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    As (im)possibilidades de gestão da saúde e segurança na atividade assistencial ao paciente em sofrimento psíquico no CAPS

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    In the field of mental health and psychosocial care, the worker provides assistance to a subject in psychological distress, because here the disease is placed in parentheses to deal with the subject in his experience of suffering or discomfort. This strategy is a break with the theo-retical-conceptual model of psychiatry that adopted the reference of the natural sciences to un-derstand subjectivity and started to objectify and objectify the subject and human experience when dealing with diseases. The Psychosocial Care Centers (CAPS), in which professionals from different categories work in the care of patients with mental suffering, have a unique prac-tice that is characterized by a flexible organization in the reception of people in crisis, by liste-ning to all those involved and for the formation of affective and professional bonds with these people. In this context, this study aims to investigate the (im)possibilities of health and safety management in the face of the established work organization, in the assistance activity for the patient in psychic suffering, of the workers working in the Psychosocial Care Center. (CAPS II) in the interior of Minas Gerais. The methodological approach and the theoretical approach used in this study were based on Ergonomic Work Analysis (AET), through observations (general and systematized) and interviews (open, semi-structured and self-confrontation) and on Ergo-logical, respectively, with the participation of 11 health professionals, both permanent and con-tracted. The results revealed that structural changes had an impact on care, as there is a distance between the organization of the mental health care network advocated by the Psychiatric Re-form and the actual organization. In addition, the clashes and debates established between Men-tal Health x Psychiatry, which appear at the macro level, cross practices and trigger drama in work activities, evidencing, in the meantime, the (im)possibilities of the clinic itself, that is, the impossible of the real (psychoanalytic) present in psychic suffering that is only possible through the engagement of the word. It is noteworthy that in the context of the study, problems related to health and safety have shown that there is a distance between the task and the work activity, which is also amplified by the managerial or technobureaucratic management model based on prescriptions, which, being insufficient, show the (im)possibilities of the void of norms. What happens is that: how you work remains invisibility and the division of work in the way it is carried out is also the division of risks, responsibilities for accidents, diseases, malfunctions. The possibilities, in this sense, are in the changes in the management method: which can cover the precarious working conditions pointed out by professionals and the organization, whose consequences are visible through the high turnover of professionals in the service, which gene-rates the fragment of the collective and prevents dealing with the risk of violence satisfactorily. Because, if this field of possibilities is expanded, the worker, with his knowledge and values, will have better conditions to recreate his environment and renormalize to manage the activity and the present risks, guaranteeing a healthy and safe environment and improvements in the care of the suffering patient psychic.No campo da saúde mental e atenção psicossocial, o trabalhador presta assistência a um sujeito em sofrimento psíquico, pois aqui a doença está colocada entre parênteses para se ocupar do sujeito em sua experiência de sofrimento ou mal-estar. Essa estratégia é um rompimento com o modelo teórico-conceitual da psiquiatria que adotou a referência das ciências naturais para com-preender a subjetividade e passou a objetivar e coisificar o sujeito e a experiência humana ao se ocupar das doenças. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), nos quais atuam profissi-onais de diferentes categorias na assistência aos pacientes em sofrimento mental, possuem uma prática singular que se caracteriza por uma organização flexível no acolhimento das pessoas em crise, por uma escuta de todos os envolvidos e por uma formação de laços afetivos e profissio-nais com estas pessoas. Neste contexto, este estudo tem por objetivo investigar as (im)possibi-lidades de gestão da saúde e segurança frente à organização do trabalho estabelecida, na ativi-dade assistencial ao paciente em sofrimento psíquico, dos trabalhadores atuantes no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) no interior de Minas Gerais. A abordagem metodológica e a abordagem teórica utilizadas nesse estudo foram baseadas na Análise Ergonômica do Trabalho (AET), por meio de observações (gerais e sistematizadas) e entrevistas (abertas, semiestrutura-das e de autoconfrontação) e na Ergológica, respectivamente, com a participação de 11 profis-sionais da saúde, entre efetivos e contratados. Os resultados revelaram que mudanças estruturais trouxeram impactos na assistência, pois há uma distância no que se refere à organização da rede de assistência à saúde mental preconizada pela Reforma Psiquiátrica e a organização real. Além disso, os embates e debates estabelecidos entre Saúde Mental x Psiquiatria, que aparecem no nível macro, atravessam as práticas e desencadeiam dramáticas nas atividades de trabalho evi-denciando nesse ínterim as (im)possibilidades da própria clínica, ou seja, o impossível do real (psicanalítico) presente no sofrimento psíquico que somente se torna possível pelo engajamento da palavra. Destaca-se que no contexto do estudo, os problemas relacionados à saúde e segu-rança têm demonstrado que há uma distância entre a tarefa e a atividade de trabalho ampliada também pelo modelo de gestão gerencialista ou tecnoburocrático fundamentado em prescrições, que sendo insuficientes evidenciam as (im)possibilidades do vazio de normas. O que ocorre é que: o como se trabalha, permanece na invisibilidade e a divisão do trabalho do modo como é realizada é também a divisão dos riscos, das responsabilidades dos acidentes, doenças, disfun-cionamentos. As possibilidades, nesse sentido, estão nas mudanças do modo de gestão: que pode abranger as precárias condições de trabalho apontadas pelos profissionais e a organização, cujas consequências estão visíveis através da alta rotatividade de profissionais no serviço, o que gera o fragmento do coletivo e impede de lidar com o risco de violência de forma satisfatória. Pois, se amplia esse campo de possibilidades, o trabalhador com seus saberes e valores, possuirá melhores condições de recriar seu meio e renormalizar para gerir a atividade e os riscos presen-tes garantindo um ambiente saudável e seguro e melhorias na assistência ao paciente em sofri-mento psíquico

    Riscos psicossociais da atividade docente e análise do discurso: uma investigação acerca da saúde e segurança do professor de educação básica a partir dos princípios da ergonomia

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    Occupational psychosocial risks (ROP) are constituted by a set of factors that alter the worker's well-being, in relation to the work environment in which it operates. There are many complaints of psychic motivations that end up engendering pathologies at the corporal level, especially with regard to the teaching work of basic education. Usually, these professionals have multiple factors for constant health absences and frequent complaints of stress, generalized bodily pain, fatigue and depression, possibly resulting from a labor activity of constant disapproval and devaluation in today's society. The objective of the study is to identify the existence of ROP in the work environment of primary school teachers and its repercussions on the mental health of these workers. Participated in the survey 7 teachers of basic education of a municipal school in Itabira. The study was based theoretically on the ergonomic perspective and was methodologically based on the assumptions of the qualitative research, having as methodological procedures the bibliographic research and the field research. A questionnaire was used as information collection technique. The results of the questionnaire indicated an index of 100% of the sample in agreement with regard to the psychosocial risks present in the working conditions. Regarding the variable quality of life and health, the results revealed significant relationships between absence of work and health. It is remarkable a mix of psychological and sociological factors that intersect generating the sickness of the teacher.Los riesgos ocupacionales psicosociales (ROP) están constituidos por un conjunto de factores que alteran el bienestar del trabajador, con relación al ambiente de trabajo en que actúa. Son muchas las quejas de motivaciones psíquicas que acaban engendrando patologías en el nivel corporal, principalmente, en lo que concierne al trabajo docente de educación básica. Normalmente, estos profesionales poseen múltiples factores para constantes ausencias por motivos de salud y frecuentes quejas de estrés, dolores corporales generalizados, fatiga y depresión, posiblemente resultantes de una actividad laboral de constantes desaprobaciones y devaluación en la sociedad actual. El objetivo del estudio es identificar la existencia de ROP en el ambiente laboral de profesores de la enseñanza básica y sus repercusiones en la salud mental de esos trabajadores. Participaron de la investigación 7 profesores de la educación básica de una escuela municipal de Itabira. El estudio se basó teóricamente en la perspectiva ergonómica y se basó metodológicamente en los supuestos de la investigación cualitativa, teniendo como procedimientos metodológicos la investigación bibliográfica y la investigación de campo. Se utilizó como técnica de recolección de información un cuestionario. Los resultados del cuestionario apuntaron un índice del 100% de la muestra en concordancia en lo que se refiere a los riesgos psicosociales presentes en las condiciones de trabajo. Con respecto a la variable calidad de vida y salud, los resultados revelaron relaciones significativas entre la ausencia del trabajo y la salud. Es notable una mezcla de factores psicológicos y sociológicos que se entrecruzan generando la enfermedad del profesor.Os riscos ocupacionais psicossociais (ROP) são constituídos por um conjunto de fatores que alteram o bem-estar do trabalhador, com relação ao ambiente de trabalho em que atua. São muitas as queixas de motivações psíquicas que acabam engendrando patologias no nível corporal, principalmente, no que concerne ao trabalho docente de educação básica. Normalmente, esses profissionais possuem múltiplos fatores para constantes ausências por motivo de saúde e frequentes queixas de estresse, dores corporais generalizadas, fadiga e depressão, possivelmente resultantes de uma atividade laboral de constantes desaprovações e desvalorização na sociedade atual. O objetivo do estudo é identificar a existência de ROP no ambiente laboral de professores do ensino básico e suas repercussões na saúde mental desses trabalhadores. Participaram da pesquisa 7 professores da educação básica de uma escola municipal de Itabira. O estudo fundamentou-se teoricamente na perspectiva ergonômica e foi baseado metodologicamente nos pressupostos da pesquisa qualitativa, tendo como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo. Foi utilizada como técnica de coleta de informações um questionário. Os resultados do questionário apontaram um índice de 100% da amostra em concordância no que tange aos riscos psicossociais presentes nas condições de trabalho. Com relação à variável qualidade de vida e saúde, os resultados revelaram relações significativas entre ausência do trabalho e saúde. É notável uma mescla de fatores psicológicos e sociológicos que se entrecruzam gerando o adoecimento do professor
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