12 research outputs found

    Percepção de professores sobre epilepsia

    Get PDF
    PURPOSE: To identify in a town of Brazil the knowledge, attitude and perception of epilepsy in teachers of elementary schools and to compare these before and after a training exercise. METHODS: Teachers of nine public schools of Barão Geraldo, Campinas, Brazil completed a questionnaire. Two researchers had meetings with teachers, presenting the Global Campaign Epilepsy out of the shadows, when the questionnaire was first completed by all attendees. Twenty teachers of these schools were motivated to attend a training course entitled Epilepsy and Health as part of their continuous education programme. Two years later the same questionnaire was again completed (post-test) by these 20 teachers. RESULTS: 100 teachers originally completed the questionnaire (97 women, mean age 42 years, 64 married). Forty-three percent of teachers said that they had enough knowledge regarding epilepsy and 20% said that they had poor knowledge about the condition. Regarding the IQ of children with epilepsy, 45% of teachers believed that they had average IQ, 18% above average, six percent under average and 29% did not know. Teachers believed that children with epilepsy have a higher possibility of acquiring mental disease in the future (51%); that epilepsy is a disease (68%); that epilepsy is contagious (1%); epilepsy is treatable (90%). After the course, the teachers beliefs seem to have improved. DISCUSSION: This work with elementary school teachers identified difficulties related to epilepsy which, if addressed, may help promote better quality of life of people with epilepsy in the community and help to decrease stigma attached to the condition. Better informed teachers are likely to have a more positive attitude and this will be passed to others. Educational campaigns about epilepsy amongst teachers should be encouraged as this may improve the management of epilepsy, by helping to develop a well informed and tolerant community.OBJETIVO: Identificar atitudes e percepção dos professores do ensino fundamental a respeito da epilepsia, antes e depois de um curso específico sobre o tema. MÉTODO: Participaram da pesquisa professores de nove escolas da rede pública do ensino fundamental de Barão Geraldo, distrito de Campinas, SP. Dois pesquisadores reuniram-se com os professores e apresentaram a Campanha Global Epilepsia fora das sombras, momento também em que os questionários foram aplicados. Vinte professores ficaram motivados para fazer o curso de extensão Temas transversais: epilepsia e saúde. Após este curso, os questionários foram re-aplicados. RESULTADOS: Foram aplicados 100 questionários em professores das nove escolas, sendo que: noventa e sete professores eram do sexo feminino, idade média de 42 (D.P. 22 a 63) e 64 estavam casados. Quarenta e três professores declararam possuir conhecimento sobre epilepsia abaixo da média e 20, disseram possuir um pobre conhecimento sobre a condição. No que diz respeito à idéias sobre epilepsia, os professores acham que: as crianças com epilepsia tem QI igual (45%), na média (18%), abaixo da média (6%) e não sabem opinar (29%); crianças com epilepsia têm maior chance de terem doença mental no futuro (51%); a epilepsia é uma doença (68%); a epilepsia é contagiosa (1%); a epilepsia é tratável (90%). Após o curso, crenças e mitos sobre epilepsia dos professores mostraram diferenças significativas. DISCUSSÃO: Idéias errôneas sobre epilepsia podem ser mudadas através de cursos educacionais sobre epilepsia. Este trabalho, realizado com professores do ensino fundamental, visou a identificação das dificuldades relacionadas à epilepsia para promover a redução do estigma. É importante que professores sejam melhor instruídos sobre a epilepsia para consequentemente, ter atitudes mais positivas em relação às crianças com epilepsia. Acreditamos que professores mais capacitados melhoram a maneira de lidar e de se relacionar com crianças com epilepsia, para a construção de uma comunidade bem informada e mais tolerante para lidar com as diferenças.283

    Stigma scale of epilepsy: validation process Escala de estigma na epilepsia: processo de validação

    No full text
    PURPOSE: To validate a Stigma Scale of Epilepsy (SSE). METHODS: The SSE was completed by 40 adult with epilepsy attending an Outpatient Epilepsy Clinic at the University Hospital of UNICAMP, and by 40 people from the community. People were interviewed on an individual basis; a psychologist read the questions to the subjects who wrote the answers in a sheet. The procedure was the same for all the subjects and completion took around ten minutes. RESULTS: The SSE has 24 items. The internal consistency of the SSE showed alpha Cronbach’s coefficient 0.88 for the patients with epilepsy and 0.81 for the community. The overall mean scores of the Stigma Scale of Epilepsy formula were: 46 (SD=18.22) for patients and 49 (SD=13.25) for the community where a score of 0 would suggest no stigma, and 100 maximum stigma. DISCUSSION: The SSE has satisfactory content validity and high internal consistency. It allows the quantification of the perception of stigma by patients and people from community; this can then be used for interventional studies, such as mass media campaign in minimizing the negative facets of stigma.OBJETIVO: Validar a Escala de Estigma na Epilepsia (EEE). MÉTODO: A EEE foi aplicada em 40 pacientes adultos com o diagnóstico de Epilepsia do Ambulatório de Epilepsia do HC/Unicamp e em 40 pessoas da comunidade em geral. Os sujeitos foram entrevistados individualmente pelas psicólogas, que foram lendo as questões e anotando as respostas na escala. As condições de aplicação foram as mesmas e a aplicação durou cerca de 10 minutos. RESULTADOS: A EEE possui 24 itens. A consistência interna da EEE mostrou alfa de Cronbach, de 0,88 para os pacientes com epilepsia e 0,81 para a comunidade. As médias do valor geral de estigma obtido com a fórmula da EEE foram: 46 (DP=18,22) para os pacientes e 49 (DP=13,25) para a comunidade. DISCUSSÃO: A EEE possui uma satisfatória validade e alta consistência interna. Isso permite uma quantificação da percepção de estigma da epilepsia na comunidade em geral, que pode ser utilizada para estudos interventivos, como campanhas na mídia, para minimizar as facetas negativas do estigma na sociedade

    Capacitações e multiplicadores: uma estratégia para educação de profissionais da área de saúde na epilepsia

    No full text
    PURPOSE: To evaluate the knowledge, attitudes and perceptions of epilepsy in primary care system health professionals prior to and after an educational intervention. METHODS: Educational interventions were delivered to three groups of people with an interest in epilepsy: 1. Information courses for physicians (241 subjects); 2. Social re-integration course for health professionals and community leaders (631 subjects); 3. Training the Trainers Course for physicians (11 subjects). The whole program is flexible and can be tailored for local or regional needs. For the evaluation of this process, health professionals completed a quantitative and qualitative questionnaire to assess their knowledge, attitudes and perception (KAP) of epilepsy prior to the training (pre-test) and 6 months after it (post-test). RESULTS: Comparison of knowledge scores prior to (mean=55.8, standard deviation=14.0) and after (mean=71.5, standard deviation=12.0) the intervention showed that physicians had improved knowledge after the training (t-test=7.8, p<0.001). The same pattern occurred with the health professionals: the knowledge score prior to (mean=22.3, standard deviation=12.5) and after (mean=36.6, standard deviation=12.5) the intervention showed that health professionals had improved knowledge after the training (t-test=12.4, p<0.001). Improvements in attitudes and perception also occurred after the courses. DISCUSSION: Training courses can promote increased knowledge, attitude and perception in a cost effective way in the primary care setting. However, a continuous education program is required to correct oversights and to improve the management of people with epilepsy.OBJETIVO: Avaliar conhecimentos, atitudes e percepção sobre epilepsia de profissionais da saúde do sistema de atenção básica antes e depois de curso de capacitação. MÉTODO: Cursos de capacitação foram realizados em três grupos de profissionais de saúde: 1. cursos de capacitação para médicos (241 sujeitos); 2. cursos de inserção social para agentes comunitários de saúde (631 sujeitos); 3. cursos de replicadores para médicos (11 sujeitos). O programa de capacitação foi adaptado para as condições de cada local. Para avaliar o processo, foram aplicados questionários a respeito do seu conhecimento, sua atitude e percepção perante à epilepsia (KAP) antes dos cursos (pré-teste) e após a intervenção (pós-teste). RESULTADOS: A comparação feita a respeito do conhecimento com médicos mostrou que os mesmos melhoram seu conhecimento com os cursos (pré-teste: nota média=55.8; DP=14,0) vs. pós-teste: nota média=71,5; DP=12,0; t-test=7,8; p<0,001). O mesmo padrão ocorreu com os agentes comunitários de saúde: pré-teste: nota média=22.3; DP=12,5) vs. pós-teste: nota média=36,6; DP=12,5; t-test=12,4; p<0,001. Com relação a atitudes e percepção, foram observadas melhoras significativas depois da realização dos cursos. DISCUSSÃO: Os cursos de capacitação promovem melhoras no conhecimento, atitude e percepção, com baixo custo e de maneira efetiva, no sistema básico de saúde. Entretanto, um programa de educação continuada deve existir para que consiga corrigir os erros e melhorar o tratamento das pessoas com epilepsia

    Training medical students to improve the management of people with epilepsy Capacitação de estudantes de medicina para o atendimento de pacientes com epilepsia

    No full text
    PURPOSE: To evaluate the knowledge, attitude and perception of medical students prior to and after a training course about epilepsy. METHODS: We used a KAP questionnaire with sixty-one questions which assesses knowledge, attitude and practice of epilepsy. Questionnaires were completed by 185 medical students, before and after epilepsy training. We compared the answers to see whether the lecture had changed the knowledge, attitude and practice in epilepsy. RESULTS: One hundred and six students completed the questionnaire before an eight hour course on epilepsy and 79 students completed the questionnaire one year after the course. Comparison of the knowledge scores prior to (mean=53.9, standard deviation=11.4) and after the course (mean=63.8, standard deviation=11.9) showed that students had improved knowledge after the course (t-test=5.6, pOBJETIVO: Avaliar conhecimentos, atitudes e percepção sobre epilepsia em estudantes de medicina antes e depois de curso de capacitação. MÉTODO: Foi utilizado o questionário KAP da Campanha Global "Epilepsia fora das sombras", liderada pela OMS, ILAE e IBE. Este questionário avalia conhecimento, atitude e percepção sobre epilepsia em 61 questões. Foi aplicado este questionário em 185 estudantes de medicina, antes e depois de cursos de capacitação sobre epilepsia. As questões foram comparadas para analisar as mudanças obtidas com o treinamento. RESULTADOS: Cento e seis estudantes de medicina responderam ao questionário antes do curso de capacitação e 79 estudantes responderam após um ano do curso. A comparação feita a respeito do conhecimento com estes estudantes mostrou que os mesmos melhoram seu conhecimento com os cursos (pré-teste: nota média=53,9; DP=11,4 vs. pós-teste: nota média=63,8; DP=11,9; t-test=5,6; p<0,001). DISCUSSÃO: O curso de capacitação promove melhoras no conhecimento, atitude e percepção sobre epilepsia, mesmo após um ano. Estes resultados salientam a importância de programas de educação continuada dentro do currículo médico

    National epilepsy movement in Brazil Movimento nacional de epilepsia no Brasil

    Get PDF
    PURPOSE: To establish a social network of epilepsy lay organization in Brazil to provide advocacy for people with epilepsy and eventually form a powerful National Epilepsy movement. METHOD: We actively searched for any associations, support groups or organizations related to epilepsy in the country by personal contacts, internet search and by telephone search. Contact was then established with any entity found. RESULTS: The first meeting was held in Campinas in March 2003, and was attended by 270 people, including many people with epilepsy, members of all eleven epilepsy associations found, health professionals and representatives of the Brazilian chapters of IBE and ILAE and the Brazilian Ministry of Health. This first meeting resulted in a National Movement expressed every year through the National Week of Epilepsy and National Meeting of Lay Associations. DISCUSSION: This strategy, developed by ASPE, was simple and effective, and in a very short time a national movement was active. These actions could be reproduced in any country developing a campaign against epilepsy. It is important to consider that this is a process of empowerment, thus people with epilepsy need to take actions into their own hands and to be active participants.<br>OBJETIVO: Estabelecer uma rede social na epilepsia, através de encontros de associações de pacientes para promover um melhor atendimento bio-psico-social aos pacientes e com isso, formar um Movimento Nacional de Epilepsia. MÉTODO: Foram pesquisadas as associações de epilepsia e grupos de apoio existentes em nosso país através de contatos pessoais ou telefônicos e pesquisas pela internet. RESULTADOS: O primeiro encontro aconteceu em Campinas em março de 2003 e contou com a participação de 270 pessoas, incluindo pessoas com epilepsia, membros de 11 associações de epilepsia, profissionais da saúde, representantes dos capítulos brasileiros da ILAE e da IBE e o Ministro da Saúde. Este primeiro encontro resultou em um Movimento Nacional, expresso anualmente através da Semana Nacional de Epilepsia e do Encontro Nacional de Associações e Grupos de Pacientes com Epilepsia. DISCUSSÃO: Esta estratégia, desenvolvida pela ASPE, é simples e efetiva, mostrando que em um curto período de tempo, o movimento nacional ficou ativo. Estas ações podem ser reproduzidas em qualquer lugar, dentro da campanha "Epilepsia fora das sombras". É importante enfatizar que isso é um processo de fortalecimento, de modo que as pessoas com epilepsia precisam tomar suas próprias decisões, tendo o controle da situação para enfim, serem participantes ativos de todo o processo

    Teachers perception about epilepsy Percepção de professores sobre epilepsia

    No full text
    PURPOSE: To identify in a town of Brazil the knowledge, attitude and perception of epilepsy in teachers of elementary schools and to compare these before and after a training exercise. METHODS: Teachers of nine public schools of Barão Geraldo, Campinas, Brazil completed a questionnaire. Two researchers had meetings with teachers, presenting the Global Campaign "Epilepsy out of the shadows", when the questionnaire was first completed by all attendees. Twenty teachers of these schools were motivated to attend a training course entitled "Epilepsy and Health" as part of their continuous education programme. Two years later the same questionnaire was again completed (post-test) by these 20 teachers. RESULTS: 100 teachers originally completed the questionnaire (97 women, mean age 42 years, 64 married). Forty-three percent of teachers said that they had enough knowledge regarding epilepsy and 20% said that they had poor knowledge about the condition. Regarding the IQ of children with epilepsy, 45% of teachers believed that they had average IQ, 18% above average, six percent under average and 29% did not know. Teachers believed that children with epilepsy have a higher possibility of acquiring mental disease in the future (51%); that epilepsy is a disease (68%); that epilepsy is contagious (1%); epilepsy is treatable (90%). After the course, the teachers’ beliefs seem to have improved. DISCUSSION: This work with elementary school teachers identified difficulties related to epilepsy which, if addressed, may help promote better quality of life of people with epilepsy in the community and help to decrease stigma attached to the condition. Better informed teachers are likely to have a more positive attitude and this will be passed to others. Educational campaigns about epilepsy amongst teachers should be encouraged as this may improve the management of epilepsy, by helping to develop a well informed and tolerant community.OBJETIVO: Identificar atitudes e percepção dos professores do ensino fundamental a respeito da epilepsia, antes e depois de um curso específico sobre o tema. MÉTODO: Participaram da pesquisa professores de nove escolas da rede pública do ensino fundamental de Barão Geraldo, distrito de Campinas, SP. Dois pesquisadores reuniram-se com os professores e apresentaram a Campanha Global "Epilepsia fora das sombras", momento também em que os questionários foram aplicados. Vinte professores ficaram motivados para fazer o curso de extensão "Temas transversais: epilepsia e saúde". Após este curso, os questionários foram re-aplicados. RESULTADOS: Foram aplicados 100 questionários em professores das nove escolas, sendo que: noventa e sete professores eram do sexo feminino, idade média de 42 (D.P. 22 a 63) e 64 estavam casados. Quarenta e três professores declararam possuir conhecimento sobre epilepsia abaixo da média e 20, disseram possuir um pobre conhecimento sobre a condição. No que diz respeito à idéias sobre epilepsia, os professores acham que: as crianças com epilepsia tem QI igual (45%), na média (18%), abaixo da média (6%) e não sabem opinar (29%); crianças com epilepsia têm maior chance de terem doença mental no futuro (51%); a epilepsia é uma doença (68%); a epilepsia é contagiosa (1%); a epilepsia é tratável (90%). Após o curso, crenças e mitos sobre epilepsia dos professores mostraram diferenças significativas. DISCUSSÃO: Idéias errôneas sobre epilepsia podem ser mudadas através de cursos educacionais sobre epilepsia. Este trabalho, realizado com professores do ensino fundamental, visou a identificação das dificuldades relacionadas à epilepsia para promover a redução do estigma. É importante que professores sejam melhor instruídos sobre a epilepsia para consequentemente, ter atitudes mais positivas em relação às crianças com epilepsia. Acreditamos que professores mais capacitados melhoram a maneira de lidar e de se relacionar com crianças com epilepsia, para a construção de uma comunidade bem informada e mais tolerante para lidar com as diferenças

    Demonstration project on epilepsy in Brazil: outcome assessment Projeto demonstrativo em epilepsia no Brasil: avaliação do desfecho

    Get PDF
    PURPOSE: To assess the outcome of patients with epilepsy treated at primary care health units under the framework of the demonstration project on epilepsy in Brazil, part of the WHO/ILAE/IBE Global Campaign Against Epilepsy. METHOD: We assessed the outcome of patients treated at four primary health units. The staff of the health units underwent information training in epilepsy. The outcome assessment was based on: 1) reduction of seizure frequency, 2) subjective perception from the patient’s and the physician’s point of view, 3) reduction of absenteeism, 4) social integration (school and work), and 5) sense of independence. RESULTS: A total of 181 patients (93 women - 51%) with a mean age of 38 (range from 2 to 86) years were studied. The mean follow-up was 26 months (range from 1 to 38 months, 11 patients had follow-up of less than 12 months). Seizure frequency was assessed based on a score system, ranging from 0 (no seizure in the previous 24 months) to 7 (>10 seizure/day). The baseline median seizure-frequency score was 3 (one to three seizures per month). At the end of the study the median seizure-frequency score was 1 (one to three seizures per year). The patients’ and relatives’ opinions were that in the majority (59%) the health status had improved a lot, some (19%) had improved a little, 20% experienced no change and in 2% the health status was worse. With regard to absenteeism, social integration and sense of independence, there were some modest improvements only. DISCUSSION: The development of a model of epilepsy treatment at primary health level based on the existing health system, with strategic measures centred on the health care providers and the community, has proved to be effective providing important reductions in seizure frequency, as well as in general well being. This model can be applied nationwide, as the key elements already exist provided that strategic measures are put forward in accordance with local health providers and managers.<br>OBJETIVO: Avaliar o resultado do tratamento de pacientes com epilepsia na atenção básica sob o modelo proposto pelo Projeto Demonstrativo no Brasil, como parte da Campanha Global Contra a Epilepsia da WHO/ILAE/IBE. MÉTODO: Avaliamos o resultado do tratamento nos pacientes acompanhados em quatro unidades básicas de saúde. As equipes de saúde fizeram um treinamento padrão. O resultado do tratamento foi baseado em cinco aspectos: 1) redução da freqüência das crises, 2) percepção subjetiva dos pacientes e dos médicos, 3) redução de absenteísmo, 4) integração social (escola, trabalho), e 5) senso de independência. RESULTADOS: Um total de 181 pacientes (93 mulheres - 51%), com uma média de 38 anos (variando de 2 a 86 anos) entraram nesta análise. O tempo médio de seguimento foi de 26 meses (variou de 1 a 38 meses, 11 pacientes tinham seguimento menos de 12 meses). A freqüência das crises foi categorizada variando de 0 (sem nenhuma crise nos últimos 24 meses) a 7 (>10 crises/dia). O escore mediano da freqüência de crises no começo era de 3 (uma a três crises por mês). O escore mediano da freqüência de crises no final era de 1 (uma a três crises por ano). A opinião dos pacientes e familiares é que a maioria (106 casos) houve uma melhora importante na saúde, 34 tiveram pouca melhora, 37 não tiveram mudanças e em quatro houve piora. Em relação ao absenteísmo, integração social e senso de independência houve pouca melhora. DISCUSSÃO: O modelo desenvolvido de tratamento de epilepsia na atenção primária com base na estrutura de saúde existente, com estratégias centradas nos profissionais de saúde e na comunidade, provou ser efetivo com redução importante na freqüência das crises bem como na melhora em geral da saúde. Esse modelo pode ser aplicado em âmbito nacional, pois os elementos chaves já existem, desde que essas estratégias sejam pactuadas com os organismos locais de saúde
    corecore