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Vítimas do milagre: vilões do milagre
Vítimas do Milagre é uma im portante contribuição p a ra todos os etnólogos e indigenistas que estejam interessados na situação dos índios sul-americanos. Pretendo m o stra r nesta resenha, e como o título o sugere, que as implicações do traba lho do Dr. Shelton Davis vão além das fro n teiras políticas do Brasil e da categoria dos povos indígenas. O livro do Dr. Davis é menos sobre os índios que são as vítimas do “milagre brasileiro” e mais sobre as grandes corporações ”” privadas, estatais e internacionais ”” ambas perpetradoras e beneficiárias do assim chamado milagre, e sobre o contexto histórico, nacional e internacional, n a s quais estas corporações subiram ao poder. A ên fase do trabalho de Davis não é o índio, vítima do milagre, mas essas corporações, os vilões do milagre, e o desenvolvimento da política que os protegeu
Vítimas do milagre: vilões do milagre
Vítimas do Milagre é uma im portante contribuição p a ra todos os etnólogos e indigenistas que estejam interessados na situação dos índios sul-americanos. Pretendo m o stra r nesta resenha, e como o título o sugere, que as implicações do traba lho do Dr. Shelton Davis vão além das fro n teiras políticas do Brasil e da categoria dos povos indígenas. O livro do Dr. Davis é menos sobre os índios que são as vítimas do “milagre brasileiro” e mais sobre as grandes corporações — privadas, estatais e internacionais — ambas perpetradoras e beneficiárias do assim chamado milagre, e sobre o contexto histórico, nacional e internacional, n a s quais estas corporações subiram ao poder. A ên fase do trabalho de Davis não é o índio, vítima do milagre, mas essas corporações, os vilões do milagre, e o desenvolvimento da política que os protegeu
Cosmologia Maku
O objetivo principal deste trabalho é estabelecer um registro dos depoimentos dos próprios Maku sobre a Criação do Cosmos e a ordem dos relacionamentos entre os seus seres. Algum tipo de análise será inevitavelmente inerente a qualquer apresentação de material deste tipo. Nesta obra, a análise — que é apenas experimental e incompleta — deve uma parte de sua inspiração ao exemplo de Lévi-Strauss na “Gesta de Asdtwal
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A contribution to the ethnography of the Colombian Maku
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De divinações xamânicas e acusações de feitiçaria: imagens Wauja da agência letal
O artigo explora as diferenças e as relações entre feitiçaria e xamanismo entre os Wauja do Alto Xingu com ênfases nos processos de transformações corporais, nas noções de agência letal e na ontologia da predação. A feitiçaria é descrita como uma categoria de acusação de assassinato e de responsabilidade por malefícios de diversas ordens e como um dispositivo de contrapoder no cenário de chefias fortes e relativamente autoritárias. As acusações, sobretudo as de assassinato, tecem uma urdidura política que traz a feitiçaria para o centro da socialidade wauja. A hipótese principal é a de que a feitiçaria tenha um duplo efeito político, simultâneo ou sucessivo, na paisagem sociológica wauja: ela pode servir para perseguir, eliminar ou exilar os adversários de um chefe, bem como pode se voltar contra este para contestar seu status e comprometer seu prestígio. Tem também um duplo sentido estético: é a encarnação mais perfeita da fealdade e da tristeza-morte, por isso, profundamente oposta ao ritual e à matéria própria das realizações terapêuticas que caracterizam o xamanismo xinguano.<br>This article discusses the differences and relations between witchcraft and shamanism among the Wauja Indians of the Upper Xingu river, focusing on the processes of body transformations, notions of lethal agency and the ontology of predation. Witchcraft is described as an accusation category referencing murder and also as an anti-power apparatus in the context of strong and relatively authoritarian chieftainships. Accusations, especially those of murder, weave a political plot that brings witchcraft to the center of Wauja sociality. Our main hypothesis is that witchcraft has a double political effect (simultaneous or successive) in the Wauja sociological landscape: it can serve to persecute, eliminate, or exile a chief’s adversaries, but it also may turn against a chief, compromising his prestige and contesting his status. Witchcraft also has a double aesthetic effect: it is the most perfect incarnation of ugliness and of sadness/death and is thus opposed to ritual and to the very materials of the therapeutic projects that characterize Xinguano shamanism