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    A redefinição do espaço público e da cidadania no contexto da transnacionalização econômico-simbólica

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    A protagonização do espaço público pelas empresas que atuam segundo o princípio da administração global e a lógica do mercado, e a transnacionalização do consumo urbano e do universo midiático borraram os contornos espaciais do público, de tal modo que ele deve ser reconhecido com imagens de circuitos e fluxos que extrapolam os territórios nacionais. Nesse cenário público transnacional, em função da depreciação das formas tradicionais de representação política e de solução dos problemas, surgem os movimentos sociais e as redes desses movimentos, que, segundo uma lógica de resistência e luta por direitos e uma ética de diálogo intercultural, articulam as ações coletivas locais com ações regionais e transnacionais, e combinam as manifestações massivas e a articulação em redes globalizadas, pela mediação das Organizações Não-Governamentais. O engajamento dos cidadãos nesse tipo de ações coletivas constitui uma nova forma de exercício da cidadania. Palavras-chave: Transnacionalização econômico-simbólica - cenário público transnacional - cidadania global

    Pressupostos filosóficos da hermêutica diatópica proposta por Raimon Panikkar

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    A hermenêutica diatópica foi proposta por Raimon Panikkar como metodologia de diálogo intercultural. Orientar-se por essa metodologia não se limita a aplicar uma técnica de interpretação. Implica saber operar com algumas distinções conceptuais, que a sustentam e legitimam: conceito/símbolo, logos/mythos, alius/alter, multiculturalismo/interculturalidade. A explicitação e articulação adequada desses pares conceptuais, entre outros, formam o marco categorial pressuposto pela hermenêutica diatópica. Palavras-chave: diálogo intercultural; hermenêutica diatópica; mito; alteridade; direitos humanos

    O PAPEL DO USO DE METÁFORAS NA LUTA POR NOVOS DIREITOS

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    Expõe-se neste texto o conceito neopragmático de metáfora, como foi estabelecido por Nietzsche, Davidson e Rorty, e argumenta-se a favor da conveniência do uso de metáforas nos movimentos sociais de luta por novos direitos. Palavras-chave: Linguagem, metáfora, novos direitos

    A QUESTÃO DOS DIREITOS HUMANOS E AS ABORDAGENS EPISTEMOLÓGICAS NO MARCO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO POPULAR

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    O texto mostra que Miguel Arroyo e Paulo Freire, como representantes da matriz político-pedagógica da Educação Popular, enfocam as lutas pelos Direitos Humanos por meio da abordagem epistemológica dialética, incorporando nela, de modo perspicaz, imprescindíveis e relevantes contribuições das abordagens hermenêutica e analítica, de modo que com os conflitos de interesses em jogo (de contrários) em torno dos Direitos Humanos se articulam conflitos de interpretações e esforços de clarificação conceitual cujo sentido extrapola o plano da semântica e da lógica. Tomam-se os Direitos Humanos como temática (jurídica) para uma reflexão sobre métodos de abordagem epistemológica, visando o campo da práxis pedagógica. Um ensaio pretensamente transdisciplinar

    A POSSIBILIDADE DE SER LIVRE E A QUESTÃO DO DESTINO - BUSCANDO O EQUILÍBRIO ENTRE O DECISIONISMO E O FATALISMO

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    O propósito deste artigo é articular a crença no destino e apossibilidade existencial de tornar-se livre. Sustenta uma posição deequilíbrio entre o decisionismo e o fatalismo. Aquilo que vem ao sujeito pode não resultar de suas ações e decisões; portanto, pode lhe ser imposto como destino. Mas o modo como este é interpretado depende sempre do sujeito

    “MENINO, TU PODES APRENDER! EU POSSO TE AJUDAR?” - HUMANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO ESCOLAR, SEGUNDO ALEXIS LEONTIEV

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    Pensando com Alexis Leontiev, este ensaio teórico tece considerações sobre a constituição do ser humano, mediada pela educação e determinada pela atividade e pela comunicação linguística. Refuta a teoria inatista do conhecimento subentendida no ato-de-fala autoritário duma professora a um aluno: “você não vai mudar!” Destaca a dimensão afetivo-vincular da comunicação pedagógica, o vínculo interno entre cognoscibilidade e afetividade. Problematiza a docência reduzida à comunicação autoritária e intimidadora. Conclui que o problema central a ser resolvido para garantir a aprendizagem escolar concerne à organização do trabalho pedagógico. A escola como uma comunidade aprendente deve transmitir a todos os alunos a mensagem “você é capaz e nós podemos lhe ajudar!”

    JUSTIFICAÇÃO FILOSÓFICA DOS CUIDADOS PALIATIVOS A PACIENTES TERMINAIS

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    Compreendendo a vida humana como um todo finito, o pensar filosófico, com base no conceito kantiano de dignidade, recolhe um feixe de justificativas que demonstra as vantagens, para todo e qualquer ser humano, de fazer a derradeira despedida sob a cobertura da concepção e prática dos cuidados paliativos. Desse modo, o pensamento filosófico legitima de forma argumentativa o movimento social em defesa do direito humano a uma morte digna.Palavras-chave: Direitos humanos, dignidade, cuidados paliativos, morte digna

    LUTA PELOS DIREITOS DA ALTERIDADE: UM PUNHADO DE BOAS RAZÕES PARA APOIAR A INCLUSÃO DOS OUTROS

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    O texto trata da luta pelos direitos econômicos, sociais e culturais, violados ou ainda não reconhecidos, em sociedades democráticas. Pressupõe que, nesta forma de vida social, em função de um pacto político fundante, todos devem reconhecer a todos como sendo iguais nos direitos, porque livres. A partir deste pressuposto, aduzem-se argumentos filosóficos e jurídicos a favor das lutas dos grupos sociais discriminados e injustiçados pelo reconhecimento jurídico  e social e pelo acesso aos bens necessários para viver dignamente. A razoabilidade das justificativas é, em cada caso, aferida pelo critério do benefício a todos os cidadãos. Metodologicamente, cuida-se para que os argumentos sejam construídos de modo aceitável do ponto de vista de qualquer um que compartilhe dos princípios básicos do modelo de Estado Democrático de Direito

    O DOM DA VIDA E A DIGNIDADE HUMANA UNIVERSAL: JUSTIFICAÇÃO FILOSÓFICA DOS DIREITOS DA ALTERIDADE

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    Este ensaio teórico fornece razões para reconhecer os Direitos Humanos como direitos da alteridade. Parte do princípio de que todos os nascidos da espécie humana devem ser respeitados como iguais em dignidade. Argumenta-se que o dever de respeitar todos os outros como iguais em dignidade deriva do fato de que cada um recebeu a vida e suas condições de possibilidade como dádivas da humanidade. A tese é que o dom da vida encerra uma dívida existencial-simbólica à humanidade que, por sua vez, remete ao dever moral em relação a todos os outros. Quanto à concretização dos direitos da alteridade, numa perspectiva solidarista, o texto expõe possibilidades de realização da regra do dom – como resposta adequada à dívida existencial-simbólica – em espaços públicos, com destaque para as práticas associativas, cooperativas e, no interior destas, as de mediação. A reflexão mescla, em termos de metodologia, as abordagens analítica e hermenêutica

    UMA TEORIA DA EDUCAÇÃO: ESCLARECIMENTO ACERCA DO PAPEL DO/DA PROFESSOR/A

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    Neste texto procuramos fazer uma discussão crítica, desde a perspectiva pedagógica de dados de pesquisa colhidos deum universo determinado de egressos do curso de Pedagogia: osegressos do curso citado, do campus de Santo Ângelo, região dasMissões, Rio Grande do Sul, de 1974 a 1999. A questão que norteia estas considerações diz respeito à possibilidade de ainda legitimar a Didática como um ramo de estudos da Pedagogia. Mais especificamente, em termos afirmativos, procuramos defender, para os/as professores/as uma posição desde a qual a busca da eficácia no ensino possa ter sentido. Procuramos mostrar que a legitimidade da Didática está correndo perigo por conta de um discurso psicopedagógico, o qual tende a desautorizar o/a professor/a de assumir o seu papel social de, por delegação dos adultos e em nome dos “pais”, transmitir a herança cultural às crianças e aos adolescentes. Propomos que a legitimidade do lugar a partir de onde faz sentido “ser didático” seja garantida pela decisão de assumir a dívida simbólica para com os “pais” e de representar a comunidade de adultos perante os pequenos
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