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Fatores que influenciam na sexualidade da população feminina com espinha bífida
Introdução: A espinha bífida é o principal defeito neurológico do nascimento que ocorre devido a um fechamento inadequado do tubo neural, levando a disfunções multi-sistêmicas, como alterações motoras e bexiga neurogênica. A expectativa de vida dos pacientes com espinha bífida aumentou como resultado da melhoria dos cuidados médicos e problemas de vida adulta, como a sexualidade, tornaram-se preocupações crescentes entre essa população. Objetivo: Avaliar a vida sexual de pacientes com espinha bífida e sua correlação com fatores urológicos, neurológicos, ortopédicos, digestivos e socioeconômicos. Métodos: Estudo analítico transversal baseado na aplicação de um questionário específico sobre sexualidade feminina em 140 pacientes com espinha bífida de quatro cidades diferentes (Porto Alegre / Brasil; Barcelona, Madrid e Málaga / Espanha) entre 2019 e 2020. A pesquisa coletou dados clínicos tais como características neurológicas específicas da espinha bífida (tipo de lesão, nível medular, hidrocefalia), condições urológicas e digestivas (incontinência urinária ou fecal, cirurgia de ampliação vesical), fatores ortopédicos (capacidade de deambulação), dados ginecológicos (uso de contraceptivos, cuidados e conhecimento sobre saúde íntima), nível educacional e condição socioeconômica (dependência econômica e autonomia familiar). A vida sexual foi avaliada por meio da versão de 6 itens do Índice de Função Sexual Feminina (FSFI-6) validado em espanhol e português. As variáveis clínicas e sociodemográficas sofreram análises estatísticas de associação com os dados referentes à sexualidade. Resultados: Metade das pacientes do sexo feminino com espinha bífida teve atividade sexual pelo menos uma vez na vida, porém muitas não usaram nenhum método contraceptivo (57,1%). A disfunção sexual estava presente na maioria dos pacientes (84,3%) com uma pontuação total mediana do FSFI-6 de 14,5 (variação de 4-26), sendo todos os domínios sexuais prejudicados. Obesidade, tipo de espinha bífida, nível de acometimento da medula espinhal, hidrocefalia, uso de cadeira de rodas e distúrbios psicológicos não foram estatisticamente associados com diferenças entre as taxas de atividade ou disfunção sexual. A presença de incontinência urinária foi associado com menores taxas de atividade sexual (continentes 78.3% vs. incontinentes 44% p=0.003) e maiores taxas de disfunção sexual feminina ( continente 50% vs. incontinentes 96.2% p<0.001). Além disso, incontinência urinária e fecal foram significativamente associadas com piores escores em todos os domínios sexuais do FSFI-6, exceto para dor. O passado de cirurgia de ampliação vesical não foi associado com diferenças na atividade ou qualidade sexual. A análise dos fatores socieconômicos revelou que um menor nível de estudos (ensino médio ou fundamental 91.7% vs. ensino superior 40% p=0.001) e dependência econômica dos pais/família ou governo (dependência 95.3% vs. independência 66.7% p=0.002) apresentaram associação com maiores taxas de disfunção sexual feminina. Conclusão: A espinha bífida é uma complexa condição que exige cuidados adequados para alcançar uma vida sexual satisfatória. Há uma necessidade de melhorar o aconselhamento ginecológico entre as pacientes sexualmente ativas, uma vez que a maioria não usa nenhum método contraceptivo e corre 12 risco de gravidez inadvertida. Existem aspectos clínicos da espinha bífida, como incontinência urinária e fecal, os quais estão associados à diminuição da qualidade sexual e que devem receber maior atenção da equipe assistente.Introduction: Spina bifida is the main neurological defect at birth that occurs due to improper closure of the neural tube, leading to multi-systemic dysfunctions, such as motor changes and neurogenic bladder. The life expectancy of patients with spina bifida has increased as a result of improved medical care and adult life problems, such as sexuality, have become growing concerns among this population. Objective: To evaluate the sexual life of patients with spina bifida and assess which factors influence with their sexual activity or quality. Methods: A cross-sectional survey including a validated female-specific sexuality questionnaire was applied in 140 spina bifida female patients from four different cities (Porto Alegre/Brazil; Barcelona, Madrid and Málaga/Spain) between 2019 and 2020. The survey collected clinical data such as demographic information, specific neurological characteristics of spina bifida (type of lesion, spinal level, hydrocephalus), urological and digestive conditions (urinary or fecal incontinence, bladder augmentation surgery), orthopedic factors (walking ability), gynecological data (contraceptives, intimate life care and knowledge) educational status and socieconomic condition (financial dependency and familiar autonomy). Sexual life was assessed using the 6-item version of the Female Sexual Function Index (FSFI-6) validated in Spanish and Portuguese. The clinical and sociodemographic variables underwent statistical analyzes of association with data related to sexuality. Results: Half of the female patients with spina bifida had sexual activity at least once in their life, however many did not use any contraception method (57.1%). 14 Sexual dysfunction was present in most (84.3%) patients with a median overall FSFI-6 total score of 14.5 (range 4-26), being all sex domains impaired. Obesity, type of spina bifida, spinal cord level, hydrocephalus, use of wheelchair and psychological disorder were not statistically associated with differences among rates of sexual activity or dysfunction. The presence of urinary incontinence was associated with lower rates of sexual activity (continence 78.3% vs. incontinence 44% p=0.003) and higher rates of female sexual dysfunction (continence 50% vs. incontinence 96.2% p<0.001). In addition, urinary and fecal incontinence were significantly associated with worse scores in all FSFI-6 sexual domains, except for pain. Bladder augmentation surgery was not associated with differences in sexual activity or quality. The analysis of socio-economic factors revealed that a lower level of education (elementary/high school 91.7% vs. university 40% p=0.001) and economic dependence on parents/family or government (dependence 95.3% vs. independence 66.7% p=0.002 ) were associated with higher rates of female sexual dysfunction. Conclusion: Spina bifida is a complex condition that requires proper care to achieve a satisfactory sexual life. There is a need to improve gynecological counseling among sexually active patients since most did not use any contraceptive methods, thus increasing the risk of an unintended pregnancy. There are clinical aspects of spina bifida, such as urinary and fecal incontinence, which are associated with decreased sexual quality and that should receive greater attention from the assistant team
Combined effects of melatonin and topical hypothermia on renal ischemia-reperfusion injury in rats
Purpose: To evaluate whether their combination was more effective than either alone in decreasing renal damage due to ischemia/reperfusion (I/R) injury in rats. Methods: Thirty-two Wistar rats were assigned to four groups. Following right nephrectomy, their left kidneys were subjected to warm ischemia (IR), cold ischemia (TH+IR), intraperitoneal injection of 10 mg/kg melatonin (MEL+IR), or injection of 10 mg/kg melatonin followed by cold ischemia (MEL+TH+IR). Eight randomly assigned right kidneys constituted the control group. After 240 min of reperfusion, left nephrectomy was performed for histopathological evaluation, lipid peroxidation, and measurement of antioxidant enzyme activity. Serum was collected to measure urea and creatinine concentrations. Results: Histopathological damage induced by ischemia and reperfusion was more attenuated in the MEL+TH+IR group than in the MEL+IR and TH+IR groups (p<0.037). Superoxide dismutase activity was significantly higher (p<0.029) and creatinine (p<0.001) and urea (p<0.001) concentrations were significantly lower in the MEL+TH+IR group than in the MEL+IR and TH+IR groups. Conclusion: The combination of melatonin (MEL) and topical hypothermia (TH) better protects against renal I/R injury than does MEL or TH alone
Remote ischemic conditioning associated with hypothermia : analysis of the renal lesion in the ischemia-reperfusion damage of rats
Introdução: A lesão renal por isquemia-reperfusão (IR) pode ser reduzida através de estratégias protetoras, entre elas a hipotermia e o pré-condicionamento isquêmico remoto (PCIR). A combinação destas sustenta um potencial efeito protetor a ser esclarecido. Objetivos: Avaliar os efeitos da associação entre o pré-condicionamento isquêmico remoto e a hipotermia tópica em relação às lesões renais por IR, especialmente quanto ao estresse oxidativo e as alterações histológicas no tecido renal. Métodos: Cirurgias experimentais em trinta e dois ratos Wistar, os quais foram aleatoriamente selecionados para quatro protocolos cirúrgicos: 1 - isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob eutermia (37 o C); 2 - isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob hipotermia local (4 o C); 3 - PCIR através de clampeamento da artéria ilíaca esquerda por 15 minutos seguido reperfusão por 10 minutos, prosseguindo para isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob eutermia; 4 - PCIR através de clampeamento da artéria ilíaca esquerda por 15 minutos seguido reperfusão por 10 minutos, prosseguindo para isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob hipotermia local. Todos os ratos sofreram nefrectomia direita no início do procedimento, sendo estes rins considerados o grupo controle. Após 240 minutos de reperfusão da IR, os animais foram submetidos a um segundo procedimento cirúrgico para a nefrectomia esquerda. Todos os rins foram submetidos a avaliação tecidual, onde foram analisados o grau de necrose tubular aguda pela avaliação histopatológica, além do estresse oxidativo através da dosagem de isoprostanos e medida da atividade da superóxido dismutase e catalases. Avaliamos, ainda, as diferenças de creatinina plasmáticas antes e depois do experimento Resultados: A combinação de PCIR com hipotermia durante experimento de IR revelou ausência de diferenças comparado aos outros grupos de intervenção na análise do padrão histológico (p=0.722). O estresse oxidativo não apresentou variações significativas entre os grupos, exceto na medida do superóxido dismutase que foi mais elevada nos protocolos de isquemia fria (p<0.05). Animais submetidos a protocolos de IR sob hipotermia demonstraram menores valores de creatinina sérica ao término dos procedimentos (p<0.001). Conclusão: A associação de pré-condicionamento isquêmico remoto com hipotermia local não gera proteção renal na lesão por IR. A hipotermia isolada, entretanto, parece ser efetiva na preservação da função renal durante eventos isquêmicos. Em nosso estudo, o pré-condicionamento isquêmico remoto isolado seguido de IR quente (37ºC) não demonstrou benefícios nos parâmetros avaliados comparado à IR quente sem PCIR ou mesmo grupo controle, sugerindo que este modelo experimental de pré-condicionamento isquêmico remoto possui restrições na análise da janela precoce de proteção.Introduction: Ischemia-reperfusion injury (IR) can be reduced using protective measures such as hypothermia and remote ischemic preconditioning (RIPC). The combination of these might result in potential protective effects to be clarified. Objectives: To assess the effects of the association between RIPC and topical hypothermia in relation to renal IR injuries, especially regarding oxidative stress and histological changes in renal tissue. Methods: Experimental surgeries in thirty two Wistar rats, which were randomly selected to four surgical protocols: 1 - IR by left renal pedicle ischemia for 40 minutes followed by single reperfusion (37 o C); 2 - IR by left renal pedicle ischemia for 40 minutes followed by reperfusion under local hypothermia (4 o C); 3 - RIPC by clamping the left iliac artery for 15 minutes followed by reperfusion for 10 minutes, proceeding to ischemia of the left renal pedicle for 40 minutes followed by reperfusion (37 o C); 4 - RIPC by clamping the left iliac artery for 15 minutes followed by reperfusion for 10 minutes, proceeding to ischemia of the left renal pedicle for 40 minutes followed by reperfusion under local hypothermia (4 o C). All rats underwent right nephrectomy at the beginning of the procedure, and these kidneys considered the control group. After 240 minutes of reperfusion, the animals were submitted to a second surgical procedure for left nephrectomy. All kidneys underwent tissue evaluation, describing the degree of acute tubular necrosis with histopathological analysis. Oxidative stress assessment occurred through isoprostane dosing and measurement of superoxide dismutase and catalase activity. Differences in plasmatic blood creatinine were evaluated before and after the experiment Results: RIPC combined with cold ischemia during IR experiment revealed no differences compared to any of the other interventional groups regarding the analysis of histological changes (p=0.722). Oxidative stress shows no significant variations among groups, except in superoxide dismutase measurements which were higher in cold protocols compared to warm protocols (p<0.05). Serum creatinine at end of procedure showed lower levels in the animals submitted to hypothermic IR protocols (p<0.001). Conclusion: Combining remote ischemic preconditioning and local hypothermia provides no renal protection in IR injury. Hypothermia, however, seems to be effective in preserving renal function during ischemic events. Furthermore, in our study remote preconditioning solely followed by warm IR did not show benefits in any of the evaluated parameters compared to warm IR alone or control groups, suggesting that this experimental model of preconditioning has limitations in the early window of protection analysis (< 24 hours)
Fatores que influenciam na sexualidade da população feminina com espinha bífida
Introdução: A espinha bífida é o principal defeito neurológico do nascimento que ocorre devido a um fechamento inadequado do tubo neural, levando a disfunções multi-sistêmicas, como alterações motoras e bexiga neurogênica. A expectativa de vida dos pacientes com espinha bífida aumentou como resultado da melhoria dos cuidados médicos e problemas de vida adulta, como a sexualidade, tornaram-se preocupações crescentes entre essa população. Objetivo: Avaliar a vida sexual de pacientes com espinha bífida e sua correlação com fatores urológicos, neurológicos, ortopédicos, digestivos e socioeconômicos. Métodos: Estudo analítico transversal baseado na aplicação de um questionário específico sobre sexualidade feminina em 140 pacientes com espinha bífida de quatro cidades diferentes (Porto Alegre / Brasil; Barcelona, Madrid e Málaga / Espanha) entre 2019 e 2020. A pesquisa coletou dados clínicos tais como características neurológicas específicas da espinha bífida (tipo de lesão, nível medular, hidrocefalia), condições urológicas e digestivas (incontinência urinária ou fecal, cirurgia de ampliação vesical), fatores ortopédicos (capacidade de deambulação), dados ginecológicos (uso de contraceptivos, cuidados e conhecimento sobre saúde íntima), nível educacional e condição socioeconômica (dependência econômica e autonomia familiar). A vida sexual foi avaliada por meio da versão de 6 itens do Índice de Função Sexual Feminina (FSFI-6) validado em espanhol e português. As variáveis clínicas e sociodemográficas sofreram análises estatísticas de associação com os dados referentes à sexualidade. Resultados: Metade das pacientes do sexo feminino com espinha bífida teve atividade sexual pelo menos uma vez na vida, porém muitas não usaram nenhum método contraceptivo (57,1%). A disfunção sexual estava presente na maioria dos pacientes (84,3%) com uma pontuação total mediana do FSFI-6 de 14,5 (variação de 4-26), sendo todos os domínios sexuais prejudicados. Obesidade, tipo de espinha bífida, nível de acometimento da medula espinhal, hidrocefalia, uso de cadeira de rodas e distúrbios psicológicos não foram estatisticamente associados com diferenças entre as taxas de atividade ou disfunção sexual. A presença de incontinência urinária foi associado com menores taxas de atividade sexual (continentes 78.3% vs. incontinentes 44% p=0.003) e maiores taxas de disfunção sexual feminina ( continente 50% vs. incontinentes 96.2% p<0.001). Além disso, incontinência urinária e fecal foram significativamente associadas com piores escores em todos os domínios sexuais do FSFI-6, exceto para dor. O passado de cirurgia de ampliação vesical não foi associado com diferenças na atividade ou qualidade sexual. A análise dos fatores socieconômicos revelou que um menor nível de estudos (ensino médio ou fundamental 91.7% vs. ensino superior 40% p=0.001) e dependência econômica dos pais/família ou governo (dependência 95.3% vs. independência 66.7% p=0.002) apresentaram associação com maiores taxas de disfunção sexual feminina. Conclusão: A espinha bífida é uma complexa condição que exige cuidados adequados para alcançar uma vida sexual satisfatória. Há uma necessidade de melhorar o aconselhamento ginecológico entre as pacientes sexualmente ativas, uma vez que a maioria não usa nenhum método contraceptivo e corre 12 risco de gravidez inadvertida. Existem aspectos clínicos da espinha bífida, como incontinência urinária e fecal, os quais estão associados à diminuição da qualidade sexual e que devem receber maior atenção da equipe assistente.Introduction: Spina bifida is the main neurological defect at birth that occurs due to improper closure of the neural tube, leading to multi-systemic dysfunctions, such as motor changes and neurogenic bladder. The life expectancy of patients with spina bifida has increased as a result of improved medical care and adult life problems, such as sexuality, have become growing concerns among this population. Objective: To evaluate the sexual life of patients with spina bifida and assess which factors influence with their sexual activity or quality. Methods: A cross-sectional survey including a validated female-specific sexuality questionnaire was applied in 140 spina bifida female patients from four different cities (Porto Alegre/Brazil; Barcelona, Madrid and Málaga/Spain) between 2019 and 2020. The survey collected clinical data such as demographic information, specific neurological characteristics of spina bifida (type of lesion, spinal level, hydrocephalus), urological and digestive conditions (urinary or fecal incontinence, bladder augmentation surgery), orthopedic factors (walking ability), gynecological data (contraceptives, intimate life care and knowledge) educational status and socieconomic condition (financial dependency and familiar autonomy). Sexual life was assessed using the 6-item version of the Female Sexual Function Index (FSFI-6) validated in Spanish and Portuguese. The clinical and sociodemographic variables underwent statistical analyzes of association with data related to sexuality. Results: Half of the female patients with spina bifida had sexual activity at least once in their life, however many did not use any contraception method (57.1%). 14 Sexual dysfunction was present in most (84.3%) patients with a median overall FSFI-6 total score of 14.5 (range 4-26), being all sex domains impaired. Obesity, type of spina bifida, spinal cord level, hydrocephalus, use of wheelchair and psychological disorder were not statistically associated with differences among rates of sexual activity or dysfunction. The presence of urinary incontinence was associated with lower rates of sexual activity (continence 78.3% vs. incontinence 44% p=0.003) and higher rates of female sexual dysfunction (continence 50% vs. incontinence 96.2% p<0.001). In addition, urinary and fecal incontinence were significantly associated with worse scores in all FSFI-6 sexual domains, except for pain. Bladder augmentation surgery was not associated with differences in sexual activity or quality. The analysis of socio-economic factors revealed that a lower level of education (elementary/high school 91.7% vs. university 40% p=0.001) and economic dependence on parents/family or government (dependence 95.3% vs. independence 66.7% p=0.002 ) were associated with higher rates of female sexual dysfunction. Conclusion: Spina bifida is a complex condition that requires proper care to achieve a satisfactory sexual life. There is a need to improve gynecological counseling among sexually active patients since most did not use any contraceptive methods, thus increasing the risk of an unintended pregnancy. There are clinical aspects of spina bifida, such as urinary and fecal incontinence, which are associated with decreased sexual quality and that should receive greater attention from the assistant team
Effects of remote ischemic preconditioning and topical hypothermia in renal ischemia-reperfusion injury in rats
Purpose: To evaluate whether combining hypothermia and remote ischemic preconditioning (RIPC) results in protection from ischemia-reperfusion (IR). Methods: Thirty-two Wistar rats underwent right nephrectomy and were randomly assigned to four experimental protocols on the left kidney: warm ischemia (group 1), cold ischemia (group 2), RIPC followed by warm ischemia (group 3), and RIPC followed by cold ischemia (group 4). After 240 minutes of reperfusion, histological changes in the left kidney, as well as lipid peroxidation and antioxidant enzyme activity, were analyzed. The right kidney was used as the control. Serum creatinine was collected before and after the procedures. Results: RIPC combined with hypothermia during IR experiments revealed no differences on interventional groups regarding histological changes (p=0.722). Oxidative stress showed no significant variations among the groups. Lower serum creatinine at the end of the procedure was seen in animals exposed to hypothermia (p<0.001). Conclusions: Combination of RIPC and local hypothermia provides no renal protection in IR injury. Hypothermia preserves renal function during ischemic events. Furthermore, RIPC followed by warm IR did not show benefits compared to warm IR alone or controls in our experimental protocol
Pyoderma gangrenosum as a initial manifestation of ulcerative proctocolitis
pyoderma gangrenosum is a rare inflammatory skin condition characterized by progressive and recurrent skin ulceration of destructive course. It is usually associated with rheumatoid arthritis, paraproteinemia, myeloproliferative diseases and inflammatory bowel diseases, especially non-specific ulcerative proctocolitis. In these situations, skin lesions are described as concurrent with the intestinal condition. However, reports on pyoderma gangrenosum preceding intestinal findings are less frequent. The authors describe a case of a woman with febrile condition associated with skin lesions diagnosed by biopsy as pyoderma gangrenosum. Two weeks later, she developed diarrhea, arthralgia and sepsis, being diagnosed as ulcerative proctocolitis. After the administration of the treatment for ulcerative proctocolitis, she showed improvements in sepsis care, remission of diarrhea and regression of skin lesions. This case highlights the importance of considering pyoderma gangrenosum as a manifestation associated with inflammatory bowel disease, regardless of its timing in relation to intestinal symptoms.Pioderma gangrenoso é uma forma de inflamação cutânea, caracterizada por ulceração progressiva e recorrente da pele, com curso destrutivo. Geralmente é associada à artrite reumatoide, paraproteinemia, doenças mieloproliferativas e doença inflamatória intestinal, em especial retocolite ulcerativa inespecífica. Em tais casos, as lesões cutâneas são descritas concomitantes ao quadro intestinal, porém, relatos com descrição de pioderma gangrenoso precedendo achados intestinais são menos frequentes. Os autores relatam caso de mulher com quadro febril associado a lesões cutâneas diagnosticadas por biópsia como pioderma gangrenoso. Duas semanas depois, apresentou diarreia, artralgia e sepse sendo diagnosticada retocolite ulcerativa. Com o tratamento para retocolite ulcerativa apresentou melhora do quadro séptico, remissão da diarreia e regressão das lesões cutâneas. Este caso enfatiza a importância em considerar o pioderma gangrenoso como manifestação associada à doença inflamatória intestinal, independente de sua temporalidade em relação aos sintomas intestinais
Combined effects of melatonin and topical hypothermia on renal ischemia-reperfusion injury in rats
Purpose: To evaluate whether their combination was more effective than either alone in decreasing renal damage due to ischemia/reperfusion (I/R) injury in rats. Methods: Thirty-two Wistar rats were assigned to four groups. Following right nephrectomy, their left kidneys were subjected to warm ischemia (IR), cold ischemia (TH+IR), intraperitoneal injection of 10 mg/kg melatonin (MEL+IR), or injection of 10 mg/kg melatonin followed by cold ischemia (MEL+TH+IR). Eight randomly assigned right kidneys constituted the control group. After 240 min of reperfusion, left nephrectomy was performed for histopathological evaluation, lipid peroxidation, and measurement of antioxidant enzyme activity. Serum was collected to measure urea and creatinine concentrations. Results: Histopathological damage induced by ischemia and reperfusion was more attenuated in the MEL+TH+IR group than in the MEL+IR and TH+IR groups (p<0.037). Superoxide dismutase activity was significantly higher (p<0.029) and creatinine (p<0.001) and urea (p<0.001) concentrations were significantly lower in the MEL+TH+IR group than in the MEL+IR and TH+IR groups. Conclusion: The combination of melatonin (MEL) and topical hypothermia (TH) better protects against renal I/R injury than does MEL or TH alone