibrilação ventricular, no qual foi observada uma diferença média de 22,15 mA. O principal resultado avaliado em estudos com humanos foi o risco para batimentos prematuros ventriculares (BPV) em 24h (RR 1,00 (95% IC 0,94-1,06).II) Métodos e resultados: Em um estudo duplo-cego randomizado cruzado, comparou-se o efeito da cafeína e placebo sobre a frequência de BPV e batimentos prematuros supraventriculares (BPS), em repouso e durante um teste ergométrico, em 51 pacientes (60,6 ± 7 anos) com insuficiência cardíaca. Após a ingestão de 5 doses de 100ml de café descafeinado com um total de 500mg de cafeína ou placebo, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos no número de BPV ou BPS (150 vs. 212 BPV, p = 0,39; 6 SVPBs vs. 7 SVPBs, p = 0,83). Além disso, variáveis derivadas de testes de esforço também não foram influenciadas pela ingestão de cafeína. Conclusão: Não há nenhuma evidência para apoiar a recomendação comum para limitar o consumo moderado de cafeína em pacientes cardiopatas

    Nutritional status of Kaingáng Indians enrolled in 12 indigenous schools in the State of Rio Grande do Sul, Brazil

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    Caracterizar o estado nutricional de 3.254 Kaingáng de escolas indígenas de 12 terras indígenas do Rio Grande do Sul, Brasil. Transversal de base escolar. Obtidas medidas de peso (P), estatura (E) e circunferência da cintura (CC) conforme Organização Mundial da Saúde - OMS (1995). Classificação do estado nutricional: crianças: índices E/I, P/I e P/E, de acordo com o National Center for Health Statistics (WHO, 1995) e E/I, P/I e índice de massa corporal/idade (IMC/I) de acordo com OMS (2006); adolescentes: IMC/I (OMS, 1995 e 2006) e E/I (OMS, 2006); adultos: IMC (OMS, 1995) e CC (OMS, 2003). Adolescentes representaram 56% dos avaliados, crianças 42,5%, adultos 1,4% e idosos 0,1%. Deficit estatural de 15,1% (OMS, 1995) e 15,5% (OMS, 2006) entre as crianças e de 19,9% entre adolescentes. Freqüências de excesso de peso foram: crianças: 11% (OMS, 1995) e 5,7% (OMS, 2006); adolescentes: 6,7%; adultos: 79,2%. Entre adultos, 45,3% estavam em risco aumentado para doenças metabólicas. Observada a transição nutricional no segmento, caracterizada por prevalências importantes de baixa estatura na infância e adolescência e sobrepeso proeminente em todas as faixas etárias.The study's objective was to characterize the nutritional status of 3,254 Kaingáng Indians in indigenous schools in Rio Grande do Sul State, Brazil. This was a school-based study. Weight (W), height (H), and waist circumference (WC) were measured according to World Health Organization guidelines (1995). Children's nutritional status classification included H/A, W/A, and W/H according to the National Center for Health Statistics (WHO, 1995) and H/A, W/A, and body mass index/age (BMI/A) according to WHO (2006). Adolescents were classified for BMI/A (WHO, 1995 and 2006) and H/A (WHO, 2006). Adults were classified for BMI (WHO, 1995) and WC (WHO, 2003). Adolescents represented 56% of the sample, children 42.5%, adults 1.4%, and elderly 0.1%. Prevalence rates for stunting were 15.1% (WHO, 1983) and 15.5% (WHO, 2006) in children and 19.9% in adolescents. Prevalence rates for overweight were 11% (WHO, 1983) and 5.7% (WHO, 2006) in children, 6.7% in adolescents, and 79.2% in adults. 45.3% of adults were at increased risk of metabolic diseases. A nutritional transition was observed in the group, characterized by significant prevalence of stunting in children and adolescents and prominent overweight in all age groups

    Consumo de vitamina K da dieta e estabilidade da anticoagulação oral crônica com cumarínicos : evidências derivadas de ensaio clínico

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    Introdução: Terapia com anticoagulantes orais tem sido amplamente utilizada em prevenção primária e secundária de eventos tromboembólicos em diversas condições cardiovasculares. O consumo de vitamina K parece ser um dos fatores centrais que influenciam na estabilidade do tratamento com cumarínicos. Poucos estudos até o momento buscaram estudar a relação entre quantidades específicas de vitamina K na dieta e a estabilidade da anticoagulação oral crônica com cumarínicos. Objetivos: Este estudo teve por objetivo avaliar a relação entre o consumo de vitamina K da dieta e a estabilidade do RNI (razão normalizada internacional do tempo de protrombina). Métodos Realizamos subanálise de ensaio clínico randomizado envolvendo pacientes do ambulatório de anticoagulação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com dados de RNI e consumo de vitamina K no momento de entrada no estudo, em 15, 30, 60 e 90 dias após a randomização. Paciente foi considerado estável quando coeficiente de variação (CV) do RNI foi menor ou igual a 10%. Avaliação semiquantitativa do consumo de vitamina K foi derivado de questionário de freqüência alimentar, criando-se escore de consumo, onde os alimentos foram pontuados conforme o conteúdo de vitamina K. Resultados: Estudamos 132 pacientes com 57 ± 13 anos (55% homens) e indicação de anticoagulação por prótese valvular mecânica (58%) ou fibrilação atrial (35%). Foram encontrados 23 (17,4%) pacientes com anticoagulação estável, homogeneamente distribuídos nos 2 grupos (intervenção e controle) do ensaio clínico original. Os pacientes classificados como de anticoagulação estável e não estável apresentavam características clínicas semelhantes entre si, no diz respeito à idade, sexo, comorbidades clínicas, escolaridade, indicações para anticoagulação, RNI basal e dose basal de anticoagulantes. A média de consumo de vitamina K ao longo de todo tempo de seguimento para os pacientes estáveis foi significativamente menor do que para os pacientes não estáveis. Os pacientes com CV do RNI > 10% apresentaram também escores de consumo de vitamina K mais elevados no momento de 30 dias após a randomização (P 10% had scores of vitamin K intake higher at 15 and 30 days after randomization (P <0.05). Conclusion: Our findings suggest that dietary vitamin K intake is lower in patients with stable anticoagulation than in patients with unstable anticoagulation therapy

    Consumo de vitamina K da dieta e estabilidade da anticoagulação oral crônica com cumarínicos : evidências derivadas de ensaio clínico

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    Introdução: Terapia com anticoagulantes orais tem sido amplamente utilizada em prevenção primária e secundária de eventos tromboembólicos em diversas condições cardiovasculares. O consumo de vitamina K parece ser um dos fatores centrais que influenciam na estabilidade do tratamento com cumarínicos. Poucos estudos até o momento buscaram estudar a relação entre quantidades específicas de vitamina K na dieta e a estabilidade da anticoagulação oral crônica com cumarínicos. Objetivos: Este estudo teve por objetivo avaliar a relação entre o consumo de vitamina K da dieta e a estabilidade do RNI (razão normalizada internacional do tempo de protrombina). Métodos Realizamos subanálise de ensaio clínico randomizado envolvendo pacientes do ambulatório de anticoagulação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com dados de RNI e consumo de vitamina K no momento de entrada no estudo, em 15, 30, 60 e 90 dias após a randomização. Paciente foi considerado estável quando coeficiente de variação (CV) do RNI foi menor ou igual a 10%. Avaliação semiquantitativa do consumo de vitamina K foi derivado de questionário de freqüência alimentar, criando-se escore de consumo, onde os alimentos foram pontuados conforme o conteúdo de vitamina K. Resultados: Estudamos 132 pacientes com 57 ± 13 anos (55% homens) e indicação de anticoagulação por prótese valvular mecânica (58%) ou fibrilação atrial (35%). Foram encontrados 23 (17,4%) pacientes com anticoagulação estável, homogeneamente distribuídos nos 2 grupos (intervenção e controle) do ensaio clínico original. Os pacientes classificados como de anticoagulação estável e não estável apresentavam características clínicas semelhantes entre si, no diz respeito à idade, sexo, comorbidades clínicas, escolaridade, indicações para anticoagulação, RNI basal e dose basal de anticoagulantes. A média de consumo de vitamina K ao longo de todo tempo de seguimento para os pacientes estáveis foi significativamente menor do que para os pacientes não estáveis. Os pacientes com CV do RNI > 10% apresentaram também escores de consumo de vitamina K mais elevados no momento de 30 dias após a randomização (P 10% had scores of vitamin K intake higher at 15 and 30 days after randomization (P <0.05). Conclusion: Our findings suggest that dietary vitamin K intake is lower in patients with stable anticoagulation than in patients with unstable anticoagulation therapy

    Desarrollo de un cuestionario de frecuencia de consumo para determinar la ingesta de vitamina k en pacientes con tratamento anticoagulante : un estudio piloto

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    Our aim was to develop a food frequency questionnaire (FFQ) to estimate vitamin K intake in patients receiving warfarin. We conducted a cross-sectional study. The FFQ was designed based on a literature review, and included foods containing ≥ 5 μg/100 g consumed by the study group. The correlation between the intake of vitamin K estimated by the questionnaire and habitual intake measured by two 24-hour dietary recalls was assessed, as well as correlations between FFQ, International Normalized Ratio (INR) and serum vitamin K levels. The mean intake of vitamin K, estimated by the FFQ, was 112.6± 82.7 μg/day, and the habitual dietary intake estimated by 24-hour dietary recalls was 85.1±75.5 μg/ day, with a significant correlation between both methods (r= 0.756; p< 0.001). There was no correlation between FFQ and INR (r= 0.054; p= 0.716), or between FFQ and serum vitamin K (r= -0.005; p= 0.982). The strong correlation between vitamin K intake measured by FFQ and habitual dietary intake measured by 24-hour dietary recalls suggests that the FFQ can be used to estimate vitamin K intake.El objetivo de este trabajo fue desarrollar un cuestionario de frecuencia de consumo (CFC) para estimar la ingesta de vitamina K en pacientes que reciben warfarina. La investigación correspondió a un estudio transversal. El CFC se basó en una revisión de la literatura e incluyó alimentos que contenían ≥ de 5 μg/100 g. Se evaluó la correlación entre la ingesta de vitamina K estimada por el CFC y la ingesta habitual medida por dos recordatorios del consumo de las últimas 24 horas (R24). También se evaluó las correlaciones entre CFC, relación normalizada internacional (RNI) y los niveles séricos de vitamina K. La ingesta media de vitamina K, estimada por el CFC, fue de 112.6±82.7 μg/día, y la ingesta dietética habitual estimada por los R24 fue de 85.1±75.5 μg/día, con una correlación significativa entre ambos métodos (r= 0.756; p< 0.001). No hubo correlación entre CFC e RNI (r= 0.054; p= 0.716), o entre CFC y vitamina K sérica (r= -0.005; p= 0.982). La fuerte correlación entre la ingesta de vitamina K medida por CFC y los dos R24 sugiere que el CFC puede usarse para estimar el consumo de vitamina K
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