27 research outputs found

    Amplificação do gene flgE fornece evidência para a existência de uma borreliose brasileira

    Get PDF
    INTRODUÇÃO: Os sintomas da borreliose brasileira se assemelham às manifestações clínicas da Doença de Lyme (DL), porém, existem diferenças epidemiológicas e laboratoriais entre essas enfermidades. Primers normalmente utilizados para diagnosticar a DL não conseguiram detectar cepas de borrelia no Brasil. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho foi identificar a borrelia brasileira usando um gene conservado que sintetiza o gancho flagelar (flgE) da Borrelia burgdorferi sensu lato. MÉTODO: Três pacientes com eritema migratório e epidemiologia positiva foram recrutados para o estudo. Amostras de sangue foram coletadas, e o DNA foi extraído por kits comerciais. RESULTADOS: O gene flgE foi amplificado a partir do DNA de todos os pacientes selecionados. Após o sequenciamento, essas amostras positivas revelaram homologia de 99% para B. burgdorferi. CONCLUSÃO: Estes resultados reforçam a existência de borreliose no Brasil. No entanto, não está claro se esta borreliose é causada por uma variante geneticamente modificada da B. burgdorferi sensu stricto ou por uma nova espécie de Borrelia spp.INTRODUCTION: The symptoms of Brazilian borreliosis resemble the clinical manifestations of Lyme disease (LD). However, there are differences between the two in terms of epidemiological and laboratory findings. Primers usually employed to diagnose LD have failed to detect Borrelia strains in Brazil. OBJECTIVE: We aimed to identify the Brazilian Borrelia using a conserved gene that synthesizes the flagellar hook (flgE) of Borrelia burgdorferi sensu lato. METHOD: Three patients presenting with erythema migrans and positive epidemiological histories were recruited for the study. Blood samples were collected, and the DNA was extracted by commercial kits. RESULTS: The gene flgE was amplified from DNA of all selected patients. Upon sequencing, these positive samples revealed 99% homology to B. burgdorferi flgE. CONCLUSION: These results support the existence of borreliosis in Brazil. However, it is unclear whether this borreliosis is caused by a genetically modified B. burgdorferi sensu stricto or by a new species of Borrelia spp

    Collagen V-induced nasal tolerance downregulates pulmonary collagen mRNA gene and TGF-beta expression in experimental systemic sclerosis

    Get PDF
    <p>Abstract</p> <p>Background</p> <p>The purpose of this study was to evaluate collagen deposition, mRNA collagen synthesis and TGF-beta expression in the lung tissue in an experimental model of scleroderma after collagen V-induced nasal tolerance.</p> <p>Methods</p> <p>Female New Zealand rabbits (N = 12) were immunized with 1 mg/ml of collagen V in Freund's adjuvant (IM). After 150 days, six immunized animals were tolerated by nasal administration of collagen V (25 μg/day) (IM-TOL) daily for 60 days. The collagen content was determined by morphometry, and mRNA expressions of types I, III and V collagen were determined by Real-time PCR. The TGF-beta expression was evaluated by immunostaining and quantified by point counting methods. To statistic analysis ANOVA with Bonferroni test were employed for multiple comparison when appropriate and the level of significance was determined to be <it>p </it>< 0.05.</p> <p>Results</p> <p>IM-TOL, when compared to IM, showed significant reduction in total collagen content around the vessels (0.371 ± 0.118 vs. 0.874 ± 0.282, <it>p </it>< 0.001), bronchioles (0.294 ± 0.139 vs. 0.646 ± 0.172, <it>p </it>< 0.001) and in the septal interstitium (0.027 ± 0.014 vs. 0.067 ± 0.039, <it>p </it>= 0.026). The lung tissue of IM-TOL, when compared to IM, showed decreased immunostaining of types I, III and V collagen, reduced mRNA expression of types I (0.10 ± 0.07 vs. 1.0 ± 0.528, p = 0.002) and V (1.12 ± 0.42 vs. 4.74 ± 2.25, p = 0.009) collagen, in addition to decreased TGF-beta expression (p < 0.0001).</p> <p>Conclusions</p> <p>Collagen V-induced nasal tolerance in the experimental model of SSc regulated the pulmonary remodeling process, inhibiting collagen deposition and collagen I and V mRNA synthesis. Additionally, it decreased TGF-beta expression, suggesting a promising therapeutic option for scleroderma treatment.</p

    Borrelioses, agentes e vetores

    Full text link

    Colágeno na cartilagem osteoartrótica

    No full text
    A cartilagem articular é um tecido altamente especializado, composto por células, os condrócitos, e um conjunto de macromoléculas, como o colágeno e os proteoglicanos. O colágeno é uma proteína fibrilar que garante resistência ao tecido, enquanto os proteoglicanos têm a função de mola biológica, sendo responsáveis pela compressibilidade da cartilagem. A complexa interação entre estas duas proteínas garante a elasticidade. Estas características específicas da cartilagem são essenciais para amortecer as grandes forças de impacto a que as articulações diartrodiais estão submetidas, sem muito gasto de energia, visto tratar-se de um tecido avascular. Em processos artrósicos ocorre um desequilíbrio entre a produção de componentes da matriz extracelular e destruição pelas metaloproteases, levando à degradação e perda do tecido cartilaginoso. A fase inicial da osteoartrose é marcada por perda de fragmentos de proteoglicanos para o líquido sinovial, aumento dos colágenos tipo II e tipo VI, aparecimento dos colágenos I e III, não típicos da cartilagem, e diminuição do colágeno tipo IX, que é importante para manter a integridade da matriz extracelular, além do entumescimento da cartilagem. Como conseqüência, a cartilagem perde suas características específicas, levando a alterações na função articular. A evolução da doença promove diminuição significativa das proteínas, até mesmo do colágeno tipo XI, que tem localização mais interna na estrutura da fibrila heterotípica, e, portanto levando até a exposição do osso. Até o momento, o tratamento da osteoartrose está baseado principalmente no controle da dor e/ou inflamação, não diminuindo ou impedindo a degradação da cartilagem articular. Neste aspecto a perspectiva de tratamento futuro da osteoartrose estaria na utilização de inibidores das metaloproteases associadas a condroprotetores interferindo no "turnover" da cartilagem e impedindo, deste modo, o processo de degradação

    Anticorpos antimatriz extracelular e antiaorta em pacientes com arterite de Takayasu

    No full text
    Os componentes de matriz extracelular têm sido amplamente pesquisados nos últimos anos quanto ao seu papel na patogênese de diversas doenças difusas do tecido conjuntivo e síndromes vasculíticas. No caso da arterite de Takayasu, muito pouco se sabe sobre o assunto e são propostas teorias relacionadas com a participação da imunidade celular ou humoral para explicar a causa desta doença. Neste sentido, avaliamos a imunidade humoral nesta patologia. OBJETIVO: Pesquisar anticorpos contra componentes da matriz extracelular, incluindo a identificação de anticorpos anticolágeno e antiaorta. MÉTODOS: Soros de 13 pacientes com arterite de Takayasu e de 8 pacientes normais foram utilizados para pesquisa de auto-anticorpos anticolágeno tipos I, III, IV e V e antiaorta pelo método ELISA. RESULTADOS: Soros dos pacientes com arterite de Takayasu revelaram-se negativos para colágenos dos tipos III e IV e apenas um paciente apresentou positividade para os tipos I e V, enquanto todos os soros de pacientes com arterite de Takayasu revelaram-se negativos para anticorpos anti-aorta. CONCLUSÕES: Nossos dados demonstraram que as freqüências de anticorpos anticolágenos dos tipos I, III, IV e V não estiveram significativamente aumentadas no soro de pacientes com arterite de Takayasu, assim como os anticorpos antiextrato de aorta, sugerindo que a etiopatogenia desta vasculite esteja possivelmente relacionada com distúrbio da imunidade celular

    Características clínico-epidemiológicas da doença Lyme-símile em crianças Epidemiological characteristics of Lyme-like disease in children

    No full text
    OBJETIVO: Determinar a prevalência, distribuição etária, sazonalidade, características clínicas da doença Lyme-símile em menores de 15 anos. MÉTODOS: De julho/1998 a dezembro/2000 foi conduzido um estudo transversal em 333 pacientes, com exantema e febre. Foram coletadas amostras pareadas de sangue para a identificação de patógenos. Somente em 193 amostras, negativas aos outros patógenos (Parvovirus B19, Herpesvírus 6 humano, Sarampo, Rubéola, Dengue, Escarlatina e Enterovírus), foram realizadas a pesquisa da borreliose pelos métodos de Enzyme-Linked Immunosorbent Assay e Western-blotting. Outras variáveis clínicas, socioeconômicas, demográficas e climáticas foram estudadas. RESULTADOS: A prevalência da doença foi de 6,2%(12/193). Das variáveis estudadas, houve predomínio em <6anos(83,2%); sexo feminino (66,7%); procedência da cidade de Franco da Rocha (58,3%); com sazonalidade no outono-verão. O intervalo de atendimento foi de quatro dias. Sinais e sintomas com significância estatística: prurido, ausência da fissura labial e bom estado clínico. Outros dados presentes foram: irritabilidade (80%); febre (?38ºC) (58,3%) com duração de um a três dias. O exantema foi do tipo máculo-papular (33,3%), urticariforme (25%) e escarlatiniforme (16,7%); predominando em tronco (60%). Não houve apresentação clínica característica para diagnóstico da doença de Lyme-símile nestes pacientes. A sensibilidade e especificidade para o diagnóstico clínico contraposta com o diagnóstico laboratorial foi zero. O acompanhamento de 10 casos durante dois anos não evidenciou complicações cardiológicas ou neurológicas. Este é o primeiro estudo desta doença em crianças brasileiras. CONCLUSÃO: A prevalência da doença Lyme-símile foi baixa, não tendo sido lembrada no diagnóstico inicial dos exantemas, mas seu conhecimento é necessário, necessitando maior atenção médica.<br>BACKGROUND: To determine the prevalence, age distribution, seasonality and clinical characteristics of Lyme-simile disease in Brazilians less than 15 years of age. METHODS. From July, 1998 to November, 2000, a cross-sectional study was conducted in 333 patients with skin rash and fever. Paired blood samples were collected for identification of the pathogens. Only 193 samples which were negative for other pathogens (Parvovirus B19 Human, Herpesvirus 6 Human, Measles, Rubella, Dengue, Scarlet fever and Enterovirus), were tested for borreliosis by Enzyme-Linked Immunosorbent Assay and Western-blotting. Other clinical, socioeconomic, demographic and climatic variables were studied. RESULTS: Prevalence of the disease was 6.2%(12/193). Of the variables studied, there was predominance in: <6 years old (83.2%); females (66.7%); being from the city of Franco da Rocha (58.3 %); and a summer/fall seasonality. The duration of care was 4 days. Signs and symptoms with statistical significance were itching; absence of lip notch and ocular pain; irritability and good clinical condition. Other clinical data presented were: pruritus (90%), irritability (80%) and fever (?38ºC) (58.3%) with a duration of 1 to 3 days. Erythema was maculo-papular (40%), urticaria-like (25%) and scarlatiniform (16.7%), occurring predominately on the trunk (60%). There were no primary clinical evidences of Lyme-simile disease in the patients under study. The sensitivity and specificity of the clinical diagnosis as opposed to the laboratory diagnosis was zero. There was no initial clinical suspicion of the disease in the 10 cases studied and followed up for two years that showed no evidence of cardiologic or neurological complications. This is the first study of Lyme-simile in Brazilian children. CONCLUSION: Prevalence of Lyme-simile disease was low, and it was not remembered at the initial diagnosis of those with skin rash. However, practical knowledge is necessary, demanding increased medical attention

    Meniscectomia parcial como modelo experimental de osteoartrite em coelhos e efeito protetor do difosfato de cloroquina Partial meniscectomy as an experimental model of osteoarthritis in rabbits and protector effect of chloroquine diphosphate

    No full text
    OBJETIVO: Estabelecer as alterações morfológicas e o remodelamento do tecido cartilaginoso na progressão da osteoartrite (OA) experimental para estudar o efeito do difosfato de cloroquina na cartilagem osteoartrítica. MÉTODOS: A osteoartrite experimental foi induzida em coelhos por meio de meniscectomia parcial. Para analisar a evolução da doença experimental foram estudados três grupos de dez animais, sacrificados a 3, 14 e 22 semanas de indução da doença. Para avaliar o efeito do difosfato de cloroquina um grupo de animais (n = 6) foi tratado preventivamente com 3 mg/kg ao dia, iniciados um mês antes da indução da osteoartrite, e mantidos até o sacrifício (22 semanas). Realizou-se análise histológica das articulações (H&E, tricrômico de Masson) e imunofluorescência para colágeno dos tipos I, II e XI. A intensidade da agressão articular foi quantificada pelo escore de Mankin. RESULTADOS: O modelo experimental reproduziu todas as alterações morfológicas observadas na osteoartrite humana. Animais que receberam difosfato de cloroquina não desenvolveram lesões histológicas observadas na OA. Neste grupo houve significante preservação da estrutura da cartilagem articular (p < 0,0001), conservação da celularidade (p < 0,0001), proteoglicanas, demonstrados pela coloração de azul de anilina (p < 0,005) e integridade da linha de crescimento (p < 0,001), além da inibição da formação de osteófitos, do bloqueio da neoformação óssea e do não-aparecimento de colágeno tipo I (tecido osteocartilaginoso). CONCLUSÃO: O modelo experimental de meniscectomia parcial reproduz de forma gradativa as alterações morfológicas encontradas na osteoartrite, e estudos preliminares com o difosfato de cloroquina sugerem tratar-se de medicamento barato e com grande potencial de emprego como droga condroprotetora.<br>OBJECTIVE: The aim of this study was to develop an experimental model of osteoarthritis (OA) that could reproduce morphologic alterations viewed in this disease and to study the effect of chloroquine diphosphate on cartilage remodeling. METHODS: osteoarthritis was induced in rabbits by performing partial meniscectomy. To establish the experimental disease evolution, three groups of ten animals were sacrificed at 3, 14, 22 weeks after disease induction. To evaluate the effect of chloroquine diphosfate in OA progression, a group of six animals was treated preventively with 3 mg/kg/day, started one month prior to osteoarthritis induction and kept until the day of sacrifice (22 weeks). Histopathological (Masson trychrome, H&E), biochemical and immunofluorescence analyses to types I, II and XI collagens were made in all animals. Mankin's score was employed to quantify the severity of articular damage. RESULTS: The experimental model reproduced all of the alterations observed in osteoarthritis. Animals treated with chloroquine diphosfate did not develop morphological changes found in OA. There was significant preservation of articular cartilage tissue (p < 0,0001), maintenance of cellular morphology (p < 0,0001), proteoglicans, as demonstrated by aniline blue coloration (p < 0,005) and tidemark protection (p < 0,001), besides inhibition of osteophytes formation and absence of type I collagen expression. CONCLUSION: The experimental model of partial meniscectomy reproduces gradually, all the cartilage morphologic changes found in human osteoarthritis. Preliminary study done with choroquine diphosfate indicates that it is a cheap and effective drug to act as condroprotective agent in OA
    corecore