3 research outputs found
Human papillomavirus status and cervical abnormalities in women from public and private health care in Rio de Janeiro State, Brazil PapilomavĂrus humano e anormalidades cervicais em mulheres do sistema de saĂşde privado e pĂşblico no Estado do Rio de Janeiro, Brasil
This article reports the HPV status and cervical cytological abnormalities in patients attended at public and private gynecological services from Rio de Janeiro State. It also comments the performance of each HPV DNA tests used. A set of 454 women from private health clinics was tested by routine Capture Hybrid II HPV DNA assay. Among these, 58.4% presented HPV and nearly 90% of them were infected by high risk HPV types. However, this group presented few premalignant cervical lesions and no invasive cervical cancer was registered. We also studied 220 women from low income class attended at public health system. They were HPV tested by polymerase chain reaction using My09/11 primers followed by HPV typing with E6 specific primers. The overall HPV prevalence was 77.3%. They also showed a high percentage of high squamous intraepithelial lesion-HSIL (26.3%), and invasive cervical carcinoma (16.3%). HPV infection was found in 93.1% and 94.4% of them, respectively. The mean ages in both groups were 31.5 and 38 years, respectively. In series 1, HPV prevalence declined with age, data consistent with viral transient infection. In series 2, HPV prevalence did not decline, independent of age interval, supporting not only the idea of viral persistence into this group, but also regional epidemiological variations in the same geographic area. Significant cytological differences were seen between both groups. Normal and benign cases were the most prevalent cytological findings in series 1 while pre-malignant lesions were the most common diagnosis in the series 2. HPV prevalence in normal cases were statistically higher than those from series 1 (p < 0.001), indicating a higher exposure to HPV infection. Women from both samples were referred for previous abnormal cytology. However, socio-demographic evidence shows that women from series 1 have access to treatment more easily and faster than women from series 2 before the development of pre-malignant lesions. These data provides baseline support for the role of social inequalities linked to high risk HPV infection leading to cervical cancer. Broadly screening programs and the development of safe and effective vaccines against HPV would diminish the toll of this disease that affect mainly poor women.<br>Este artigo analisa a infecção por HPV e anormalidades citolĂłgicas cervicais encontradas em pacientes atendidas em serviços ginecolĂłgicos dos sistemas de saĂşde pĂşblico e privado do estado do Rio de Janeiro. O trabalho tambĂ©m avalia os testes utilizados para detecção de DNA do HPV em cada população estudada. Um grupo de 454 mulheres oriundas de serviços da rede privada de saĂşde foi testado por Captura do HĂbrido II. Destas, 58,4% apresentaram infecção por HPV e cerca de 90% delas estavam infectadas por HPV de alto risco. Este grupo, entretanto, apresentava poucos casos de lesões cervicais prĂ©-malĂgnas e nenhum caso de câncer. Estudamos, tambĂ©m, 220 mulheres de baixo nĂvel econĂ´mico atendidas no serviço de saĂşde pĂşblica que foram testadas para HPV pela reação da polimerase em cadeia utilizando-se os oligonucleotĂdeos My09/My11. A identificação dos tipos foi efetuada por amplificação com oligonucleotĂdeos especĂficos para a regiĂŁo E6 do genoma viral. A prevalĂŞncia de HPV nesta população foi de 77.3%, observando-se uma alta porcentagem de casos de neoplasias intraepiteliais cervicais de alto grau (26,3%) e de carcinoma cervical invasivo (16,3%). A infecção por HPV foi achada em, respectivamente, 93,1% e 94,4% destes casos. A mĂ©dia de idade em ambos os grupos era de 31,5 e 38 anos, respectivamente. Na sĂ©rie 1, a prevalĂŞncia da infecção por HPV decresce com a idade, enquanto na sĂ©rie 2 ela nĂŁo desaparece, dando suporte nĂŁo sĂł Ă idĂ©ia de persistĂŞncia viral neste grupo, mas tambĂ©m a variações epidemiolĂłgicas na mesma área geográfica. Diferenças significativas foram vistas nos dois grupos. Casos normais e benignos foram incidentes na sĂ©rie 1, enquanto as lesões malĂgnas predominaram na sĂ©rie 2. Ao contrário, casos normais infectados por HPV eram prevalentes na sĂ©rie 2 (p < 0.001), indicando maior exposição ao vĂrus. Embora as mulheres de ambos os grupos tenham sido incluĂdas no estudo por apresentarem citologia anormal, evidĂŞncias sĂłcio-demográficas demonstram que mulheres da sĂ©rie 1 tem acesso mais fácil e rápido ao tratamento do que as mulheres da sĂ©rie 2 antes que as lesões prĂ©-malĂgnas se desenvolvam. Estes resultados fornecem dados sobre o papel das desigualdades sociais associadas Ă infecção por HPV de alto risco na progressĂŁo do câncer cervical. Programas de prevenção abrangentes e o desenvolvimento de vacinas eficazes e seguras contra o HPV poderiam reduzir o tributo desta doença que afeta principalmente mulheres pobres