4 research outputs found

    TRANSITO CULTURAL E HÍBRIDOS QUE CONFORMAM O CURRÍCULO: UMA APROXIMAÇÃO

    Get PDF
    O artigo tem como objetivo desenvolver uma discussão sobre as ideias que transitam e se hibridizam no campo educacional conformando o currículo escolar do ensino fundamental do município de Rio Branco-Acre. A categoria analítica que dá o eixo da construção do texto foi inspirada em Gilroy (2001). A leitura do Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência, transmuta para discussões travadas no campo do currículo, corroborando em conjecturas que podem agregar brechas de compreensão do campo curricular. O pensamento de Gilroy traz um debate que ao nosso ver tem caráter seminal e interdisciplinar. A poética do navio transitando no mar é representativa do fluxo de ideias, saberes e fazeres que ultrapassam fronteiras em movimentos constantes, proporcionando a mistura em ritmos variados, sem a desejada previsibilidade que o mundo moderno apregoa. A partir desse eixo, é analisado debates contemporâneo que colocam em trânsito ideias que se hibridizam em produções plurais, tensa e socialmente construída, conformando o currículo vivo da sala de aula. Assim, destacamos ideias que têm transitado e contribuído para o desfecho do que acontece no espaço educativo escolar nos últimos tempos: base nacional comum; avaliação extensiva de professores e alunos; performatividade e saberes a serem ensinados. ASENTIDOS DA CULTURA | BELÉM-PA | ANO 3 | N4 | JAN - JUN | 2discussão é auxiliada por Macedo (2015); Ball (2002); Connell (1995); Goodson (1995); Charlot (2005); Tardif (2000) e Arroyo (2011, 2011a, 2014). Com essa discussão, afirmamos que as ideias, dizeres e fazeres, que transitam e se impõem na relação saber-poder conformam o que de fato acontece no currículo das escolas

    O campo das “língua(gens)” na BNCC: uma reflexão sobre o ensino de português e inglês

    Get PDF
    Este trabalho é o resultado de uma proposta de análise desenvolvida no componente curricular Texto e Ensino, um dos eixos disciplinares pertencentes à formação de quem cursa o PROFLETRAS/UFAC, em que parte das discussões tecidas entre professores e pós-graduandos se centrou em uma análise interpretativa das menções sobre o campo “Língua(gens)” na Base Comum Curricular/BNCC. Objetivou-se, para tanto, interpretar como as “Língua(gens)”, no que se refere aos ensinos de língua portuguesa e de língua inglesa na Educação Infantil e nos Ensinos Fundamental e Médio, são abordadas no referido documento, cujas menções fazem relação com o ensino de português e de inglês. A reflexão se alinhou à análise de referências bibliográficas e, por conseguinte, se constituiu em um estudo interpretativo-exploratório, tendo em vista a leitura de textos como Brasil (2018), além de Frasseto (2019), Szundy (2019), Gerhardt; Amorim (2019) e Pacheco; Silva (2019). Para a produção de um olhar crítico sobre a BNCC, além dos trabalhos mencionados, recorreu-se à proposta de educação dialógica de Freire (2011), à discussão sobre interculturalidade crítica desenvolvida por Walsh (2010) e à construção da relação entre as áreas Linguística e Educação, mais precisamente o entrelaçamento entre práticas de leitura e escrita em contextos educacionais, discutidos por Faraco; Tezza (2016), Faraco (2018) e Rocha; Souza (2020).  Nas considerações finais, concluiu-se, de maneira geral, que a BNCC propõe um ensino de português e inglês voltado para um conhecimento individual do sujeito, para obtenção, sobretudo, de sucesso profissional, produzindo um efeito meritocrático sobre a formação de estudantes

    Educação escolar na floresta: Dilemas e perspectivas de professores indígenas no I Seminário de Pesquisas da Escola Indígena na Aldeia Morada Nova/Feijó (Acre)

    Get PDF
    This article brings reflections about the dilemmas faced by teachers and representatives of different ethnic groups in Acre State, with regard to the education offered in the indigenous villages and the necessities that stimulate these teachers to seek formal education, which submits them limits imposed by this type of training. We used fragments from narratives of indigenous teachers and other participants during the “1st Research Seminar of the Indigenous School” that took place from September 18th to 22nd, 2019, in Morada Nova Village, located in the municipality of Feijó, Acre, Brazil. We aimed to identify an epistemology that guides pedagogical practices developed in the indigenous villages and the logic that defines the school of the State as a formal school. Based on theories that address issues related to these people and their culture, we problematize the concepts of identity, interculturality and indigenous and non-indigenous schools. As a theoretical contribution we based our article on authors such as Larrosa (2018), reflecting on the knowledge from the experience; Masschelein and Simons (2014), when talking about the formal school and its social function; Coracini (2007), Hall (2006) and Bauman (2005) talking about the identity issues and the construction of the other; Benveniste (2005) and Orlandi (1995) that show the relations of intersubjectivity present in the speeches and based on the silences that intertwine themselves in different contexts. Some conclusions of this article show that the speeches of indigenous peoples, through some of their teachers that represent them, show the concepts such as indigenous village schools, interculturality, bilingualism, subjectivities / identities in line with the creation of a school that allows the construction of a being for yourself and to the world are a constant concern. Keywords: School; Identity; Interculturality.Este artículo trae reflexiones sobre los dilemas que enfrentan los docentes y representantes de las diferentes etnias que habitan el territorio de Acre, en cuanto al tipo de educación que se ofrece en los pueblos y las necesidades que impulsan a estos docentes a buscar una educación formal, que los somete a los límites impuestos por este tipo de formación. Utilizamos fragmentos de las narrativas presentadas por maestros indígenas y otros participantes del “I Seminario de Investigación de la Escuela Indígena” que se llevó a cabo del 18 al 22 de septiembre de 2019, en Aldea Morada Nova, ubicada en el municipio de Feijó/Acre, Brasil. Buscamos identificar la epistemología que orienta las prácticas pedagógicas desarrolladas en el espacio del pueblo y la lógica que define la escuela estatal, escuela formal. Dialogando con las teorías que abordan temas relacionados con los sujetos y las culturas en las que estos sujetos se insertan, problematizamos los conceptos de identidad, interculturalidad, escuela indígena y escuela formal. Como aporte teórico, nos basamos en autores como Larrosa (2018), en la reflexión sobre el conocimiento derivado de la experiencia; Masschelein y Simons (2014), al abordar la escuela formal y su función social; Coracini (2007), Hall (2006) y Bauman (2005), en relación a temas relacionados con la identidad y construcción del otro; Benveniste (2005) y Orlandi (1995), quienes muestran las relaciones de intersubjetividad presentes en los discursos, a partir de los silencios que los entrelazan en diferentes contextos. Algunas conclusiones de este trabajo muestran que los discursos de los pueblos indígenas, a través de algunos de sus representantes docentes, muestran que conceptos como escuela de pueblo, interculturalidad, bilingüismo, subjetividades/identidades en línea con la formación de una escuela que permite la construcción de un ser para ti y el mundo son preocupaciones constantes. Palabras-clave: Escuela; Identidad; Interculturalidad.O presente artigo traz reflexões sobre os dilemas enfrentados por professores e representantes das diferentes etnias que habitam o território do Acre, no tocante ao tipo de educação oferecida nas aldeias e às necessidades que impulsionam esses professores a buscar uma educação formal, a qual os submete aos limites impostos por esse tipo de formação. Utilizamos fragmentos das narrativas apresentadas pelos professores indígenas e demais participantes do “I Seminário de Pesquisas da Escola Indígena” que se realizou no período de 18 a 22 de setembro de 2019, na Aldeia Morada Nova, localizada no município de Feijó/Acre, Brasil. Objetivamos identificar a epistemologia que norteia as práticas pedagógicas desenvolvidas no espaço da aldeia e a lógica que define a escola do Estado, escola formal. Dialogando com as teorias que abordam questões referentes aos sujeitos e às culturas nas quais esses sujeitos estão inseridos, problematizamos os conceitos de identidade, interculturalidade, escola indígena e escola formal. Como aporte teórico, nos baseamos em autores como Larrosa (2018), na reflexão sobre o saber proveniente da experiência; Masschelein e Simons (2014), ao tratar sobre a escola formal e sua função social; Coracini (2007), Hall (2006) e Bauman (2005), em relação às questões referentes à identidade e construção do outro; Benveniste (2005) e Orlandi (1995), que mostram as relações de intersubjetividade presente nos discursos, a partir dos silêncios que os entrelaçam nos diferentes contextos. Algumas conclusões deste trabalho mostram que as falas dos povos indígenas, por meio de alguns de seus representantes professores mostram que conceitos como escola da aldeia, interculturalidade, bilinguismo, subjetividades/identidades em consonância com a formação de uma escola que possibilite a construção de um ser para si e para o mundo são preocupações constantes. Palavras-chave: Escola; Identidade; Interculturalidade. &nbsp

    Currículo e Ensino de História: um estado do conhecimento no Brasil

    No full text
    corecore