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Desigualdades na prevalencia de carie dentaria nao tratada em criancas pre-escolares no Brasil
OBJETIVO: Avaliar a influência de desigualdades sociais de ordem individual e contextual na experiência de cárie dentária não tratada em crianças no Brasil. MÉTODOS: Os dados sobre a prevalência de cárie dentária foram obtidos do Projeto Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – SBBrasil 2010, levantamento epidemiológico de saúde bucal com amostra representativa para o país e cada uma de suas macrorregiões geográficas. Crianças de cinco anos de idade (n = 7.217) em 177 municípios foram examinadas e seus responsáveis responderam ao questionário. Características contextuais referentes aos municípios em 2010 (renda mediana, fluoretação da água e proporção de domicílios com abastecimento de água) foram informadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O estudo de associação utilizou modelos multinível de análise de regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de cárie não tratada foi de 48,2%; mais da metade da amostra apresentou ao menos um dente decíduo com experiência de cárie. O índice de cárie na dentição decídua ceo-d médio foi 2,41, sendo maior para as regiões Norte e Nordeste. Crianças de cor da pele preta e parda, e aquelas com renda familiar menos elevada tiveram maior prevalência de cárie não tratada. No nível contextual, renda mediana no município e adição de flúor na água de abastecimento associaram-se inversamente com a prevalência do desfecho. CONCLUSÕES: Desigualdades na prevalência de cárie não tratada persistem, afetando as crianças com dentição decídua no Brasil. O planejamento de medidas públicas para a promoção de saúde bucal deve considerar o efeito de fatores contextuais como determinante de riscos individuais.OBJETIVO: Evaluar la influencia de desigualdades sociales de orden individual y contextual en la experiencia de caries dentaria no tratada en niños en Brasil. MÉTODOS: Los datos sobre la prevalencia de caries dentaria fueron obtenidos del Proyecto Investigación Nacional de Salud Bucal – SBBrasil 2010, pesquisa epidemiológica de salud bucal con muestra representativa para el país y cada una de sus macro regiones geográficas. Niños de cinco años de edad (n= 7.217) en 177 municipios fueron examinados y sus responsables respondieron el cuestionario. Características contextuales referentes a los municipios en 2010 (renta mediana, fluororación del agua y proporción de domicilios con abastecimiento de agua) fueron informadas por la Fundación Instituto Brasileño de Geografía y Estadística. El estudio de asociación utilizó modelos multinivel de análisis de regresión de Poisson. RESULTADOS: La prevalencia de caries no tratada fue de 48,2%; más de la mitad de la muestra presentó al menos un diente deciduo con experiencia de caries. El índice de caries en la dentición decidua ceo-d promedio fue 2,41, siendo mayor para las regiones Norte y Noreste. Niños con color de piel negra y parda, y aquellas con renta familiar menos elevada tuvieron mayor prevalencia de caries no tratada. En el nivel contextual, renta mediana en el municipio y adición de flúor en el agua de abastecimiento se asociaron inversamente con la prevalencia del resultado. CONCLUSIONES: Desigualdades en la prevalencia de caries no tratada persisten, afectando a los niños con dentición decidua en Brasil. La planificación de medidas públicas para la promoción de salud bucal debe considerar el efecto de factores contextuales como determinante de riesgos individuales.OBJECTIVE: To evaluate the influence of social inequalities of individual and contextual nature on untreated dental caries in Brazilian children. METHODS: The data on the prevalence of dental caries were obtained from the Brazilian Oral Health Survey (SBBrasil 2010) Project, an epidemiological survey of oral health with a representative sample for the country and each of the geographical micro-regions. Children aged five (n = 7,217) in 177 municipalities were examined and their parents/guardians completed a questionnaire. Contextual characteristics referring to the municipalities in 2010 (mean income, fluorodized water and proportion of residences with water supply) were supplied by the Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brazilian Institute of Geography and Statistics). Multilevel Poisson regression analysis models were used to assess associations. RESULTS: The prevalence of non-treated dental caries was 48.2%; more than half of the sample had at least one deciduous tooth affected by dental caries. The index of dental caries in deciduous teeth was 2.41, with higher figures in the North and Northeast. Black and brown children and those from lower income families had a higher prevalence of untreated dental caries. With regards context, the mean income in the municipality and the addition of fluoride to the water supply were inversely associated with the prevalence of the outcome. CONCLUSIONS: Inequalities in the prevalence of untreated dental caries remain, affecting deciduous teeth of children in Brazil. Planning public policies to promote oral health should consider the effect of contextual factors as a determinant of individual risk
Influence of self-perceived oral health and socioeconomic predictors on the utilization of dental care services by schoolchildren
The influence of socioeconomic factors and self-rated oral health on children's dental health assistance was assessed. This study followed a cross-sectional design, with a multistage random sample of 792 12-year-old schoolchildren from Santa Maria, a city in southern Brazil. A dental examination provided information on the prevalence of dental caries (DMFT index). Data about the use of dental service, socioeconomic status, and self-perceived oral health were collected by means of structured interviews. These associations were assessed using Poisson regression models (prevalence ratio; 95% confidence interval). The prevalence of regular use of dental service was 47.8%. Children from low socioeconomic backgrounds and those who rated their oral health as "poor" used the service less frequently. The distribution of the kind of oral healthcare assistance used (public/private) varied across socioeconomic groups. The better-off children were less likely to have used the public service. Clinical, socioeconomic, and psychosocial factors were strong predictors for the utilization of dental care services by schoolchildren
Socioeconomic and psychosocial predictors of dental healthcare use among Brazilian preschool children
Abstract\ud
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Background\ud
Disparities in utilization of oral healthcare services have been attributed to socioeconomic and individual behavioral factors. Parents’ socioeconomic status, demographics, schooling, and perceptions of oral health may influence their children’s use of dental services. This cross-sectional study assessed the relationships between socioeconomic and psychosocial factors and the utilization of dental health services by children aged 1–5 years.\ud
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Methods\ud
Data were collected through clinical exams and a structured questionnaire administered during the National Day of Children’s Vaccination. A Poisson regression model was used to estimate prevalence ratios and 95% confidence intervals.\ud
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Results\ud
Data were collected from a total of 478 children. Only 112 (23.68%) were found to have visited a dentist; 67.77% of those had seen the dentist for preventive care. Most (63.11%) used public rather than private services. The use of dental services varied according to parental socioeconomic status; children from low socioeconomic backgrounds and those whose parents rated their oral health as “poor” used dental services less frequently. The reason for visiting the dentist also varied with socioeconomic status, in that children of parents with poor socioeconomic status and who reported their child’s oral health as “fair/poor” were less likely to have visited the dentist for preventive care.\ud
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Conclusion\ud
This study demonstrated that psychosocial and socioeconomic factors are important predictors of the utilization of dental care services.The authors would like to thank all of the participating children and parents for their cooperation, and the Municipal Health Authorities of Santa Maria, Rio Grande do Sul, for the information and authorizations related to this study
Expectativas de escolares de uma comunidade vulnerável: qualidade de vida e esperança sobre profissionais/governantes
Objetivou-se conhecer às expectativas/anseios de escolares sobre mudanças pessoais que possibilitariam melhorias na sua qualidade de vida e o que esperam dos profissionais da saúde e governantes. Estudo transversal, realizado com 435 escolares, de dez anos ou mais, matriculados do quinto ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio. Utilizou-se um questionário com questões fechadas e após a análise estatística descritiva. 45,3% dos pesquisados respondeu que gostaria de estudar mais; 26,7% de valorizar mais os pais. Praticamente metade dos sujeitos gostaria que os profissionais de saúde lhes dessem mais atenção e orientações. Destes, 19,7% consideravam importante o profissional de saúde na escola. 40% dos estudantes esperam honestidade dos governantes e 34,9% que estes pensem mais no povo. Os escolares têm noção dos seus direitos de cidadania, expressam de forma consciente às expectativas/anseios em relação às mudanças pessoais e o que esperam de profissionais da saúde e governantes.Objetivou-se conhecer às expectativas/anseios de escolares sobre mudanças pessoais que possibilitariam melhorias na sua qualidade de vida e o que esperam dos profissionais da saúde e governantes. Estudo transversal, realizado com 435 escolares, de dez anos ou mais, matriculados do quinto ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio. Utilizou-se um questionário com questões fechadas e após a análise estatística descritiva. 45,3% dos pesquisados respondeu que gostaria de estudar mais; 26,7% de valorizar mais os pais. Praticamente metade dos sujeitos gostaria que os profissionais de saúde lhes dessem mais atenção e orientações. Destes, 19,7% consideravam importante o profissional de saúde na escola. 40% dos estudantes esperam honestidade dos governantes e 34,9% que estes pensem mais no povo. Os escolares têm noção dos seus direitos de cidadania, expressam de forma consciente às expectativas/anseios em relação às mudanças pessoais e o que esperam de profissionais da saúde e governantes
Expectativas de escolares de uma comunidade vulnerável: qualidade de vida e esperança sobre profissionais/governantes
Objetivou-se conhecer s expectativas/anseios de escolares sobre mudanas pessoais que possibilitariam melhorias na sua qualidade de vida e o que esperam dos profissionais da sade e governantes. Estudo transversal, realizado com 435 escolares, de dez anos ou mais, matriculados do quinto ano do ensino fundamental at o ltimo ano do ensino mdio. Utilizou-se um questionrio com questes fechadas e aps a anlise estatstica descritiva. 45,3% dos pesquisados respondeu que gostaria de estudar mais; 26,7% de valorizar mais os pais. Praticamente metade dos sujeitos gostaria que os profissionais de sade lhes dessem mais ateno e orientaes. Destes, 19,7% consideravam importante o profissional de sade na escola. 40% dos estudantes esperam honestidade dos governantes e 34,9% que estes pensem mais no povo. Os escolares tm noo dos seus direitos de cidadania, expressam de forma consciente s expectativas/anseios em relao s mudanas pessoais e o que esperam de profissionais da sade e governantes.Objetivou-se conhecer s expectativas/anseios de escolares sobre mudanas pessoais que possibilitariam melhorias na sua qualidade de vida e o que esperam dos profissionais da sade e governantes. Estudo transversal, realizado com 435 escolares, de dez anos ou mais, matriculados do quinto ano do ensino fundamental at o ltimo ano do ensino mdio. Utilizou-se um questionrio com questes fechadas e aps a anlise estatstica descritiva. 45,3% dos pesquisados respondeu que gostaria de estudar mais; 26,7% de valorizar mais os pais. Praticamente metade dos sujeitos gostaria que os profissionais de sade lhes dessem mais ateno e orientaes. Destes, 19,7% consideravam importante o profissional de sade na escola. 40% dos estudantes esperam honestidade dos governantes e 34,9% que estes pensem mais no povo. Os escolares tm noo dos seus direitos de cidadania, expressam de forma consciente s expectativas/anseios em relao s mudanas pessoais e o que esperam de profissionais da sade e governantes
Can type of school be used as an alternative indicator of socioeconomic status in dental caries studies? A cross-sectional study
<p>Abstract</p> <p>Background</p> <p>Despite the importance of collecting individual data of socioeconomic status (SES) in epidemiological oral health surveys with children, this procedure relies on the parents as respondents. Therefore, type of school (public or private schools) could be used as an alternative indicator of SES, instead of collecting data individually. The aim of this study was to evaluate the use of the variable type of school as an indicator of socioeconomic status as a substitute of individual data in an epidemiological survey about dental caries in Brazilian preschool children.</p> <p>Methods</p> <p>This study followed a cross-sectional design, with a random sample of 411 preschool children aged 1 to 5 years, representative of Catalão, Brazil. A calibrated examiner evaluated the prevalence of dental caries and parents or guardians provided information about several individual socioeconomic indicators by means of a semi-structured questionnaire. A multilevel approach was used to investigate the association among individual socioeconomic variables, as well as the type of school, and the outcome.</p> <p>Results</p> <p>When all significant variables in the univariate analysis were used in the multiple model, only mother's schooling and household income (individual socioeconomic variables) presented significant associations with presence of dental caries, and the type of school was not significantly associated. However, when the type of school was used alone, children of public school presented significantly higher prevalence of dental caries than those enrolled in private schools.</p> <p>Conclusions</p> <p>The type of school used as an alternative indicator for socioeconomic status is a feasible predictor for caries experience in epidemiological dental caries studies involving preschool children in Brazilian context.</p