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    ESTUDO RETROSPECTIVO DA PREVALÊNCIA DE CARDIOPATIAS EM CÃES ATENDIDOS ENTRE 2015-2019 PELO LABORATÓRIO DE CARDIOLOGIA COMPARADA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPR

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    Doenças cardíacas, congênitas ou adquiridas, representam grande parte da casuística do atendimento de cães. Estima-se que aproximadamente 10% dos atendimentos iniciais em cães ocorrem devido a doença cardíaca, e a doença mixomatosa valvar mitral (DMVM) corresponde à maioria das cardiopatias nessa espécie (Keene et al., 2019). A ecocardiografia é um exame complementar não invasivo, importante para o diagnóstico das cardiopatias. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de cães cardiopatas diagnosticados por meio da ecocardiografia, atendidos pelo Laboratório de Cardiologia Comparada do Hospital Veterinário da UFPR, durante o período de 2015 a 2019. Foram descartados da amostra os pacientes com diagnósticos incompletos, e apenas o exame mais recente do mesmo animal foi considerado. Sendo assim, foram analisados 2703 cães, dos quais 1668 possuíam pelo menos uma cardiopatia. Dentre os cardiopatas, 953/1668 eram fêmeas (57,1%) e 715/1668 eram machos (42,9%). Cães sem raça definida foram os mais acometidos 552/1668 (33,1%), seguidos das raças Poodle 235/1668 (14,1%), Lhasa Apso 123/1668 (7,4%), Pinscher 103/1668 (6,2%), Dachshund 95/1668 (5,7%) e demais raças 560/1668 (33,6%). A maioria dos animais 1580/1668 (94,7%) foi diagnosticada com cardiopatias adquiridas. Destes, 40/1580 (2,5%) apresentavam idade entre dois e cinco anos, 548/1580 (34,7%) entre seis e dez anos, 841/1580 (52,3%) entre 11 e 15 anos, 93/1580 (5,9%)  acima de 15 anos e 58/1580 (3,7%) não tiveram suas idades informadas. Os outros 88/1668 (5,3%) cães apresentaram doenças congênitas, destes 21/88 (23,9%) apresentavam menos de um ano de idade, 11/88 (12,5%) entre dois e cinco anos, 32/88 (36,4%) entre seis e dez anos, 21/88 (23,9%) entre 11 e 15 anos, 1/88 (1,1%) acima de 15 anos e 2/88 (2,3%) não tiveram as idades informadas. A DMVM foi a cardiopatia mais diagnosticada, observada em 1560/1668 (93,5%) cães. A segunda maior afecção foi a degeneração mixomatosa da valva tricúspide (DMVT), observada em 756/1668 (45,3%) cães. O terceiro diagnóstico mais comum foi a cardiomiopatia dilatada acometendo 39/1668 (2,3%) animais, seguido por neoplasias cardíacas observadas em 20/1668 (1,2%) cães. As demais doenças tiveram menor prevalência, afetando dez indivíduos ou menos, sendo elas: estenose aórtica, comunicação interatrial, estenose pulmonar, displasia de mitral, displasia de tricúspide, endocardite, cor pulmonale, comunicação interventricular, persistência do ducto arterioso, estenose subaórtica, estenose mitral, persistência da veia cava cranial esquerda, hérnia diafragmática peritoneopericárdica, dirofilariose, degeneração aórtica, coronária anômala, cardiomiopatia arritmogênica, aneurisma, tromboembolismo pulmonar, trombo em átrio direito, tetralogia de Fallot, miocardite, cor triatriatum sinister e calcificação aórtica, respectivamente. Ao todo, 907/1668 (54,4%) animais apresentaram apenas uma doença cardíaca, 737/1668 (44,2%) apresentaram duas doenças concomitantes, e 24/1668 (1,4%) apresentaram três ou mais doenças conjuntas. O estudo de prevalência das cardiopatias auxilia na elaboração de diagnósticos diferenciais e, portanto, na escolha do plano terapêutico

    ESTUDO RETROSPECTIVO DA PREVALÊNCIA DE CARDIOPATIAS EM GATOS ATENDIDOS ENTRE 2015-2019 PELO LABORATÓRIO DE CARDIOLOGIA COMPARADA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPR

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    Diferentes doenças cardíacas, congênitas ou adquiridas, são comumente reconhecidas na medicina felina e compõem parte da casuística no atendimento desses animais. A ecocardiografia, por sua vez, é o exame de imagem mais utilizado para o diagnóstico destas afecções. Em gatos a cardiopatia mais comum é a cardiomiopatia fenótipo hipertrófico. Como dados sobre a prevalência de cardiopatias em gatos no Brasil é escassa, o objetivo do presente estudo foi identificar a prevalência das principais cardiopatias em gatos, diagnosticadas por meio da ecocardiografia, entre o período de 2015 a 2019 no Hospital Veterinário da UFPR (HV-UFPR). Foram encaminhados, neste período, ao Laboratório de Cardiologia Comparada do referido hospital, 224 gatos para exame ecocardiográfico. Destes, 32 foram excluídos por apresentarem diagnóstico incompleto ou inconclusivo. Assim, ao todo, 192 animais foram elegíveis para o estudo, sendo 140 sem alterações ecocardiográficas e 52 com uma ou mais cardiopatia. Foram acometidos mais machos do que fêmeas, sendo 29/52 (56%) e 23/52 (44%) respectivamente. Os gatos sem raça definida (SRD) foram os mais acometidos, correspondendo a 35/52 (67%) animais, seguidos pelas raças Persa com 13/52 (25%), Siamês com 3/52 (6%) e Himalaio com 1/52 (2%). A idade média dos gatos cardiopatas foi de 7,6 anos, sendo que 12/52 (23%) animais eram jovens (até um ano), 20/52 (38%) eram adultos (entre dois a dez anos) e 16/52 (31%) eram idosos (mais de 11 anos). Ainda, não havia dados sobre a idade de 4/52 animais (8%). Dentre os cardiopatas, 6/52 (12%) apresentaram duas cardiopatias congênitas associadas, sendo as mais prevalentes a comunicação interventricular e a comunicação interatrial. As afecções observadas foram cardiomiopatia fenótipo hipertrófico com 24/52 (46%) animais, comunicação interventricular com 6/52 (12%), displasia da valva tricúspide com 5/52 (10%), cardiomiopatia fenótipo não específico com 4/52 (8%), comunicação interatrial com 3/52 (6%), displasia da valva mitral com 3/52 (6%), neoplasia com 3/52 (6%), hérnia peritônio-pericárdica com 2/52 (4%), cardiomiopatia fenótipo restritivo com 2/52 (4%) e cardiomiopatia fenótipo dilatado, cor pulmonale, doença mixomatosa valvar mitral, estenose aórtica, estenose subaórtica, estenose pulmonar e vegetação aórtica com 1/52 (2%) animal cada. A alta prevalência da cardiomiopatia fenótipo hipertrófico observada neste estudo corrobora com dados encontrados na literatura (PAYNE; BRODBELT; FUENTES, 2015). Em um estudo de prevalência das doenças congênitas, no qual 57.025 gatos foram analisados, a doença mais prevalente foi a comunicação interventricular; em contrapartida, a displasia de valva tricúspide não mostrou ser representativa nesta espécie, afetando somente 4/57.025 animais (0,007%) (SCHROPE, 2015). Comparativamente, no presente estudo, a displasia da valva tricúspide foi uma doença importante na prevalência geral de cardiopatias em gatos atendidos no HV-UFPR, correspondendo a 5/192 (2,6%) dos gatos encaminhados ao Laboratório de Cardiologia Comparada. Estudos de prevalência fornecem informações complementares sobre doenças que são comuns em determinadas espécies e regiões, auxiliando, dessa forma, a conduta clínica de cada paciente

    Tradução e adaptação ilustrada.

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