14 research outputs found

    Doença de arranhadela do gato em mulher de 44 anos de idade

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    A doença da arranhadela do gato é uma zoonose causada pela bactéria Bartonella henselae, e transmitida ao homem por inoculação em lesões de arranhadelas ou mordeduras de gatos. Descreve-se aqui um caso de doença da arranhadela do gato numa mulher de 44 anos de idade, imunocompetente, que se apresentou com uma pápula/crosta num dedo da mão direita, linfadenopatias regionais e foi tratada com azitromicina por apresentar uma linfadenopatia epitroclear muito dolorosa. O diagnóstico de infecção por B. henselae foi confirmado laboratorialmente por serologia, e PCR (polymerase chain reaction) numa biópsia de gânglio axilar. Foi também detectado DNA de B. henselae no sangue do gato da doente, mas não nas quatro pulgas, Ctenocephalides felis que parasitavam o gato. Importantes métodos de diagnóstico como a técnica de PCR e sequenciação permitem caracterizar a espécie ou estirpe responsáveis pela infecção no homem uma vez que actualmente existem novas espécies de Bartonella emergentes a causar a mesma doença. Para além disso é extremamente importante para a epidemiologia das doenças existentes no nosso país saber quais as espécies que circulam e que podem causar doença no homem

    Persistence of Left Superior Vena Cava Associated to Esophageal Atresia: Presentation of 5 Cases

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    Objectivos: A atresia do esófago está associada a uma variedade de malformações congénitas de outros órgãos. A persistência da veia cava superior esquerda e uma das malformações venosas torácicas mais comuns, ocorrendo em 0,3% da população. O objectivo deste estudo é caracterizar a persistência da veia cava superior esquerda nos doentes com atresia do esófago tratados no Hospital Dona Estefânia. Métodos: Estudo retrospectivo dos doentes admitidos por atresia do esófago desde Janeiro 2002 a Dezembro 2013. As seguintes variáveis foram estudadas, considerando, idade gestacional, o peso à nascença, o sexo, tipo de atresia do esófago, ecocardiograma no pré-operatório, malformações associadas, abordagem cirúrgica, eventual ecocardiograma no pós-operatório e angioressonância. Resultados: De um total de 107 doentes, em cinco casos foi diagnosticada persistência da veia cava superior esquerda. Destes, apenas um tinha diagnostico pré-natal. A restante investigação revelou um doente com atresia duodenal e outro com malformação do aparelho urinário, coloboma e malformação bilateral dos pavilhões auriculares. Todos os cinco doentes foram submetidos a toracotomia, esofagoesofagostomia primária após laqueação da fístula traqueo-esofágica e angio-ressonância para caracterizar a malformação vascular. Não houve registo de complicações, quer intra-operatórias quer pós-operatórias. Conclusão: Apesar do estudo pré-operatório, apenas se diagnosticou persistência da veia cava superior esquerda num dos doentes. O diagnóstico é geralmente feito de forma incidental durante a colocação rotineira de catéteres venosos centrais à esquerda. É importante identificar estes doentes e caracterizar o seu padrão de retorno venoso cardíaco, pelo risco de complicações embó1icas paradoxais para o sistema arterial

    Pneumoperitoneum in the Newborn: Which Aetiology?

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    info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Displasia Quística Testicular: A Propósito de um Caso Clínico

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    A displasia quística testicular é uma patologia benigna e rara, frequentemente associada a outras anomalias génito-urinárias, que se apresenta na infância sobretudo com aumento do volume escrotal, fazendo diagnóstico diferencial com situações neoplásicas e inflamatórias do testículo. Embora classicamente considerada indicação para orquidectomia, não parece haver qualquer potencial maligno, pelo que se pode argumentar uma abordagem conservadora. No entanto é importante confirmar o diagnóstico e manter vigilância para precaver a atrofia do parênquima testicular. Os autores apresentam o caso clínico de um doente com antecedentes de agenésia renal esquerda e megauretero obstructivo direito, submetido a orquidectomia no contexto de displasia quística testicular esquerda com atrofia importante do parênquima

    Abcessos Renais - Revisão

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    Baseados num caso de associação de abcessos renal, perirrenal e de quisto renal infectado, ocorrendo após biopsia prostática, os autores fazem revisão bibliográfica dos abcessos renais, classificados segundo características anatómicas perinéfrico, cortical e cortico- -medular (nefrite bacteriana aguda focal/multifocal, pielonefrite enfisematosa e pielonefrite xantogranulomatosa). Os abcessos renais são mais frequentes em diabéticos, menos vezes em alcoólicos, desnutridos e imunodeprimidos, estando associados geralmente a pielonefrites recorrentes, refluxo vesicoureteral, litíase urinária, ou resultam de êmbolos sépticos hematogéneos originados em focos extra-renais de infecção. A Escherichia coli é responsável pela maioria dos casos, e menos vezes a Klebsiella Proteus, Enterobacter, Pseudomonas, e Estafilococo aureus. Descrevem-se a expressão clínica, complicações evolutivas e diagnóstico radiológico, enfatizando-se as infecções acompanhadas de formação de gás. Referem-se opções terapêuticas médico-cirúrgicas, cujas indicações dependem do diagnóstico precoce, complicações e factores predisponentes
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