3 research outputs found

    Concepções materialistas sobre a sede imediata da consciência

    Get PDF
    Este trabalho estuda, do ponto de vista materialista, o debate sobre qual é a sede física da “consciência primária”, ou seja, da forma mais básica de consciência, envolvendo sensações e emoções. Examinamos historicamente o problema de se tal sensório é localizado em uma pequena região do encéfalo ou se a consciência é distribuída de maneira holista. Destaque é dado aos escritos de neurofisiologistas da década de 1950, que se dividiam entre a afirmação de que a sede da consciência primária é subcortical, e visões mais holistas como a da tese da homogeneidade (funcionalismo). Busca-se explicar a transição que ocorreu ao final da década de 1960, com o papel predominante que se passou a dar para o neocórtex. A finalidade filosófica deste trabalho é regatar a importância da tese subcorticalista.This paper studies, from a materialist point of view, the debate concerning what is the physical seat of “primary consciousness”, that is, the most basic form of consciousness involving sensations and emotions. We examine historically the problem of whether such a sensorium is located in a small region of the brain or whether consciousness is distributed in a holistic way. Emphasis is given to the writings of the neurophysiologists of the 1950’s, divided between the claim that the seat of primary consciousness is subcortical, and more holistic views like that of the homogeneity thesis (functionalism). One attempts to explain the transition that took place in the end of the 1960’s, and the privileged role that was given to the neocortex. The philosophical aim of this paper is to recover the importance of the subcorticalist thesis

    O LIMITE QUALITATIVO DE MODELOS QUANTITATIVOS

    Get PDF
    O presente artigo discute a limitação qualitativa de modelos matemáticos e computacionais. Por “qualitativo” entende-se não uma descrição linguística fuzzy ou sem o uso de matemática, mas sim a vivência de qualidades subjetivas e a extensão deste conceito para a materialidade das coisas, em oposição à suas relações estruturais. Explora-se didaticamente o “espectro funcionalista”, em que diferentes posições filosóficas a respeito da natureza da consciência são apresentadas. Esta análise opõe, de um lado, as visões comportamentalistas, funcionalistas e mecanicistas, e de outro, as concepções mentalistas, substancialistas e qualitatistas. Mapeiam-se assim diferentes respostas à pergunta de se uma máquina pode ser consciente.
    corecore