6 research outputs found
Um comerciante do ciclo do açúcar paulista: Antônio da Silva Prado (1817-1829)
Uma das figuras mais importantes, senão a mais importante no comércio do açúcar, por parte de Antônio da Silva Prado, era o correspondente em Santos. Correspondente, como se dizia na época, era uma espécie de comissário que se encarregava de receber, bene-ficiar, encaixar ou ensacar e embarcar o produto no pôrto . Era pois uma personagem decisiva no mecanismo da exportação . Pelas cartas conservadas percebe-se que devia existir em Santos um número rela-tivamente grande de beneficiadores de açúcar trabalhando para os comerciantes.
Um comerciante do ciclo do açúcar paulista: Antônio da Silva Prado (1817-1829) (III)
CONCLUSÃOAlém dos negócios com a Bahia e o Rio de Janeiro, Antônio da Silva Prado também mantinha relações mercantís com portos do Sul, tanto nacionais como platinos . Sem ser um comércio importante, não deixa de ter alguma significação, principalmente, porque mostra alguns pormenores das relações entre Santos e essas áreas. Ësse co-mércio não é feito, entretanto, nas mesmas bases do que se realizava com o Rio ou a Bahia .
Um comerciante do ciclo do açúcar paulista: Antônio da Silva Prado (1817-1829)
CONCLUSÃO
Além dos negócios com a Bahia e o Rio de Janeiro, Antônio da Silva Prado também mantinha relações mercantís com portos do Sul, tanto nacionais como platinos . Sem ser um comércio importante, não deixa de ter alguma significação, principalmente, porque mostra alguns pormenores das relações entre Santos e essas áreas. Ësse co-mércio não é feito, entretanto, nas mesmas bases do que se realizava com o Rio ou a Bahia .
O mercado de animais de carga no centro-sul do Brasil imperial: novas evidências
Utilizando a inexplorada herança documental de duas unidades fiscais da província de São Paulo, o registro de Rio Negro e a barreira de Itapetininga, este trabalho analisa a estrutura do sistema de comercialização de animais de carga - muares e cavalares - estabelecido entre as regiões sul e centro-sul do Brasil imperial. A análise cobre o período 1830-1869 e abrange diversos aspectos. Inicialmente, apresentamos as séries de volumes negociados compiladas, colocando-as em perspectiva com outras evidências estatísticas disponíveis. Passamos, então, a nos ocupar com a estrutura das tropas negociadas e com a distribuição de sua propriedade, atentando para a participação relativa de cada espécie de animal e para os níveis de concentração presentes no negócio. Finalmente, analisamos de forma sucinta os padrões de distribuição espacial das atividades relacionadas ao comércio de tropas, assim como as inter-relações entre os partícipes e as diversas possibilidades de inserção associadas a este complexo sistema de abastecimento.<br>Using the unexplored documental inheritage from two of São Paulo’s province tax outposts, Rio Negro and Itapetininga, this work analyses the structure of the commercializing system for cargo animals - mules and horses - established between imperial Brazil’s southern and south-central regions. The analysis covers the period from 1830 to 1869 and captures several aspects. Initially, we present the statistical series compiled with respect to negotiated volumes, putting them in perspective with other available statistical evidences. We then proceed by studying the negotiated herds’ structure and their property distribution, carefully examining the share of both animal species in the whole market and the concentration levels verified in the business. Finally, we briefly examine the patterns of spatial distribution for the business correlated activities, as well as the interrelations among participants and the different possible ways of integration in this complex system
Trabalhadores temporários para o café: mecanização e núcleos coloniais em São Paulo, 1895-1911
Este artigo examina o problema da mão de obra diante da expansão cafeeira ocorrida em São Paulo e da queda dos preços do café, na virada do século XIX para o século XX. Mais especificamente, este texto trata de alguns aspectos do debate que destacava a necessidade de redução dos custos com mão de obra frente às dificuldades que envolviam a contínua expansão da produção cafeeira naquele momento. As propostas discutidas no artigo privilegiavam a mecanização do cultivo e a flexibilização do trabalho por meio da contratação de trabalhadores temporários. A implantação de núcleos coloniais estrategicamente localizados poderia contribuir para incrementar a oferta desse tipo de trabalhador. A análise deste debate mostra que segmentos da elite econômica paulista tinham clara consciência, já naquele momento, de que somente a garantia de oferta abundante de mão de obra para os momentos de demanda intensa de trabalho na agricultura permitiria a mecanização e a flexibilidade de contratação