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    A crise do regime de acumulação com dominância da valorização financeira e a situação do Brasil The crisis of the finance-led regime of accumulation and the situation of Brazil

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    Parece não haver dúvida de que, nos últimos 30 anos, alterou-se profundamente a forma de funcionamento do capitalismo. No campo crítico, as teses sobre o caráter financeirizado do processo de acumulação ganham destaque. Dentre elas, a do economista francês François Chesnais. Sua principal proposição é que, a partir do final dos anos 1970, o capitalismo estaria se reproduzindo por meio de um regime de acumulação em que domina a valorização financeira. No presente artigo, procuramos mostrar que a crise que ora vivenciamos é uma crise desse regime de acumulação, bem como refletir sobre a situação e as perspectivas do Brasil nesse contexto. Para tanto, faremos uma breve recuperação teórica dos conceitos envolvidos nessa tese (primeira seção), para em seguida apresentar as principais características do regime financeirizado (segunda seção), repassar o histórico de funcionamento desse regime nas últimas três décadas (terceira seção) e refletir sobre a situação e perspectivas do Brasil nesse contexto (quarta seção).<br>There seems to be no doubt about the fact that capitalism has undergone drastic transformations over the last thirty years. Among critics, theses on the financial nature of the process of accumulation have been prominent. One of these is the theory by French economist François Chesnais (1998, 2005) whose main proposition is that, as of the late 1970s, capitalism would be reproducing itself by means of an accumulation regime in which financial valuation prevails. In this article, we attempt to show that the current crisis is a crisis of this regime of accumulation, and to reflect upon the situation and prospects for Brazil in this context. In order to do so, we will first present a brief theoretical review of concepts involved (first section), then present the main features of the financialized regime (second section), recall the history of the way this regime has operated in the last three decades (third section), and, finally, reflect upon Brazil?s present situation and prospects in this context (fourth section)

    Símbolo e signo: o dinheiro no capitalismo contemporâneo

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    O presente texto busca refletir sobre a natureza do dinheiro no capitalismo contemporâneo, debruçandose particularmente sobre o fato de que, atualmente, não só no plano nacional, mas também no mundial, o objeto que corporifica o dinheiro é inconversível, ou seja, não tem lastro, nem nenhuma relação, por remota que seja, com uma mercadoria de verdade. O enfoque teórico é aquele oferecido pela teoria de Marx, paradigma esse que é tratado a partir de uma leitura hegeliana. Partimos da diferença entre símbolo e signo, para mostrar de que maneira Marx, movendo-se no arcabouço hegeliano, pôde construir uma linguagem das mercadorias, onde o dinheiro - e a autonomia que ele detém ante as coisas que representa - tem papel de destaque, associando, finalmente, essa construção teórica com a natureza do dinheiro no capitalismo contemporâneo
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