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UTILIZAÇÃO DE MAPAS MENTAIS COMO FERRAMENTA EM APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA HUMANA
A tecnologia vem avançando como nunca, onde que muitas técnicas e formatos tornaram-se obsoletos, tendo a necessidade de se repensá-las para que haja uma maior efetividade. Neste caso, a aprendizagem também entra nesta visão, pois encontramo-nos em uma era onde a aprendizagem consiste numa construção que deve ser realizada em conjunto também com os discentes. Bastante difundido tanto entre professores quanto por alunos, os mapas mentais são uma ferramenta pedagógica de organização de ideias por meio de palavras-chave, cores e imagens em uma estrutura que se irradia a partir de um centro. Baseado nessa realidade foi elaborado este projeto cuja finalidade é instigar o interesse dos alunos a compreender melhor os assuntos da referida disciplina e obter índices de aprovação mais que satisfatórios. Em primeira instância foi realizada uma revisão de literatura. Na segunda parte ocorreu à apresentação do projeto aos alunos, mostrando quais são os critérios que devem ser levados em consideração para se realizar a construção dos mapas. Após, partiu-se para a terceira parte do projeto que se concentra na elaboração dos mapas mentais por cada aluno. A partir da análise das notas das avaliações dos discentes, foi elaborado um gráfico possibilitando assim a avaliação da metodologia empregada, onde que se observou um aumento da porcentagem das notas obtidas nas avaliações, corroborando com a ideia de que a elaboração de mapas mentais melhorou o nível de aprendizagem, resultado este que é imprescindível para a formação acadêmica, especialmente do âmbito farmacêutico, pois incentiva uma visão humanística, crítica e reflexiva
INCIDÊNCIA DE CITOMEGALOVÍRUS (CMV) EM PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA INFECCIOSA NA CAPITAL DO CEARÁ
O citomegalovírus (CMV), pertencente à família Herpesviridae é um vírus de DNA de dupla cadeia, intrínseco a um capsídeo proteico icosaédrico, que por sua vez está rodeado por uma cadeia amorfa de proteínas denominadas de tegumento. Seu envolvimento se dá através de uma bicamada lipídica, onde se localizam as glicoproteínas virais. Sua transmissão se dá a partir da transfusão de sangue, urina, saliva, aleitamento materno, permutação placentária, bem como por transplante de órgãos sólidos ou de células-tronco hematopoiéticas. Dentre as inúmeras características pertencentes ao CMV, pode-se observar uma peculiaridade em sua capacidade de latência, pois mediante a uma infecção primária geralmente em caráter assintomático, o vírus não é suprimido do organismo, portanto, o mesmo permanece de forma latente e sua capacidade de virulência se caracteriza em um nível reduzido. Estudos apontam que a taxa de replicação do CMV se apresenta em um dinamismo rápido, onde seu tempo de duplicação de viremia se configura em aproximadamente um dia, composto basicamente por três fases onde que nas quatro primeiras horas há a produção de proteínas regulatórias denominando-se de primeira fase. Depois de oito horas da contaminação por CMV há a criação de DNA polimerase viral compondo a segunda. Com doze horas do contato com o vírus há a formação de proteínas estruturais e a montagem de novos vírus. A partir de sua rápida proliferação e viremia, grande parte da população convive com o CMV, porém inerte em seu organismo. Este fenômeno ocorre, pois em indivíduos em homeostasia o vírus não oferece riscos, porém, a partir de quadros específicos, como o de imunossupressão, o mesmo desencadeia grandes problemas podendo levá-los a óbito. Portanto, em relação ao paciente imunossuprimido portador de CMV deve-se ressaltar a necessidade de implantação de estratégias no processo de evolução clínica do paciente, levando em consideração a terapia utilizada, devendo esta ser observada em caráter imprescindível. Em relação à complexidade da terapia e a adesão a farmacoterapia, o farmacêutico envolvido neste processo deve entender o seu papel e posicionar-se frente a isto. Mediante a esta problemática, o trabalho objetiva identificar a presença da infecção por citomegalovírus em pacientes atendidos em um hospital de referência infecciosa na capital do Ceará. Para tal, foi escolhido o Hospital São José a partir de sua importância e referência para esta área. O trabalho consistirá na análise de prontuários legíveis e devidamente preenchidos de pacientes atendidos nesta unidade entre janeiro de 2018 a janeiro de 2019. Isso se dará por intermédio de um formulário semiestruturado composto por perguntas objetivas que ao final serão tabelados e organizados por gênero, grupo social, idade e grupos de risco para se fazer comparação a literatura sobre o assunto. Acredita-se que mediante a execução deste trabalho o profissional farmacêutico terá uma maior inserção na tomada de decisões tanto para o controle quanto a prevenção e manejo de infecções oportunistas por CMV em pacientes imunossuprimidos através de políticas de educação em saúde efetivas e eficazes, bem como uma verificação mais intensa na terapia utilizada pelos mesmos
ENFOQUE DA FILARIOSE LINFÁTICA NO CONTEXTO ATUAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
O conjunto de doenças mediadas por agentes infecto-parasitas que ocasionam um importante dano físico, cognitivo e socioeconômico em comunidades de baixa renda, podem ser caracterizadas como doenças negligenciadas. Dentre elas está a filariose linfática, que se configura como uma doença parasitária crônica, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus infectada com o verme nematóide Wuchereria bancrofti. Mediante a este contexto, a mesma pode manifestar um sério impacto social e econômico, pois esta endemia acomete em sua maioria, residentes em áreas urbanas com uma deficiente infraestrutura pública. Para a execução deste trabalho foi realizado uma revisão de literatura em caráter bibliográfico, exploratório e descritivo a partir de artigos científicos escritos nos últimos dez anos em plataformas como Google Acadêmico, Scielo, Lilacs e Pubmed. Geralmente os quadros clínicos desta parasitose são edema de seios, bolsa escrotal e membros que podem desencadear um quadro de incapacidade e impotência. As principais formas de prevenção e combate a esta parasitose são em nível de higiene e principalmente ações em educação em saúde. Os vermes adultos de W. bancrofti são albergados pelo ser humano e se localizam nos vasos e gânglios linfáticos humanos, onde permanecem juntos e enovelados, podendo viver em média de 4 a 8 anos. Possuem corpo longo e delgado, branco leitoso, opacos, com cutícula lisa e sexos distintos. O macho mede de 3,5 a 4 cm de comprimento e 0,1mm de diâmetro e a fêmea possui 7 a 10 cm de comprimento e 0,3mm de diâmetro. Wuchereria bancrofti apresenta ciclo evolutivo do tipo heteróxeno, que compreende um estágio de maturação no hospedeiro invertebrado (vetor) e um período de desenvolvimento com atividade reprodutora no hospedeiro vertebrado (homem). Culex quinquefasciatus apresenta um ciclo biológico com duração média de 10 a 12 dias, desde a eclosão das larvas até a emergência do adulto. Apresenta quatro estágios de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a Filariose Linfática é endêmica em 73 países na Ásia, na África e nas Américas, com estimativa de 120 milhões de pessoas afetadas. No Brasil, dados do Ministério da Saúde afirmam que no Brasil só foram encontrados dados desta parasitose apenas para o Estado de Pernambuco. Na rotina para investigação de casos suspeitos, devem-se realizar testes baseados na pesquisa de parasitos e antígeno solúvel. Esta complementaridade aumenta a sensibilidade e a especificidade do diagnóstico. Os exames indicados são Gota Espessa (GE), Filtração em Membrana de Policarbonato (FMP), pesquisa pelo OG4C3 e o teste em que se usa o cartão ICT. Em situações especificas a pesquisa de vermes adultos por meio de ultrassonografia pode estar indicada. O tratamento se dá basicamente pela administração de citrato de dietilcarbamazina, que é um derivado da piperazina utilizada atualmente no Brasil, na forma de comprimidos de 50mg da droga ativa. Ela exerce uma significante ação contra as formas parasitárias de W. bancrofti no organismo humano, possuindo efeito microfilaricida, com redução rápida e profunda da densidade das microfilárias no sangue, cuja orientação terapêutica é de 6mg/Kg durante 12 dias
UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS COMO INCENTIVO A APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA HUMANA
A partir do advento da tecnologia e da expansão em larga escala da comunicação, se torna
essencial repensar a metodologia de ensino utilizada atualmente, a fim da expansão e
promulgação do conhecimento, tornando assim o cotidiano em sala de aula mais dinâmico e
proveitoso, possibilitando também uma quebra de paradigmas que ainda está enraizado entre
professor e aluno. Diante deste contexto, o aluno não pode ser mais visto como um ser passivo,
mas deve ser instigado a construir seu conhecimento a partir da avaliação da informação
disponível, sendo o professor o mediador para a orientação adequada a partir de
acompanhamento e um estímulo constante pelo aprendizado de qualidade. Perante esta
realidade, as metodologias ativas surgem como um solucionador de tal problemática, visto que
as mesmas possuem como característica marcante a inserção do discente como agente principal
pela sua aprendizagem, comprometendo-se com seu desempenho. O presente trabalho tem
como finalidade evidenciar as metodologias ativas que foram utilizadas no Programa de
Monitoria Acadêmica da disciplina de Histologia e Embriologia Humana, tendo como base, a
TBL (Aprendizado Baseado em Equipes) que trabalha o uso de um contexto clínico para o
aprendizado, promove o desenvolvimento da habilidade de trabalhar em grupo, e também
estimula o estudo individual, de acordo com os interesses e ritmo de cada estudante,
promovendo assim o protagonismo dos alunos para que se obtenham índices de aprovação
satisfatórios. Para a realização do mesmo, foi realizada uma revisão de literatura a partir de
artigos científicos e manuais contendo as metodologias mais comumente utilizadas por
profissionais para que houvesse a seleção das que seriam utilizadas durante todo o período
vigente da monitoria. Após este estudo, foram-se aplicados circuitos interativos com exposição
de palavras chaves que circundavam todo o assunto, sala invertida onde os próprios alunos
transmitiam suas impressões sobre temas previamente estabelecidos, bem como incluí-los em
um contexto problemático pela qual são criadas situações-problema dentro da realidade com o
objetivo de solucionar os casos propostos. Ao final, a partir de uma análise comparativa,
percebeu-se que os alunos conseguiram resultados ideais nas avaliações tanto teóricas quanto
práticas, possibilitando que o conhecimento se enraíze, levando o mesmo durante toda a sua
formação acadêmica e futuramente como profissional, constatando assim a eficiência das
metodologias utilizadas. Na presença do que se foi exposto e da análise de resultados, conclui-
se que as metodologias ativas auxiliam ativamente na aprendizagem do aluno, especialmente
do âmbito farmacêutico, pois elas incentivam uma visão humanística, crítica e reflexiva,
perspectivas estas que estão arraigados no papel do profissional farmacêutico e, portanto,
devem ser um dos pontos mais criteriosos que necessitam ser repassados através dos
profissionais formadores