5 research outputs found

    Efeito da poda do tipo decote no controle da xylella fastidiosa em cultivares de cafeeiro "Decote" type pruning effect upon xylella fastidiosa control in coffee cultivars

    No full text
    A bactéria Xylella fastidiosa causa prejuízos à cafeicultura e o emprego de produtos químicos, até o presente, não tem possibilitado o controle econômico dessa bactéria. O manejo adequado do cafezal, desde o plantio, com o uso de mudas isentas da bactéria e o controle das cigarrinhas vetoras, são medidas que atenuam a incidência da doença. A utilização de podas, que tem sido recomendada como medida de controle em citros e videiras, não tem ainda eficiência comprovada para o cafeeiro. Neste trabalho, objetivou-se estudar a eficácia do emprego da poda do tipo decote em cafeeiros arábica como controle de X. fastidiosa. Para tanto, após o emprego desse tipo de poda em cafeeiros infectados pela bactéria, quantificou-se a proporção de elementos de vaso do xilema obstruídos pela bactéria, e avaliou-se a severidade dos sintomas externos de infecção provocados pela X. fastidiosa. Oito meses após a aplicação da poda, no mês de junho de 2003 (período seco), observou-se que as plantas estavam com 4% dos elementos de vaso do pecíolo, 2% na nervura principal e 1% no caule obstruído pela X. fastidiosa. No período chuvoso, 14 meses após a poda, a proporção de obstrução dos elementos de vaso diminuiu para 2% no pecíolo, 1% no caule e na nervura principal. A prática da poda diminuiu ligeiramente a proporção de elementos de vaso obstruídos pela bactéria apenas no período seco, uma vez que foi observado antes da poda um máximo de 6% de obstrução no pecíolo. Os novos ramos que brotavam no cafeeiro, na estação chuvosa, pareciam compensar a obstrução dos ramos mais velhos, diminuindo a proporção de obstrução dos elementos de vaso na planta. Em 2003, não houve diferenças na severidade do sintoma externo entre os tratamentos nos dois períodos, seca e chuvoso. Entretanto, no período seco de 2004, as cultivares Catuaí Vermelho IAC 81 e Mundo Novo IAC 515-20, enxertadas sobre o porta-enxerto 'Apoatã IAC 2258' de C. canephora, foram os tratamentos com maior severidade e, novamente no período chuvoso, as diferenças não foram observadas. Concluiu-se, portanto, que a prática da poda do tipo decote não resultou nesse experimento em um controle eficiente da X. fastidiosa em cafeeiros de C. arabica de pé-franco ou enxertados e infectados por esta moléstia.<br>Xylella fastidiosa plant colonization causes damages to the coffee production and nowadays there is no available economic chemical control to this bacterium. Adequate cultivation management as the use of bacteria-free scions and control of the insect vector (cicadas), are practices that may attenuate the disease incidence. Pruning, that has been recommended for citrus and vines for disease control, still does not have its efficiency proved for coffee plants. This research work aimed to quantify the proportion of xylem vessel elements obstructed by the bacteria, as well as to evaluate the disease external symptoms severity after the "decote" type pruning. In June 2003 (dry season), eight months after pruning, it was observed that 4% of the petiole vessel elements were obstructed by X. fastidiosa, 2% of the central vein and 1% of the stem. In the rainy season, 14 months after pruning, the obstruction proportion of vessel elements decreased to 2% in the petiole and to 1% in central vein and stem respectively. Therefore, the pruning practice decreased slightly the xylem vessel obstruction caused by the bacteria in the dry period, once prior to pruning a 6% obstruction in the petiole was observed. The new branches sprouted during the rainy season seemed to compensate obstruction in older branches, thus decreasing vase obstruction proportion. In 2003 there were no differences in the disease symptom severity among treatments in the two periods (dry and rainy season), however, in the dry period of 2004, 'Catuaí Vermelho IAC 81' and 'Mundo Novo IAC 515-20' cultivars, grafted on C. canephora 'Apoatã IAC 2258', presented higher severity and, again in the rainy period, differences were not observed. It was concluded that the "decote" type pruning practice did not result in a X. fastidiosa efficient control

    The impact of breeding on fruit production in warm climates of Brazil O impacto do melhoramento genético na produção de frutas em climas quentes do Brasil

    No full text
    Brazil is a very large country with a diverse climate. This fact allows a diversity of plants to grow ranging from tropical rainforest in the Amazon, passing through Atlantic Forest along the coast, the cerrados (Brazilian savannah) in the Central West region, and semi-arid area in the Northeast. Latitude ranges from 5º N to 33º S, with most of this territory in the tropical region. There are enough reasons to plant breeders devoting great amount of their effort to improve plants suitable for warm climates, though. Among fruit crops, results of breeder's work have been noticed in several species, especially on peaches, grapes, citrus, apples, persimmons, figs, pears and others not so common, such as acerola, guava, annonas (sour sop, sugar apple, atemoya, cherimoya) and passion fruit. Peach tree introduced at low latitude (22 ± 2ºS) requires climatic adaptation to subtropical conditions of low chilling. In Brazil, the first peach breeding program aiming adaptation of cultivars to different habitats was developed by Instituto Agronômico de Campinas (IAC) beginning in the end of the 40's. Apple low chill requirement cultivars obtained in a South state, Paraná, are now been planted at low latitudes. Banana and pineapple breeding programs from Embrapa units along the country are successfully facing new sanitary problems. Petrolina/Juazeiro, in the Northeastern region (9ºS), is the main grape exporting region with more than 6,000 ha. Grape growing in the region is based in the so called "tropical" rootstocks released by IAC, namely: IAC 313 'Tropical', IAC 572 'Jales'. Recently, Embrapa Grape and Wine released tropical grape seedless cultivars that are changing table grape scenario in the country.<br>O Brasil, com suas dimensões continentais, apresenta grande diversidade de climas. Este fato permite o crescimento de grande diversidade de plantas desde a floresta tropical úmida do Amazonas, passando pela Mata Atlântica ao longo da costa, os cerrados, na região centro-oeste e nas áreas de semiárido no nordeste. A maior parte do território encontra-se na região tropical onde a latitude abrange de 5º N a 33º S. Há, portanto, razões suficientes para os melhoristas de plantas devotarem boa parte de seus esforços para melhorar plantas apropriadas aos climas mais quentes. Entre as frutíferas, os resultados dos trabalhos dos melhoristas têm sido notados em diversas espécies, especialmente pêssegos, uvas, citros, maçãs, caquis, figos, pêras e outras, não tão comuns, como acerola, goiaba, anonas (graviola, pinha, atemóia, cherimóia) e maracujá. Pessegueiros introduzidos em baixas latitudes (22 ± 2ºS) requerem adaptação climática às condições subtropicais de baixa ocorrência de frio. No Brasil, o primeiro programa de melhoramento de pêssego visando adaptação de cultivares a diferentes habitats foi desenvolvido pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) começando no final dos anos 1940. O melhoramento da macieira com baixa necessidade frio levado a cabo no IAPAR, Paraná, produziu cultivares que podem ser plantados com sucesso em regiões de baixa latitude. Os programas de melhoramento da banana e do abacaxi conduzidos em unidades da Embrapa em todo o país estão conseguindo fazer frente aos fortes problemas fitossanitários com as cultivares melhoradas. Petrolina/Juazeiro, na região nordeste (9ºS), é a principal região exportadora de uvas no país com mais de 6.000 ha. A viticultura na região está baseada nos chamados porta-enxertos "tropicais" lançados pelo IAC: IAC 313 'Tropical', IAC 572 'Jales'. Recentemente, a Embrapa Uva e Vinho lançou cultivares tropicais de uvas sem sementes que estão mudando o cenário da uva de mesa no país
    corecore