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    Terapia genética com células CAR-T para leucemia linfocítica aguda / CAR-T cell gene therapy for acute lymphocytic leukemia

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    A leucemia linfocítica aguda (LLA) é uma neoplasia maligna que resulta na proliferação e acúmulo de células imaturas da linhagem linfoide (HUNGER & MULLIGHAN 2015). No Brasil, a LLA é o câncer mais comum na infância e os tratamentos convencionais são ainda inespecíficos, pouco eficazes e induzem efeitos colaterais importantes (CAVALCANTE et al, 2017). Nesse sentido, tratamentos específicos baseados em imunoterapia com células do próprio paciente geneticamente modificadas vem sendo desenvolvidos. Dentre os novos tratamentos destaca-se a terapia com linfócitos T modificados do paciente expressando receptores antigênicos quiméricos (CAR-T) específicos para o reconhecimento de marcadores de células tumorais (ANNESLEY et al, 2018; BROWN & SHAH 2018). Nesse sentido, a presente revisão objetiva evidenciar as aplicações e avanço do uso das CAR-T no tratamento de pacientes com LLA. Esta é uma revisão bibliográfica narrativa, de caráter descritivo, tendo como base de dados a biblioteca virtual “PubMed”, mediante a seleção dos descritores “CAR-T-cells” e “Acute lymphoid leucemia”. A revisão bibliográfica foi realizada em 19 periódicos especializados recentes da área. A produção das células CAR-T baseou-se essencialmente na modificação genética de receptores de linfócitos T para o reconhecimento específico dos marcadores CD5 e CD19 da linhagem tumoral de linfócitos (CRUZ et al, 2013; DAVILA et al, 2014; DOLNIKOV et al, 2015; MAMONKIN et al, 2015; QASIM et al, 2017). O tratamento consiste na depleção específica de linfócitos totais na medula óssea do paciente, por quimioterapia, seguida de sua substituição por infusão das células CAR-T específicas (LIU et al, 2017; QIN et al, 2018). As CAR-T são capazes de montar respostas citotóxicas específicas contra as células tumorais e induzir a produção de anticorpos específicos (LORENTZEN & STRATEN 2015; HAY & TURTLE 2017). Na maioria dos estudos clínicos revisados, cerca de 90% dos pacientes apresentou remissão completa ou parcial da neoplasia e considerável aumento na taxa de sobrevida (BIONDI et al, 2017; ZHU et al, 2016; LI et al, 2018; MAUDE et al, 2018; PARK et al, 2018; WEI et al, 2018). As principais complicações pelo uso desta nova terapia incluíram a elevada taxa de recidiva de LLA e sintomatologia característica da “Síndrome de liberação de citocinas”, incluindo hipotensão, febre, alterações neurológicas e hipóxia (TANG et al, 2016; TURTLE et al, 2016; VALECHA et al, 2017). Assim, a intervenção terapêutica em pacientes com LLA mediante uso de células CAR-T dos estudos clínicos analisados mostrou-se promissora, melhorando o prognóstico dos pacientes. A ocorrência de efeitos adversos mostra a necessidade de mais estudos clínicos e laboratoriais na tentativa de reduzir a toxicidade deste tipo de imunoterapia
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