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    CIÊNCIA E SENSO COMUM: BOAVENTURA E AS CRÍTICAS A VISÃO BACHELARDIANA

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    Este trabalho se propõe a analisar as críticas de Santos acerca da relação ciência e senso comum de Gaston Bachelard. Nesse sentido, Santos argumenta que a construção epistemológica bachelardiana defende o rompimento da cultura científica com o senso comum. Dito isso, o senso comum acaba sendo diminuído em detrimento do conhecimento científico e este trazendo uma imagem inadequada tanto do senso comum, quanto da própria ciência. Logo, Santos acredita que estamos caminhando para uma nova relação entre ciência e senso comum, em que uma cultura faz parte da outra e ambas constroem uma nova proposta de conhecimento

    Anarquismo, autonomia e esclarecimento no objetivo do ensino das ciências

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    Este trabalho tem como objetivo apresentar, motivar e discutir criticamente o argumento segundo o qual o anarquismo epistemológico de Feyerabend pode contribuir com o atual debate sobre o objetivo do ensino das ciências, ao propiciar o desenvolvimento de uma perspectiva intelectual autônoma e esclarecida para a educação científica. Tal objetivo é fruto de um problema sentido pela prática e pela literatura contemporânea da área sobre a qual repousa o objetivo do ensino das ciências e como concretizá-lo. Ao longo dos anos, quanto mais fomos ignorando esse problema, mais agravante ele se tornou e, não ao acaso, diversos autores alertaram tanto para uma crise instalada no ensino das ciências como para a necessidade de aproximar as diversas áreas no processo da educação em ciências. Esta foi a saída apontada para solucionar uma formação centrada exclusivamente no conteúdo, cientificista e também doutrinadora. Dito isso, essa forma de educação desconsiderava a relevância do entendimento (understanding) do tema da natureza da ciência, as diferenças e proximidades entre a atividade científica em si e a educação científica, a discussão sobre a influência da ciência na sociedade e o seu inverso, além de desconsiderar a relevância do debate sobre se, em sala, o objetivo do docente de ciências deve ser mudar as crenças dos seus alunos em favor da ciência ou não mudá-las. Em função disso, a crise que se instalou conseguiu afastar e reduzir o interesse dos estudantes sobre as ciências, principalmente motivados pelo último item supracitado, pois em geral a escolha nas salas de aula de ciências era a modificação das crenças, o que tinha implicação tanto no assassinato cultural quanto na formação intelectualmente heterônoma dos discentes. Com efeito, apesar de não termos solucionado o problema, acreditamos (a) ter contribuído para sua melhor compreensão e também (b) deixado claro porque cremos que a medida resolutiva menos inadequada é aquela que segue o caminho do multiculturalismo em detrimento do universalismo, do entendimento de algo em detrimento de certo tipo de conhecimento, do esclarecimento tardio e da autonomia intelectual em detrimento da heteronomia e do conteúdo.FABES

    Textos selecionados de filosofia da ciência III.

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    Nosso livro propicia ao leitor(a) lusófono(a) não apenas uma introdução detalhada de cada um destes filósofos do grupo que se chamou de big four. Este livro propicia, também, o acesso gratuito a textos escritos por filósofos especialistas e/ou muito familiarizados com o respectivo filósofo do verbete. Adicionalmente, nossa obra garante o acesso a textos internacionais, de alta qualidade e que estão incessantemente sob o olhar avaliativo e revisor da comunidade filosófica, na medida em que, por princípio, o acesso aos textos originais em inglês é permanente, global e gratuito
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