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Primeiros tempos da maternidade: indiferenciação ou intersubjetividade na relação primitiva com o bebê?
Este texto tem por objetivo analisar a função do outro materno nos primórdios da vida psÃquica do bebê, enfatizando a dimensão relacional e fundadora dessas trocas. Nessa perspectiva, pretendemos discutir a noção winnicottiana de preocupação materna primária para refletir sobre seu paradoxo: indiferenciação ou intersubjetividade? A abordagem clássica e bastante conhecida de Winnicott é problematizada à luz de autores contemporâneos como Ogden e Roussillon, que propõem uma complexificação de seu pensamento, introduzindo na relação primária mãe-bebê a noção de intersubjetividade.Este texto tiene como objetivo analizar la función de el otro mama en la vida psiquica temprana del ninõ, haciendo hincapié en la dimension relacional y fundador de este cambio. En esta perspectiva, tenemos la intención de discutir el concepto de Winnicott de preocupación materna primaria a reflexionar sobre su paradoja: desdiferenciación o intersubjetividad? El enfoque clásico y bien conocido de Winnicott es problematizado a la luz de autores contemporáneos como Ogden y el Rossillón, que viene a proponer una complejización de su pensamiento con la introduccion en la relación primaria entre madre e hijo, de la noción de intersubjetividad.The article's main objective is to analyse the maternal function within the psychic birth of the infant, putting a special emphasis in the affective dimension of the exchanges between mother and baby. We aim to discuss Winnicott's concept of primary maternal concern to highlight its paradox: indiferentiation or intersubjectivity? The classical notion proposed by Winnicott will be discussed and articulated to contemporary authors such as Ogden and Roussillon. Those authors propose an in depth study of Winnicotts'contributions, introducing the notion of intersubjectiviy within the area of the primary relationship established between a mother and her baby
Desamparo e alteridade: o sujeito e a dupla face do outro
Abordaremos, neste artigo, a noção de alteridade, que se encontra intrinsecamente articulada na obra freudiana ao estado de desamparo do ser humano. O recém-nascido, por causa de sua imaturidade motora e psÃquica, é incapaz de satisfazer por si só suas necessidades vitais de sobrevivência, o que tem como contrapartida a dependência do outro, condição estruturante do próprio sujeito. Analisa-se a alteridade como um complexo com dupla face, tecido em uma relação que remete ao mesmo tempo ao semelhante e ao estranho, o que engendra um risco para o sujeito: não há qualquer garantia quanto ao que se pode esperar do outro. Debruçar-nos-emos sobre esse estado caracterÃstico do inÃcio da vida, que lança o homem ao campo do outro, da linguagem e da cultura, para mostrar como se dá o processo de constituição psÃquica. Propomos que o estado de desamparo está associado à incerteza e à ausência de garantias provindas do outro
Helplessness and alterity: the self and the double face of the other
Dans cet article nous nous proposons d´étudier la notion d´altérité, qui se trouve intrinséquement articulée dans l´oeuvre freudienne à la détresse de l´être humain. Le nouveau-né, à cause de son immaturité motrice et psychique, est incapable de satisfaire lui-même ses nécessités vitales de survie, ce qui entraîne la dépendance de l´autre, condition structurante du sujet lui-même. On analyse l´altérité comme un complexe à double face, tissé dans une relation qui renvoit à la fois au similaire et à l´étrange, ce qui engendre um risque pour le sujet: il n´y a aucune garantie de ce qu´on peut attendre de l´autre. Nous nous concentrerons sur cet état caractéristique du début de la vie, qui jette l´homme au champ de l´Autre , du langage et de la culture, pour montrer comment se passe le procès de la constitution psychique. Nous présentons le détresse étant associé à l´incertitude et à l´absence de garanties provenues de l´Autre.This article deals with the notion of alterity (otherness), which is inextricably coupled, in Freudian works, to the state of helplessness of the human being. The newborn, due to its motor and psychic underdevelopment, is unable to satisfy on its own the vital needs for survival, therefore entailing a dependence on the other, a condition that shapes ones self. Alterity is analysed as a complex with double face, woven into a relationship that refers both to the familiar and the strange, which creates a risk for the self: there is no guarantee about what to expect from the other. We will delve into this defining state of early life, which throws ones being into the field of the other, and of language and culture, to show how the process of psychic constitution takes place. We propose that helplessness is associated to the uncertainty and lack of assurances given by the other.Abordaremos, neste artigo, a noção de alteridade, que se encontra intrinsecamente articulada na obra freudiana ao estado de desamparo do ser humano. O recém-nascido, por causa de sua imaturidade motora e psÃquica, é incapaz de satisfazer por si só suas necessidades vitais de sobrevivência, o que tem como contrapartida a dependência do outro, condição estruturante do próprio sujeito. Analisa-se a alteridade como um complexo com dupla face, tecido em uma relação que remete ao mesmo tempo ao semelhante e ao estranho, o que engendra um risco para o sujeito: não há qualquer garantia quanto ao que se pode esperar do outro. Debruçar-nos-emos sobre esse estado caracterÃstico do inÃcio da vida, que lança o homem ao campo do outro, da linguagem e da cultura, para mostrar como se dá o processo de constituição psÃquica. Propomos que o estado de desamparo está associado à incerteza e à ausência de garantias provindas do outro.En el presente artÃculo nos proponemos a trabajar el concepto de alteridad, que se encuentra intrÃnsecamente articulado en la obra freudiana con el estado de desamparo del ser humano. El recién-nacido, a causa de su imaturidad motora y psÃquica, es incapaz de satisfacer por si sólo sus necesidades vitales de sobrevivencia, lo que tiene como contrapartida la dependencia del otro, condición estructurante del sujeto. Se analiza la alteridad como un complejo con doble faz, tramado en una relación que remite a la vez al semejante y al extraño, lo que engendra un riesgo para el sujeto: no hay ninguna garantÃa cuanto a aquello que se puede esperar del otro. Abordaremos ese estado caracterÃstico del inicio de la vida, que lanza el hombre en el campo del Otro, del lenguaje y de la cultura, para asà mostrar cómo se da el proceso de la constitución psÃquica. Proponemos que el estado de desamparo está asociado a la inseguridad y a la ausencia de garantÃas provenidas del otro