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A Violência no Local de Trabalho em Instituições de Saúde: Um Estudo Monocêntrico sobre Causas, Consequências e Estratégias de Prevenção
Introduction: Workplace violence is one of the main risk factors in the professional world. Healthcare workers are at higher risk when
compared to other sectors. Our study aimed to characterize physical and verbal violence in a public hospital and to define occupational
health prevention and surveillance strategies.
Material and Methods: Single center observational cross-sectional study, carried amongst healthcare workers in a public hospital in
Lisbon. A qualitative survey was carried out through six in-depth interviews. A quantitative survey was carried through questionnaires
delivered to 32 workers. A significance level of 5% was accepted in the assessment of statistical differences. The Mann-Whitney test
and the Fisher’s exact test were used to calculate p values.
Results: The main results are: (1) 41 violence incidents were reported in the quantitative phase; (2) 5/21 [23.81%] victims notified
the incident to the occupational health department; (3) 18/21 [85.71%] victims reported a permanent state of hypervigilance; (4) 22/28
[78.57%] participants self-reported poor or no familiarity with internal reporting procedures; (5) 24/28 [85.71%] participants believed it
is possible to minimize workplace violence.
Discussion: Workplace violence is favored by unrestricted access to working areas, absence of security guards and police officers
or scarce intervention. The low notification rate contributes to organizational lack of action. The state of hypervigilance reported in our
study reflects the negative effects of threatening occupational stressors on mental health.
Conclusion: Our results show that workplace violence is a relevant risk factor that significantly impacts workers’ health in a noxious
manner, deserving a tailored occupational health approach whose priority areas and strategies have been determined.Introdução: A violência no local de trabalho é um dos principais fatores de risco no mundo do trabalho. Os trabalhadores da saúde
apresentam um risco superior. O nosso estudo teve como objetivo caracterizar a violência física e verbal num hospital público e definir
estratégias de prevenção e vigilância em saúde ocupacional.
Material e Métodos: Estudo observacional transversal monocêntrico, conduzido num hospital público em Lisboa com trabalhadores
da saúde. Foi realizado um inquérito qualitativo com entrevistas em profundidade a seis trabalhadores e um inquérito quantitativo
com questionários a 32 trabalhadores. Aceitou-se um nível de significância de 5% na avaliação das diferenças estatísticas. O teste de
Mann-Whitney e o teste exato de Fisher foram usados para calcular os valores de p.
Resultados: Os principais resultados são: (1) 41 episódios reportados na fase quantitativa; (2) 5/21 [23,81%] vítimas notificaram o incidente; (3) 18/21 [85.71%] vítimas reportaram estados de hipervigilância permanente; (4) 22/28 [78,57%] participantes não conheciam
ou conheciam mal os procedimentos de notificação; (5) 24/28 [85,71%] consideravam possível minimizar o problema.
Discussão: A violência é favorecida pelo acesso livre às zonas de trabalho, ausência de agentes de segurança e polícia ou falta da
respetiva intervenção. A baixa notificação contribui para a ausência de medidas organizacionais. O estado de hipervigilância relatado
reflete o efeito prejudicial da exposição a fontes de stress e ameaça.
Conclusão: A violência no local de trabalho é um fator de risco relevante, com impacto negativo na saúde dos trabalhadores e merece
uma abordagem individualizada no âmbito da saúde ocupacional, cujas áreas e estratégias prioritárias foram definidas neste estudo.
Palavras-chave: Fatores de Risco Profissionais; Prevenção; Saúde Ocupacional; Trabalhadores da Saúde; Violência no Local de trabalho.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
A Relação Entre a Mente e o Corpo
info:eu-repo/semantics/publishedVersio