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    Capacitação dos profissionais da Atenção Primária à Saúde de São Bento do Sul/SC sobre o suicídio em adolescentes: ações do setembro amarelo

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    INTRODUÇÃO: O suicídio é um problema frequente no Brasil e no mundo, com aumento progressivo do número de ocorrências nas últimas décadas, especialmente entre jovens (CALIXTO; ZERBINI, 2017). O alto índice de suicídio na adolescência reflete a maior fragilidade nessa fase do desenvolvimento, onde podem ocorrer sentimentos intensos de baixa autoestima e transtornos psiquiátricos graves (BORGES; WERLANG, 2006). A prevenção do suicídio em jovens requer o uso de múltiplas estratégias, como a detecção precoce do comportamento suicida e o tratamento adequado (BAGGIO; PALAZZO; AERTS, 2009). Neste contexto, a Atenção Primária à Saúde (APS) pode exercer um papel estratégico, devido ao seu maior vínculo com a comunidade, na prevenção do suicídio (OMS, 2000). OBJETIVOS: Capacitar os profissionais da Atenção Primária à Saúde de São Bento do Sul/SC para a identificação, abordagem, manejo e encaminhamento de adolescentes com risco de suicídio na comunidade. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Foram conduzidas por um médico e uma psicóloga, familiarizados com o tema do suicídio, cinco oficinas ativas participativas, com média de 40 participantes cada e com duração estimada de 3 horas e trinta minutos. Esses encontros tiveram como base o diálogo constante e a troca de experiências, de forma a estimular a reflexão, abrindo um espaço real de participação e construção de um novo olhar sobre a atuação das equipes na questão do suicídio em adolescentes. Foi utilizado como material de referência a publicação da OMS (2000): “Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde em atenção primária”. Cada oficina foi organizada em seis momentos: 1) Apresentação (15 minutos): abertura e apresentação dos objetivos da oficina; levantamento das expectativas dos participantes; distribuição dos materiais e leitura da programação da oficina; elaboração do acordo de convivência. 2) Unidade Didática I (2 horas): contextualização do suicídio como problema de saúde pública; sensibilização para a importância da prevenção do suicídio; exposição sobre os fatores de proteção e risco para o suicídio; identificação e abordagem de pessoas em risco de suicídio e manejo da pessoa de acordo com grau de risco de suicídio; apresentação e uso do fluxograma de atendimento as pessoas com risco de suicídio na Rede de Atenção à Saúde Mental de São Bento do Sul/SC. 3) Intervalo (15 minutos). 4) Unidade Didática II (15 minutos): notificação dos casos de violência interpessoal. 5) Discussão de casos (1 hora): exposição e discussão de quatro casos clínicos envolvendo adolescentes com diferentes riscos de suicídio. 6) Encerramento e avaliação da oficina por meio do formulário padronizado de avaliação de atividades educativas do Núcleo de Educação Permanente de São Bento do Sul (NEP/SBS). RESULTADOS: O preenchimento do formulário de avaliação de atividades educativas do NEP/SBS era voluntário e, dos cerca de 200 participantes de todas as oficinas, 178 (89%) o preencheram. Os horários das oficinas (predominantemente a tarde) foram avaliados como ótimos ou bons por 91,6% dos participantes. A escolha dos palestrantes foi considerada ótima ou boa por 98,8%. O andamento da apresentação foi avaliado como ótimo ou bom por 96%. A apresentação do tema pelos palestrantes foi avaliada como ótima ou boa por 98%. Cerca de 96,6% dos participantes relataram que foram esclarecidas suas dúvidas sobre o tema e que 97,8% participariam de nova capacitação com os mesmos palestrantes. CONCLUSÕES: A escolha da modalidade de oficinas como método pedagógico, o uso de base teórica respeitada sobre o tema, a condução por profissionais com intimidade sobre a questão do suicídio e o apoio do gestor público municipal possibilitaram que a capacitação dos profissionais da APS de São Bento do Sul/SC fosse avaliada de modo positivo pelos participantes. Contudo, somente as análises dos dados de mortalidade relacionados as causas auto infligidas do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), e das notificações de tentativa de suicídio e de lesões autoprovocadas do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) permitirão a avaliação da efetividade das ações no perfil de morbimortalidade da população de São Bento do Sul/SC

    Post-anaesthesia pulmonary complications after use of muscle relaxants (POPULAR): a multicentre, prospective observational study

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    Background Results from retrospective studies suggest that use of neuromuscular blocking agents during general anaesthesia might be linked to postoperative pulmonary complications. We therefore aimed to assess whether the use of neuromuscular blocking agents is associated with postoperative pulmonary complications. Methods We did a multicentre, prospective observational cohort study. Patients were recruited from 211 hospitals in 28 European countries. We included patients (aged ≥18 years) who received general anaesthesia for any in-hospital procedure except cardiac surgery. Patient characteristics, surgical and anaesthetic details, and chart review at discharge were prospectively collected over 2 weeks. Additionally, each patient underwent postoperative physical examination within 3 days of surgery to check for adverse pulmonary events. The study outcome was the incidence of postoperative pulmonary complications from the end of surgery up to postoperative day 28. Logistic regression analyses were adjusted for surgical factors and patients’ preoperative physical status, providing adjusted odds ratios (ORadj) and adjusted absolute risk reduction (ARRadj). This study is registered with ClinicalTrials.gov, number NCT01865513. Findings Between June 16, 2014, and April 29, 2015, data from 22803 patients were collected. The use of neuromuscular blocking agents was associated with an increased incidence of postoperative pulmonary complications in patients who had undergone general anaesthesia (1658 [7·6%] of 21694); ORadj 1·86, 95% CI 1·53–2·26; ARRadj –4·4%, 95% CI –5·5 to –3·2). Only 2·3% of high-risk surgical patients and those with adverse respiratory profiles were anaesthetised without neuromuscular blocking agents. The use of neuromuscular monitoring (ORadj 1·31, 95% CI 1·15–1·49; ARRadj –2·6%, 95% CI –3·9 to –1·4) and the administration of reversal agents (1·23, 1·07–1·41; –1·9%, –3·2 to –0·7) were not associated with a decreased risk of postoperative pulmonary complications. Neither the choice of sugammadex instead of neostigmine for reversal (ORadj 1·03, 95% CI 0·85–1·25; ARRadj –0·3%, 95% CI –2·4 to 1·5) nor extubation at a train-of-four ratio of 0·9 or more (1·03, 0·82–1·31; –0·4%, –3·5 to 2·2) was associated with better pulmonary outcomes. Interpretation We showed that the use of neuromuscular blocking drugs in general anaesthesia is associated with an increased risk of postoperative pulmonary complications. Anaesthetists must balance the potential benefits of neuromuscular blockade against the increased risk of postoperative pulmonary complications

    Post-anaesthesia pulmonary complications after use of muscle relaxants (POPULAR): a multicentre, prospective observational study

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