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    Estimação dos parâmetros populacionais de densidade e abundância para os golfinhos de rio da América do sul boto (inia spp.) e tucuxi (sotalia fluviatilis): aperfeiçoamento do método e abordagens ecológicas

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    The boto (Inia spp.) and tucuxi (Sotalia fluviatilis) are freshwater small cetaceans endemic of South America. The river dolphins are among the species of cetaceans most threatened by growing and disorderly human activities, making it essential to know the population parameters for these species. Efforts to compute estimates of abundance for South American River dolphins have increased in the last several years and refinements of the methods employed to estimate population size are required. A mixed protocol of line and strip transects via Distance Sampling (DS) methods have been applied in the studies carried out with river dolphins in South America. In this study, we analyzed a 10- year dataset collected in 31 surveys through the Amazon, Orinoco and Tocantins- Araguaia River Basins for boto and tucuxi population estimates. Additionally, a distance calibration experiment allowed to infer about observer accuracy in sampling distances to the object detected. Through a GLM – Generalized Linear Models analysis, a slope of 0.952 (p<2e-16) shown high accuracy of distances sampled, there was no statistical difference in abundance estimates between estimated and real distances. Models with no covariates (Conventional Distance Sampling – CDS) and one or multiplex variables (Multi Covariate Distance Sampling – MCDS) were performed to evaluate best detection curve of detection function. MCDS methods were the best model for detection function of both species (Inia p = 0.39 (CV = 0.12), Sotalia p = 0.27 (CV = 0.20)), taking into account group size and sighting platform (bow and stern) as covariates. Using data for both sighting platforms, the detection probability at zero distance (g(0)) was estimated by Mark-Recapture Distance Sampling for boto 0.814 (CV = 0.053) and tucuxi 0.989 (CV = 0.006). Estimates of general detection function f(0) and detection probability g(0) to apply in samplings in different rivers has proved not to be the most accurate strategy. 4 When possible, f(0) and g(0) should be estimated as sampling-specific since biotic and abiotic factors, and hydro-geomorphology features directly influence in the parameters estimation. Hydro-geomorphology appears to acts as unit of distribution and population size of river dolphins in South America. Therefore, post-stratification analysis in subregions of the same river (Tocantins River) reduced by 70% the CV’s in the estimates. A relatively small population of boto was estimated to the lower-medium Tocantins River (736, CV = 0.52), and for Guaviare River (1138, CV = 0.32); otherwise, the Purus River were estimated 7672 boto (CV = 0.37) e 9238 tucuxi (CV = 0.49). Despite intrinsic features of river basins, several human activities at different levels, directly interferes in the interpretation of abundances estimates of each river. Refinements in analytical methods presented in this study increase the precision of results and can contribute to the improvement of population size estimates of boto and tucuxi in future studies.O boto (Inia spp.) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) são pequenos cetáceos de água doce endêmicos da América do Sul. Os golfinhos de rio estão entre as espécies de cetáceos mais ameaçadas pelas atividades antrópicas crescentes e desordenadas, tornando essencial o conhecimento de seus parâmetros populacionais. Esforços para estimar dados de abundância para as espécies de golfinhos de rio da América do Sul aumentaram nos últimos anos, fazendo-se necessário o refinamento dos métodos empregados. Um protocolo de amostragem misto utilizando transecções lineares (Line Transect) e de banda (Strip Transect), via método de amostragem de distancias Distance Sampling (DS), vem sendo aplicado nos estudos com golfinhos de rio na América do Sul. No presente estudo, foram analisados 10 anos de conjuntos de dados coletados em 31 diferentes expedições pelas bacias Amazônica, do Orinoco e do Tocantins-Araguaia para a estimação de parâmetros populacionais de boto e tucuxi. Adicionalmente, um experimento de calibração de distancias permitiu inferir sobre a acurácia dos observadores quanto à medida de distâncias aos grupos de golfinhos detectados. Por meio de um GLM – Modelo Linear Generalizado, um slope de 0.952 (p<2e-16) indicou alta acurácia na medição de distâncias, não havendo diferença estatística na estimação de abundância entre distâncias estimadas e distâncias reais. Modelos sem a utilização de variáveis (Conventional Distance Sampling – CDS) e com a inserção de uma ou múltiplas variáveis (MultiCovariate Distance Sampling – MCDS), foram testados para avaliação do modelo com a melhor curva de detecção. O método MCDS apresentou-se como o melhor modelo para a curva de detecção para ambas espécies (Inia p = 0.39 (CV = 0.12), Sotalia p = 0.27 (CV = 0.20)), utilizando em ambos as variáveis: tamanho de grupo e plataforma de observação (proa ou popa). A avaliação conjunta de dados de proa e popa via método de marcação2 recaptura (Mark-Recapture Distance Sampling) permitiu estimar a probabilidade de detecção à distância horizontal zero, g(0), 0.814 (CV = 0.053) para boto e g(0) = 0.989 (CV = 0.006) para tucuxi. As estimativas de cálculo das funções de detecção f(0) e da probabilidade de detecção g(0) de forma unificada para aplicação em dados de amostragens de rios em diferentes bacias provou não ser a abordagem mais precisa. Quando possível, f(0) e g(0) devem ser calculados para amostragens específicas, pois diferentes fatores (bióticos e abióticos) e características morfo-hidro-geográficas interferem diretamente no cálculo destas variáveis. estas características parecem direcionar a distribuição e o tamanho populacional dos golfinhos de rio na América do Sul. Neste sentido, uma análise de pós-estratificação em sub-regiões de um mesmo rio (Rio Tocantins), resultou em redução de 70% no coeficiente de variação na estimação da abundância. Uma população relativamente pequena de botos foi estimada para o curso baixo-médio do Rio Tocantins (736, CV = 0.52) e, para o Rio Guaviare (1138, CV = 0.32); ao contrário do Rio Purus, onde foram estimados 7672 botos (CV = 0.37) e 9238 tucuxis (CV = 0.49). Além das características intrínsecas das bacias hidrográficas, a gama de atividades humanas em diferentes níveis de escala em cada região interfere diretamente na avaliação da estimativa de abundância para cada rio. O refinamento das análises apresentadas neste estudo aumenta a precisão dos resultados e pode contribuir para o melhoramento na estimativa do tamanho populacional para boto e tucuxi em estudos futuros

    Temporal activity patterns and foraging behavior by social wasps (Hymenoptera, Polistinae) on fruits of Mangifera indica L.(Anacardiaceae)

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    This research was done in Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil on february 2012, with objective was to determine which species of social wasps visiting mango fruits, their behaviors displayed by them while foraging and verify which the species of wasps visitors offer risk of accidents to farmers. The studied area was monitored during February 2012, from 8:00 to 17:00. in a 144 hour effort, and the data collected included the time of activity, diversity, aggressiveness and the general behavior of social wasps around the fruits. There were registered a total of 175 individuals of 12 different species, healthy fruits were damaged during the day, and we registered the abundance and richness peaks throughout the day. This study indicated the needs for special care during the harvest, as aggressive wasps are indeed present and the abundant, resulting in a possible increase of the risk for the workers

    Percepção de turistas sobre “atividade/interação” com botos vermelhos (Inia geoffrensis (de Blainville, 1817) no estado do Amazonas, Brasil

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    Much has been said about the problems involving tourists and pink dolphins in Amazonian. The dolphin-human interaction for tourism in Brazil is reported about six years by researchers who observed negative effects of this type of activities on both animals (behavioral changes, especially) and - tourists involved (accidents with injuries). However, a less invasive manner of this activity, the Ecotourism, is considered by many researchers, nationally and internationally, as a viable alternative for the conservation of cetacean (whales and dolphins). This study aimed to investigate, according to the perception of tourists interviewed, what is the main factor which influences the satisfaction of the tourists who seeking interaction activities with dolphins. Thus, to discuss the appropriate activity template under an ecotourism perspective considering the dolphins welfare involved and the visitor satisfaction, were conducted 149 self-explanatory questionnaires during the time between the months July 2012 to January 2013 in two tourist places in Amazonas state, Brazil . The questionnaires were designed with open and closed questions and a test of subjective perception through a Visual Analogue Scale (VAS) to assess subjective state of tourist satisfaction about the interaction with dolphins. A total of 107 questionnaires were part of the analysis. In addition the participant touristic observations (PTOs) and video/photographic recording were made. The main factor that generates high levels of tourist satisfaction was the animal approach (p<0.001) chosen by the Negative Binomial Generalized Linear Model. Satisfaction levels found (on scale of 0 to 10) were greater than 8 featuring the activities as good. The close interaction of swimming and feeding wild dolphins is controversial about the benefit generated to those involved, because it comprises physical risks to humans and physical/behavioral risks to dolphins. The close observation tourism of ‘botos’ presents as the most appropriate type of tourism conducted with wild dolphins in Amazon, since it prioritizes a less impactful way of tourism and offers the condition of proximity to the animal.Muito têm se falado sobre a problemática envolvendo turistas e botos vermelhos na Amazônia. A interação boto-homem com fins turísticos no Brasil é relatada há aproximadamente seis anos por pesquisadores que observaram efeitos negativos desse tipo de atividade tanto para animais (mudanças comportamentais, principalmente) quanto para turistas envolvidos (acidentes com lesões). Porém, a forma menos impactante dessa atividade, o Ecoturismo, é apontada por muitos pesquisadores a nível nacional e internacional como alternativa viável para a conservação dos cetáceos (baleias e golfinhos). Este estudo teve como objetivo investigar, de acordo com a percepção dos turistas entrevistados, o principal fator que influência na satisfação de turistas que buscam as atividades de interação com botos. E assim, discutir qual o modelo adequado de atividade sob uma perspectiva ecoturística considerando o bem estar dos golfinhos envolvidos e a satisfação dos visitantes. Foram aplicados 149 questionários autoexplicativos no período de Julho de 2012 à Janeiro de 2013 em dois pontos turísticos no estado do Amazonas, Brasil. Os questionários foram elaborados com questões fechadas e abertas, e, um teste de percepção subjetivo através de uma Escala Visual Analógica (EVA) para avaliação do estado subjetivo de satisfação quanto à interação com botos. Dos questionários recolhidos 107 fizeram parte das análises. Adicionalmente foram realizadas observações turísticas participantes (OTPs) e registros vídeo/fotográficos. O principal fator gerador de altos níveis de satisfação dos turistas foi a aproximação do animal (p<0,001) escolhido pelo Modelo Linear Generalizado Binomial Negativo. Os níveis de satisfação encontrados (em uma escala de 0 a 10) estiveram cima de 8 caracterizando as atividades como boas. A interação próxima de nado e alimentação de golfinhos selvagens é controversa quanto ao beneficio gerado para os envolvidos, uma vez que compreende riscos físicos aos turistas e físicos/comportamentais aos golfinhos. A forma turística de observação próxima de botos se mostra como modelo mais adequado ao tipo de turismo realizado com botos selvagens na Amazônia, uma vez que prioriza uma forma menos impactante de atividade turística e oferece a condição de proximidade com o animal
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