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    Esteato-hepatite não alcoólica: uma síndrome em evidência / Non-Alcoholic Steatohepatitis: a syndrome in evidence

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    O presente artigo apresenta uma revisão narrativa sobre epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da esteato-hepatite não alcóolica (EHNA). Nas últimas décadas, houve um crescimento na incidência mundial de obesidade e de doenças associadas. Dentre elas, destaca-se a EHNA, uma desordem metabólica com ampla variedade de apresentação, parte do espectro da doença hepática gordurosa não-alcóolica (DHGNA). A prevalência da DHGNA pode acometer até 25% da população em alguns estudos, sendo homens e hispânicos os grupos mais acometidos. A fisiopatologia da doença é complexa e multifatorial, com bases na obesidade, na resistência à insulina e na herança genética. Após diagnóstico, o manejo da EHNA consiste principalmente em mudanças de estilo de vida, tratamento da síndrome metabólica, farmacoterapia e manejo das complicações da cirrose hepática. Diante do aumento na prevalência de EHNA, é de grande interesse para a medicina a busca por melhores formas de obter sua detecção precoce, tratamento e controle de complicações. Essas questões são complexas e exigem uma abordagem multidisciplinar

    Ampulectomia transduodenal e a adaptação cirúrgica focada no paciente: Um relato de caso

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    Tumores da Ampola de Vater são entidades clínicas raras, em sua maioria adenocarcinomas, e em menor frequência do tipo neuroendócrino. O tratamento inclui ressecções endoscópicas e cirúrgicas, que podem ser extensas ou locais. Objetivo: Relatar um caso de Tumor Neuroendócrino de ampola em uma paciente idosa, que foi submetida a uma Ampulectomia Transduodenal. Relato: Paciente do sexo feminino, 83 anos, apresentou quadro de anorexia, icterícia progressiva, colúria e acolia fecal. Ecoendoscopia evidenciou lesão de 2,2 cm na ampola. Indicado o tratamento cirúrgico, no qual optou-se pela Ampulectomia Transduodenal. Após biópsia da peça cirúrgica, o estudo imunohistoquímico indicou Tumor Neuroendócrino grau III (Ki67 > 80%) Paciente evoluiu bem e foi seguida por 8 meses com relativa estabilidade clínica e sem complicações relativas ao tratamento cirúrgico ou a doença de base. Discussão: Os tumores neuroendócrinos correspondem a menos de 2% dos tumores da ampola. O tratamento mais indicado é a Duodenopancreatectomia, que promove um melhor controle locorregional e possibilita a obtenção de margens oncológicas, apesar de estar associado a complicações graves. Ressecções mais conservadoras como a endoscópica e a ampulectomia transduodenal estão associadas a menor morbimortalidade mas possuem a desvantagem do menor controle oncológico. Em pacientes bem selecionados, a Ampulectomia Transduodenal demonstrou taxas de sobrevida semelhantes à duodenopancreatectomia e com menor morbidade. Fatores associados à ausência de metástase linfonodal e obtenção de margem livre, incluindo tamanho, grau e diferenciação histológica, devem ser avaliados como preditores de sucesso terapêutico. Além disso, deve se considerar o status clínico na escolha. Conclusão: a ampulectomia transduodenal é uma opção que deve ser considerada no tratamento dos tumores da ampola, sendo particularmente eficaz em casos selecionados e em pacientes sem performance para duodenopancreatectomia
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