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    Meios de comunicação e redes sociais como recursos na melhoria do conhecimento do Diabetes mellitus tipo 1 em comunidades carentes

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    Orientadora: Profª. Drª. Margaret Cristina da Silva BoguszewskiTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 19/12/2017Inclui referências : f.111-119Resumo: Introdução: Os Meios de Comunicação Social (MCS) estão sendo cada vez mais utilizados no âmbito da saúde. Sites, blogs e perfis em redes sociais que abordam temas de saúde são criados diariamente, tanto por profissionais de saúde como por pacientes ou indivíduos interessados, abordando doenças, conselhos de tratamento e até possíveis curas. O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1), embora em extensão menor que o Diabetes Mellitus Tipo 2, vem ganhando destaque nos MCS, especialmente nas redes sociais. Entidades, pesquisadores e até instituições de apoio aos pacientes portadores do DM1 apresentam, em diversos espaços da Internet, sua forma própria de lidar com a doença. Justificativa: Em um cenário onde são utilizadas cada vez mais as Mídias Sociais para interagir entre si, e onde um número crescente de organizações busca se aproximar de seu público-alvo usando tais ferramentas, é fundamental que a pesquisa científica também esclareça o significado deste processo, a fim de que possa desenvolver estratégias de comunicação mais eficientes e seguras, aproximação e fortalecimento dos laços com os indivíduos ou grupos envolvidos. Objetivos: Oferecer informações e um ambiente de discussão por meio de visitas às comunidades e do uso de ferramentas da Internet para aumentar o conhecimento sobre o DM1, incentivar o compromisso com o tratamento e apoiar a melhoria da qualidade de vida de crianças, adolescentes e adultos com a doença e suas famílias. Material e Métodos: Estudo de caráter populacional. População: moradores da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), portadores de DM1 e internautas de modo geral. Delineamento: O projeto somou três ações: trabalho presencial nas comunidades carentes; trabalho remoto, pela Internet; e a capacitação de multiplicadores voluntários. A intervenção se deu com a participação do pesquisador em grupos comunitários, postagens em Redes Sociais, elaboração de um site, contatos via Facebook e whatsapp, com ênfase nos elementos necessários para um maior conhecimento do DM1 e para reforçar a importância do tratamento e acompanhamento com profissionais de saúde. Foram utilizadas técnicas de comunicação, apoiadas em práticas de boa saúde. Para as dúvidas e questões pontuais, foram realizadas duas enquetes populares. Além disso, o pesquisador abriu um canal de diálogo com portadores da doença e familiares, através das Redes Sociais, denominado "DiabeteStation". Resultados: No total, 537 moradores da RMC participaram de reuniões no período de julho de 2015 a dezembro de 2016. Duas enquetes populares foram realizadas. Na primeira, sobre alimentação saudável e atividade física, participaram 198 indivíduos. Na segunda, sobre DM1 e MCS, participaram 256 indivíduos, sendo 78 portadores de DM1. As enquetes foram realizadas de forma presencial e via eletrônica. 254 indivíduos afirmaram que o projeto ajudou a aumentar o conhecimento sobre o DM1. 75 portadores de DM1 afirmaram ter adquirido um maior senso crítico em relação aos MCS e 63 disseram que o projeto ajudou na perseverança ao tratamento. Conclusão: Com medidas simples e utilização de ferramentas de comunicação, foi possível aumentar o conhecimento sobre o DM1; enfatizar a importância do tratamento; ampliar o canal de discussão; e estabelecer novos laços de apoio entre comunidades, famílias e pacientes. Palavras-chave: Diabetes Tipo 1. Comunicação e Saúde. Educação Comunitária em Saúde.Abstract: Introduction: The Means Social Comunication Media (MCS) is being progressively used in health. Websites, blogs and profiles on social networks that address health issues are created daily by health professionals such as patients or interested individuals, lifting up about raising t diseases, treatment advice and even possible cures. Type 1 Diabetes Mellitus (DM1), although to a lesser extent than Type 2 Diabetes Mellitus, has been prominent in MCS, especially in social networks. Entities, researchers and institutions that support patients with DM1 have their own way of dealing with the disease in various areas of the Internet. Justification: In a context where social media are increasingly used for interaction and where more and more organizations approach their target audience using these tools, it is crucial that scientific research also clarifies the meaning of this process, with the purpose of developing more efficient and secure communication strategies, approaching and strengthening the ties with the individuals or groups involved. Objectives: To provide information by creating a discussion environment through visits to communities and the use of Internet tools to increase knowledge about DM1, encourage commitment to treatment and support the improvement of the quality of life of children, adolescents and adults with disease and their families. Material and Methods: Population study. Population: Residents of the Metropolitan Region of Curitiba (MRC), DM1 and Internet users in general. Planning: The project added three actions: presential work in poor communities; remote work over the Internet; and the training of volunteer multipliers. The intervention took place with the participation of the researcher in community groups, postings in Social Networks, elaboration of a website, contacts via Facebooke, whatsapp, with emphasis on the elements necessary for a greater knowledge of DM1 and to reinforce the importance of treatment and follow-up with professionals of health. Communication techniques were used, based on good health practices. For doubts and specific questions, two popular questions were asked. In addition, the researcher opened a channel of dialogue with disease carriers and family members, through Social Networks, called "DiabeteStation". Results: In total, 537 residents of the MRC participated in meetings from July 2015 to December 2016. Two popular questions were asked. In the first one, about healthy eating and physical activity, 198 individuals participated. In the second one, about DM1 and MCS, 256 individuals participated, being 78 DM1 carriers. The questionings were carried out in person and electronically. 254 individuals stated that the project helped increase awareness about DM1. 75 patients with DM1 reported having acquired a greater critical sense regarding MCS and 63 said that the project helped in perseverance to treatment. Conclusion: With simple measures and use of communication tools, it was possible to increase knowledge about DM1; emphasize the importance of treatment; broadening the means of discussion; and establish new support ties between communities, families and patients. Keywords: Type 1 Diabetes. Communication and Health. Community Health Education

    Baixo peso ao nascer : análise crítica e proposta de trabalho com gestantes em comunidades da Região Metropolitana de Curitiba - Estado do Paraná

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    Orientadora: Profª Drª Margaret Cristina da Silva BoguszewskiDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 20/12/2011Bibliografia: fls. 109-116Área de concentração: Endocrinologia PediátricaResumo: O número crescente de bebês que nascem com baixo peso em várias regiões do mundo e do Brasil fez aumentar a demanda por estudos abordando este tema, principalmente quanto à consequências futuras do tamanho ao nascimento para essas crianças. O baixo peso ao nascer pode estar associado ao nascimento prematuro e ao crescimento menor do que o desejável para o tempo de gestação. O tabagismo, a idade, o peso e altura da gestante, doenças como infecção urinária e hipertensão arterial, são alguns dos fatores que podem levar ao nascimento com baixo peso. Entretanto, o atendimento oferecido à gestante, como o número de consultas de prénatal e a qualidade das informações transmitidas e decodificadas durante a gestação e crenças populares e arraigadas a gerações também podem interferir no tamanho ao nascimento. Justificativa: A identificação de fatores que possam causar nascimentos de baixo peso é importante para a interrupção da cadeia causal deste problema e para a busca de estratégias para a sua prevenção (OMS, 2004). Uma dessas estratégias foi a inclusão da melhoria da saúde materna como uma das oito metas do milênio estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), a serem atingidas até 2015. Objetivos: 1) avaliar os efeitos da intervenção direta nas comunidades e junto às gestantes, fundamentando-se em estratégias de comunicação popular através da informação e orientações trabalhadas e acompanhadas de modo individual e comunitário e propor formas de intervenção direta; 2) analisar, em entrevistas e reuniões com as gestantes, os fatores que contribuem para o nascimento com baixo peso. Material e Métodos: Estudo de caráter populacional. População: amostra de 3.068 gestantes atendidas pelo SUS - Sistema Único de Saúde - nas comunidades da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Paraná. A intervenção se deu com a participação do pesquisador em grupos de gestantes já ativos e com a formação de novos grupos. As reuniões com as gestantes eram mensais e o Mutirão em Busca das Gestantes, com o objetivo de captar as gestantes no início da gestação, foi realizado a cada três meses. Cada grupo reunia em média 15 gestantes. O pesquisador levou às reuniões com os grupos de gestantes um conteúdo interativo sobre o pré-natal e o parto, com ênfase nos elementos necessários para uma gestação saudável. Foram utilizadas técnicas de comunicação popular, apoiadas em práticas de boa saúde. Além disso, voluntários de cada comunidade foram capacitados pelo pesquisador para continuar aplicando a metodologia desse estudo, atuando assim como multiplicadores do conteúdo aprendido, reforçando nas comunidades a prevenção do baixo peso ao nascer. Resultados: 3.068 gestantes da RMC participaram de reuniões mensais, no período de Julho de 2007 a Dezembro de 2009. Os municípios da RMC foram agrupados em Sul, Norte, Noroeste, Oeste e São José dos Pinhais. As gestantes foram acompanhadas em suas próprias comunidades. A média de baixo peso ao nascer para as gestantes incluídas no presente estudo foi de 7,3%. A média anterior ao estudo era de 10,0% para o município de Curitiba e 9,5% para os demais municípios da Região Metropolitana (DATASUS, 2007). Os principais fatores de risco trabalhados com as gestantes foram tabagismo, consumo de drogas, uso de medicamentos sem prescrição, déficit nutricional e ausência às consultas de pré-natal. Conclusão: Com medidas simples e técnicas de comunicação popular, de baixo custo e grande impacto aglutinador, foi possível reduzir o índice de crianças nascidas com baixo peso nas comunidades acompanhadas e verificar uma mudança no modo das gestantes encararem seus direitos e também deveres com relação ao pré-natal. Também foi possível notar um crescente comprometimento dessas mulheres com sua gestação e com a saúde de seus bebês, tornando-as protagonistas numa relação de partilha de experiências, vivências e saberes.Abstract: The increasing number of babies that are born with low weight in the South of Brazil made increase the demand for studies approaching this theme, mainly as to the future consequences of size at birth for these children. The low weight at birth can be associated to smoking, the age and height of the pregnant woman, diseases like urinary infection and high blood pressure are factors that can take to birth with low weight. However, the assistance offered to the pregnant woman, like number of pre natal appointments and the quality of information transmitted and decoded during the pregnancy and the popular and rooted beliefs for generations can also interfere in the size at birth. Justificative: The identification of factors that can cause births of low weight is important for the interruption of the cause chain of this problem and for the search of strategies for its prevention (WHO, 2004). One of these strategies was the inclusion of mother health improvement as one of the 8 goals of the millennium established by the United Nations Organization (ONU), to be achieved until 2015.Goals: 1) to propose ways of direct intervention in the communities and next to the pregnant women, basing in strategies of popular communication through the information/orientation labored and followed up individually and in the community; 2) analyze with the pregnant women the factors that contribute for the birth with low weight. Material and Methods: Study of populational character. Population: sample of 3,068 pregnant women assisted by the SUS - Single Health System - in the communities of Curitiba Metropolitan Region, Paraná. The intervention happened with the participation of the research in previously existing groups of pregnant women and the formation of new groups. The researcher took to the meetings with the pregnant women groups an interactive contents about the pre natal and the birth, with emphasis in the needed elements for a healthy pregnancy. It was used techniques of popular communication, supported in good health practices. Besides this, volunteers of each community were trained by the researcher to continue applying the methodology of this study, acting as multipliers of the learned contents, strengthening in the communities the prevention of low weight at birth. Results: 3,068 pregnant women of Curitiba Metropolitan Region (RMC) participated of the monthly meetings, in the period of July 2007 to December 2009. The municipalities of RMC were grouped in South, North, Northwest, West and São José dos Pinhais. The pregnant women were followed up in their own communities. The average of low weight at birth for the pregnant women included in the present study was of 7.3%. The main risk factors worked with the pregnant women were smoking, drug addiction, use of medications without prescription, nutritional deficit and absence in the pre natal appointments. Conclusion: With simple measures and popular communication techniques, of low cost and big unifying impact, it was possible to reduce the impact the index of children born with low weight in the followed up communities and to verify a change in the way the pregnant women face their rights and also duties in relation of pre natal. The meetings with the pregnant women were monthly and the task force in search of pregnant women, with the goal of attracting pregnant women in the beginning of the pregnancy, it was done every three months. Each group had an average of 15 pregnant women. It was also possible to note an increasing compromise of these women with their pregnancy and with the health of their babies, turning them role players in a relationship of sharing of experiences and knowledge

    Cutoff for body mass index in adolescents: comparison with national and international reference standards

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    OBJETIVO: elaborar uma tabela percentílica para o índice de massa corporal (IMC) para adolescentes na faixa etária de 10 a 14 anos da cidade de Curitiba, Paraná, e comparar os valores encontrados para o sobrepeso (percentil 85) e obesidade (percentil 95) com referências de IMC nacional, regional e internacional. MÉTODO: estudo longitudinal misto com 5231 avaliações, 2471 em meninos e 2760 em meninas, idades entre 10 e 14 anos. Esse número foi obtido a partir de avaliações semestrais realizadas entre os anos de 1998 a 2002, gerando 4321 observações (estudo longitudinal), mais a avaliação de 910 indivíduos no ano de 2006 (estudo transversal). O IMC foi calculado pela razão entre a massa corporal (Kg) dividida pela estatura (m) ao quadrado. Foram elaboradas tabelas de frequência baseadas na distribuição percentílica. Para identificar as diferenças nos pontos de corte para sobrepeso e obesidade com os estudos nacionais de Cintra e de Conde e Monteiro e com o estudo internacional de Cole foi utilizado teste binomial não paramétrico. RESULTADOS: comparando com as referências, os jovens de Curitiba seriam superestimados com sobrepeso se utilizadas a referência de Conde e a de Cole e subestimados na referência regional de Cintra. As mesmas tendências foram observadas com relação ao percentil 95 (obesidade), porém não para todas as faixas etárias. CONCLUSÃO: observamos diferenças nos valores de IMC sugeridos como pontos de corte para sobrepeso e obesidade em relação às referências nacionais e internacionais reforçando a necessidade de utilização de referências específicas para cada população.OBJECTIVE: to develop a scale percentile for body mass index (BMI) for adolescents aged 10 to 14 years from the city of Curitiba, Paraná, and compare the values found for overweight (85th percentile) and obesity (95th percentile) with references to national and international BMI. METHOD: mixed longitudinal study with 5231 evaluation, 2471 in boys and girls in 2760, aged 10 and 14 years. This number was obtained from semester evaluations conducted between the years 1998 to 2002, generating 4321 observations (longitudinal study), further evaluation of 910 individuals in 2006 (cross-sectional study). BMI was calculated as the ratio of body mass (kg) divided by height (m) squared. Frequency tables were prepared based on the percentile distribution. To identify differences in cut-off points for overweight and obesity with the national study of Cintra, and Conde and with the international study of Cole non-parametric binomial test was used. RESULTS: compared with the references, the young people of Curitiba were overestimated overweight if used for the reference of Conde and Cole and underestimated in the regional reference Cintra. The same trends were observed with respect to the 95th percentile (obesity), but not for all ages. CONCLUSION: we observed differences in the values of BMI suggested as cut-off points for overweight and obesity in relation to national and international references emphasizing the need to use specific references for each population
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