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    “Pioneiros” do MATOPIBA: a corrida por terras e a corrida por teses sobre a fronteira agrícola

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    O artigo delineia um entendimento sobre a fronteira agrícola que a pensa como historicamente constituída e passível de ter seus conteúdos modificados pelas transformações mais gerais da sociedade. Para tanto, retoma compreensões da Geografia tradicional e da Geografia crítica acerca da frente pioneira. Posteriormente, lidamos com as particularidades da formação nacional, chamando a atenção para a importância da universidade e da ciência no processo e na caracterização diferenciada da colonização em cada momento histórico. Por fim, adentramos a particularidade do MATOPIBA, trazendo três exemplos de formas de produção do espaço que podem revelar transformações mais gerais da maneira de se relacionar socialmente com a fronteira agrícola. Pesquisas recentes na região do MATOPIBA, tida como a última fronteira agrícola no Brasil, mostram um desmatamento da vegetação nativa já realizado por meio de maquinário moderno e uma alta incidência de trabalho análogo à escravidão. Ademais, a ação recente de imobiliárias transnacionais sugerem a presença de um capital financeiro antes avesso à imobilização em terras. O que poderia parecer como busca desses capitais pela extração direta de mais-valia absoluta e relativa em novas paragens pode todavia ser entendido igualmente como inversão de capitais fictícios sobreacumulados em busca de dar aparência de solidez a seus portfólios ou carteiras de “produtos”

    Perfil da atividade física na vida diária de homens e mulheres idosos fisicamente independentes

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    This study compared the profile of daily activities and variables of functional fitness between elderly men and women, as well as the relation of their time spent walking per day with the remaining study variables concerning each gender. Thirty healthy elderly (15 men; 66 ± 6 years), sedentary and physically independent, had their daily activities evaluated objectively by a multi-axial accelerometer as well as their metabolic and functional fitness variables by means of specific protocols. Both men and women presented similar time spent in walking per day, even though men had higher intensity during walking. Women spent longer time standing, and men, sitting. A better performance was achieved by men in most physical tests in regard to absolute values but not in relative values. In conclusion, despite their different patterns of daily activities, elderly men and women do not differ in time spent walking per day.Este estudio comparó el perfil de la actividad de la vida diaria y variables de aptitud funcional entre hombres y mujeres mayores, así como la relación de su tiempo de caminata por día con las demás variables estudiadas en cada género. Treinta mayores saludables (15 hombres, 66±6 años), sedentarios y físicamente independientes, tuvieron sus actividades diarias evaluadas objetivamente por un acelerómetro multi-axial, así como variables de aptitud física y funcional evaluados por protocolos específicos. Todos presentaron tiempo gasto andando por día semejantes, a pesar de que los hombres se muevan con mayor intensidad. Las mujeres permanecieron más tiempo en pie y los hombres más tiempo sentados. Los hombres presentaron mejor desempeño en valores absolutos en la mayoría de los testes físicos, perono en valores relativos. Se concluyó que los hombres y las mujeres mayores no se difieren en tiempo de caminata por día.Este estudo comparou o perfil da atividade da vida diária e variáveis de aptidão funcional entre homens e mulheres idosos, bem como a relação de seu tempo de caminhada por dia com as demais variáveis estudadas em cada gênero. Trinta idosos saudáveis (15 homens, 66 ± 6 anos), sedentários e fisicamente independentes, tiveram suas atividades diárias avaliadas objetivamente por um acelerômetro multi-axial, bem como variáveis de aptidão física e funcional avaliadas por protocolos específicos. Homens e mulheres apresentaram tempo gasto andando por dia semelhantes, apesar dos homens se movimentarem com maior intensidade. As mulheres permaneceram mais tempo em pé e os homens mais tempo sentados. Os homens apresentaram melhor desempenho em valores absolutos na maioria dos testes físicos, mas não em valores relativos. Em conclusão, apesar de seus diferentes padrões de atividades diárias, os homens idosos e mulheres não diferem em tempo de caminhada por dia

    The transformations on sugarcane agroindustry fictitious capital reproduction in São Paulo: from the Proálcool to 2008 crisis

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    A tese por nós aqui apresentada teve por finalidade principal pesquisar a transformação na forma crítica de reprodução fictícia da agroindústria canavieira paulista, entre o Proálcool (1975 1990) e aquela forma de reprodução que começou a se constituir a partir da década de 1990, mas só se estabeleceu no início do século XXI. Para tanto, visitamos teóricos da reprodução e crise do capital que nos auxiliaram a compreender as formas de reprodução fictícia do capital em nível global atualmente, para depois podermos cotejar suas interpretações com a pesquisa por nós realizada acerca da forma atual de reprodução fictícia desta agroindústria canavieira a partir da inflação do preço do açúcar como ativo financeiro nos mercados de futuros internacionais (derivativos). Tal pesquisa nos permitiu abordarmos, também, os impactos da crise econômica do capital de 2007/2008 sobre tal agroindústria, a fim de relacionarmos tal crise com uma discussão sobre a própria crise imanente do capital. As consequências dessa transformação na reprodução fictícia acima mencionada também foram observadas no que diz respeito à terra, conforme características da produção, produtividade e área com cana-de-açúcar; e ao trabalho, por meio da discussão acerca do trabalho do boia-fria e da mecanização do corte de cana-de-açúcar. Podermos sugerir a crise da reprodução da sociabilidade capitalista por meio da historicização de suas categorias (capital, terra e trabalho) atualmente em crise, nos fundamentou para desdobrarmos a crítica da forma mercadoria de relação social e do trabalho como fundamento do capital como ponto de chegada da crítica negativa que pretendemos apresentar como basilar para o movimento do texto como um todo.The thesis we present here had as its main purpose the research in the transformation of the critical form of sugarcane agroindustry fictitious reproduction, in São Paulo State, between the Proálcool (1975 1990) and the form that started to be constituted in the nineties but only was stablished in the beginning of the twenty first century. Therefore, which helped us to understand the actual forms of global fictitious reproduction of capitalism and then we compared these interpretations with a research about the present form of sugarcane agroindustry fictitious reproduction in the State of São Paulo, which is characterized by sugar price inflation as a financial asset negotiated in international future markets (as a derivative). That research allowed us to approach the impacts in such sugarcane agroindustry of capital economic crisis of 2007/2008 and to relate this crisis with a discussion about capital immanent crisis. The consequences of the mentioned transformation in the sugarcane agroindustry fictitious reproduction in the State of São Paulo also have been observed with regard to land by characterizing sugarcane production, productivity and area; and to labor, through the discussion of boia-fria conditions of labor and the mechanization of sugarcane harvesting. Our suggestion of capitalist social reproduction crisis because of the historical character of its categories (capital, land and labor), currently in crisis, allowed us to unfold the critique to commodity form of social relation and labor as the fundament of capital as the ultimate purpose of the negative critique we intended for the totality of this text

    Modernization process and agribusiness sugarcane in São Paulo: the proálcool as fictitious reproduction of capital in crisis

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    Esta dissertação teve como intenção analisar o Proálcool (1975-1990) e suas consequências para o setor sucroalcooleiro paulista, relacionando-o ao processo de modernização retardatária promovida pelo Estado brasileiro, que redefiniu o papel do campo no processo de acumulação capitalista, no Brasil. Pretendeu-se verificar se a necessidade reiterada de intervenção estatal via créditos subsidiados junto à produção do setor indicava uma crise da acumulação capitalista na sua forma atual, a partir do que Marx denominou como capital fictício. Assim, se colocou como questão se a dívida dos fornecedores e industriais do complexo agroindustrial sucroalcooleiro paulista para com a União, no final da década de 1980 (final do terceiro período do Proálcool), expressava o momento fictício de reprodução do capital na incapacidade (sem a intervenção do Estado) de reprodução do setor, tanto pela exploração do trabalho como pela incorporação da renda da terra ao capital que se territorializava no campo. Esta dissertação procurou verificar tal questão através da história dessa territorialização (e sua consequente diferenciação de áreas nas DIRAs, em São Paulo), e também avaliar dados, para então compreender quais as relações entre a inserção nesse momento particular da acumulação capitalista e a transformação das relações de produção particulares conforme existentes no Brasil (como o agregado, no Vale do Jequitinhonha) e em São Paulo (como o colono), anteriormente ao processo de modernização. O trabalho precarizado do bóia-fria pôde, assim, ser entendido como expressão da crise da sociedade do trabalho, sendo a alta composição orgânica dos capitais no setor percebida de forma fetichista como desenvolvimento econômico o fundamento da conformação das características daquele trabalho. Através de trabalho de campo à área de Olímpia-SP, pretendeu-se, então, compreender a forma pela qual as personificações do capital (proprietário de terras, capitalista e trabalhador) subjetivam o momento da crise, enquanto o da própria forma social capitalista.This thesis aimed at analyzing the Proálcool (1975 1990) and its consequences to the sugarcane industry at São Paulo state, trying to relate it to the process of modernization promoted by Brazilian State, which redefined the role of agriculture on the national process of capitalist accumulation. It sought, also, to verify if that industrys state subvention necessity for credit outpointed a capitalist accumulation crisis on its actual form, from what Marx called fictitious capital. Therefore, we questioned if the sugarcane industry debts with the Brazilian State, at the end of the 1980s (as the last period of Proálcool), expressed the fictitious moment of capitalist reproduction as the impossibility (one without State subventions) of that industry to reproduce itself whether from labor exploitation, or from the ground rent extraction. This dissertation tried to answer it by thinking on the history of capital territorialization on local agriculture and by data examination, in order to comprehend the relations between its insertion at this particular capitalist accumulation moment and the changing of social production relations as they existed before that modernization process (the agregado, at Vale do Jequitinhonha; and the colono, at São Paulo). Precarious labor of day-laborers, thus, could be interpreted as an expression of labor society crisis, being the high capital organic composition of sugarcane industry the ground from where this labors characteristics are/were conformed, although this composition is widely seen as economic growth. With fieldworks at Olímpia area (São Paulo), we intended to comprehend how capital personifications (landlord, capitalist and laborer) see this crisis moment and if they relate it as being from the capitalistic social form itself

    “PIONEIROS” DO MATOPIBA: A CORRIDA POR TERRAS E A CORRIDA POR TESES SOBRE A FRONTEIRA AGRÍCOLA/ The “pioneers” of MATOPIBA, Brazil: the race for lands and for thesis over the agricultural frontier/ Los “pioneros” del MATOPIBA, Brasil: la corrida por tierras y la corrida por tesis acerca de la frontera agrícola

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    O artigo delineia um entendimento sobre a fronteira agrícola que a pensa como historicamente constituída e passível de ter seus conteúdos modificados pelas transformações mais gerais da sociedade. Para tanto, retoma compreensões da Geografia tradicional e da Geografia crítica acerca da frente pioneira. Posteriormente, lidamos com as particularidades da formação nacional, chamando a atenção para a importância da universidade e da ciência no processo e na caracterização diferenciada da colonização em cada momento histórico. Por fim, adentramos a particularidade do MATOPIBA, trazendo três exemplos de formas de produção do espaço que podem revelar transformações mais gerais da maneira de se relacionar socialmente com a fronteira agrícola. Pesquisas recentes na região do MATOPIBA, tida como a última fronteira agrícola no Brasil, mostram um desmatamento da vegetação nativa já realizado por meio de maquinário moderno e uma alta incidência de trabalho análogo à escravidão. Ademais, a ação recente de imobiliárias transnacionais sugerem a presença de um capital financeiro antes avesso à imobilização em terras. O que poderia parecer como busca desses capitais pela extração direta de mais-valia absoluta e relativa em novas paragens pode todavia ser entendido igualmente como inversão de capitais fictícios sobreacumulados em busca de dar aparência de solidez a seus portfólios ou carteiras de “produtos”

    “PIONEIROS” DO MATOPIBA: A CORRIDA POR TERRAS E A CORRIDA POR TESES SOBRE A FRONTEIRA AGRÍCOLA/ The “pioneers” of MATOPIBA, Brazil: the race for lands and for thesis over the agricultural frontier/ Los “pioneros” del MATOPIBA, Brasil: la corrida por tierras y la corrida por tesis acerca de la frontera agrícola

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    O artigo delineia um entendimento sobre a fronteira agrícola que a pensa como historicamente constituída e passível de ter seus conteúdos modificados pelas transformações mais gerais da sociedade. Para tanto, retoma compreensões da Geografia tradicional e da Geografia crítica acerca da frente pioneira. Posteriormente, lidamos com as particularidades da formação nacional, chamando a atenção para a importância da universidade e da ciência no processo e na caracterização diferenciada da colonização em cada momento histórico. Por fim, adentramos a particularidade do MATOPIBA, trazendo três exemplos de formas de produção do espaço que podem revelar transformações mais gerais da maneira de se relacionar socialmente com a fronteira agrícola. Pesquisas recentes na região do MATOPIBA, tida como a última fronteira agrícola no Brasil, mostram um desmatamento da vegetação nativa já realizado por meio de maquinário moderno e uma alta incidência de trabalho análogo à escravidão. Ademais, a ação recente de imobiliárias transnacionais sugerem a presença de um capital financeiro antes avesso à imobilização em terras. O que poderia parecer como busca desses capitais pela extração direta de mais-valia absoluta e relativa em novas paragens pode todavia ser entendido igualmente como inversão de capitais fictícios sobreacumulados em busca de dar aparência de solidez a seus portfólios ou carteiras de “produtos”

    Padrão de territorialidade do Estado nacional e autonomização do capital no agronegócio sucroenergético brasileiro: do patrimônio familiar dos Ometto à profissionalização e financeirização da Cosan / National State territoriality pattern and capital autonomization in Braziliansugar-energy agribusiness: from the Ometto family’s heritage toprofessionalization and financialization of Cosan / Patrón de territorialidad del Estado nacional y autonomización del capital en elagronegocio sucroenergético brasileño: desde la propiedad familiar de los Ometto hacia la profisionalización y financeirización del grupo Cosan

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    O artigo apresenta um processo histórico de constituição do padrão de territorialidade do Estado nacional no Brasil, derivado da colonização do Antigo Regime, e o relaciona com a trajetória particular da família Ometto, de imigrantes italianos, mobilizada para o trabalho na cafeicultura do estado de São Paulo de fins do século XIX e tornada proprietária de indústrias processadoras de cana-de-açúcar ao longo do século XX. O grupo Cosan, o maior produtor de cana, açúcar e etanol do mundo, é pensado dentro do padrão de territorialidade acima mencionado. Por meio do debate sobre a autonomização das categorias do capital, pensamos as transformações nas formas de gestão do capital e a ascensão de formas profissionalizadas que surgem simultaneamente e que parecem mais apropriadas ao atrelamento da empresa ao mercado de capitais. A partir daí debatemos o crescimento recente da empresa, problematizando-o por meio do entendimento do capital fictício, como fundamento do momento crítico de reprodução daquele padrão de territorialidade do Estado nacional. Concluímos que a inflação das ações adquire aí importância central e estimula o acesso a novas dívidas para promover a expansão e intensificação das atividades produtivas como forma de aumentar novamente o preço das ações

    O BOOM E O ESTOURO DA BOLHA DAS COMMODITIES NO SÉCULO XXI E A AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA BRASILEIRA: DA MOBILIZAÇÃO A CRISE DO TRABALHO/ The Commodity’s Bubble Boom and Burst in the 21st Century and the Brazilian Sugarcane Agroindustry: from labor mobilization to its crisis/ El Boom y el Estallido de la Burbuja de las Commodities en el Siglo XXI y la Agroindustria Brasileña de la Caña de Azúcar: de la Movilización a la Crisis del Trabajo

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    A expansão da agroindústria canavieira das últimas décadas no Brasil carrega em sua dinâmica os paradigmas que permitem uma reflexão sobre o próprio processo de territorialização do capital cada vez mais financeirizado. As transformações recentes de ordem produtiva, como as relações de trabalho, expansão em área e produtividade da produção de cana-de-açúcar, endividamento e crise do agronegócio no entorno dessa atividade, no estado de São Paulo e outros da região Sudeste, são apresentados no presente artigo. Com ele, tentamos mostrar como a reprodução ampliada do capital se desdobra numa contraditória dinâmica de expansão produtiva, crise do trabalho e dependência cada vez maior de capital fictício, balizados quase sempre no Estado, e como isso envolve outra, relativa à mobilidade do trabalho e urbanização recente de cidades dependentes da dinâmica desse setor, o que diz respeito, na verdade, à pergunta acerca da reprodução da socialização sob relações capitalistas como um todo, no momento de sua crise
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