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    Síndrome de Marfan e eventos cardiovasculares: uma revisão de literatura

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    A síndrome de Marfan (SMF) é uma doença genética autossômica dominante do tecido conjuntivo, causada por uma mutação do gene da fibrilina-1. Suas manifestações clínicas abrangem os sistemas muscular esquelético, cardiovascular, pulmonar, sistema nervoso e pele. O acometimento cardiovascular pode apresentar-se como aneurisma e regurgitação aórtica, prolapso e regurgitação da válvula mitral e tricúspide, dilatação da artéria pulmonar, cardiomiopatia e arritmias, sendo as ventriculares as mais comuns. Identificar os principais eventos cardiovasculares que acometem os portadores da Síndrome de Marfan, bem como as medidas terapêuticas que podem ser utilizadas. Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, cuja elaboração se deu a partir de informações de artigos obtidos nas bases de dados Pubmed e Google Acadêmico, analisando estudos de caráter qualitativo. Para a pesquisa foram utilizados as seguintes palavras-chave, de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde: Síndrome de Marfan, cardiologia e eventos cardiovasculares. Os critérios de inclusão dos estudos foram: artigos publicados a partir do ano de 2017 e disponíveis gratuitamente com texto completo, não incluindo revisões. A principal manifestação cardiovascular da SM consiste na dilatação da raiz da aorta e da aorta ascendente proximal com apagamento da junção sino-tubular e conduzindo eventualmente à disseção da aorta, principal causa de morte prematura. Além disso o risco de dissecção aórtica aumenta com a idade e causa a morte de mais de 50% dos pacientes não diagnosticados e tratados antes dos 40 anos de idade. Embora todos os pacientes com SMF tenham uma predisposição para desenvolver aneurisma da aorta torácica e dissecção, a decisão de iniciar o tratamento médico com anti-hipertensivos deve ser individualizada. Atualmente, os β-bloqueadores são o método preferido de tratamento, com os Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II (ARBs) emergindo como uma estratégia igualmente eficaz. Conclui-se, portanto, que a SMF desencadeia sérias complicações cardiovasculares que elevam a mortalidade além de reduzir a expectativa de vida dos portadores da doença o que acarreta na necessidade de atenção farmacológica e também intervenções cirúrgicas, que se tornam inevitáveis em alguns pacientes. O manejo médico de pacientes com SMF é considerado um papel fundamental, visto que recursos diagnósticos e terapêuticos permitiram não só uma melhor compreensão patogênica, mas sobretudo uma melhora de seu prognóstico. Além disso é necessário reconhecer a importância do diagnóstico e tratamento precoce, ainda na infância, visto que há uma progressão da doença no decorrer da vida.&nbsp

    Mecanismos de lesão miocárdica em pacientes com covid-19

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    A doença do novo coronavírus (COVID-19), causada pelo Sars-CoV-2, descoberta em Wuhan na China, se tornou uma pandemia. Sabe-se que pacientes com doença cardiovascular são mais suscetíveis à COVID-19, apresentando um curso clínico mais grave e maior morbimortalidade. Dentre as afecções cardíacas, destacam-se a insuficiência cardíaca aguda, miocardite viral, arritmias (taquiarritmias, bradiarritmias e assistolia), alterações pressóricas (hipertensão/hipotensão), choque cardiogênico, síndrome de Takotsubo, dentre outras. Compreender os mecanismos de lesão miocárdica em pacientes com COVID-19, evidenciando os principais efeitos deletérios sobre o sistema cardiovascular.  Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foram utilizados artigos obtidos nas plataformas Public Medline (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “infecção por coronavírus” e “coração”, na língua inglesa. Os critérios de inclusão foram: artigos de acesso livre; publicados em inglês e/ou português, publicados em 2020 e relevância com a temática discutida. A lesão miocárdica resulta da entrada do vírus nas células do hospedeiro, pela ligação a enzima conversora de angiotensina 2, levando a alterações na via de sinalização ocasionando lesão miocárdica e pulmonar. As formas graves caracterizam-se por resposta inflamatória sistêmica e descarga de citocinas, levando a lesões de órgãos, podendo evoluir para falência múltipla. Dessa forma, ocorre alteração da demanda cardiometabólica, associada a infecção e hipóxia pela doença respiratória aguda, alterando a razão de oferta e demanda de oxigênio ao músculo cardíaco. Há evidências de que a ativação do sistema imune proporciona um ambiente protrombótico, associado ao estresse de cisalhamento aumentado, devido ao fluxo sanguíneo nas artérias coronarianas, que pode propiciar a ruptura de placas de ateroma ocasionando infarto agudo do miocárdio. Portanto, compreender os fatores que ocasionam lesão miocárdica, para melhor abordagem clínica e diagnóstica aos pacientes com COVID-19 é importante. Isso permite prudente avaliação e monitorização da função cardíaca, através do diagnóstico precoce, minimizando a progressão para casos graves fatais. Além disso, os mecanismos fisiopatológicos podem ser futuros alvos terapêuticos para reduzir o impacto negativo sobre o prognóstico, morbidade e mortalidade

    A relação entre a doença pulmonar obstrutiva crônica e a função muscular esquelética: revisão de literatura / The relationship between chronic obstructive pulmonary disease and skeletal muscle function: literature review

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    A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) possui várias consequências, sendo uma das mais importantes a depreciação da atividade muscular esquelética. O presente trabalho visa compreender então como a DPOC afeta essa musculatura e discorrer sobre algumas possíveis maneiras de minimizar esses efeitos. A metodologia utilizada foi a pesquisa nas bases de dados Scielo, PubMed e Google Acadêmico de artigos científicos originais e revisões de literatura elaborados entre os anos de 2014 e 2018. Os resultados indicam alto índice de atrofia, principalmente pela via miostatina, afetando expressivamente a morfologia das fibras, além de um notório estresse oxidativo e diâmetro reduzido das fibras, o que interfere em sua capacidade de contração. Com isso, conclui-se que a DPOC atua na disfunção do músculo esquelético através de vários mecanismos, os quais tem consequências severas que, possivelmente, podem ser tratadas com atividades físicas regulares e algumas substancias farmacológicas. 

    Prevalência e implicações da circunferência abdominal alterada, sobrepeso e obesidade em adolescentes de ensino médio

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    A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, principalmente na região abdominal, sob etiologias variadas (WHO, 2016). O diagnóstico é feito pela associação de diferentes técnicas, como o cálculo do IMC e a medida da circunferência abdominal (ABESO, 2016). De modo geral, o tratamento para obesidade pode ser pautado com metas para emagrecer e alternativas medicamentosas, mas, especialmente, intervenções integrais em estilo de vida são essenciais nos casos em população jovem (TAYLOR, 2016; TYSON, 2018). A prevenção abrange várias estratégias, desde a reeducação alimentar, junto a estímulos escolares e familiares, e o incentivo à prática de esportes (TYSON, 2018). Seguindo a tendência mundial, a prevalência da doença em jovens vem aumentando, e incorpora hoje 25% dos adolescentes de 10 a 19anos, acarretando, principalmente, em desfechos cardiovasculares, metabólicos e articulares em curto e longo prazo (IBGE, 2010; PASQUALI et al., 2020). Dentro disso, o objetivo do trabalho visa identificar a prevalência de circunferência abdominal alterada, sobrepeso e obesidade em adolescentes escolares de ensinomédio e avaliar os principais fatores predisponentes ao excesso de peso. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, descritivo e transversal de natureza quantitativa para avaliar a prevalência da obesidade e suas consequências a curto e longo prazo em estudantes do ensino médio de Anápolis, Goiás no período de 2020 e 2021

    Percepção de acadêmicos de medicina em relação a sintomas depressivos em escolares na adolescência

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    Introdução: presente trabalho apresenta um relato da experiência de acadêmicos de medicina da faculdade UniEVANGÉLICA com uma ação educativa sobre os sintomas da depressão infantil no colégio Couto Magalhães no dia 06 de junho de 2019. O módulo de Medicina de Família e Comunidade, subárea de saúde coletiva proporcionou a realização do projeto através da metodologia do Arco de Maguerez. As 3 primeiras etapas do método foram aplicadas na visita à escola com o apoio do questionário da pesquisa PeNSE (IBGE, 2015). Contextualizando diferentes aspectos como educação sexual e bullying, constatou-se que 40% dos alunos se queixou de solidão, definindo um ponto vulnerável passível de intervenção. Na terceira fase, a teorização explorou os tópicos necessários a cobrir, destacando consequências que pesam sobre todo o processo maturativo biopsicossocial, atingindo 8 milhões de crianças no Brasil. A intervenção se baseou no risco de depressão entre os alunos do 6° ano ao 3° ano do ensino médio, objetivando oferecer meios para lidar com os sintomas e prevenir a depressão. Para isso, foi aplicado o Inventário de depressão infantil de Kovacs, que propõe mensurar o nível do distúrbio em jovens de 7 a 17 anos. Cada questão porta 3 alternativas, pontuadas de 0 a 2 de acordo com a gravidade. Objetivo: apresentar a experiência de estudantes de medicina frente a ação em saúde na aplicação de escala para depressão infantil. Relato de experiência: a pesquisa abrangeu 82 alunos e, com os resultados, o grupo se viu surpreso. Categorizadas as questões pelo peso para o risco de depressão, a terceira categoria, sobre afecções funcionais e à concepção de si mesmo, apresentou números alarmantes: 57,32% mostraram score mediano a máximo para más perspectivas de vida, 56,1% quanto ao mau rendimento escolar, 19,5% pela baixa autoestima e 18,3% referiram ideação suicida. Com a apresentação de um banner, o grupo esclareceu limites entre a regularidade e a patologia, pontuando técnicas para lidar com a tristeza. Como por exemplo, a prática de exercícios, filmes e músicas que propiciem a liberação dos “hormônios da felicidade” abordados – serotonina, dopamina, endorfina e oxitocina. Discussão: uma das tarefas mais importantes da prática foi despertar o assunto como algo passivo de prevenção. Questões como a autoestima, otimismo e rendimento escolar foram abertamente discutidas. Mas, ainda assim, o grupo sentiu certa impotência frente ao impacto funcional dos resultados, já que os participantes não transpareciam sentimentos tão relevantes quanto as porcentagens. Por outro lado, houve queixas dos participantes sobre a rigidez das opções da escala de Kovacs, que apresentavam extremos que não contemplavam individualidades suficientes para representá-los. Por fim, o projeto foi aperfeiçoou competências para um melhor entendimento das singularidades da saúde, adaptação da linguagem de alcance ao público e a maturidade para utilizar dados contextualizados e agir sobre eles. Conclusão: a experiência foi extremamente enriquecedora ao grupo, contribuindo para a visualização dos sintomas depressivos na juventude como um fator social importante e proporcionando melhores perspectivas sobre o manejo diário do problema. Nessa linha, é imprescindível que as escalas de depressão sejam desenvolvidas empírica e amplamente, para uma melhor identificação dos sujeitos

    Dermatite atópica em crianças e o papel da microbiota intestinal na fisiopatologia da doença

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    A dermatite atópica é uma doença crônica de etiologia multifatorial que afeta hoje 15 a 20% das crianças pelo mundo. Por se tratar de uma doença altamente prugirinosa, as manifestações na infância podem afetar fortemente o curso de desenvolvimento da criança e, consequentemente, a sua qualidade de vida e de todos os envolvidos. Assim, surge a necessidade de uma maior atenção sobre as possíveis formas de prevenção, tratamento e, primariamente, à etiologia por trás dos distúrbios cutâneos. Nessa linha, a relação entre a dermatite atópica infantil e a microbiota intestinal vem ganhando força em meio a hipóteses e teorias ainda pouco conhecidas. Considerando a relevância do assunto, o presente estudo tem por objetivo relacionar a dermatite atópica infantil com a atuação na microbiota intestinal e destacar as principais condutas frente à doença. Tratando-se, portanto, de uma revisão integrativa de literatura embasada em 28 artigos científicos e dados epidemiológicos entre 2011 e 2019, mediante busca nas de dados PubMed e Bireme com os descritores: “atopic eczema”, “etiology”, microbiota gastrointestinal, “probiotic supplement”. Dessa forma, foi possível, não só esclarecer a fisiopatologia da doença, como também evidenciar tópicos a serem aprofundados e chamar a atenção da comunidade científica atual
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