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    Papel da elevação dos níveis plasmáticos do peptídeo natriurético tipo B na mortalidade de pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST e função sistólica normal

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    Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Ciências Médicas, 2013.Apesar do valor prognóstico do peptídeo natriurético cerebral (BNP) em pacientes com insuficiência cardíaca ser bem conhecido, existem poucas evidências sobre seu papel no contexto do infarto do miocárdio (IM). Conceitualmente, o estiramen- to atrial produzido pela sobrecarga ventricular no pós-infarto torna plausível a hipótese de que elevados níveis de BNP no pós-IM estejam associados a remodelamento ventricular negativo e menor sobrevida. Pacientes consecutivos com IM com elevação do segmento ST (n=152) do Brazilian Heart Study foram acompa- nhados prospectivamente por 332 (300-349) dias. Nas primeiras 24h do início dos osintomas (D1) e no 5 dia (D5) foram avaliados os níveis plasmáticos do BNP e foi ocalculado o Delta-BNP (D5–D1). No 3 mês após o IM os pacientes foram submetidos à ressonância nuclear magnética cardíaca (RNM-c). Nos modelos de regressão logística e de Cox ajustados para sexo, idade e dose de estatina e diagnóstico de diabetes mellitus, um Delta-BNP acima da mediana (80 pg/ml) foi associado, respectivamente, a maior incidência de morte súbita e re-infarto fatal e não-fatal (MACE) em 30 dias (OR 10,88, IC95% 1,10–108, p=0,038) e em 1 ano (HR 2,51, IC95% 1,03–6,11, p=0,043). Além disso, em curvas ROC para discriminação da incidência de MACE, o Delta-BNP se mostrou superior ao BNP no D1 (Área sob a curva 0,72 p=0.031 vs 0,43 p=0.5). Consistentemente, pacientes com Delta-BNP maior que mediana apresentaram 3.14 vezes (1,01–9,75; p=0.048) mais chances de evoluir com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) oabaixo de 46,5% (mediana da FEVE no 3 mês) do que os pacientes com Delta-BNP menor que a mediana. Entretanto, o Delta-BNP não se associou significativamente com massa infartada ou com os volumes do VE ao final da sístole e diástole. Pacientes com maior variação do Delta-BNP entre a admissão e D5, após o infarto do miocárdico, se associaram a maior incidência de eventos cardiovas-culares em curto e longo prazo, o que pode potencialmente ser justificado pela pior FEVE apresentada nesse grupo de indivíduos. ______________________________________________________________________________ ABSTRACTAlthough the prognostic value of BNP in patients with heart failure is well known, there is only little evidence about their role in the context of myocardial infarction (MI). Conceptually, the atrial stretch produced by ventricular overload in post-MI makes plausible the hypothesis that high levels of BNP in after MI may be associated with shorter survival and negative ventricular remodeling. Consecutive patients with ST elevation MI (n = 152) from Brazilian Heart Study were followed prospectively for 332 (300-349) days. In the first 24 hours after the onset of symptoms (D1) and at day 5 (D5) we evaluated plasma levels of BNP and calculated Delta-BNP (D1-D5). At the third month after MI patients underwent cardiac magnetic resonance imaging (cMRI). In logistic regression and Cox models adjusted for sex, age, dose of statin and diagnosis of diabetes mellitus, a Delta-BNP above the me- dian (80 pg/ml) was associated with higher incidence of sudden death and myo-cardial infarction (MACE) at 30 days (OR 10.88, 95% CI 1.10 to 108, p = 0.038) and at 1 year (HR 2.51, 95% CI 1.03 to 6.11, p = 0.043). In addition, in ROC curves for discrimination of the incidence of MACE, Delta-BNP showed superiority against BNP D1 (Area under the curve of 0.72 p=0.031 vs 0.43 p=0.5). Consistently, patients with Delta-BNP above the median were 3.14 times (95% CI 1.01 to 9.75, p=0.048) more likely of having left (left ventricular ejection fraction (LVEF) lower than median (46.5%)) than those with delta BNP below the median. However, Delta-BNP was not significantly associated with infarcted mass or end of diastolic and systolic LV volumes. Patients with greater elevation in BNP levels beween admission and D5 after MI show an increased risk of cardiovascular events in short and long term, which may potentially be explained by worse LVEF presented by this group of individuals

    Avaliação da influência de alterações cardíacas na ultrassonografia vascular periférica de idosos

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    Resumo Contexto As cardiopatias podem causar alterações no formato das ondas da ultrassonografia vascular (UV) em vasos periféricos. Essas alterações, tipicamente bilaterais e sistêmicas, são pouco conhecidas e estudadas. Objetivo Avaliar as ondas periféricas da UV de pacientes idosos para identificar alterações decorrentes de cardiopatias. Métodos Foram estudados 183 pacientes idosos submetidos a UV periférica no ano de 2014. Resultados Foram avaliados 102 mulheres (55,7%) e 81 homens (44,3%) com idade entre 60 e 91 anos (média de 70,4±7,2 anos). Encontraram-se alterações pela UV em 84 pacientes (45,9%). Foram identificadas 138 alterações de oito dos 13 tipos descritos na literatura: arritmia, onda bisferiens de pico sistólico, baixa velocidade de pico sistólico, pulsatilidade em veias femorais, bradicardia, taquicardia, onda de pulso parvus tardus e onda de pulso alternans. Houve baixa concordância entre a presença e a não presença de alterações na UV e na avaliação cardiológica. Na análise específica das alterações, os exames tiveram uma concordância variável, que foi boa para o achado de taquicardia, moderada para arritmia e baixa para bradicardia. Não houve concordância entre a UV e os exames cardiológicos para as demais alterações. Conclusões É possível identificar determinadas alterações cardíacas em idosos por meio da análise do formato das ondas periféricas da UV. É importante reconhecer e relatar a presença dessas alterações, pela possibilidade de alertar para um diagnóstico ainda não identificado nesses pacientes. Entretanto, mais estudos são necessários para que seja definida a importância das alterações no formato das ondas Doppler periféricas no reconhecimento de cardiopatias
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