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ExĂlio escravista: Hercule Florence e as fronteiras do açĂșcar e do cafĂ© no Oeste paulista (1830-1879)
RESUMO O artigo investiga a trajetĂłria do artista e inventor Antonie Hercule Romuald Florence (1804-1879) na sociedade escravista brasileira do sĂ©culo XIX, procurando examinar os fundamentos do "sentimento de exĂlio" que marcou sua longa vivĂȘncia no Oeste de SĂŁo Paulo. Na primeira parte, trato Florence como um observador das paisagens escravistas do açĂșcar e do cafĂ©. A sĂ©rie de desenhos e aquarelas que compĂŽs sobre a fazenda Ibicaba e o engenho da Cachoeira nos permite observar como ele apreendeu os processos concretos de transformação agrĂĄria e ambiental da fronteira escravista de SĂŁo Paulo. Na segunda parte, analiso a conversĂŁo de Florence em cafeicultor escravista, momento em ele assumiu por razĂ”es familiares a gestĂŁo de uma propriedade cafeeira com trinta escravos no municĂpio de Campinas