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    Tensões externas e internas na composição regional no Brasil

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    A globalização obriga a levar em conta, explicitamente, a importância dos elementos externos na formação e transformação de regiões, portanto, de reconhecer que o desempenho das regiões está submetido aos movimentos cíclicos da economia mundial. Ao mesmo tempo, a compreensão de que as diversas regiões sediam estruturas produtivas diferenciadas, faz com que se procure estabelecer com clareza em que consistem os elementos próprios de cada região, que a diferenciam das demais. Tratando de economias semi industrializadas como a brasileira, a relação entre os elementos externos e os internos é uma linha móvel, que se desloca segundo se difundem os efeitos das variações na esfera internacional e segundo se reorganizam os elementos da esfera interna. Para uma análise regional atualizada é preciso, portanto, distinguir quais são os elementos por cujo intermédio se propagam os movimentos internacionais; e quais os que representam o dinamismo interno

    A RESPONSABILIDADE IDEOLÓGICA NA POLITIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO

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    O movimento geral de modernização difundiu-se carregando a representação ideológica das forças políticas que a conduziram nos países mais poderosos, revelando um problema muito mais profundo de ligação entre o fundamento do poder econômico e sua representação. Diferentes tonalidades na interpretação das práticas do Estado corresponderam a modos de administrar. Surpreende perceber que o discurso político da administração, que foi essencial na formação do Estado moderno, aparece agora como uma originalidade, isto é, como uma discordância da pasteurização da administração pública. Propõe-se voltar aos fundamentos éticos da questão, inclusive para libertá-la do eurocentrismo inicial e de suas derivadas norte-americanas.Palavras-chave: Ideologia ética; Eurocentrismo; Renovação da teoria

    PEQUENA HISTÓRIA DO PLANEJAMENTO CABOCLO (HOMENAGEM A ROMULO ALMEIDA)

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    Este estudo focaliza no período de 1950 a 1962 quando se configurou uma reação nacionalista ao modelo conservador representante da economia cafeeira exportadora, liderado por Eugenio Gudin e Otavio Bulhões. Estende-se a alguns efeitos de desdobramento da construção de uma visão nacional e da defesa renitente das exportações primárias. Mas aquele conservadorismo tinha encontrado seu limite na negativa da doutrina Truman que obrigou o governo Dutra a iniciativas nacionalistas. Foram criados órgãos regionais como a Comissão do Vale do Rio São Francisco e começou o programa de barragens, a maioria das quais com vazão insuficiente e salinizadas.Engrossando a corrente nacional apareceu um pensamento da pequena burguesia, principalmente no Rio de Janeiro, onde havia uma numerosa classe média em empregos públicos, evidenciando abismos ideológicos com a classe média paulista aparelhada pelo capital e com a mineira carola. A proliferação de indústrias de pequeno porte respondeu a um mercado interno em expansão nos grandes centros. Com a concentração bancáriaapareceu o grande capital financeiro que terminou financiando os golpesmilitares. Surgiram trabalhos que foram canalizados na revista Econômica Brasileira tratando de comércio inter-regional e pleiteando a criação de um banco central. A intelectualidade brasileira descobria o mundo exterior.Mas a endogenia da sociedade pós escravista impregnava a economia e a sociologia, onde apareceram trabalhos de Werneck Sodré, Sergio Buarque e Florestan Fernandes. Na cúpula política, onde pontuavam figuras como Francisco de Campos e Benedito Valadares ninguém ligava para a relação da economia com a sociedade: era um discurso da elite para a elite. Formou-se uma polaridade entre o ISEB progressista e universidades católicas e protestantes reacionárias. O setor privado despontava como olado negativo da educação superior, pretendendo um modelo nacionalmente hegemônico, copiado da Sorbonne, de Harvard, de Wisconsin e até de Ohio . No cenário brasileiro havia polarizações regionais, onde prevaleciam várias fontes de coronelismo. No quadro baiano a tradição de insurgência da greve geral de 1919 ficou soterrada na polaridade entre coronelismo e anarquismo. Tendo ficado contra a República e contra a “revolução” de 30, a elite baiana era uma relíquia pós escravista alternada por um comunismo teoricamente avançado, com subcorrentes anarquistas

    ADMINISTRAR PROCESSOS CONFLITIVOS NO CAPITALISMO TARDIO

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    O desenvolvimento do sistema capitalista de produção determina a identificação de interesses conflitivos e de situações de composição, onde as tendências gerais dos conflitos acompanham os rumos da acumulação de capital. O perfil dos conflitos assume diferentes feições nos países unificados pelo capitalismo avançado e nos diferentes grupos de países de capitalismo tardio. As esferas pública e privada se distinguem e se  combinam em torno dos conflitos de interesses. Relações econômicas e políticas se entrelaçam nos grandes movimentos da modernização. As teorias sociais encontram-se diante da disjuntiva de se limitarem a descrever situações ou a desenvolverem uma teoria da ação social.Palavras-chave: Acumulação pública e privada; esferas de poder; administração de processos conflitivos

    UMA REFUTAÇÃO AO MARGINALISMO

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    O marginalismo fornece a sustentação teórica do corpo analítico que veio a constituir a economia ortodoxa de hoje, geralmente identificada como neoclássica apesar da impropriedade do termo. Tornou-se a linguagem oficializada dos órgãos reguladores das políticas econômicas, por isso responsável pelas diretrizes de coerção internacional das políticas nacionais. Rebater o marginalismo tornou-se uma necessidade para todos que se interessam por política de desenvolvimento

    O ESTATUTO HISTÓRICO DA CIÊNCIA SOCIAL NA ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA

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    A historicidade da ciência social é o fundamento de identidade enquanto ciência e a proposta de uma administração  ideologicamente responsável é parte dessa condição. A começar por uma revisão da influência do positivismo na formação do sistema de poder e no campo científico, propõe-se desenvolver uma leitura crítica do modo de praticar as ciências sociais. A alienação é um traço fundamental da sociedade mundializada desigual e nos encontramos na necessidade de desenvolver um discurso crítico da ciência social que atinge sua operacionalidade. Torna-se necessário denunciar a perda de sentido histórico no modo de divulgar conhecimento, mesmo no ambiente universitário. Ao ver como se projeta a ideologia do individualismo e como se aparelha um estilo de análise a serviço do grande capital, levanta-se a necessidade de um esforço de superação dessa ciência social submissa

    O MARGINALISMO TARDIO DE MARSHALL

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    Uma leitura em retrospectiva da obra de Alfred Marshall revela a grande complexidade de um pensamento aberto à renovação da teoria, com uma noção implícita de dinamismo do sistema produtivo e com uma visão internacional do processo do capital.Palavras-chave: Marginalismo; Organização industrial; Business men
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