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Tuberculose e parasitismo intestinal em população indígena na Amazônia brasileira
O objetivo do estudo foi estimar as freqüências de tuberculose e parasitoses intestinais na em comunidades indígenas da localidade de Iauareté (AM), em 2001. Estudo transversal (n=333) visando à obtenção de dados demográficos e amostras biológicas para exames de escarro e fezes. Dentre os 43 sintomáticos respiratórios, seis foram positivos na pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes no escarro. As parasitoses intestinais apresentaram freqüência significativamente maior entre a população Hüpda do que entre os índios que habitam os demais bairros (37,5% vs. 19,3% para Ascaris lumbricoides, 32,4% vs. 16,3% para Trichuris trichiura, 75% vs. 19,3% para ancilostomídeos, 75% vs. 35,4% para Entamoeba histolyticaD dispar e 33,3% vs. 10,7% para Giardia lamblia). Conclui-se que a tuberculose e o parasitismo intestinal são freqüentes nessas comunidades, exigindo medidas de controle e melhorias na assistência à saúde.The objective of the survey was to estimate the frequencies of tuberculosis and intestinal parasitosis in indigenous communities at the locality of Iauareté, Northern Brazil, in 2001. This was a cross-sectional survey (n=333) aimed at obtaining demographic data and biological samples for sputum and feces examinations. Among the 43 individuals with respiratory symptoms, six presented alcohol/acid-fast bacilli in sputum. Intestinal parasitosis was significantly more frequent among the Hüpda population than among the Indians living in other districts (37.5% vs. 19.3% for Ascaris lumbricoides, 32.4% vs. 16.3% for Trichuris trichiura, 75% vs. 19.3% for hookworms, 75% vs. 35.4% for Entamoeba histolyticaD dispar and 33.3% vs. 10.7% for Giardia lamblia). It is concluded that tuberculosis and intestinal parasitism are frequent in these communities, thus requiring control measures and better medical care.El objetivo del estudio fue estimar las frecuencias de tuberculosis y parasitosis intestinales en las comunidades indígenas de la localidad de Iauareté (Norte de Brasil), en 2001. Estudio transversal (n=333) intentando obtener datos demográficos y muestras biológicas para examenes de esputo y heces. Entre los 43 sintomáticos respiratorios, seis fueron positivos en la pesquisa de bacilos alcohol-ácido resistentes en el esputo. Las parasitosis intestinales presentaron frecuencia significativamente mayor entre la población Hüpda que entre los indios que habitan las demás localidades (37,5% vs. 19,3% para Ascaris lumbricoides, 32,4% vs. 16,3% para Trichuris trichiura, 75% vs. 19,3% para ancilostomídeos, 75% vs. 35,4% para Entamoeba histolytica/dispar y 33,3% vs. 10,7% para Giardia lamblia). Se concluyó que la tuberculosis y el parasitismo intestinal son frecuentes en esas comunidades, exigiendo medidas de control y mejorías en la asistencia a la salud
Histoplasmose associada à HIV/AIDS: estudo descritivo de casuística em um Centro de Pesquisa no Rio de Janeiro (1987-2002)
Submitted by Anderson Silva ([email protected]) on 2013-10-30T12:35:30Z
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Previous issue date: 2003Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFoi feito estudo descritivo, retrospectivo de uma série de casos de histoplasmose associada à HIV/AIDS no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC) no período de Janeiro de 1987 a Setembro de 2002, mediante a revisão de prontuários. Em 2020 casos de HIV+ foram diagnosticados 35 casos da micose, dos quais 32 desenvolveram histoplasmose disseminada oportunista e 3 apresentaram infecção por Histoplasma capsulatum demonstrada laboratorialmente. A maioria dos casos de histoplasmose era procedente do estado do Rio de Janeiro (97,14%), principalmente da cidade do Rio de Janeiro (80%), sendo a maioria natural do mesmo estado (71,42%). Como perfil predominante da casuística tivemos: sexo masculino (87%), comportamento heterossexual predominante (40%), seguindo-se bissexual (17,1%); escolaridade: primeiro grau (42,9%) e profissão de diferentes categorias de nível técnico ou serviços primários. Desemprego foi observado em 17,1%, tabagismo em 45,71% e etilismo em 60%. Atividades de risco não foram relacionadas aos casos de histoplasmose, excetuando-se um caso em que se identificou viagem recente para outra área endêmica com soroconversão. A histoplasmose disseminada oportunista ocorreu em 1,58% (32/2020) dos pacientes HIV+ na série estudada. Com 1,99% (27/1352) no sexo masculino e 0,74% (5/668) no sexo feminino..
A associação de histoplasmose disseminada em AIDS nesta mesma série foi de 3,21% (32/996) sem evidente variação de freqüência ao longo do período de estudo. Houve predomínio do sexo masculino 3,92% (27/668) sobre o feminino 1,62% (5/308), na associação histoplasmose disseminada oportunista em AIDS nesta mesma série, sugerindo que homens com AIDS apresentem mais chances de adoecer por histoplasmose do que mulheres. No entanto esta possibilidade depende de futuros estudos. O principal conjunto de manifestações clínicas da histoplasmose disseminada oportunista foi de caráter sistêmico (febre, perda de peso), seguindo-se manifestações respiratórias e do sistema reticuloendotelial. No raio X de tórax predominou o padrão intersticial microondular, retículo nodular ou misto, com ou sem linfonodomegalia em 37,5% (6/16). Chamou a atenção a freqüência da menigoencefalite por H. capsulatum nas formas disseminadas da histoplasmose em AIDS 12,5% (4/32). A presentação cutâneo mucosa ocorreu em 3 casos (9,37%) 3/32. A histoplasmose disseminada oportunista ocorreu como doença definidora de AIDS em 23 casos, sendo que, como causa única definidora de AIDS em 12,5% (4/32) e como causa associada a outras infecções oportunistas em 59,37% (19/32). Nos demais (28,12%) a histoplasmose apresentou-se em pacientes que já tinham AIDS (9/32). Diferentes co-morbidades infecciosas foram observadas nos casos de histoplasmose disseminada oportunista em 84,37% (27/32) chamando a atenção à tuberculose com 12,5% (4/32)..
O diagnóstico micológico através do cultivo foi o principal meio de diagnóstico, sendo que o exame direto de espécimes clínicos para histoplasma foi de baixo rendimento. A imunodifusão dupla foi negativa em 68,5% (22/32), sendo que naqueles positivos somente a banda M foi detectada. O CD4 presentou níveis baixoa (10 cel/mm³ a 288 cel/mm³) em 12 casos de histoplasmose disseminada oportunista analisados. Dos pacientes que foram para óbito 59,37% (19/32), 4 encontravam-se em uso de monoterapia ARV e o restante era virgem de tratamento. Quando consideramos óbito segundo disponibilidade de esquema ARV no Brasil, em três períodos distintos 1897-1990, 1991-1995, 1996-2002, na série analisada no IPEC o óbito foi significativamente reduzido nos casos de histoplasmoses disseminada oportunista no período do uso de HHART. A associação da histoplasmose à AIDS não mudou significativamente sua freqüência de ocorrência na série analisada, mas é possível que esquema HAART esteja implicando melhor evolução dos casos e redução da letalidade por recuperação parcial da imunidade celula
Tuberculosis and intestinal parasitism among indigenous people in the Brazilian Amazon region
Submitted by Sandra Infurna ([email protected]) on 2017-08-31T17:19:53Z
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Previous issue date: 2009Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Doenças Parasitárias. Rio de Janeiro, RJ. Brasil / Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Medicina Interna. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Sistemática Bioquímica. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.Universidade Federal Fluminense. Departamento de Patologia. Niterói, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Curso de Pós-graduação em Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Curso de Pós-graduação em Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Medicina Interna. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Curso de Pós-graduação em Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Curso de Pós-graduação em Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.O objetivo do estudo foi estimar as freqüências de tuberculose e parasitoses
intestinais na em comunidades indígenas da localidade de Iauareté (AM), em
2001. Estudo transversal (n=333) visando à obtenção de dados demográficos e
amostras biológicas para exames de escarro e fezes. Dentre os 43 sintomáticos
respiratórios, seis foram positivos na pesquisa de bacilos álcool–ácido
resistentes no escarro. As parasitoses intestinais apresentaram freqüência
significativamente maior entre a população Hüpda do que entre os índios que
habitam os demais bairros (37,5% vs. 19,3% para Ascaris lumbricoides, 32,4%
vs. 16,3% para Trichuris trichiura, 75% vs. 19,3% para ancilostomídeos,
75% vs. 35,4% para Entamoeba histolytica⁄dispar e 33,3% vs. 10,7% para
Giardia lamblia). Conclui-se que a tuberculose e o parasitismo intestinal são
freqüentes nessas comunidades, exigindo medidas de controle e melhorias na
assistência à saúde.The objective of the survey was to estimate the frequencies of tuberculosis
and intestinal parasitosis in indigenous communities at the locality of
Iauareté, Northern Brazil, in 2001. This was a cross-sectional survey (n=333)
aimed at obtaining demographic data and biological samples for sputum and
feces examinations. Among the 43 individuals with respiratory symptoms,
six presented alcohol/acid-fast bacilli in sputum. Intestinal parasitosis was
significantly more frequent among the Hüpda population than among the Indians
living in other districts (37.5% vs. 19.3% for Ascaris lumbricoides, 32.4% vs.
16.3% for Trichuris trichiura, 75% vs. 19.3% for hookworms, 75% vs. 35.4%
for Entamoeba histolytica⁄dispar and 33.3% vs. 10.7% for Giardia lamblia).
It is concluded that tuberculosis and intestinal parasitism are frequent in these
communities, thus requiring control measures and better medical care