122 research outputs found

    Antenatal fetal surveillance

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    O contexto atual da atividade médica exige do obstetra e ginecologista ampla compreensão dos avanços científicos e tecnológicos de sua área. O objetivo primordial da avaliação fetal antenatal é identificar fetos de risco para eventos adversos ou para o óbito e, assim, atuar preventivamente para evitar o insucesso. O perfil biofísico fetal atinge sua máxima eficiência quando aplicado dentro do contexto clínico de cada caso. Em gestações de alto risco, a doplervelocimetria da artéria umbilical mostrou-se útil para melhorar os resultados perinatais. Na restrição de crescimento fetal por insuficiência placentária grave, antes da 34ª semana de gestação, a doplervelocimetria do ducto venoso tem sido importante instrumento na condução dos casos. Nenhum teste isoladamente é considerado o melhor na avaliação da vitalidade fetal anteparto, entretanto, a análise conjunta de todos os métodos irá propiciar melhor compreensão da resposta fetal à hipóxia.The present context of medical practice demands from the obstetrician and gynecologist broad understanding of the scientific and technological advances of the area. The main purpose of prenatal evaluation is to identify fetuses at risk for adverse events or death, for preventive action to avoid mishappenings. The determination of fetal biophysical profile reaches its maximum efficiency when applied within the clinical context of each case. In high risk gestations, the Doppler velocimetry of the umbilical artery has shown to be useful to improve perinatal outcome. In the fetal growth deficit, due to severe placentary insufficiency, Doppler velocimetry of the venous duct has been showing to be an important tool in handling of the cases before the 34th week of gestation. Although no test itself is considered the best to evaluate the fetus's prenatal vitality, the joint analysis of all methods may lead to a better understanding of the fetal response to hypoxia

    Cerebroplacental ratio and acidemia to the birth in placental insufficiency detected before 34th week's gestation

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    OBJETIVO: avaliar a hipótese de que a relação cerebroplacentária (RCP) fetal relaciona-se com acidemia no nascimento, em gestações complicadas pela insuficiência placentária detectada antes da 34ª semana de gestação. MÉTODOS: trata-se de coorte prospectiva de 55 pacientes entre a 26ª e a 34ª semanas de gestação, com diagnóstico de insuficiência placentária caracterizada pelo Doppler de artéria umbilical alterado (índice de pulsatilidade &gt;p95). Para cada paciente foi realizada avaliação da vitalidade fetal pela doplervelocimetria de artéria umbilical, artéria cerebral média e ducto venoso, e pelo perfil biofísico fetal. Foi calculada a RCP pela razão entre os valores do índice de pulsatilidade da artéria umbilical e da artéria cerebral média, bem como o cálculo de seu z-score (número de desvios padrão que se afasta da média para a idade gestacional). A acidemia no nascimento foi caracterizada quando pH<7,2. RESULTADOS: das 55 pacientes, 29 (52,7%) apresentaram acidemia no nascimento. O grupo com acidemia, comparado ao grupo com pH&gt;7,2, apresentou associação significativa com os valores da RCP (mediana 0,47 versus 0,58; p=0,009), índice de pulsatilidade da artéria umbilical (mediana 2,45 versus 1,93; p=0,003), índice de pulsatilidade para veias (IPV) do ducto venoso (mediana 1,08 versus 0,85; p=0,034) e perfil biofísico fetal suspeito ou alterado (37 versus 8%; p=0,031). A análise da RCP pelo seu z-score demonstrou tendência de maior afastamento negativo da média, mas sem atingir valor significativo (p=0,08). Foi constatada correlação significativa entre o pH no nascimento e a RCP (r=0,45; p<0,01), o z-score da RCP (r=0,27; p<0,05) e o IPV do ducto venoso (r=-0,35 p<0,01). CONCLUSÃO: A RCP associa-se à presença de acidemia no nascimento nas gestações com insuficiência placentária antes da 34ª semana, e esse parâmetro pode configurar potencial fator para avaliação da gravidade do comprometimento fetal.PURPOSE: to evaluate the hypothesis that the fetal cerebroplacental ratio (CPR) is related to acidemia at birth in pregnancies complicated by placental insufficiency detected before 34 weeks of gestation. METHODS: this is a prospective cohort study of 55 patients between 26 and 34 weeks of gestation with a diagnosis of placental insufficiency characterized by abnormal umbilical artery Doppler (pulsatility index&gt;95p). Fetal assessment was performed for each patient by dopplervelocimetry of the umbilical artery, middle cerebral artery and ductus venosus, and by the fetal biophysical profile. CPR was calculated using the ratio between middle cerebral artery pulsatility index and umbilical artery pulsatility index, and the z-score was obtained (number of standard deviations of the mean value at each gestational age). Acidemia at birth was characterized when pH<7.2. RESULTS: of 55 patients, 29 (52.7%) presented acidemia at birth. In the group of fetal acidemia, when compared with the group with pH&gt;7.2, a significant association was observed with CPR values (median 0.47 versus 0.58; p=0.009), pulsatility index of the umbilical artery (median 2.45 versus 1.93; p=0.003), ductus venosus pulsatility index for veins (PIV) (median 1.08 versus 0.85; p=0.034) and suspected or abnormal fetal biophysical profile (37 versus 8%; p=0.031). CPR analysis by z-score showed a negative tendency, but was not statistically significant (p=0.080). Significant correlations were found between pH at birth and CPR (r=0.45; p<0.01), z-score of CPR (r=0.27; p<0.05) and ductus venosus PIV (r=-0.35 p<0.01). CONCLUSION: CPR is associated with the presence of acidemia at birth in pregnancies with placental insufficiency detected before 34 weeks of gestation and this parameter could potentially represent a factor for assessing the severity of fetal involvement

    Comparison of fetal heart rate patterns in the second and third trimesters of pregnancy

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    OBJETIVO: comparar os padrões da frequência cardíaca fetal (FCF) do segundo e terceiro trimestres da gestação. MÉTODOS: estudo prospectivo, comparativo, realizado no período de Janeiro de 2008 e Julho de 2009 com os seguintes critérios de inclusão: gestação única, feto vivo, ausência de intercorrências clínicas ou obstétricas, ausência de malformação fetal, com idade gestacional entre 24 e 27 semanas (segundo trimestre - 2ºT) ou entre 36 e 40 semanas (terceiro trimestre - 3ºT). Foram realizados os exames de cardiotocografia computadorizada (Sistema 8002 - Sonicaid) por período de 30 minutos e o perfil biofísico fetal. O Sistema 8002 analisa o traçado da FCF em períodos de 3,75 segundos (1/16 de minuto). Em cada período, a duração média dos intervalos de tempo entre sucessivos batimentos cardíacos fetais foi avaliada e mensurada em milisegundos (ms). A FCF média foi calculada em cada período, e também as diferenças entre períodos adjacentes. Os parâmetros incluíram: FCF basal, acelerações transitórias, duração dos episódios de alta variação, duração dos episódios de baixa variação e variação de curto prazo. Os resultados foram analisados pelos testes t de Student, teste do qui-quadrado e teste exato de Fischer. Foi adotado nível de significância de 0,05. RESULTADOS: dezoito gestações de 2ºT foram comparadas com 25 gestações de 3ºT. Houve diferença significativa nos parâmetros da FCF avaliada pela cardiotocografia computadorizada quando comparados os fetos de 2ºT e os de 3ºT em relação aos seguintes resultados: média da FCF basal (143,8 bpm versus 134,0 bpm, p=0,009), média do número de acelerações transitórias &gt;10 bpm (3,7 versus 8,4, p<0,001) e &gt;15 bpm (0,9 bpm versus 5,4 bpm, p<0,001), duração média dos episódios de alta variação (8,4 min x 15,4 min, p=0,008) e média da variação de curto prazo (8,0 ms versus10,9 ms, p=0,01). Em todos os exames o perfil biofísico fetal apresentou resultado normal. CONCLUSÕES: o presente estudo constata diferenças significativas nos padrões avaliados entre gestações de segundo e terceiro trimestres, e indica a influência da maturação do sistema nervoso autonômico na regulação da FCF.PURPOSE: to compare the patterns of fetal heart rate (FHR) in the second and third trimesters of pregnancy. METHODS: a prospective and comparative study performed between January 2008 and July 2009. The inclusion criteria were: singleton pregnancy, live fetus, pregnant women without clinical or obstetrical complications, no fetal malformation, gestational age between 24 and 27 weeks (2nd trimester - 2T) or between 36 and 40 weeks (3rd trimester - 3T). Computerized cardiotocography (System 8002 - Sonicaid) was performed for 30 minutes and the fetal biophysical profile was obtained. System 8002 analyzes the FHR tracings for periods of 3.75 seconds (1/16 minutes). During each period, the mean duration of the time intervals between successive fetal heart beats is determined in milliseconds (ms); the mean FHR and also the differences between adjacent periods are calculated for each period. The parameters included: basal FHR, FHR accelerations, duration of high variation episodes, duration of low variation episodes and short-term variation. The dataset was analyzed by the Student t test, chi-square test and Fisher's exact test. Statistical significance was set at p<0.05. RESULTS: eighteen pregnancies on the second trimester were compared to 25 pregnancies on the third trimester. There was a significant difference in the FHR parameters evaluated by computerized cardiotocography between the 2T and 3T groups, regarding the following results: mean basal FHR (mean, 143.8 bpm versus 134.0 bpm, p=0.009), mean number of transitory FHR accelerations &gt; 10 bpm (3.7 bpm versus 8.4 bpm, p <0.001) and &gt;15 bpm (mean, 0.9 bpm versus 5.4 bpm, p <0.001), mean duration of high variation episodes (8.4 min versus 15.4 min, p=0.008) and mean short - term variation (8.0 ms versus 10.9 ms, p=0.01). The fetal biophysical profile showed normal results in all pregnancies. CONCLUSION: the present study shows significant differences in the FHR characteristics when the 2nd and 3rd trimesters of pregnancy are compared and confirms the influence of autonomic nervous system maturation on FHR regulation.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP

    Conjoined twins and legal authorization for abortion

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    OBJETIVO: Descrever casos de gravidez de gêmeos unidos de acordo com a solicitação de autorização judicial para interrupção gravidez. MÉTODOS: Análise retrospectiva das gestações de gêmeos unidos, sem possibilidade de sobrevida extrauterina ou de separação cirúrgica pós-natal, atendidos em um hospital terciário, entre 1998 e 2010. RESULTADOS: Entre 30 casos observados durante o período do estudo, seis (20,0%) casais decidiram continuar com a gravidez, e, em cinco (16,7%) casos, a autorização para interrupção da gestação não foi solicitada devido à idade gestacional avançada (&gt; 25 semanas). A autorização para interromper a gravidez foi solicitada em 19 (63,3%) casos: a permissão foi concedida em 12 (63,2%), indeferida em cinco (26,3%), e não se teve a informação do resultado em dois (10,5%) casos. Nos casos submetidos à interrupção legal da gestação, o parto vaginal foi realizado em 83,3%, e no grupo em que a autorização não foi concedida, a cesárea foi realizada em todos os casos (p < 0,01). CONCLUSÃO: A solicitação da autorização judicial para o aborto é uma alternativa na gravidez de gêmeos unidos sem prognóstico de sobrevida pós-natal. Além disso, o sucesso de um parto vaginal pode ser obtido na maioria dos casos antes do terceiro trimestre, reduzindo os riscos à saúde da mulher e o sofrimento do casal.OBJECTIVE: To describe pregnancies with conjoined twins according to the request for legal termination of pregnancy. METHODS: Retrospective review of pregnancies with conjoined twins, with no possibility of extrauterine survival or postnatal surgical separation, observed at a tertiary teaching hospital, between 1998 and 2010. RESULTS: Amongst 30 cases seen during the study period, six (20.0%) couples decided to continue with the pregnancy, termination of pregnancy was not requested due to advanced gestational age (&gt; 25weeks) in 5 cases (16.7%). Legal authorization to terminate the pregnancy was requested in 19 (63.3%) cases: permission was granted in 12 (63.2%), denied in five (26.3%) and information was missing in two (10.5%) cases. A successful vaginal delivery was performed in 83.3% of the cases undergoing termination of pregnancy and a cesarean section was performed in all the remaining cases (p < 0.01). CONCLUSION: In pregnancies with conjoined twins and without fetal prognosis, legal termination of the pregnancy is an alternative. Moreover, a successful vaginal delivery can be performed in most cases before the third trimester, further reducing maternal risks and parental suffering

    Depression during pregnancy in women with a medical disorder: risk factors and perinatal outcomes

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    BACKGROUND: Approximately one-fifth of women present depression during pregnancy and puerperium, and almost 13% of pregnant women experience a major depressive disorder. OBJECTIVE: The aim of this study was to identify risk factors for depression among pregnant women with a medical disorder and to evaluate the influence of depression on perinatal outcomes. METHODS: Three hundred and twenty-six pregnant women with a medical disorder were interviewed. A semistructured interview was conducted for each participant using a questionnaire that had been developed previously. Major depression was diagnosed using the Portuguese version of the Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD). The medical records of the participants were thoroughly reviewed to evaluate the perinatal results. RESULTS: Major depressive disorder was diagnosed in 29 cases (9.0%). The prevalence of major depression was as follows: 7.1% for preeclampsia or chronic hypertension, 12.1% for cardiac disorder, 7.1% for diabetes mellitus, 6.3% for maternal anemia, 8.3% for collagenosis and 12.5% for a high risk of premature delivery. An univariate analysis showed a significant positive correlation between an average household income below minimum wage and a PRIME-MD diagnosis of major depression. A multiple regression analysis identified unplanned pregnancy as an independent predictor of major depression (86.2% in the group with a diagnosis of major depression by PRIME-MD vs. 68.4% in the group without major depression). A comparison between women who presented major depression and those who did not revealed no significant differences in the perinatal results (i.e., preterm delivery, birth weight and low Apgar scores). CONCLUSION: In the present study, unplanned pregnancy in women with a medical disorder was identified as a risk factor for major depression during gestation. Major depression during pregnancy in women with a medical disorder should be routinely investigated using specific methods

    Perception influence of professionals regarding unsafe in attention to women's health

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    OBJETIVO: Identificar o conhecimento e a percepção dos profissionais da saúde em relação à legislação brasileira sobre o aborto provocado. MÉTODOS: Envelopes selados não identificados contendo os questionários foram enviados a todos os profissionais (n=149) que trabalham no Departamento de Obstetrícia de hospital universitário e de hospital público da periferia de São Paulo. Responderam ao questionário 119 profissionais. Para análise dos dados, utilizou-se intervalo de confiança de 0,05 e os testes exatos de Fischer e &#967;². RESULTADOS: Dos profissionais entrevistados, 48,7% eram médicos, 33,6% profissionais da área de enfermagem e 17,6% eram profissionais de outras áreas (psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, administrativos e técnicos de laboratórios). Constatou-se diferença significativa (p=0,01) na proporção de profissionais que acreditam que o aborto por malformação fetal não letal e no aborto decorrente de gestações não planejadas deveriam ser incluídos na legislação brasileira. Observou-se que o conhecimento da legislação e da descrição das situações permitidas por lei acerca do aborto foi significativamente diferente na comparação entre os profissionais de saúde (p=0,01). Quando questionados sobre as situações em que a legislação brasileira permite o aborto, observou-se que 32,7% dos médicos, 97,5% profissionais da área de enfermagem e 90,5% dos demais profissionais desconhecem a legislação vigente. CONCLUSÃO: Neste estudo, evidenciou-se o desconhecimento dos profissionais de saúde com relação à legislação brasileira, em menor proporção entre obstetras e em maior proporção entre os profissionais da área de enfermagem. Foram constatadas atitudes de discriminação, julgamento e preconceito na assistência prestada às mulheres que provocam o aborto
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