4 research outputs found

    Assessment and management of pediatric pain based on the opinions of health professionals

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    The present study characterized the opinions of health professionals about strategies for assessing and managing pediatric pain in a public teaching hospital. The sample consisted of 92 health professionals who worked in pediatric wards, pediatric intensive care, and neonatal intensive care. The sample included 45 doctors, 18 nurses, 16 psychologists, eight physiotherapists, and five occupational therapists. Data were collected through a self-administered questionnaire that included 22 open questions on the following topics: pain assessment, pharmacological management, and non-pharmacological interventions. Each area was analyzed with regard to actions, resources, gaps, and needs. The questionnaire was developed based on the principles of Strategic Planning. Two trained researchers analyzed the thematic content of all of the responses. With regard to actions and resources, 33% of the respondents mentioned the use of instruments for pain assessment, 73% reported that they prescribed pharmacological treatments for symptoms of pain, and 26% reported the use of non-pharmacological interventions for the relief of pain. The professionals predominantly reported a lack of training for pain assessment and management, standardized protocols, and human and material resources. Consequently, 96% of the professionals reported the necessity for educational training and standardized implementation guidelines for pain assessment services. These findings provide a baseline of the health professional's opinions of pain issues, which are essential for implementing and increasing pain assessment and management policies institutionally

    A distraction technique for pain relief in hospitalized children: a randomized controlled trial

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    O presente estudo teve por objetivo avaliar a eficácia de uma intervenção não-farmacológica de distração no alívio de dor aguda em crianças hospitalizadas submetidas a procedimentos dolorosos por demanda clínica, controlando variáveis de estresse e catastrofização de dor. O delineamento do estudo foi um ensaio clínico randomizado cruzado (cross-over). A amostra do estudo foi composta por 40 crianças na fase escolar (6 a 11 anos), que estavam internadas na Enfermaria de Pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP e que foram submetidas a procedimento de punção venosa ou arterial prescrito por demanda clínica. Os participantes foram randomizados em dois grupos, sendo que todas as crianças receberam a intervenção e foram controles de si mesmas, mas em dois períodos distintos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do hospital. Inicialmente, avaliações do estresse e catastrofização de dor foram processadas, utilizando-se, respectivamente, a Escala de Estresse Infantil (ESI) e a Escala de Catastrofização de Dor para Crianças (PCS-C), a fim de controlar essas variáveis. Para avaliação da intensidade de dor foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala Visual Analógica (VAS) e Escala de Faces Revisada (FPS-R). Na coleta de dados, o Grupo 1 recebeu a intervenção de distração audiovisual antes e durante um procedimento de punção realizado pela enfermeira e, em outro dia um segundo procedimento de punção foi realizado sem intervenção. No Grupo 2, por sua vez, o procedimento ocorreu de forma inversa, sendo primeiramente sem intervenção e posteriormente com intervenção. A intervenção constituiu-se na distração audiovisual com o direcionamento da atenção da criança antes e durante o procedimento doloroso para filmes de curta metragem com temáticas infantis. Após a conclusão dos procedimentos de punção eram aplicadas as duas escalas de dor para avaliar a percepção da intensidade de dor pelas crianças. A análise de variância ANOVA 2 X 2 com comparação entre- e intra-grupos foi processada com a finalidade de atender ao objetivo do estudo. O nível de significância adotado em todas as análises realizadas no presente estudo foi de 5%. Os resultados mostraram que os dois grupos foram semelhantes nas medidas basais de estresse e catastrofização de dor; não houve diferenças estatisticamente significativas nessas variáveis. Verificou-se que houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos períodos com e sem intervenção da distração; os escores em ambas as escalas FPS-R e VAS mostraram-se menores no período com distração em comparação ao período sem intervenção. Além disso, a sequência de exposição da distração nos grupos e o período em que foi realizada a distração também interferiram significativamente no efeito da intervenção de distração. A análise do efeito carry-over mostrou que aproximadamente 30% dos efeitos estimados no alívio de dor foram atribuídos exclusivamente à intervenção de distração. Em conclusão, a intervenção de distração audiovisual foi eficaz na redução da percepção da intensidade de dor durante o procedimento doloroso agudo em crianças hospitalizadas. A técnica de distração pode ser recomendada como uma estratégia não-farmacológica simples e eficaz para alívio da dor aguda, podendo ser implementada na prática clínica em ambientes de cuidados pediátricos.The present study was aimed to evaluate the efficacy of a non-pharmacological intervention of distraction for acute pain relief in hospitalized children undergoing painful procedures by clinical demand, controlling variables of stress and pain catastrophizing. The study design was a crossover randomized controlled trial. The sample was composed of 40 children at school age (6-11 years), who was admitted in the pediatric ward of the Hospital of Clinics of Ribeirão Preto Medical School-USP and who underwent venipuncture or arterial puncture prescribed by clinical demand. Participants were randomized into two groups and all children that received the intervention were themselves controls, in two different periods. The study was approved by the Committee of Ethics on Research of the Hospital. Initially, the stress and pain catastrophizing assessments were performed using The Child Stress Scale (CSS) and Pain Catastrophizing Scale for Children (PCS-C), respectively, aiming to control these variables. The instuments used for pain assessment were the following: The Visual Analog Scale (VAS) and The Faces Pain Scale Revised (FPS-R). In the data collection, the Group 1 received the audiovisual distraction intervention before and during the puncture performed by the nurse and in another day a second puncture was performed without intervention. Contrarily, in Group 2 the procedure was first without intervention and subsequently with intervention in another day. The intervention consisted in audiovisual distraction by focusing the child\'s attention before and during the painful procedure to short films about infant thematics. The two pain scales were applied after the puncture procedures to assess the childrens perception of pain intensity. An ANOVA 2 X 2 analyses of variance was performed including between- and within-groups comparisons. The level of significance adopted in all analyzes of the present study was 5%. The results showed that the two groups were similar in the baseline of stress and pain catastrophizing outcomes; there were no significant differences between the groups in these variables. There was a statistically significant difference between groups in the periods with and without distraction intervention; the scores in both scales FPS-R and VAS were lower during distraction compared with the no intervention period. Furthermore, the sequence of exposure of the distraction in the groups and the period that distraction was performed also significantly interfered in the effect of distraction intervention. The analysis of the carry-over effect showed that around 30% of the estimated effects on pain reliefing were attributed to the distraction intervention. In conclusion, the intervention of audiovisual distraction was efficacy in reducing the perception of pain intensity during routine acute painful procedure in hospitalized children. The findings of the present study endorse that distraction is a simple and efficacious non-pharmacological management for acute pain relief, which could be implemented in clinical practice of pediatric care settings

    Pain and distress assessments in children hospitalized in the Pediatric Intensive Care Unit

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    O presente estudo de corte transversal teve por objetivo avaliar a intensidade de dor aguda e o comportamento de estresse em crianças de um a sete anos de idade, hospitalizadas em unidade pediátrica de cuidados intensivos, e comparar grupos diferenciados, respectivamente por: tipo de doença (aguda vs. crônica), tipo de tratamento (cirúrgico vs. clínico), fase de desenvolvimento (1-3 anos vs. 4-7 anos) e sexo (meninos vs. meninas). O estudo teve como objetivo secundário comparar duas avaliações de dor e estresse realizadas durante dois procedimentos dolorosos em dias diferentes para verificar a reatividade comportamental das crianças durante a internação. A amostra do estudo foi composta por 44 crianças (59% de meninos) com idade entre um e sete anos (média = 38 meses; ± 23,2), que estavam internadas no Centro de Terapia Intensiva Pediátrico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os motivos da internação referiam-se a tratamento pós-cirúrgico (n = 30; 68%) ou clínico (n = 12; 32%), havendo uma prevalência de pacientes com doenças crônicas (n = 25; 57%). Foram realizadas duas avaliações de dor aguda e de estresse comportamental (Avaliação 1 e Avaliação 2) no decorrer de procedimento doloroso envolvendo inserção de agulha (tipo punção para coleta de sangue). Para avaliação do indicador de intensidade de dor aguda foi aplicada a escala Face, Legs, Activity, Cry and Consolability (FLACC) e para avaliação do indicador de estresse comportamental foi utilizada a escala Observational Scale of Behavioral Distress (OBSD). O comportamento das crianças foi filmado durante os procedimentos, incluindo as fases de Linha de base, Procedural e de Recuperação, para posterior aplicação das escalas de dor e de estresse. Para obtenção dos indicadores da história dos procedimentos de dor e estresse do contexto foi aplicada a escala Neonatal Infant Stressor Scale (NISS), analisando-se os dados de prontuários médicos das crianças. No tratamento dos dados, foram realizadas análises estatísticas do tipo descritivo, de comparação intragrupo (testes de Wilcoxon e McNemar), ANOVA de medidas repetidas, de comparação entre grupos (teste de Mann-Whitney), de correlação entre duas variáveis numéricas (teste de Pearson) e de associação entre duas variáveis categóricas (teste do Qui-quadrado). Os dados foram analisados por meio do SPSS (versão 25.0, Chicago, Il, USA). O nível de significância de 5% (p <= 0,05) foi adotado em todos os testes do estudo. Os resultados mostraram que as crianças internadas na unidade de tratamento intensivo enfrentaram uma média de 17 eventos estressores por dia e de 47 eventos dolorosos durante a internação até o dia em que foram avaliadas. As crianças apresentaram intensidade de dor classificada como moderada nas duas avaliações (média = 5; ± 2,7 naAvaliação 1, e média = 6; ± 2,7 na Avaliação 2, na fase Procedural). Observou-se uma intensificação estatisticamente significativa da dor do primeiro para o segundo procedimento doloroso na fase Procedural (p = 0,03). Notou-se que na avaliação 2, os meninos apresentaram maior reatividade à dor na fase de Recuperação após o procedimento doloroso (p = 0,02), em comparação às meninas. Em relação ao estresse comportamental das crianças, houve também uma maior sensibilização das crianças para os comportamentos de estresse na segunda avaliação em comparação à primeira, especialmente na Linha de base (média = 3; ± 2,9 na Avaliação 1, e média = 5; ± 3,6 na Avaliação 2; p < 0,001). Na avaliação 1, as crianças que tinham doenças agudas, em comparação às crianças com doenças crônicas, apresentaram maior reatividade à dor e ao estresse nas fases Procedural (p = 0,02, na avaliação de dor, e p = 0,03, na avaliação de estresse) e de Recuperação (p = 0,04, nas avaliações de dor e estresse). Na avaliação 2, as crianças que foram submetidas a cirurgias apresentaram maior reatividade à dor e ao estresse na Linha de base (p = 0,02, na avaliação de dor, e p < 0,001, na avaliação de estresse) e na fase Procedural (p = 0,01, na avaliação de dor, e p < 0,001 na avaliação de estresse), em comparação às crianças que receberam tratamento clínico. Adicionalmente, encontrou-se associação significativa entre os indicadores de dor e estresse comportamental experimentados pelas crianças; quanto maior a intensidade de dor durante o procedimento de inserção de agulha, maior reação de estresse apresentado pelas crianças (r = 0,84; p < 0,001, na Avaliação 1, e r = 0,84; p < 0,001, na Avaliação 2). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de idade das crianças analisadas. Conclui-se que as crianças apresentaram altos níveis de exposição a eventos estressores no contexto de cuidados intensivos e níveis moderados de intensidade de dor e estresse comportamental. A reatividade à dor foi mais intensa nos pacientes cirúrgicos e com doenças agudas. Houve uma alta associação entre reatividade à dor e comportamentos de estresse, sendo que ambos se intensificaram durante o tratamento das crianças. Cuidados de manejo não farmacológico à dor aguda devem ser implementados como medida preventiva e de alívio de dor.The present cross-sectional study aimed to evaluate acute pain intensity and distress behavior in children aged one to seven years hospitalized in the Pediatric Intensive Care Unit (PICU), and to compare groups differentiated by: type of disease (acute vs. chronic), type of treatment (surgical vs. clinical), developmental phase (1-3 years vs. 4-7 years), and gender (boys vs. girls). The secondary objective of the study was to compare two pain and distress assessments performed during painful procedures on different days to verify the behavioral reactivity of the children during the hospitalization. The study sample consisted of 44 children (59% boys) aged between one and seven years (mean = 38 months ± 23), who were hospitalized at the PICU of the Hospital of Clinics, Ribeirão Preto Medical School, University of São Paulo. The reasons for hospitalization were post-surgical (n = 30; 68%) or clinical treatment (n = 12; 32%), with a prevalence of patients with chronic diseases (n = 25; 57%). Two evaluations of acute pain and behavioral distress (Assessment 1 and Assessment 2) were performed during painful procedure involving needle insertion (type of puncture for blood collection). The Face, Legs, Activity, Cry and Consolability (FLACC) scale was used to evaluate the acute pain intensity indicator and the Observational Scale of Behavioral Distress (OBSD) was used to evaluate the behavioral distress indicator. The behavior of the children was video recorded during the procedures, including the Baseline, Procedural, and Recovery phases for later scoring of the pain and distress scales. The Neonatal Infant Stressor Scale (NISS) was used to obtain the indicators of the history of the pain and stress events of the context, analyzing the medical records. In the treatment of the data, descriptive statistical data analyzes, within groups comparison (Wilcoxon and McNemar tests), repeated measures ANOVA, comparison between groups (Mann-Whitney test) and correlation analysis between two numerical variables (Pearson\'s test) and association of variables for two categorical variables (Chisquare test) were performed. Data were analyzed using SPSS (version 25.0, Chicago, Il, USA). The significance level of 5% (p <= 0.05) was adopted in all study tests. The results showed that the children hospitalized in the intensive care unit faced an average of 17 stressors per day and 47 painful events during hospitalization until the day they were evaluated. The children presented pain intensity classified as moderate in both evaluations (mean = 5 ± 2,7, in Assessment 1, and mean = 6 ± 2,7, in Assessment 2 in the Procedural phase). There was a statistical significant increase in pain from the first to the second painful procedure in the Procedural phase (p = 0.03). It was observed in the Assessment 2 that the boys presented greater reactivity to the pain in the Recovery phase of the procedure (p =0.02), compared to the girls. Regarding the behavioral distress of the children, there was also a greater sensitization of the children for distress in the second assessment compared to the first, especially in the Baseline (mean = 3 ± 2,9, in Assessment 1, and mean = 5 ± 3,6, in Assessment 2, p <0.001). In the Assessment 1, children who had acute diseases compared to children with chronic diseases showed greater reactivity to pain and distress in the Procedural phase (p = 0.02, in the pain assessment, and p = 0.03, in the distress assessment), and Recovery phase (p = 0.04, in pain and distress assessments). In the assessment 2, children who underwent surgeries presented greater reactivity to pain and distress in the Baseline (p = 0.02, in the pain assessment, and p <0.001, in the distress assessment) and in the Procedural phase (p = 0.01, in the pain assessment, and p <0.001 in the distress assessment), compared to the children who received clinical treatment. Additionally, a significant association was found between the indicators of pain and behavioral distress experienced by children; the higher the pain intensity during the needle insertion procedure, the higher the distress reactions presented by the children (r = 0.84, p <0.001, in Assessment 1, and r = 0.84, p <0.001, in Assessment 2). No statistically significant differences were found between the age groups of the children. In conclusion, children presented high levels of exposure to stressors in the context of intensive care and moderate levels of pain intensity and behavioral distress. The reactivity to pain was more intense in surgical patients and with acute diseases. There was a high association between reactivity to pain and distress behaviors, both of which intensify during the treatment of the children. Non-pharmacological management of acute pain should be implemented as a preventive and pain relief measure

    Pain and distress assessments in children hospitalized in the Pediatric Intensive Care Unit

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    O presente estudo de corte transversal teve por objetivo avaliar a intensidade de dor aguda e o comportamento de estresse em crianças de um a sete anos de idade, hospitalizadas em unidade pediátrica de cuidados intensivos, e comparar grupos diferenciados, respectivamente por: tipo de doença (aguda vs. crônica), tipo de tratamento (cirúrgico vs. clínico), fase de desenvolvimento (1-3 anos vs. 4-7 anos) e sexo (meninos vs. meninas). O estudo teve como objetivo secundário comparar duas avaliações de dor e estresse realizadas durante dois procedimentos dolorosos em dias diferentes para verificar a reatividade comportamental das crianças durante a internação. A amostra do estudo foi composta por 44 crianças (59% de meninos) com idade entre um e sete anos (média = 38 meses; ± 23,2), que estavam internadas no Centro de Terapia Intensiva Pediátrico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os motivos da internação referiam-se a tratamento pós-cirúrgico (n = 30; 68%) ou clínico (n = 12; 32%), havendo uma prevalência de pacientes com doenças crônicas (n = 25; 57%). Foram realizadas duas avaliações de dor aguda e de estresse comportamental (Avaliação 1 e Avaliação 2) no decorrer de procedimento doloroso envolvendo inserção de agulha (tipo punção para coleta de sangue). Para avaliação do indicador de intensidade de dor aguda foi aplicada a escala Face, Legs, Activity, Cry and Consolability (FLACC) e para avaliação do indicador de estresse comportamental foi utilizada a escala Observational Scale of Behavioral Distress (OBSD). O comportamento das crianças foi filmado durante os procedimentos, incluindo as fases de Linha de base, Procedural e de Recuperação, para posterior aplicação das escalas de dor e de estresse. Para obtenção dos indicadores da história dos procedimentos de dor e estresse do contexto foi aplicada a escala Neonatal Infant Stressor Scale (NISS), analisando-se os dados de prontuários médicos das crianças. No tratamento dos dados, foram realizadas análises estatísticas do tipo descritivo, de comparação intragrupo (testes de Wilcoxon e McNemar), ANOVA de medidas repetidas, de comparação entre grupos (teste de Mann-Whitney), de correlação entre duas variáveis numéricas (teste de Pearson) e de associação entre duas variáveis categóricas (teste do Qui-quadrado). Os dados foram analisados por meio do SPSS (versão 25.0, Chicago, Il, USA). O nível de significância de 5% (p <= 0,05) foi adotado em todos os testes do estudo. Os resultados mostraram que as crianças internadas na unidade de tratamento intensivo enfrentaram uma média de 17 eventos estressores por dia e de 47 eventos dolorosos durante a internação até o dia em que foram avaliadas. As crianças apresentaram intensidade de dor classificada como moderada nas duas avaliações (média = 5; ± 2,7 naAvaliação 1, e média = 6; ± 2,7 na Avaliação 2, na fase Procedural). Observou-se uma intensificação estatisticamente significativa da dor do primeiro para o segundo procedimento doloroso na fase Procedural (p = 0,03). Notou-se que na avaliação 2, os meninos apresentaram maior reatividade à dor na fase de Recuperação após o procedimento doloroso (p = 0,02), em comparação às meninas. Em relação ao estresse comportamental das crianças, houve também uma maior sensibilização das crianças para os comportamentos de estresse na segunda avaliação em comparação à primeira, especialmente na Linha de base (média = 3; ± 2,9 na Avaliação 1, e média = 5; ± 3,6 na Avaliação 2; p < 0,001). Na avaliação 1, as crianças que tinham doenças agudas, em comparação às crianças com doenças crônicas, apresentaram maior reatividade à dor e ao estresse nas fases Procedural (p = 0,02, na avaliação de dor, e p = 0,03, na avaliação de estresse) e de Recuperação (p = 0,04, nas avaliações de dor e estresse). Na avaliação 2, as crianças que foram submetidas a cirurgias apresentaram maior reatividade à dor e ao estresse na Linha de base (p = 0,02, na avaliação de dor, e p < 0,001, na avaliação de estresse) e na fase Procedural (p = 0,01, na avaliação de dor, e p < 0,001 na avaliação de estresse), em comparação às crianças que receberam tratamento clínico. Adicionalmente, encontrou-se associação significativa entre os indicadores de dor e estresse comportamental experimentados pelas crianças; quanto maior a intensidade de dor durante o procedimento de inserção de agulha, maior reação de estresse apresentado pelas crianças (r = 0,84; p < 0,001, na Avaliação 1, e r = 0,84; p < 0,001, na Avaliação 2). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de idade das crianças analisadas. Conclui-se que as crianças apresentaram altos níveis de exposição a eventos estressores no contexto de cuidados intensivos e níveis moderados de intensidade de dor e estresse comportamental. A reatividade à dor foi mais intensa nos pacientes cirúrgicos e com doenças agudas. Houve uma alta associação entre reatividade à dor e comportamentos de estresse, sendo que ambos se intensificaram durante o tratamento das crianças. Cuidados de manejo não farmacológico à dor aguda devem ser implementados como medida preventiva e de alívio de dor.The present cross-sectional study aimed to evaluate acute pain intensity and distress behavior in children aged one to seven years hospitalized in the Pediatric Intensive Care Unit (PICU), and to compare groups differentiated by: type of disease (acute vs. chronic), type of treatment (surgical vs. clinical), developmental phase (1-3 years vs. 4-7 years), and gender (boys vs. girls). The secondary objective of the study was to compare two pain and distress assessments performed during painful procedures on different days to verify the behavioral reactivity of the children during the hospitalization. The study sample consisted of 44 children (59% boys) aged between one and seven years (mean = 38 months ± 23), who were hospitalized at the PICU of the Hospital of Clinics, Ribeirão Preto Medical School, University of São Paulo. The reasons for hospitalization were post-surgical (n = 30; 68%) or clinical treatment (n = 12; 32%), with a prevalence of patients with chronic diseases (n = 25; 57%). Two evaluations of acute pain and behavioral distress (Assessment 1 and Assessment 2) were performed during painful procedure involving needle insertion (type of puncture for blood collection). The Face, Legs, Activity, Cry and Consolability (FLACC) scale was used to evaluate the acute pain intensity indicator and the Observational Scale of Behavioral Distress (OBSD) was used to evaluate the behavioral distress indicator. The behavior of the children was video recorded during the procedures, including the Baseline, Procedural, and Recovery phases for later scoring of the pain and distress scales. The Neonatal Infant Stressor Scale (NISS) was used to obtain the indicators of the history of the pain and stress events of the context, analyzing the medical records. In the treatment of the data, descriptive statistical data analyzes, within groups comparison (Wilcoxon and McNemar tests), repeated measures ANOVA, comparison between groups (Mann-Whitney test) and correlation analysis between two numerical variables (Pearson\'s test) and association of variables for two categorical variables (Chisquare test) were performed. Data were analyzed using SPSS (version 25.0, Chicago, Il, USA). The significance level of 5% (p <= 0.05) was adopted in all study tests. The results showed that the children hospitalized in the intensive care unit faced an average of 17 stressors per day and 47 painful events during hospitalization until the day they were evaluated. The children presented pain intensity classified as moderate in both evaluations (mean = 5 ± 2,7, in Assessment 1, and mean = 6 ± 2,7, in Assessment 2 in the Procedural phase). There was a statistical significant increase in pain from the first to the second painful procedure in the Procedural phase (p = 0.03). It was observed in the Assessment 2 that the boys presented greater reactivity to the pain in the Recovery phase of the procedure (p =0.02), compared to the girls. Regarding the behavioral distress of the children, there was also a greater sensitization of the children for distress in the second assessment compared to the first, especially in the Baseline (mean = 3 ± 2,9, in Assessment 1, and mean = 5 ± 3,6, in Assessment 2, p <0.001). In the Assessment 1, children who had acute diseases compared to children with chronic diseases showed greater reactivity to pain and distress in the Procedural phase (p = 0.02, in the pain assessment, and p = 0.03, in the distress assessment), and Recovery phase (p = 0.04, in pain and distress assessments). In the assessment 2, children who underwent surgeries presented greater reactivity to pain and distress in the Baseline (p = 0.02, in the pain assessment, and p <0.001, in the distress assessment) and in the Procedural phase (p = 0.01, in the pain assessment, and p <0.001 in the distress assessment), compared to the children who received clinical treatment. Additionally, a significant association was found between the indicators of pain and behavioral distress experienced by children; the higher the pain intensity during the needle insertion procedure, the higher the distress reactions presented by the children (r = 0.84, p <0.001, in Assessment 1, and r = 0.84, p <0.001, in Assessment 2). No statistically significant differences were found between the age groups of the children. In conclusion, children presented high levels of exposure to stressors in the context of intensive care and moderate levels of pain intensity and behavioral distress. The reactivity to pain was more intense in surgical patients and with acute diseases. There was a high association between reactivity to pain and distress behaviors, both of which intensify during the treatment of the children. Non-pharmacological management of acute pain should be implemented as a preventive and pain relief measure
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