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    Saúde no Amanhã:um museu interdisciplinar promotor de saúde, bem-estar e qualidade de vida/ Health in Tomorrow:an interdisciplinary museum promoting health, well-being and quality of life

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    Introdução Historicamente, os museus constituem espaços de preservação de memórias, fatos e histórias de um indivíduo, povo ou nação. Contemporaneamente, esse espaços tem sido reformulados com novas reflexões, como: ressocialização de idosos, redução de exclusão social, questões ambientais, saúde e qualidade de vida, associando assim a arte, a cultura e a saúde. Objetivo Identificar as percepções de visitantes de um museu inovador de ciências no Brasil – Museu do Amanhã – sobre como a visita ao museu contribuiu para seu bem-estar e qualidade de vida durante e após a visita. Material e Métodos  Foi realizada uma pesquisa exploratória de abordagem quantitativa a partir de um questionário no “Google Forms” e respondido por visitantes no Museu do Amanhã no Rio de Janeiro no mês de agosto de 2019, totalizando 80 participantes. Previamente ao questionário, o individuo assistia um vídeo interativo questionando o indivíduo sobre seu grau de conhecimento a respeito do que é qualidade de vida e mostrando a individualidade do conceito e, posteriormente ao formulário, assistia um vídeo final com uma breve explicação do que seria realmente qualidade de vida e das múltiplas vertentes que essa possui. As três etapas da pesquisa foram didaticamente explicadas em banner exposto no museu. Para cada “passo” foi criado um QR Code específico que direcionava o participante ao conteúdo produzido pelo grupo. Resultados e Discussão Dos 80 participantes, a maioria era do sexo feminino (67,5%); idade entre 21-40 anos, predomínio dos estados civis: solteiros (48%) e casados(40%) e de origens diversas nacionais e internacionais, com um predomínio da região sudeste. Quanto ao aspecto econômico, parece haver uma relação direta com o poder aquisitivo e escolaridade, apresentando um menor número a partir de 10 salários mínimos e também de pós-graduados, refletindo menor alcance populacional à esses patamares. Grande parte dos indivíduos visitavam pela primeira vez o museu (78,5%), permaneciam entre 1-3 horas no museu (61,3%), não acompanhavam a programação (80%), achavam o espaço muito aconchegante (55,%) e aconchegante (41,3%) e apontaram o espaço com boa metodologia de interação entre faixa etárias (51%), apresentando boa satisfação por eles. No entanto, quando perguntados sobre o tema Ciências da Saúde, 84,2% relataram nunca ter participado de exposições com o tema e 65% demonstraram não participar de oficinas e cursos de qualidade de vida e bem-estar, demonstrando o limite de acesso ao assunto.  Contudo, a maior parte dos participantes mostraram efeito positivo para suas vidas quando 89,7% demonstraram que visitar o Museu do Amanhã pode mudar a forma como eles se enxergam e se inserem para sua saúde e para o seu dia-dia e 60,8% disseram haver mudanças pessoais na vida, bem como  a geração de sensação de bem-estar (85%), tranquilidade/calma (76,5%), alegria (16%), redução de estresse (32,1%),  ansiedade (39,5%), possibilidade de aumentar a criatividade (42%) e fomentar a socialização (18,5%) com a visita ao Museu do Amanhã. Além disso, os participantes deram sugestões de melhorias/mudanças no espaço para gerar sensação de bem-estar, como: 25,9% responderam mais áreas verdes, 14,8% praça de alimentação, 18,5% local exclusivo para música, 8,6% local para interação entre os visitantes e 43,2% outros; sugestivos de novas pesquisas. Conclusão Visitas em museus tem uma grande tendência a promover mudanças nos indivíduos, seja pelo choque da realidade, pela conscientização, pela aquisição de novos conhecimentos, reconhecimentos, interação social, entre outras contribuições. Refletindo um ambiente de aprendizado e interação ativa entre arte, cultura e saúde pelos estudantes, pesquisadores e população em geral no Museu do Amanh

    Jalecos mágicos no albergue são vicente de paula:uma formação médica humanizada no cuidado dos idosos

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    Introdução: A busca por uma relação médico-paciente mais humanizada tem sido um dos grandes desafios na formação dos acadêmicos de medicina. A elaboração da Política Nacional de Humanização (PNH) somada às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) tentam suprir essa lacuna norteando os currículos dos cursos de medicina para o cuidado humanizado. Na Universidade Federal de Goiás – Regional Jataí, os Jalecos Mágicos, uma das vertentes do projeto de extensão “Medicina & Arte: um encontro com a vida”, realiza ações que visam a inserção de estudantes em variados espaços da sociedade (hospitais, escolas e abrigos), necessitados de cuidado e atenção, com o objetivo de promover momentos lúdicos para os envolvidos, além de contribuir com os objetivos propostos pela PNH e DCN. Objetivo: Promover ações lúdicas voltadas aos idosos do albergue São Vicente de Paula. Relato de experiência: O albergue São Vicente de Paula, fundado em 1952, na cidade de Jataí, tendo sua sede própria inaugurada em 1993, é uma instituição beneficente e de assistência social, de cunho filosófico, científico e ambulatorial, sem finalidade lucrativa e com prazo de duração indeterminado, que visa atendimento de qualidade aos idosos, com capacidade para 100idosos. No dia 25 de maio de 2019, alunos de cursos da saúde e professores membros do projeto realizaram uma visita aos idosos do albergue São Vicente de Paula com a intenção de desenvolver momentos de descontração musical e atenção a necessidades básicas dos moradores, como conversas. Os alunos, caracterizados com fantasias e pinturas faciais iniciaram a atividade abordando os idosos que estavam no salão principal da instituição, cumprimentando-os e conversando com aqueles que se mostravam à vontade. Ao longo da visita, parte dos discentes cantaram músicas, tanto escolhidas por eles, quanto sugeridas pelos idosos, e adentraram o albergue em busca de mais moradoresque tivessem limitações para participar das atividades que estavam sendo desenvolvidas pelo grupo. Durante a visita, alguns discentes relataram dificuldades na maneira de aproximarem e conversarem com os idosos, muitas vezes temendo a falta de receptividade. Muitos desses mesmos alunos, ao longo da manhã de visita, demonstraram maior desenvoltura para lidar com os moradores e as limitações foram gradativamente superadas com o auxílio dos demais. Ao final da visita, houve um momento de compartilhamento de percepções por parte do grupo em que alguns membros relataram uma dualidade de sentimentos, como a felicidade por participar daquele momento e contribuir de alguma forma com os idosos moradores do albergue, mas também angústia pelo abandono familiar e limitações físicas, emocionais e financeiras vividas por grande parte dos idosos. Discussão: Foi possível perceber com a visita ao albergue a frequente dificuldade dos estudantes de medicina no estabelecimento inicial da relação estudante-paciente. Contudo, experiências como essa relatada demonstram a importância do envolvimento dos alunos com práticas de integração ensino-comunidade para a formação médica, promovendo aprimoramento das abordagens dos graduandos com os diferentes grupos sociais, como os idosos. Conclusão: Ações como essas são imprescindíveis na formação dos acadêmicos de medicina, para além de um olhar clínico e biomédico, buscando uma prática mais holística e humanizada com o cuidado ao próximo

    Hábitos alimentares de estudantes de uma universidade pública no sudoeste goiano – um estudo transversal / Eating habits of students at a public university in southwestern Goiania - a cross-sectional study

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    Introdução A alimentação contemporânea passa por um momento de transição, no qual a mudança no estilo de vida induz cada vez mais escolhas de baixo valor nutricional. No grupo dos estudantes universitários, essa realidade mostra-se intensificada, na medida em que diversos fatores relacionados à vida acadêmica impõem um ritmo alimentar pautado em alimentos hipercalóricos e de baixo teor nutritivo. Objetivos Descrever o panorama epidemiológico acerca dos hábitos alimentares de estudantes da Universidade Federal de Jataí (UFJ) por meio da análise e interpretação de dados coletados. Material e Métodos Elaboração de um questionário por meio da plataforma "Google formulários", contendo 24 perguntas a respeito dos hábitos alimentares de estudantes da UFJ, com divulgação por meio de redes sociais e análise das respostas por planilha na plataforma Excel. Resultados Foram obtidas 277 respostas, com uma presença majoritária (71,8%) de público feminino, com faixa etária predominante de 17 a 41 anos. A maior quantidade de entrevistados foi proveniente de cursos das áreas de Ciências da Saúde e Ciências Agrárias, sendo que todos os alunos responderam a questões sobre sua procedência, composição do núcleo de moradia, número de refeições diárias, frequência e composição do café da manhã, local de almoço, jantar e lanches, grupos alimentares consumidos frequentemente, uso de serviços de entrega de comida, alterações de peso, realização de atividade física, horas de sono diárias, uso de bebida alcoólica, consumo de café e ingesta de água. Discussões Entre as 277 respostas obtidas, as variáveis “sexo” e “áreas dos cursos” não apresentaram significado expressivo no contexto da pesquisa, tendo em vista aspectos da própria universidade e a influência de proximidade entre cursos específicos e o curso dos pesquisadores. Quanto à procedência dos discentes, a quantidade expressiva de alunos procedentes de outros municípios (72,6%) justifica-se pelo sistema atual de ingresso em universidades públicas no país. Em relação ao aspecto alimentar, o café da manhã mostrou-se uma refeição negligenciada em parte (44,4%) ou totalmente (13,7%) pelos participantes, sendo que, quando realizada, vai de encontro às indicações nutricionais do Ministério da Saúde, prevalecendo alimentos de baixo valor nutritivo. O distanciamento do câmpus universitário em relação à cidade somado ao predomínio de período integral da maioria dos cursos corrobora para grande número de estudantes que almoçam no restaurante universitário (73,6%) e jantam em casa (71,5%). Consequentemente, o cardápio nutricionalmente equilibrado oferecido no restaurante universitário corrobora para a alta ingesta de frutas, verduras e legumes (76,9%) referida na pesquisa. Contudo, ainda é crítico o frequente consumo de alimentos altamente calóricos e não saudáveis, como refrigerantes (30,3%) e bolachas (26,7%), por exemplo. Ademais, pode-se inferir certa influência do perfil alimentar dos universitários, atrelada a não prática de atividade física regular (53,1%) e restrição de horas de sono, com aumento de peso ao longo da graduação (52%). Conclusão Observa-se um cenário de alimentação inadequada por grande parte dos estudantes universitários, evidenciado por fatores como ausência de café da manhã, alto consumo de alimentos hipercalóricos ao longo do dia, baixa ingesta de frutas, entre outros. Tal comportamento está diretamente relacionado à grande porcentagem de ganho de peso relatada na pesquisa, e serve de alerta para autoridades da universidade e para os próprios alunos a respeito da necessidade de se implementarem hábitos alimentares mais saudáveis
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