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    Inferências sobre Vegetação e Clima no Holoceno a partir de Fitólitos e Pólen da Lagoa do Macuco, Litoral Norte do Estado do Espírito Santo (Brasil)

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    [EN] An interproxy approach focused on phytoliths and pollen, including radiocarbon dating and sediment particle-size analyses, has been carried out at Lagoa do Macuco, Linhares municipality, Espírito Santo State, Brazil. Three pollen zones were identified: the first one (MAC-C I) indicates the presence of mangrove vegetation between 7700 cal yr BP and 4396 cal yr BP; the second one a displacement of the vegetation from the lower areas to the more elevated margins of the valley (MAC-C II, from between 4396 to 1287 cal. yr BP) and third one (MAC-C III), representing the period of the current lake evolution, between 1287 cal. yr BP and the present day. The displacement of the mangrove seems to be connected to the landward migration of the palaeo-estuary and the flooding of the lower parts of the valley, reflecting the relative sea-level highstand, which occurred after 7000 cal yr BP. The phytolith analysis indicated four main zone. The phytolith zone I (7700-7100 cal yr BP) did not show the presence of phytoliths. The phytoliths zone II (7100-3400 cal yr BP) indicates the presence of an open vegetation predominantly of grasses while phytolith zone III (3400-400 cal yr BP) shows a phase with more forested vegetation. Finally, the phytolith zone IV (400 cal yr BP to modern) has a decrease in tree cover and the setting of vegetation with a strong grasses component. Phytoliths indices indicate trends of humidity and temperature at a more local scale, allowing understanding the environmental conditions during the formation of the current lake.[PT] Uma abordagem interproxy focada na análise de fitólitos e de grãos de pólen, também incluindo datação 14C e análise granulométrica de sedimentos, foi aplicada ao estudo da Lagoa do Macuco, em Linhares no Estado do Espírito Santo. Foram identificadas três zonas polínicas definidas com base nas mudanças do registro polínico, a primeira (MAC-C I) indicando a presença de uma vegetação de mangue entre 7700 anos cal AP e 4396 anos cal AP, a segunda (MAC-C II) que representa o deslocamento da vegetação das áreas mais baixas para as partes marginais mais elevadas do vale (4396 anos cal AP - 1287 anos cal AP) e a terceira (MAC-C III) que representa o período da instalação do atual lago, entre 1287 anos cal AP e os dias atuais. O deslocamento do mangue parece estar conectado a migração em direção ao paleo-estuário e o alagamento das partes baixas do vale, refletindo a elevação do nível relativo do mar depois de 7000 cal anos AP. A análise fitolítica indicou quatro zonas principais. A zona fitolítica I (7700-7100 anos cal AP), não apresentou fitólitos. A zona fitolítica II (7100-3400 anos cal AP) indica a presença de uma vegetação predominantemente composta por gramíneas, enquanto a zona fitolítica III (3400-400 anos cal AP) mostrou uma fase com uma vegetação mais florestada. Finalmente, a zona fitolítica IV, (400 anos cal AP até os dias atuais) apresentou decréscimo da cobertura arbórea e uma estrutura de vegetação com forte presença de gramíneas em sua composição. Os índices fitolíticos indicaram tendência de umidade e temperatura em escala local permitindo a compreensão das condições ambientais durante a formação do lago atual.The authors express their gratitude to Vale and Sooretama Nature Reserves (Linhares, ES, Brasil) for the field support. This work received financial support by the São Paulo Foundation for Research (FAPESP), grant 2011/00995-7, and CNPq (Universal), grant 470210/2012-5.Peer Reviewe

    Estudos paleoambientais interdisciplinares: dinâmica da vegetação, do ambiente marinho e inferências climáticas milenares a atuais na Costa Norte do Espírito Santo, Brasil

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    Estudos paleoambientais desde ~50.000 anos na costa do Brasil e, em particular, no litoral do Espírito Santo, são ainda insuficientes para servir de base a reconstituições da dinâmica da vegetação, de oscilações do nível relativo do mar e de flutuações climáticas e respectivas influências sobre a ação humana milenar. Para obter essas informações, uma equipe interdisciplinar, financiada por projetos temáticos FAPESP e CNPq, desenvolveu pesquisas correlatas na Reserva Natural Vale (RNV) e região. Para a caracterização da dinâmica da vegetação e marinha, com inferências climáticas, em locais de floresta de tabuleiros e campos naturais da RNV e região desde ~16.000 anos, utilizaram-se isótopos do C (12C, 13C e 14C) da matéria orgânica do solo e sedimentar, além de palinologia em sedimentos lacustres e terrestres. No estudo da dinâmica do ecótono floresta – campo, apresentam-se inferências preliminares sobre a evolução pedogenética dos Espodossolos associados ao campo, com ênfase às suas características físico-químicas, e também dos Argissolos, encontrados sob floresta. Finaliza-se com o estágio inicial de uma coleção de referência de fitólitos, bioindicador de vegetação utilizado em estudos paleoambientais, extraídos de plantas da floresta de tabuleiros da RNV.A equipe agradece todo o empenho dos funcionários e apoio logístico da Reserva Natural Vale, Linhares, Espírito Santo; à FAPESP através do projeto Temático 2011/00995-7 (ProjES); e ao CNPq – Universal 2012-5/470210, pelo aporte financeiro e a colaboração dos técnicos do Laboratório 14C, Liz Mary Bueno de Moraes e Thiago Casemiro Barrios de Campos, na preparação de amostras gasosas para a datação 14C.Peer Reviewe

    Nitrogen and Carbon Isotopic Dynamics of Subarctic Soils and Plants in Southern Yukon Territory and its Implications for Paleoecological and Paleodietary Studies

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    We examine here the carbon and nitrogen isotopic compositions of bulk soils (8 topsoil and 7 subsoils, including two soil profiles) and five different plant parts of 79 C3 plants from two main functional groups: herbs and shrubs/subshrubs, from 18 different locations in grasslands of southern Yukon Territory, Canada (eastern shoreline of Kluane Lake and Whitehorse area). The Kluane Lake region in particular has been identified previously as an analogue for Late Pleistocene eastern Beringia. All topsoils have higher average total nitrogen δ15N and organic carbon δ13C than plants from the same sites with a positive shift occurring with depth in two soil profiles analyzed. All plants analyzed have an average whole plant δ13C of −27.5 ± 1.2 ‰ and foliar δ13C of ±28.0 ± 1.3 ‰, and average whole plant δ15N of −0.3 ± 2.2 ‰ and foliar δ15N of ±0.6 ± 2.7 ‰. Plants analyzed here showed relatively smaller variability in δ13C than δ15N. Their average δ13C after suitable corrections for the Suess effect should be suitable as baseline for interpreting diets of Late Pleistocene herbivores that lived in eastern Beringia. Water availability, nitrogen availability, spacial differences and intra-plant variability are important controls on δ15N of herbaceous plants in the study area. The wider range of δ15N, the more numerous factors that affect nitrogen isotopic composition and their likely differences in the past, however, limit use of the modern N isotopic baseline for vegetation in paleodietary models for such ecosystems. That said, the positive correlation between foliar δ15N and N content shown for the modern plants could support use of plant δ15N as an index for plant N content and therefore forage quality. The modern N isotopic baseline cannot be applied directly to the past, but it is prerequisite to future efforts to detect shifts in N cycling and forage quality since the Late Pleistocene through comparison with fossil plants from the same region
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