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    Fatores maternos associados à prematuridade tardia e não tardia

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    Introdução: O nascimento pré-termo, que ocorre antes das 37 semanas de idade gestacional, tem sido considerado como problema de saúde pública, de etiologia multifatorial, que engloba uma série de fatores em contextos sociais complexos. Os nascimentos prematuros se dividem em subcategorias em função da idade gestacional, sendo prematuros tardios os nascidos entre 34 e 36 semanas e 6 dias, correspondendo a cerca de 74% desses recém-nascidos. Objetivo: Identificar fatores maternos associados à prematuridade tardia e não tardia, em um hospital geral de Porto Alegre. Método: Trata-se de estudo do tipo caso-controle, retrospectivo, com tamanho amostral de 1215 mulheres, no qual foram incluídas 405 no grupo de casos, sendo 280 mães de prematuros tardios e 125 mães de prematuros não tardios; e no grupo de controles 810 mães de recém-nascidos à termo, com um caso para cada dois controles (1:2). Os dados foram obtidos dos prontuários dessas mulheres, coletados em um hospital geral de referência para gestação de alto risco na cidade de Porto Alegre/RS. A análise foi de regressão logística multinomial, com modelo hierarquizado. Os quatro blocos definidos para variáveis no modelo hierarquizado foram: características sociodemográficas maternas, história obstétrica e reprodutiva materna, condições maternas durante a gestação e pré-natal, e intercorrências maternas na gestação atual. Resultados: No modelo final, foi evidenciada associação estatisticamente significativa ao nascimento prematuro tardio e não tardio com as seguintes variáveis: procedência interior/litoral (OR=5,88; IC 95%: 3,89-8,89 vs OR=8,01; IC 95%: 4,81-13,32), história prévia de trabalho de parto prematuro (OR=2,48; IC 95%: 1,41-4,37 vs OR=4,52; IC 95%: 1,62-4,84), história de síndromes hipertensivas da gestação anterior (OR=2,80; IC 95%: 1,62-4,84 vs OR=2,55; IC 95%: 1,21-5,38) hospitalização na gestação (OR=2,70; IC 95%: 1,65-4,38 vs OR=2,31; IC 95%: 1,17-4,58), gemelaridade (OR=4,99; IC 95%: 2,20-11,31 vs OR=2,33; IC 95%: 2,33-15,42), descolamento prematuro de placenta (OR=37,12; IC 95%: 4,48-307,46 vs OR=51,49; IC 95%: 5,35-495,00), síndromes hipertensivas na gestação atual (OR=3,44; IC 95%: 2,21-5,35 vs OR=4,39; IC 95%: 2,48-7,78), restrição de crescimento intrauterino (OR=5,25; IC 95%: 2,26-12,17 vs OR=4,33; IC 95%: 1,27-14,75), e alteração no volume de líquido amniótico (OR=4,13; IC 95%: 1,89-9,01 vs OR=3,83; IC 95%: 1,49-9,86). Os fatores de risco estatisticamente associados somente a prematuridade tardia foram: histórico de três ou mais cesarianas anteriores (OR=4,20; IC 95%: 1,41-12,53) e hipertensão prévia (OR=2,00; IC 95%: 1,15-3,49); para a prematuridade não tardia foram: o histórico obstétrico de descolamento prematuro de placenta em gestação anterior (OR=12,42; IC 95%: 2,02-76,11), a não realização de pré-natal (OR=3,85; IC 95%: 1,03-14,40), o uso de bebida alcoólica (OR=4,00; IC 95%: 1,31-12,24), e a presença de infecção do trato urinário (OR=1,59; IC 95%: 1,00-2,53).Conclusão: Ainda que a maioria dos fatores de risco tenham sido identificados como comuns aos dois grupos, a diferença entre a magnitude das razões de chances entre os mesmos para os fatores em estudo variou entre 0,3 e 12,00, o que pode indicar que a exposição ao fator talvez incida de forma diferente na contribuição para a ocorrência da prematuridade entre os grupos. Sugere-se a realização de outros estudos de base populacional que possam elucidar os diferentes fatores de risco entre os subgrupos de prematuros, para que oportunamente seja possível elaborar estratégias de prevenção e minimização dos danos decorrentes destes nascimentos.Introduction: The preterm birth, which occurs before 37 weeks of gestational age, has been considered a public health problem of multifactorial etiology, which encompasses several factors in complex social contexts. The preterm births are divided into subcategories depending on the gestational age, considering late preterm births happening between 34-36 weeks and 6 days, corresponding to about 74% of these newborns. Objective: To identify maternal factors associated with late and non-late prematurity in a general hospital of Porto Alegre. Method: It is a retrospective case-control study with a sample size of 1215 women, in which 405 were included in the group of cases, 280 mothers of late preterm infants and 125 mothers of non-late preterm infants; and in the control group 810 mothers of full-term newborns, with one case for every two controls (1:2). The data were obtained from the medical records of these women, collected at a general reference hospital for high-risk gestation in the city of Porto Alegre/RS. The analysis was that of multinomial logistic regression, with a hierarchical model. The four blocks defined for variables in the hierarchical model were: maternal sociodemographic characteristics, maternal obstetric and reproductive history, maternal conditions during the gestation and prenatal care, and maternal intercurrences in the current gestation. Results: In the final model, there was a statistically significant association of the late and non-late preterm birth with the following variables: country side/coastal origin (OR=5.88; CI 95%: 3.89-8.89 vs OR=8.01; CI 95%: 4.81-13.32), previous history of preterm labor (OR=2.48; CI 95%: 1.41-4.37 vs OR=4.52; CI 95%: 1.62-4.84), history of hypertensive syndromes in a previous gestation (OR=2.80; CI 95%: 1.62-4.84 vs OR=2.55; CI 95%: 1.21-5.38), hospitalization during gestation (OR=2.70; CI 95%: 1.65-4.38 vs OR=2.31; CI 95%: 1.17-4.58) twin pregnancy (OR=4.99; CI 95%: 2.20-11.31 vs OR=2.33; CI 95%: 2.33-15.42), placental abruption (OR=37.12; CI 95%: 4.48-307.46 vs OR=51.49; CI 95%: 5.35-495.00), hypertensive syndromes in the current gestation (OR=3.44; CI 95%: 2.21-5.35 vs OR=4.39; CI 95%: 2.48-7.78), intrauterine growth restriction (OR=5.25; CI 95%: 2.26-12.17 vs OR=4.33; CI 95%: 1.27-14.75), and altered volume of amniotic fluid (OR=4.13; CI 95%: 1.89-9.01 vs OR=3.83; CI 95%: 1.49-9.86). The risk factors associated only with late prematurity were: history of three or more previous cesarean sections (OR=4.20; CI 95%: 1.41-12.53) and previous hypertension (OR=2.00; CI 95%: 1.15-3.49); for non-late prematurity were: obstetric history of placental abruption in previous gestation (OR=12.42; CI 95%: 2.02-76.11), not perform prenatal care (OR=3.85; CI 95%: 1.03-14.40), alcohol intake (OR=4.00; CI 95%: 1.31-12.24), and presence of urinary tract infection (OR=1.59; CI 95%: 1.00-2.53). Conclusion: Although most of the risk factors have been identified as common to both groups, the difference between the magnitude of the odds ratios between the same factors for the study ranged from 0.3 to 12.00, which may indicate that the exposure to the factor may differ in the contribution to the occurrence of prematurity between the groups. It is suggested other population-based studies that can elucidate the different risk factors among the subgroups of preterm infants, so that timely strategies can be developed to prevent and minimize the damages resulting from these births

    Acciones para la promoción de la lactancia materna en la prematuridad tardía

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    Objetivo: Identificar na literatura científica ações para a promoção do aleitamento materno na prematuridade tardia. Método: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura que tem como questão norteadora: quais ações promovem o aleitamento materno na prematuridade tardia? A coleta de dados foi realizada no mês de setembro de 2017, na base de dados PubMed. O período utilizado para o refinamento da busca foi de janeiro de 2006 a julho de 2017. Após a leitura e refinamento, foram incluídos 16 artigos na amostra deste estudo. Resultados: Quanto aos temas, foram encontrados artigos que abordaram ações de promoção do aleitamento materno para realização tanto nas maternidades, quanto em domicilio, com predomínio na maternidade. Discussão: O aleitamento materno na prematuridade tardia é um evento desafiador e pode ser frustrante para a mãe do prematuro; requer ajuda capacitada dos profissionais de saúde e dos serviços de saúde nas maternidades e na atenção básica. Conclusão: O aleitamento materno na prematuridade tardia é uma estratégia que contribui para redução das taxas de morbimortalidade infantil.Objective: To identify in the scientific literature actions to promote breastfeeding in late prematurity. Method: This is an Integrative Review of Literature that has as guiding question: which actions promote breastfeeding in late prematurity? Data collection was performed in September 2017, in the PubMed database. The period used for the refinement of the search was from January 2006 to July 2017. After reading and refinement, 16 articles were included in the sample of this study. Results: In the themes, articles were found that addressed actions to promote breastfeeding for both maternity and home care, with predominance in the maternity. Discussion: The breastfeeding in late prematurity is a challenging event and can be frustrating for the mother of the premature; requires skilled assistance from health professionals and health services in maternity wards and primary care. Conclusions: Breastfeeding in late prematurity is a strategy that contributes to the reduction of infant morbidity and mortality rates.Objetivo: Identificar en la literatura científica acciones para la promoción de la lactancia materna en prematuridad tardía. Método: Se trata de una Revisión Integrativa de la Literatura que tiene como cuestión orientadora: qué acciones promueven la lactancia materna en la prematuridad tardía? La recolección de datos se realizó en el mes de septiembre de 2017, en la base de datos PubMed. El período utilizado para el refinamiento de la búsqueda fue de enero de 2006 a julio de 2017. Después de la lectura y el refinamiento, se incluyeron 16 artículos en la muestra de este estudio. Resultados: En cuanto a los temas, se encontraron artículos que abordaron acciones de promoción de la lactancia materna para realización tanto en las maternidades, como en domicilio, con predominio en la maternidad. Discusión: La lactancia materna en la prematuridad tardía es un acontecimiento desafiante y puede ser frustrante para la madre del prematuro; requiere ayuda capacitada de los profesionales de salud y de los servicios de salud en las maternidades y en la atención básica. Conclusión: La lactancia materna en la prematuridad tardía es una estrategia que contribuye a la reducción de las tasas de morbimortalidad infantil

    Acolhimento com classificação de risco em um centro obstétrico : a ótica dos profissionais da saúde

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    Este trabalho trata-se de um estudo de caso qualitativo, realizado na Unidade de Centro Obstétrico (UCO) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), com sete profissionais da saúde que participaram do processo de implantação do Acolhimento com Classificação de Risco (ACR) nesta unidade. O objetivo do mesmo consistiu em conhecer a experiência de implantação do sistema de ACR em um Centro Obstétrico sob a ótica dos profissionais da saúde. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas com os profissionai e a análise segundo categorizações, de acordo com Lüdke e André. A análise evidenciou distorções sobre o entendimento da proposta inicial do ACR nesta unidade e sobre quais as mudanças efetivamente ocorreram após essa implantação. Para a discussão desses achados duas categorias são propostas: o entendimento sobre a proposta de implantação do Acolhimento com Classificação de Risco e os papéis da equipe que acolhe. Acredita-se que seria importante para esta equipe expressar suas idéias e opiniões em relação ao tema acolhimento, a fim de que fosse oportunizada a reflexão sobre práticas de atendimento e sobre os diferentes significados que acolhimento e classificação de risco têm para os componentes da equipe multiprofissional

    Late prematurity and the context of the prenatal care attention

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    Considera-se prematuridade, o nascimento de uma criança antes das 37 semanas completas de idade gestacional. Estas crianças são denominadas de recém-nascidos pré-termos ou prematuros. Os prematuros tardios são aqueles nascidos com idade gestacional entre 34 e 36 semanas e 6 dias, representando em torno de 70% dos nascimentos na prematuridade. A avaliação da atenção pré-natal torna-se questão central na prevenção desses nascimentos prematuros, e prevenção da morbimortalidade tanto materna como neonatal, e sua qualificação, faz-se necessária. O objetivo do presente estudo foi conhecer o cuidado na gestação de mulheres que tiveram prematuros tardios, e seus atendimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo exploratório, cuja coleta de dados realizou-se em três unidades de Estratégia de Saúde da Família, no período de novembro de 2011 a dezembro de 2012, na cidade de Porto Alegre, RS, com 13 informantes, mães desses prematuros tardios. Os dados foram analisados sob o referencial da Análise Temática e de Padrões, compondo dois temas: negligência no cuidado durante a gestação do prematuro tardio e insuficiência do atendimento pré-natal na prematuridade tardia. Observou-se no relato das informantes um distanciamento entre as orientações que deveriam ser seguidas no pré-natal e as que realmente são, caracterizando o modo individual dessas mães vivenciarem esse processo. Constatou-se que as gestantes encontraram estratégias para acessar recursos de saúde por vias próprias, dentro do sistema público ou por intermédio da saúde suplementar, com o objetivo de resolverem demandas percebidas no transcorrer da gestação. Observaram-se diversificadas situações que comprometeram a saúde das gestantes, tais como as doenças por elas desenvolvidas e não adequadamente diagnosticadas, tratadas e acompanhadas (como pré-eclâmpsia, sífilis e infecção do trato urinário); a dificuldade na solicitação, acesso e resultados dos exames em tempo oportuno; a inexistência de articulação entre os serviços que realizam atendimento pré-natal sob a ótica da referência e contrarreferência; a falta de continuidade no atendimento pré-natal; a dificuldade na realização da busca ativa das gestantes (mesmo quando as mesmas têm risco gestacional diagnosticado como maior que o habitual); a não valorização da escuta pelo profissional de saúde no atendimento a essas gestantes; entre tantas outras condições que ocorreram. Neste contexto destaca-se a negligência, que não esteve somente associada ao caráter individual, tampouco ao desejo em relação a estar grávida, mas sim ao contexto social e cultural no qual as gestantes estavam inseridas; e a insuficiência do atendimento pré-natal, que se refere à falta de qualidade, à função inadequada e pouco resolutiva de um atendimento que deveria ser direito garantido às gestantes. Reitera-se a relevância do atendimento pré-natal para diminuição dos fatores de risco que contribuem para a prematuridade.Se considera prematuridad el nacimiento previo a las 37 semanas de edad gestacional completas. Estos niños son denominados pretérminos o prematuros. El grupo llamado de los prematuros tardíos, que se refiere a la edad gestacional entre 34 y 36 semanas y 6 días, es lo que representa alrededor del 70% de los nacimientos prematuros. Evaluación de la atención prenatal hace convertido en un tema central en la prevención de estos nacimientos prematuros, e de la prevención de la morbimortalidad materna y neonatal, entonces se necesitan intervenciones para la cualificación de la atención en los niveles primarios y secundarios de la atención a la salud apuntando a reducir este tipo de nacimiento. El objetivo de este estudio se fue conocer la atención en el embarazo de mujeres que tuvieron hijos prematuros tardíos, y sus atendimientos dentro del Sistema Único de Salud. Se trata de un estudio cualitativo, exploratorio, cuya colección de datos fue realizada en tres unidades de la Estrategia de Salud de la Familia, de noviembre 2011 hasta diciembre 2012, en Porto Alegre, RS, con 13 informantes, madres de los prematuros tardíos. Los datos fueron analizados en el marco del Análisis Temática de Normas, e compusieron dos temas: negligencia en el cuidado durante el embarazo de lo prematuro tardío; y, insuficiencia de la atención prenatal en la prematuridad tardía. Se observó que existe una brecha entre las directrices que se deben seguir en el prenatal y las que realmente son seguidas, caracterizando una forma individual de las madres experimentaren este proceso. Se encontró que las mujeres embarazadas desarrollan estrategias de acceso a los recursos de salud por sus propios medios, dentro del sistema o por medio de los servicios complementarios, con el objetivo de resolver las demandas percibidas en el curso del embarazo. Se han observado diversas situaciones que comprometieron la salud de las mujeres embarazadas, como las enfermedades que se desarrollan y no fueran correctamente diagnosticadas, tratadas y controladas (como la pre eclampsia, la sífilis y la infección del tracto urinario), las dificultades en la solicitación, acceso y resultados de exámenes de laboratorio en tiempo oportuno, la falta de coordinación entre los servicios que prestan la atención prenatal en la perspectiva de la referencia y contra-referencia, la falta de continuidad en la atención prenatal, las dificultades para llevar a cabo una búsqueda activa de las mujeres (incluso cuando tienen riesgo de embarazo diagnosticado como mayor de lo normal), la disminución de la escucha de los profesionales de la salud en la atención de estas mujeres embarazadas, entre muchas otras condiciones que ocurren. En este contexto, la negligencia, que no sólo hace sido asociada con la conducta individual, o en relación con el deseo de estar embarazada, pero a el contexto social y cultural en que se incluyeron las mujeres embarazadas; y la insuficiencia de la atención prenatal, el cual se refiere a la falta de calidad, inadecuada funcionalidad, e poca resolución de un servicio que debe ser derecho garantizado a las mujeres embarazadas. Entonces se reitera la importancia de la atención prenatal para disminuir los factores de riesgo que contribuyen a la prematuridad.Prematurity is considered the birth of a child before 37 completed weeks of gestation. The group called late preterm infants refers to gestational age between 34 and 36 weeks and 6 days, representing around 70% of preterm births. Evaluation of prenatal care becomes central issue in the prevention of these premature births, and prevention of morbidity and mortality, both maternal and neonatal, and its qualification is necessary. The aim of this study was to know the pregnancy care of women who delivered late preterm infants and their health care attention in Brazil’s Unique Health System. This is an exploratory-qualitative study, whose data collection held in three units of the Family Health Strategy, from November 2011 to December 2012, in Porto Alegre, RS, with 13 informants, mothers of late preterm infants. The data were analyzed under the Thematic and Patterns Analysis, and composed two themes: negligence of care during pregnancy of late premature infants; and, inadequacy of prenatal care in late prematurity. It was noted a gap between the guidelines that should be followed in the prenatal care and the ones that really are, showing the individual way of these mothers experience this process. It was found that pregnant women create strategies to access health resources by their own way, within the health system or with supplementary care, with the aim of resolving the perceived demands in the course of pregnancy. Diverse situations that compromised the health of pregnant women were observed, such as the diseases they developed and did not properly were diagnosed, treated and monitored (such as preeclampsia, syphilis and urinary infection), difficulties in the request, access and results of laboratorial exams in appropriate time, the lack of coordination between services providing antenatal care from the perspective of the reference and counter-reference, the lack of continuity in prenatal care, the difficulty of active search of pregnant women (even when the pregnant women has risk diagnosed as greater than usual), the devaluation of listening by the part of health professionals in the care of these pregnant women, among many other conditions that occurred. In this context, stands out the neglect, that was not only associated with individual character or in relation to the desire to be pregnant, but associated to the social and cultural context in which pregnant women lived; and the insufficiency of prenatal care, which refers to lack of quality, inadequate function and little resolute of a service that should be right guaranteed to pregnant women. Reiterate the importance of prenatal care to decrease the risk factors that contribute to prematurity

    Late prematurity and the context of the prenatal care attention

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    Considera-se prematuridade, o nascimento de uma criança antes das 37 semanas completas de idade gestacional. Estas crianças são denominadas de recém-nascidos pré-termos ou prematuros. Os prematuros tardios são aqueles nascidos com idade gestacional entre 34 e 36 semanas e 6 dias, representando em torno de 70% dos nascimentos na prematuridade. A avaliação da atenção pré-natal torna-se questão central na prevenção desses nascimentos prematuros, e prevenção da morbimortalidade tanto materna como neonatal, e sua qualificação, faz-se necessária. O objetivo do presente estudo foi conhecer o cuidado na gestação de mulheres que tiveram prematuros tardios, e seus atendimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo exploratório, cuja coleta de dados realizou-se em três unidades de Estratégia de Saúde da Família, no período de novembro de 2011 a dezembro de 2012, na cidade de Porto Alegre, RS, com 13 informantes, mães desses prematuros tardios. Os dados foram analisados sob o referencial da Análise Temática e de Padrões, compondo dois temas: negligência no cuidado durante a gestação do prematuro tardio e insuficiência do atendimento pré-natal na prematuridade tardia. Observou-se no relato das informantes um distanciamento entre as orientações que deveriam ser seguidas no pré-natal e as que realmente são, caracterizando o modo individual dessas mães vivenciarem esse processo. Constatou-se que as gestantes encontraram estratégias para acessar recursos de saúde por vias próprias, dentro do sistema público ou por intermédio da saúde suplementar, com o objetivo de resolverem demandas percebidas no transcorrer da gestação. Observaram-se diversificadas situações que comprometeram a saúde das gestantes, tais como as doenças por elas desenvolvidas e não adequadamente diagnosticadas, tratadas e acompanhadas (como pré-eclâmpsia, sífilis e infecção do trato urinário); a dificuldade na solicitação, acesso e resultados dos exames em tempo oportuno; a inexistência de articulação entre os serviços que realizam atendimento pré-natal sob a ótica da referência e contrarreferência; a falta de continuidade no atendimento pré-natal; a dificuldade na realização da busca ativa das gestantes (mesmo quando as mesmas têm risco gestacional diagnosticado como maior que o habitual); a não valorização da escuta pelo profissional de saúde no atendimento a essas gestantes; entre tantas outras condições que ocorreram. Neste contexto destaca-se a negligência, que não esteve somente associada ao caráter individual, tampouco ao desejo em relação a estar grávida, mas sim ao contexto social e cultural no qual as gestantes estavam inseridas; e a insuficiência do atendimento pré-natal, que se refere à falta de qualidade, à função inadequada e pouco resolutiva de um atendimento que deveria ser direito garantido às gestantes. Reitera-se a relevância do atendimento pré-natal para diminuição dos fatores de risco que contribuem para a prematuridade.Se considera prematuridad el nacimiento previo a las 37 semanas de edad gestacional completas. Estos niños son denominados pretérminos o prematuros. El grupo llamado de los prematuros tardíos, que se refiere a la edad gestacional entre 34 y 36 semanas y 6 días, es lo que representa alrededor del 70% de los nacimientos prematuros. Evaluación de la atención prenatal hace convertido en un tema central en la prevención de estos nacimientos prematuros, e de la prevención de la morbimortalidad materna y neonatal, entonces se necesitan intervenciones para la cualificación de la atención en los niveles primarios y secundarios de la atención a la salud apuntando a reducir este tipo de nacimiento. El objetivo de este estudio se fue conocer la atención en el embarazo de mujeres que tuvieron hijos prematuros tardíos, y sus atendimientos dentro del Sistema Único de Salud. Se trata de un estudio cualitativo, exploratorio, cuya colección de datos fue realizada en tres unidades de la Estrategia de Salud de la Familia, de noviembre 2011 hasta diciembre 2012, en Porto Alegre, RS, con 13 informantes, madres de los prematuros tardíos. Los datos fueron analizados en el marco del Análisis Temática de Normas, e compusieron dos temas: negligencia en el cuidado durante el embarazo de lo prematuro tardío; y, insuficiencia de la atención prenatal en la prematuridad tardía. Se observó que existe una brecha entre las directrices que se deben seguir en el prenatal y las que realmente son seguidas, caracterizando una forma individual de las madres experimentaren este proceso. Se encontró que las mujeres embarazadas desarrollan estrategias de acceso a los recursos de salud por sus propios medios, dentro del sistema o por medio de los servicios complementarios, con el objetivo de resolver las demandas percibidas en el curso del embarazo. Se han observado diversas situaciones que comprometieron la salud de las mujeres embarazadas, como las enfermedades que se desarrollan y no fueran correctamente diagnosticadas, tratadas y controladas (como la pre eclampsia, la sífilis y la infección del tracto urinario), las dificultades en la solicitación, acceso y resultados de exámenes de laboratorio en tiempo oportuno, la falta de coordinación entre los servicios que prestan la atención prenatal en la perspectiva de la referencia y contra-referencia, la falta de continuidad en la atención prenatal, las dificultades para llevar a cabo una búsqueda activa de las mujeres (incluso cuando tienen riesgo de embarazo diagnosticado como mayor de lo normal), la disminución de la escucha de los profesionales de la salud en la atención de estas mujeres embarazadas, entre muchas otras condiciones que ocurren. En este contexto, la negligencia, que no sólo hace sido asociada con la conducta individual, o en relación con el deseo de estar embarazada, pero a el contexto social y cultural en que se incluyeron las mujeres embarazadas; y la insuficiencia de la atención prenatal, el cual se refiere a la falta de calidad, inadecuada funcionalidad, e poca resolución de un servicio que debe ser derecho garantizado a las mujeres embarazadas. Entonces se reitera la importancia de la atención prenatal para disminuir los factores de riesgo que contribuyen a la prematuridad.Prematurity is considered the birth of a child before 37 completed weeks of gestation. The group called late preterm infants refers to gestational age between 34 and 36 weeks and 6 days, representing around 70% of preterm births. Evaluation of prenatal care becomes central issue in the prevention of these premature births, and prevention of morbidity and mortality, both maternal and neonatal, and its qualification is necessary. The aim of this study was to know the pregnancy care of women who delivered late preterm infants and their health care attention in Brazil’s Unique Health System. This is an exploratory-qualitative study, whose data collection held in three units of the Family Health Strategy, from November 2011 to December 2012, in Porto Alegre, RS, with 13 informants, mothers of late preterm infants. The data were analyzed under the Thematic and Patterns Analysis, and composed two themes: negligence of care during pregnancy of late premature infants; and, inadequacy of prenatal care in late prematurity. It was noted a gap between the guidelines that should be followed in the prenatal care and the ones that really are, showing the individual way of these mothers experience this process. It was found that pregnant women create strategies to access health resources by their own way, within the health system or with supplementary care, with the aim of resolving the perceived demands in the course of pregnancy. Diverse situations that compromised the health of pregnant women were observed, such as the diseases they developed and did not properly were diagnosed, treated and monitored (such as preeclampsia, syphilis and urinary infection), difficulties in the request, access and results of laboratorial exams in appropriate time, the lack of coordination between services providing antenatal care from the perspective of the reference and counter-reference, the lack of continuity in prenatal care, the difficulty of active search of pregnant women (even when the pregnant women has risk diagnosed as greater than usual), the devaluation of listening by the part of health professionals in the care of these pregnant women, among many other conditions that occurred. In this context, stands out the neglect, that was not only associated with individual character or in relation to the desire to be pregnant, but associated to the social and cultural context in which pregnant women lived; and the insufficiency of prenatal care, which refers to lack of quality, inadequate function and little resolute of a service that should be right guaranteed to pregnant women. Reiterate the importance of prenatal care to decrease the risk factors that contribute to prematurity
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