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    Culpar a vítima ainda é o modus operandi da linguagem jornalística? Análise dos títulos no webjornalismo do portal G1 sobre o estupro (quadriênio 2016-2019)

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    Este artigo adotaa análise de discurso crítica(ADC) como caminho para analisar os títulos de webjornalismo no período de 2016 a 2019, veiculadas no G1, uma das maiores plataformas de jornalismo digital no Brasil, para verificar como os discursos midiáticos persistem nas práticas narrativas que culpabilizam as mulheres vítimas de estupro. A despeito dos progressos alcançados no ordenamento jurídico e nas políticas públicas de combate à violência, no campo da linguagem as mulheres vítimas de estupro, continuam sendo culpabilizadas. Os dados coletados indicam que os títulos das notícias digitais, no período de 2016 a 2019, utilizam expressões linguísticas que atribuem à mulher a culpa pela violência sofrida, o que contribui para a reprodução e manutenção da violência de gênero

    Liberdade de Expressão, Mídia e Tolerância

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    This article seeks to examine how freedom of expression, constitutionally guaranteed in the country, from a liberal perspective, is intolerant whenever it excludes the speech of the other, in fact, there is a clear example in the media, our object of analysis and over which the speech stands out. hegemonic. It is not without reason that liberalism has always had a morbid need to seize the media and thereby freedom of expression, filtering that freedom according to their interests. Thus, in this research it can be affirmed that this generates the exclusion of the other and, consequently, contributes to the reproduction of an intolerant, barbaric, unequal and human rights violating society. The general objective of the study is to identify how freedom of expression is manipulated by the prevailing capitalist interest and to verify whether or not this manipulation can produce intolerance from the media. The bibliographical analysis based on Wolff's (2004) central approach on tolerance, civilization and barbarism, among others, such as Hunt, Flores, Roses, Douzinas, Habermas, etc., was used as methodology. From the bibliographies studied, it can be concluded that the freedom of expression reproduced by the media keeps ideological marks of oppression, intolerance, barbarism and violation of human rights.Este artículo busca examinar cómo la libertad de expresión, garantizada constitucionalmente en el país, desde una perspectiva liberal, es intolerante cada vez que excluye el discurso del otro, de hecho, hay un claro ejemplo en los medios, nuestro objeto de análisis y sobre el cual se destaca el discurso. hegemónico No sin razón el liberalismo siempre ha tenido la mórbida necesidad de apoderarse de los medios y, por lo tanto, la libertad de expresión, filtrando esa libertad de acuerdo con sus intereses. Por lo tanto, en esta investigación se puede afirmar que esto genera la exclusión del otro y, en consecuencia, contribuye a la reproducción de una sociedad intolerante, bárbara, desigual y que viola los derechos humanos. El objetivo general del estudio es identificar cómo la libertad de expresión es manipulada por el interés capitalista prevaleciente y verificar si esta manipulación puede o no producir intolerancia por parte de los medios. Se utilizó como metodología el análisis bibliográfico basado en el enfoque central de Wolff (2004) sobre tolerancia, civilización y barbarie, entre otros, como Hunt, Flores, Roses, Douzinas, Habermas, etc. A partir de las bibliografías estudiadas, se puede concluir que la libertad de expresión reproducida por los medios mantiene marcas ideológicas de opresión, intolerancia, barbarie y violación de los derechos humanos.Este artigo busca examinar como a liberdade de expressão, garantida constitucionalmente no país, numa perspectiva liberal, é intolerante sempre que exclui a fala do outro, aliás, há um claro exemplo na mídia, nosso objeto de análise e sobre a qual se sobressai o discurso hegemônico. Não é sem motivos que o liberalismo sempre teve uma necessidade mórbida de se apossar dos meios de comunicação e com isso da liberdade de expressão, filtrando essa liberdade conforme os seus interesses. De tal modo que nesta pesquisa pode-se afirmar que isso gera a exclusão do outro e, consequentemente, contribui para a reprodução de uma sociedade intolerante, bárbara, desigual e violadora de direitos humanos. O objetivo geral do estudo é identificar como a liberdade de expressão é manipulada pelo interesse capitalista vigente e verificar se essa manipulação pode produzir ou não intolerância a partir da mídia. Utilizou-se, para tanto, como metodologia a análise bibliográfica a partir da abordagem central de Wolff (2004) sobre tolerância, civilização e barbárie entre outros como Hunt, Flores, Rosas, Douzinas, Habermas e etc.. Desse modo, tendo em vista as bibliografias estudadas, conclui-se que a liberdade de expressão reproduzida pela mídia mantêm marcas ideológicas de opressão, intolerância, barbárie e violação de Direitos Humanos

    CUANDO LOS CASOS DENUNCIADOS SON PARTE DEL PROBLEMA: UN ANÁLISIS DE NARRATIVAS PERIODÍSTICAS Y LA CULPA DE LAS MUJERES VICTIMADAS EN GOIÁS DE 2016 A 2017

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    : Este artigo busca incitar o debate sobre as narrativas dos jornais diários de Goiânia, O Popular e Diário da Manhã, entre 2016 a 2017, com a culpabilização das vítimas de estupro, estabelecendo, para isso, uma relação entre elas no intuito de identificar se há uma naturalização da violência de gênero nas publicações dos veículos de comunicação. Desse modo, o objetivo geral desta pesquisa é realizar uma análise de conteúdo entre as narrativas dos dois jornais para observar se os jornalistas reproduzem narrativas que favorecem a manutenção da violência de gênero. Dessa forma, foram analisados o corpo da matéria, lide, título e retrancas. O Tema abordado nesse estudo possui perspectiva interdisciplinar que envolve as categorias de gênero e interseccionalidades étnico-raciais e de classe cuja análise restou prejudicada haja vista que foram deixados de lado nos casos noticiados. A metodologia utilizada foi a qualitativa e o método de Análise de Conteúdo (AC), da teórica Bardin (1977), que é um método importante para interpretar os resultados das narrativas dos jornais, ou seja, das palavras e termos, na busca dos sentidos encobertos que cooperam para a naturalização e propagação da violência de gênero, da cultura do estupro e da violação dos direitos humanos das mulheres, além da pesquisa bibliográfica. Ao final, a amostra analisada apontou como resultado que as narrativas dos jornais, no padrão em que são apresentadas, influenciam na culpabilização da vítima de estupro, o que nos permite dizer que esse padrão narrativo acaba por favorecer e reforçar a reprodução da desigualdade de gênero e naturalização da violência contra mulheres
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