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ARTIFÍCIOS DO INSTRUMENTALISMO CIENTÍFICO
In this essay, scientific instrumentalism in its semantic and epistemic versions is examined, and some difficulties in its strategies for questioning scientific realism are shown.Examina-se, neste ensaio, o instrumentalismo científico em suas versões semântica e epistêmica, e se mostram algumas dificuldades de suas estratégias para questionar o realismo científico.
DOI: https://doi.org/10.29327/2194248.5.2-
O conhecimento com base no testemunho
O tema diz respeito à chamada epistemologia do testemunho, que nas últimas décadas tem despertado o interesse de vários pesquisadores e ocupado boa parte dos estudos de epistemologia, em particular, de epistemologia social ou coletiva. Nosso propósito foi examinar alguns textos fillosóficos clássicos em que se encontram importantes contribuições para o estudo desse assunto — principalmente as obras de David Hume e de Thomas Reid — e também analisar a questão proposta de um ponto de vista contemporâneo, especialmente a partir do livro Testimony: A Philosophical Study (1992), de C. A. J. Coady.
Kuhn e as dimensões da incomensurabilidade
Desde The structure of scientific revolutions em 1962 até artigos da década de 70, Thomas Kuhn utilizou a incomensurabilidade entre paradigmas para caracterizar a mudança de compromissos teóricos e práticos nas ciências maduras, destacando aspectos ontológicos, semânticos e epistemológicos. A tese geral afirma a inexistência de uma instância supraparadigmática que resolva conflitos entre comunidades científicas que defendam paradigmas rivais. As primeiras críticas indicavam a irracionalidade que sua defesa instauraria. Críticas de Shapere e de Sheffler incidiram sobre a formulação semântica. Em resposta, Doppelt, defendendo um quadro kuhniano da dinâmica da ciência, destacou que a incomensurabilidade epistemológica seria a mais básica, e que, além disso, ela evitaria as críticas dirigidas à versão semântica. Putnam, posteriormente, também considerou apenas a incomensurabilidade semântica para mostrar a irracionalidade do relativismo kuhniano. Contra Doppelt, mostramos que não há uma redução dos aspectos semânticos aos epistemológicos. São dimensões distintas de um mesmo conceito. Contudo, a favor de Doppelt, entendemos que a dimensão epistemológica acarreta formas de relativismos que se impõem como desafios aos críticos que apenas se detiveram em sua dimensão semântica